quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Brazil's Lula proposes trade summit to Bush

Tue Jan 29, 2008 6:31pm EST
BRASILIA (Reuters) - Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva proposed to U.S. President George W. Bush a meeting of world leaders to help conclude global trade talks, a government spokesman said on Tuesday.
Lula telephoned Bush on Tuesday and suggested the meeting take place in April, when both leaders are expected to be in Europe, Marcelo Baumbach, the president's spokesman, told reporters.
Lula has already discussed the possibility with British Prime Minister Gordon Brown, the spokesman said.
Bush said he would study the proposal as well as an invitation by Lula to attend a biofuels conference in Sao Paulo in November, Baumbach said.
There was renewed impetus in the World Trade Organization's Doha round of trade talks, Lula said during the 20-minute conversation and urged Bush to help work toward its successful conclusion, according to Baumbach.
Brazil has been a key player in the talks as leader of the G20 group of developing nations.
The Doha round of world trade talks was launched a little more than six years ago. Many analysts believe the talks could drag on for several more years unless completed before the next U.S. president takes office in January 2009.
Washington is under pressure to offer deeper farm subsidy cuts in the negotiations, and is insisting advanced developing countries like Brazil and India do their part by opening their markets to more foreign farm and manufactured goods.
(Reporting by Raymond Colitt, editing by Todd Eastham)

Brazil to Restart Angra 1 Nuclear-Power Plant Today (Update1)

By Carlos Caminada
Jan. 29 (Bloomberg) -- Eletronuclear SA, Brazil's state- controlled nuclear power company, will resume operations at its Angra 1 plant today after it fixed a turbo-generator that overheated.
The plant will restart at 2 p.m. local time, Rio de Janeiro- based Eletronuclear said in a statement. Eletronuclear shut the plant yesterday after a turbo-generator outside the radioactive area overheated.
Brazil has been relying more on nuclear and natural gas- fired plants in recent months after below-average rainfall depleted water levels at hydroelectric dams. Nuclear and gas generation feeds the energy grid during peak hours and when reservoirs are refilling or too low.
Angra 1, located in Angra dos Reis along the coast of Rio de Janeiro state, has the capacity to produce 657 megawatts of electricity.
Eletronuclear last shut Angra 1 in September for 24 days because of problems with the main electric generator. The plant was closed from June through the start of August for maintenance.
Eletronuclear is a unit of Centrais Eletricas Brasileiras SA, Brazil's state-controlled electricity company.

Brasil exporta 27,9% a mais para a China em 2007

Rodrigo Postigo

30/01/2008

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil vendeu US$ 10,7 bilhões em 2007 para a China em 2007, alta de 27,9% em relação ao ano anterior.

A participação das exportações para o território chinês também aumentou de um ano para o outro. Em 2007, cerca de 6,7% das vendas brasileiras foram destinadas à China. Em 2006, a relação comercial entre ambos representava 6,1% das exportações brasileiras.

No entanto, em volume de negócios, o maior comprador do Brasil no ano passado continuaram sendo os Estados Unidos. Segundo a lista do ministério, o País vendeu US$ 25,3 bilhões no período para os americanos, aumento de 2,2% sobre 2006. A participação dos EUA nas exportações caiu: de 17,8% para 15,6% em 2007.

Crescimento do setor deve continuar forte, diz CNI

Invertia

30/01/2008

O empresário da indústria prevê a manutenção, em 2008, do ritmo de crescimento verificado no final do ano passado. É o que indica a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de expectativa da demanda para os próximos seis meses se manteve em 59,4 pontos, o mesmo verificado em outubro do ano passado.

Por porte de empresas, as mais otimistas são as grandes, entre as quais o indicador de expectativa de demanda ficou em 61 pontos. Segundo a metodologia da pesquisa, valores acima de 50 pontos indicam otimismo dos empresários. "O ano se inicia com o mesmo otimismo do final de 2007, que teve vendas muito boas. A demanda no mercado interno deve continuar aquecida, segundo as previsões dos industriais, mantendo o ritmo de crescimento", afirmou o economista Flávio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da CNI.

O especialista lembrou que as respostas que compõem a pesquisa foram recebidas pela CNI entre os dias 2 e 22 deste mês, portanto não são ainda influenciadas pelo agravamento da crise norte-americana. "No entanto, os empresários já tinham pleno conhecimento de que havia uma crise nos Estados Unidos, conheciam os problemas das hipotecas. O que eles ainda não tinham visto eram os desdobramentos no mercado financeiro", avaliou.

Na Sondagem Industrial, os industriais demonstram que a contratação de empregados continuará, no primeiro semestre deste ano, na mesma intensidade percebida no final do ano passado. O indicador de janeiro ficou em 53 pontos, igual ao de outubro de 2007. As grandes empresas são as que prevêem maior nível de contratação no primeiro semestre: o indicador ficou em 53,7 pontos, ante 53,4 pontos de outubro de 2007.

As expectativas sobre as exportações continuam em baixa. Segundo Flávio Castelo Branco, os empresários se mostram reticentes quanto à competitividade de exportar com o real valorizado frente ao dólar. "Com o câmbio desfavorável, a competitividade diminui. Tem empresa parando de exportar", afirmou.

O indicador de expectativa de exportação nos próximos seis meses melhorou dentro da margem de erro entre outubro e janeiro, tendo passado de 48,3 pontos para 48,5 pontos. Porém, continua o pessimismo. A expectativa vem caindo fortemente desde janeiro do ano passado entre as empresas de médio porte. Há um ano, o indicador foi de 51,5 pontos, passou a 47 pontos em outubro de 2007 e caiu para 45,6 pontos no levantamento.

A indústria terminou 2007 a todo o vapor. O indicador de produção subiu de 58,2 pontos no terceiro trimestre para 59 pontos no quarto trimestre. Houve crescimento tanto entre as pequenas, de 55,7 pontos para 58,4 pontos, quanto entre as médias empresas, de 56,8 para 58,5 pontos. Entre as grandes, houve queda dentro da margem de erro, de 61,2 pontos no terceiro trimestre para 59,7 pontos nos últimos três meses de 2007.

O crescimento da produção nos últimos meses de 2007 atingiu, de acordo com a pesquisa, 25 dos 27 setores pesquisados. Apenas os setores de madeira e de álcool registraram quedas. A utilização da capacidade instalada também teve aumento no último trimestre de 2007, tendo atingido 80%, de acordo com a pesquisa. No período anterior, havia sido de 77%.

O emprego industrial aumentou de 53,8 pontos no terceiro trimestre para 54,9 pontos no último trimestre de 2007. Houve aumento do emprego nos três portes de empresas, com destaque para as grandes, entre as quais o indicador variou de 54,9 pontos para 55,6 pontos.

Volume de crédito deve cair em 2008 devido aumento de e crise externa, avalia BC

Rodrigo Postigo

30/01/2008

Após avançar 27,3% no ano passado, o volume de crédito no País tende a crescer a taxas mais modestas em 2008, quando as turbulências externas e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) devem impedir reduções mais significativas do custo final dos financiamentos. A avaliação é do Banco Central.

"A gente não tem tanto espaço para redução de taxas, é de se esperar um crescimento menor do crédito", afirmou a jornalistas o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ao comentar os dados do crédito em 2007 nesta terça-feira.

No final do ano passado, o volume total de crédito alcançou R$ 932,2 bilhões, o equivalente a 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB) - maior patamar desde maio de 1995, quando o volume era de 35,1% do PIB.

Considerando apenas os recursos livres, cujas taxas não são estabelecidas em programas governamentais, os empréstimos aumentaram 32,2% no ano, para R$ 659 bilhões.

Receita divulga os resultados da fiscalização em 2007

Rodrigo Postigo

30/01/2008

A Fiscalização da Receita Federal do Brasil encerrou o ano de 2007 com 521 mil contribuintes fiscalizados e R$ 108 bilhões de créditos tributários lançados, incluídos os valores de tributos, multas e juros, o que representou um crescimento de 80% no quantitativo e de 42% no volume de autuações, quando comparado com o ano de 2006.

Foram intensificadas ações de fiscalização em todos os segmentos, em especial nas áreas de revisão de declarações de pessoas jurídicas e pessoas físicas. O volume de autuações cresceu significativamente em decorrência de maior eficiência no trabalho de fiscalização, pelo aprimoramento constante dos instrumentos de fiscalização.

A utilização de tecnologias da informação no cruzamento das informações coletadas de fontes externas, à exemplo da CPMF e de cartões de crédito, com informações apresentadas pelos contribuintes tem possibilitado, por exemplo, selecionar para fiscalização os contribuintes com maior potencial de evasão tributária, o resulta em um maior volume de autuações em 2007.

Reforma não avança porque ameaça interesses

InvestNews

30/01/2008

O Estado brasileiro é concentrador de riqueza, o que historicamente tem contribuído para que a discussão sobre a reforma tributária não avance. Essa é a opinião do filósofo, integrante do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), José Antônio Moroni. Para ele a polêmica em torno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), travada no final de 2007 no Congresso, e os impasses que se delineiam com a notícia do encaminhamento da proposta de reforma tributária depois do recesso legislativo fazem parte de uma lógica que privilegia os interesses econômicos. "Quem mais reclama da tributação, de que paga imposto, é quem menos devia estar reclamando.

Porque no Brasil temos um efeito perverso em questão de imposto. Pela teoria política, o imposto é o poder que a sociedade dá ao Estado de arrecadar de quem tem mais para devolver em forma de serviço para quem tem menos. No Brasil é o inverso", observou. Moroni considera que os detentores do poder econômico acabam concentrando também o poder político e isso acaba por impedir uma mudança na tributação. 'Quem quer promover a reforma tributária é quem quer mexer nessa lógica (...) Aí, entra a questão do poder político. Quem tem voz na grande mídia, na imprensa, é justamente quem tem poder econômico. E para entender isso, tem que entender os mecanismos que o Estado brasileiro vem adotando ao longo dos anos, desde o início da sua formação. O estado serve como instrumento de concentração de riqueza e não de distribuição de riquezas', disse.

Moroni acredita que esse é o gargalo para o avanço da discussão de negociações políticas no Congresso, como foi o caso da CPMF. "Independente de quem é contra ou a favor, a crítica que se fazia é porque o recurso ia para políticas sociais. Na imprensa, criticavam que os recursos iam para a saúde e o Bolsa Família. Mas essas mesmas pessoas não aceitam que se diminua o superávit primário, que é a economia que o governo faz para pagamento de juro e amortização da dívida. Um valor que é para quem tem dinheiro aplicado nos bancos, quem tem poder econômico", comentou.

"Usar dinheiro público para pagar juros de quem já tem dinheiro pode, ninguém critica. Mas ter um imposto que atingia quem mais tinha recurso, para distribuir para a saúde, num sistema universal como o SUS [o Sistema Único de Saúde], aí criticavam. Esse é o gargalo da reforma tributária. Não é o ajuste entre estados, municípios e União. Esse desenho é fácil de consertar. Mas é difícil quando se tem a questão da elite econômica e do sistema financeiro", concluiu.

As informações são da Agência Brasil.