segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Paises do Mercosul estão bem preparados para enfrentar crise, diz presidente do BID
EFE
20/10/2008
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, afirmou que as economias de Brasil, Argentina e dos outros membros do Mercosul estão bem preparadas para enfrentarem a crise financeira mundial.
A economia brasileira "está muito sólida" e teve um "êxito impressionante nos últimos anos, além da sorte de ter encontrado muito petróleo", declarou Moreno.
"O Brasil tem uma produção diversificada e desenvolveu uma indústria de alto valor tecnológico", afirmou o presidente do BID.
"Já a Argentina tem uma situação diferente, mas é positivo que tenha normalizado sua situação com o Clube de Paris. Não vejo risco latente em curto prazo", afirmou.
Moreno, que visitou Montevidéu para participar da VIII reunião anual do BID e da sociedade civil, também disse que após a crise os países emergentes "terão uma cadeira na discussão mundial", publica o jornal uruguaio "El Observador".
"A América Latina está em uma situação muito diferente dos tempos em que tinha déficit em conta corrente, pois agora há superávit", declarou.
Moreno afirmou que em quatro anos "triplicaram os níveis de reserva" na região "até um pouco mais de US$ 460 bilhões".
"A região tem uma situação macroeconômica muito estável", acrescentou.
Segundo Moreno, "esta é uma região muito diferente e muito melhor preparada para atenuar esta crise que antes".
Ele previu que uma das conseqüências da crise será o surgimento de "mais ventos protecionistas em todas as partes, começando pelos EUA", o que, na sua opinião, "não é bom".
O presidente do BID disse que após a crise "vai mudar a unipolaridade que existia no Mundo".
Daqui para frente "os países emergentes, que representam um pouco mais de 45% da economia mundial, vão ter uma cadeira na discussão mundial, sem dúvida no aspecto econômico, e conseqüentemente no político", declarou.
Opep deve reduzir produção para conter preço
Agência Estado / Hélio Barboza
20/10/2008
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve reduzir a produção a fim de estancar a queda de preços, disse o ministro do petróleo do Irã, Gholam Hossein Nozari, segundo a agência estatal de notícias Irna. "A única forma de parar a queda é diminuir a produção da Opep", declarou o ministro.
Nozari acrescentou que o declínio dos preços é resultados da crise econômica global e da redução da demanda por petróleo. Ele declarou ainda que a Opep deve atingir um equilíbrio entre oferta e demanda e ajudar a estabilizar e aumentar os preços do petróleo no mercado mundial. As informações são da Dow Jones.
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20.10.08
Marcadores: Petróleo e Derivados
MPs poderão deixar de ser usadas para criar impostos
Agência Câmara
20/10/2008
O relator da Comissão Especial da Reforma Tributária (PECs 233/08, 31/07 e outras), deputado Sandro Mabel (PR-GO), deverá incluir no texto novidades como a criação do Código de Defesa do Contribuinte; o fim das medidas provisórias para a criação ou aumento de tributos; e a ampliação do princípio da anterioridade dos atuais 90 dias para 180 dias. De acordo com esse princípio, o imposto não pode ser cobrado antes de um determinado tempo a partir da sua criação.
Segundo explicou o deputado nesta quarta-feira (15), a definição de como será a parte do seu relatório que trata desses três pontos ainda depende de discussões com o DEM e o PSDB, que sugeriram as mudanças. Outra novidade poderá ser o princípio do poluidor pagador - ou seja, a divisão de receitas tributárias poderá levar em conta a proteção ambiental.
Mabel anunciou que vai apresentar seu parecer final na próxima terça (21). Ele quer garantir a votação da matéria no Plenário da Câmara em seguida, pois teme o surgimento de pressões para mudar pontos de seu relatório, já que o consenso em torno do assunto é difícil.
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20.10.08
Marcadores: Tributária
Grandes economias já vivem recessão técnica
Turbulência 'enxugou' recursos para financiamento do crescimento.
Banco Central francês já admitiu que país vive recessão técnica.
G1
20/10/2008
Passado um mês da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, que foi o estopim da fase mais grave da crise financeira internacional, o mundo se volta aos efeitos mais duradouros do problema: a possibilidade, cada vez mais real, de que grandes economias venham a entrar em recessão.
Com os grandes bancos registrando prejuízos decorrentes dos "créditos podres" do mercado imobiliário norte-americano, os recursos secaram. As instituições desconfiam da capacidade de pagamento umas das outras e quem tem dinheiro não se arrisca a emprestá-lo. Sem recursos para financiar seu crescimento, as empresas reduzem o ritmo, servindo de freio à economia.
De acordo com a maioria dos economistas, um país entra em recessão quando seu Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas do país) recua por dois trimestres consecutivos. Por essa definição, Alemanha, Itália, Japão, Irlanda, Suécia estão "a um passo" de entrar em recessão.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as economias desses países se retraíram no segundo trimestre deste ano. Com o agravamento da crise financeira nos últimos meses, os dados do terceiro trimestre, que devem ser divulgados nas próximas semanas, não devem mostrar resultados animadores.
Recessão técnica
Na França, o banco central já afirmou que a perspectiva se tornou realidade: o PIB do país ficou 0,3% menor no segundo trimestre do ano, e encolheu mais 0,1% no período seguinte, configurando a recessão técnica.
Os Estados Unidos também admitem as perspectivas ruins. No início da semana, a presidente do Federal Reserve de San Francisco, Janet Yellen, afirmou que o país "parece estar em recessão", com crescimento zero no terceiro trimestre e expectativa de retração nos últimos três meses do ano. Na Alemanha, maior economia da Europa, os indicadores apontam na mesma direção.
Nos países em desenvolvimento, as projeções dão conta de que as economias continuarão crescendo, mas devem perder fôlego. O Brasil, que em 2007 teve alta de 5,4% no PIB, deve crescer 5,2% em 2008 e 3,5% no ano seguinte, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo a China, sempre de crescimento acelerado, deve perder o pique e crescer 9,7% este ano, frente aos 11,9% de 2007.
Emergentes não vão escapar de desaceleração
Invertia / Denise Campos de Toledo
20/10/2008
Passado o risco de um colapso financeiro, ficam mais claros os sinais de uma desaceleração mais forte de diversas economias e mesmo de recessão, como nos Estados Unidos. Queda de vendas no varejo, da produção industrial, da confiança do consumidor, da construção de casas, tudo isso confirma o processo recessivo da economia americana. Na Europa, a retração já é realidade para vários países, assim como no Japão.
Nem os emergentes vão escapar da freada. A China já registra, entre outros efeitos, a queda das exportações, o que vai acarretar redução das compras do País, podendo prejudicar fornecedores de matérias-primas, como o Brasil.
A crise pode ser mais abrangente e duradoura do que se previa, o que mantém o clima de incertezas e pode continuar prejudicando o mercado financeiro. Ainda é cedo para contar com a possibilidade de um comportamento mais estável, principalmente, das bolsas de valores. Novos dados negativos podem surpreender. E a piora do desempenho de empresas de vários setores, além da baixa dos preços das commodities, podem afetar as ações, apesar do ajuste pesado que o mercado enfrentou nos últimos anos, justamente pela antecipação do processo recessivo.
Importante observar, no entanto, a intenção já demonstrada por alguns governos de lançar medidas de estímulo à retomada do crescimento econômico, seguindo procedimento adotado para barrar a crise financeira. Ampliar os gastos públicos, estimular novos projetos, socorrer empresas, reduzir tributos podem ser algumas das alternativas, sem se descartar ações coordenadas como ocorreu com o lançamento dos pacotes de socorro financeiro a redução dos juros básicos decidida, simultaneamente, por vários bancos centrais.
Enfim, medidas podem ser tomadas para diminuir a intensidade ou a duração da crise econômica que, em princípio, só deve ganhar força nos próximos meses.
As Fuel Prices Fall, Will Push For Alternatives Lose Steam?
By Steven Mufson
Washington Post Staff Writer
Monday, October 20, 2008; Page A01
Just four months ago, a conference here on electric cars drew four times as many people as expected. District fire marshals ordered some of the crowd to leave, and the atmosphere was more like that of a rock concert than an energy conference. A brief film depicted an electric car owner driving off with a beautiful woman to the strains of "The Power of Love" while her original companion struggles to pay for gasoline. The audience cheered.
One discordant note in the series of enthusiastic speeches came from Bill Reinert, one of the Toyota Prius designers. He cautioned that designing and ramping up production of a new car takes five years.
"If oil goes down to $60 or $70 a barrel and gasoline gets back to $2.50 a gallon, and that very possibly could happen," he said, "will that demand stay the same or will we shift back up?"
It didn't take five years to hit those numbers. One type of oil shock has given way to another. Even more swiftly than the price of oil rose, it has tumbled to the range that seemed far-fetched when Reinert spoke and oil was more than $130 a barrel. Now that drop threatens a wide variety of game-changing plans to find alternatives to oil or ways to drastically reduce U.S. consumption.
"Declining oil prices can give us an artificial and temporary sense that reducing oil consumption and energy consumption is an issue we can put off," said Greg Kats, a managing director of Good Energies, a multibillion-dollar venture capital firm that invests in global clean energy.
The credit crisis is compounding that threat by making it more difficult to finance capital-intensive projects, whether they are new auto assembly lines or solar panels or wind turbines. General Motors has been touting the Chevy Volt as the first mass-marketed, plug-in hybrid vehicle. GM, which has been holding merger talks with Chrysler, believes the project will help justify federal financing. It hopes to deliver the car by the end of 2010.
Tesla Motors, a maker of a handful of pricey electric sports cars, had planned to unveil a cheaper sedan next year. But on Thursday it delayed the new model because of trouble lining up financing. It also said it would close two offices and has replaced its chief executive.
The uncertain future of electric cars points to a sticky aspect of the global oil equation. The price of oil can change rapidly, but responses that would cut petroleum use take time. As oil prices climbed, major automakers including GM, Mitsubishi, Renault-Nissan and Toyota moved ahead with plans to produce plug-in vehicles. But the first of those cars won't be ready for a couple of years. What the price of oil will be then, and what consumers' appetite for plug-in cars will be then, is anybody's guess.
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20.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Argentina's Trade Surplus Likely Fell in September: Week Ahead
By Eliana Raszewski
Oct. 20 (Bloomberg) -- Argentina's trade surplus probably narrowed in September from August's record high as a global financial crisis undermined exports to neighboring Brazil and declining commodity prices reduced earnings from grain and oilseed shipments.
In September, the trade surplus fell to $1.4 billion from $2.25 billion the previous month, according to the median of a survey conducted by the central bank among 56 economists. The National Statistics Institute will release September figures on Oct. 24 at 2 p.m. New York time.
``September was a turning point,'' said Lorenzo Sigaut, an economist at Buenos Aires-based research company Ecolatina. ``Lower commodity prices that are affecting our exports are combining with the current global financial crisis that is affecting Brazil and our other main markets.''
The Argentine Industrial Union, an association that represents the country's largest manufacturers, said in an Oct. 14 statement that weakening currencies in the region will hurt the country's trade surplus and economic growth.
``The deepest international financial crisis in recent times, the recent depreciation of the currencies against the U.S. dollar, and also against the Argentine peso, will affect output, jobs and threaten the country's trade surplus,'' the Buenos Aires-based union said in an e-mailed statement.
Sigaut said the country will probably fail to reach the $12 billion trade surplus targeted in next year's budget bill.
President Cristina Fernandez de Kirchner said on Oct. 14 that she would introduce safeguards on international trade to protect jobs and investments by local businessmen.
Argentina's customs agency has said it is preparing a list of reference prices for about 120 goods, including textiles and home appliances, produced abroad. The measure may result in increased import taxes on those items.
Markets Last Week
Last week, the yield on Argentina's benchmark 8.28 percent dollar bonds due in 2033 rose 84 basis points, or 0.84 percentage point, to 19.42 percent, according to Bloomberg data. The bond's price fell 1.95 cents on the dollar to 36.80 cents.
The Buenos Aires benchmark stock index Merval remained unchanged to 1216. Petrobras Energia Participaciones SA (PBE AF), the local unit of Brazil's state-controlled oil producer, rose 19.3 percent while Banco Macro SA (BMA AF), Argentina's fourth-largest lender, fell 14.4 percent.
The following is a list of events in Argentina this week:
Event Date
Budget Balance 20-24
Industrial Production 24
Shopping Center sales 24
Trade Balance 24
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20.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Sugar harvest advances have social cost in Brazil
By Inae Riveras
Reuters
Sunday, October 19, 2008; 8:09 PM
PRINCESA ISABEL, Brazil (Reuters) - Ines Ferreira dos Santos lives with four of her kids in a spacious, colorful house at the end of a dusty street.
"With money from sugar cane we built this house. It has been good to us, too good," the 43-year-old housewife said.
This is the eleventh year that her husband, Joao Barbosa dos Santos, has traveled the 3,000 kilometers (1,864 miles) to work as a sugar cane cutter in Sao Paulo state in southern Brazil.
This time he is accompanied by three sons, also laboring in the cane fields, and a daughter, who cooks for the group. Every month, they send 2,000 reais ($925) to the rest of the family.
The Santos' story is that of most people in Princesa Isabel, a town of 19,000 people in the arid backlands of Paraiba state in northeastern Brazil. With few other options to make a living, three out of 10 residents have worked as cane cutters.
The days are numbered for manual cane cutting, a grueling job once done by slaves, in top cane producing states such as Sao Paulo and Minas Gerais, which account for 70 percent of Brazil's sugar cane crop.
For environmental and public health reasons, cane burning in these states must be phased out by 2014 in flatlands and by 2017 in hilly areas. Similar initiatives are being discussed in fast-growing farming states Mato Grosso do Sul and Goias.
But the change is likely to have a big impact on cane cutters and the families who depend on them.
Controlled burning has long been used in cane plantations to remove foliage and make it easier for workers to move about the fields. But when humidity is low, thick clouds of black smoke billow above the fields.
Every year, a larger share of the crop is harvested by machines, a trend that is starting to drive up unemployment in faraway towns like Princesa Isabel.
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20.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil