segunda-feira, 9 de junho de 2008

UPDATE 2-Embraer eyes $200 bln global business jet market

Fri Jun 6, 2008 8:40am EDT
(Recasts, adds background)
By Tim Hepher
PARIS, June 6 (Reuters) - Luxury business jets are the hottest item in global aviation as top-end customers desert traditional airlines and sales of more than $200 billion are expected over the next decade, Brazil's Embraer said on Friday.
A boom in demand for small luxury jets shows little sign of abating despite economic slowdown in the United States, the company said.
"We are not seeing a drop in busines because of the economy today," Colin Stevens, vice marketing of marketing and sales in Europe, Middle East and Africa, told a press briefing. "In Russia and emerging markets we are seeing business pick up."
Clients include not only wealthy Middle East and Russian buyers but also companies wanting to avoid the costs and hassles involved in connections and delays at clogged airports. As congestion rises demand for hassle-free transport has supported the resale value of executive jets, Embraer said.
"Customers recognise that this is an asset that appreciates and are seeing it as an investment as well," Stevens said.
Embraer (ERJ.N: Quote, Profile, Research) EMBR.SA, which began as military aircraft manufacturer and is now one of the world's top producers of regional jets, has also been investing heavily in private planes since 2002 in a bid to diversify its revenue base.
It expects executive jets to generate $200 billion in sales over the next 10 years, including $61 billion in Europe, Middle East and Africa, Steven said. The number one market is the United States.
It claims a market share of 15 percent.
Embraer was founded in 1969 by Brazil's air force to make military training and patrol planes. It was privatized in 1994 and shifted its focus to regional jets and then business jets.
Its competitors include Canada's Bombardier (BBDb.TO: Quote, Profile, Research), Textron's (TXT.N: Quote, Profile, Research) Cessna, Dassault Aviation (AVMD.PA: Quote, Profile, Research), General Dynamics Corp's (GD.N: Quote, Profile, Research) Gulfstream and the Hawker Beechcraft business owned by Onex Partners (OCX.TO: Quote, Profile, Research) and GS Capital (GS.N: Quote, Profile, Research).

MARKET FORECAST
Embraer says it has won its first firm orders for two newly launched models of executive jet, the Legacy 450 and Legacy 500.
"We have signed some (firm contracts). We had over 110 letters of intent; how many of those fall away we don't know yet, but hopefully we should have a good indication by Farnborough," Stevens said.
Britain's Farnborough air show starts on July 14.
The new jets, which sell for $15-18 million, were launched last month and will seat 7 to 12 passengers plus two crew members.
They take Embraer's line-up of executive jets to six. It already offers a super midsize model, the Legacy 600, two very light jets, the Phenom 100 and 300 and an ultra-large luxury private model, the Lineage 1000.
Embraer is targeting 25 percent of its total revenues from business jets by 2010.
It expects to deliver the first Phenom 100 in the second half of the year, with the first $3 million aircraft going to a private client in the United States, said Antonini Puppin Macedo, who runs new product planning for executive jets.
The plane has a cabin outfitted by BMW Designworks and can seat up to eight people. A slightly larger version, the nine-seat Phenom 300, will go into operation a year later.
Embraer says it has received more than 750 orders for the two Phenom models.
Deliveries of executive jets are up 30 percent since 2004.

Brasil é exemplo da economia 'gratuita'

O escritor e jornalista Chris Anderson esteve no País e falou sobre a influência da tecnologia nos serviços gratuitos
O Estado de São Paulo / Filipe Serrano
09/06/2008
Desperdiçar. Desperdiçar. Desperdiçar. Esse é o lema que o físico, escritor e editor executivo da revista Wired Chris Anderson tem defendido como uma ótima oportunidade para expandir os negócios na internet. Anderson esteve no Brasil na semana passada e realizou uma palestra patrocinada pela Telefônica que o Link acompanhou.
A idéia tem uma base bastante comum na lógica capitalista. Ao oferecer um produto ou serviço gratuitamente, é possível criar novas demandas que supririam os custos. Um dos exemplos que Anderson cita são as operadoras de celular que oferecem telefones de graça e cobram pelos planos de ligações. Mas há outros infinitos, como bares que diminuem o preço da cerveja e cobram mais pela porção de fritas.
A tendência que Chris Anderson identificou é que, na web, os custos de armazenamento de dados e de banda têm caído de tal forma que tendem a zerar. Os serviços online podem atingir uma enorme quantidade de pessoas com um custo por usuário (ou custo marginal) praticamente nulo. Com isso, os serviços conseguem virar totalmente gratuitos. Seria alguma coisa como se o bar vendesse cerveja e comida de graça, mas colocasse painéis publicitários em todo o ambiente e cobrasse por isso.
Chris Anderson apelidou a tendência de 'Freeconomics' ou, na tradução livre, 'economia do 'grátis'' em um artigo publicado na Wired fevereiro. A idéia também vai virar um livro, que até agora tem o título de Free. E, detalhe, quando for lançado, também será gratuito em suas versões digitais (em PDF e em áudio) na internet.
'A maior parte dos exemplos de oportunidades de negócios que falo são da indústria musical na qual o 'grátis' esbarra nos direitos de propriedade intelectual. Mas também falo de conteúdo em geral, como filmes, livros, etc. Enfim, qualquer coisa que tenha um custo marginal baixo. Se você tirar os custos de direitos autorais, muitos produtos se tornam gratuitos ou muito baratos', afirmou ao Link.
Músicos, a exemplo do Radiohead, colocam seus álbuns para download e cobram pelos shows. Estúdios disponibilizam de graça seus catálogos de filmes em um site e cobram publicidade na página ou, quem sabe, até durante a exibição do filme. Games gratuitos têm versões pagas com fases, armas, inimigos e desafios extras. Essas são algumas oportunidades criadas pela tal 'economia do 'grátis''.
Apesar de tratar de direitos autorais, Anderson jura que sua teoria não tem nada a ver com movimentos que defendem a cultura livre, como, por exemplo, o Creative Commons, organização que oferece licenças de direitos autorais flexíveis para a distribuição de conteúdo gratuita e legalmente. 'Fora do meu trabalho, tudo o que eu faço (por prazer) é no estilo Creative Commons. É o 'free' com significado de 'livre'. Mas meu livro não é sobre isso. É sobre o 'free' como 'grátis' e a influência na economia', afirma.
Quando há abundância de recursos a ponto de tornar o custo de produção o quase inexistente, é possível expandir as oportunidades de negócios. É isso que faz do Brasil, segundo Anderson, um dos países de vanguarda no 'economia do gratuito'. 'Imagine que transformar água salgada em água fresca não tivesse custo nos Estados Unidos. O impulso para a agricultura seria enorme. A luz solar, o gás carbônico e agora a água seriam gratuitos. Só haveria gasto com fertilizante e com os trabalhadores, o que significa que poderia se plantar muito mais. Você poderia ter biocombustíveis e os Estados Unidos seriam muito mais parecidos com o Brasil, que ainda tem uma área de terra produtiva enorme. Não seríamos tão dependentes de combustíveis fósseis', exemplificou Anderson durante a palestra.
Outro exemplo citado pelo jornalista são, acredite, os remédios genéricos. 'O Brasil, como a China, se tornou um dos pioneiros da economia gratuita. Os brasileiros aderiram aos softwares de código aberto, aderiram aos remédios genéricos, aderiram, de certa forma, à pirataria. Tudo isso levou vocês a terem um custo muito menor desses produtos', disse ao Link.
Por pirataria, Anderson refere-se às bancas de camelôs que vendem CDs e filmes a preços muito menores, fazendo inclusive que alguns artistas disponilibilizem seus produtos gratuitamente para os pontos de venda. Em seu artigo publicado em fevereiro, Anderson chega a citar o estilo musical tecnobrega, que tem como principal representante, a banda Calypso, que também é referido no documentário dinamarquês Good Copy, Bad Copy.

Brasil terá fundo soberano de US$ 200 bi, diz Mantega ao 'FT'

BBC Brasil
09/06/2008
O governo brasileiro planeja usar os futuros lucros gerados pelas reservas de petróleo descobertas recentemente para criar um fundo soberano de US$ 200 a US$ 300 bilhões em até cinco anos, segundo afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em uma entrevista ao jornal britânico Financial Times, nesta segunda-feira.
Mantega disse ao diário financeiro que o governo acredita que o Brasil esteja "sentado" sobre reservas de 40 a 50 bilhões de barris desde que foram descobertos novos campos de petróleo na costa do Atlântico Sul.
Ele disse que um projeto de lei propondo a criação do Fundo Soberano será enviado ao Congresso no início desta semana sob regime de emergência, o que dá aos parlamentares apenas 45 dias para aprová-lo ou rejeitá-lo.
O ministro explicou ao FT que, inicialmente, o fundo funcionará como um fundo de estabilidade fiscal, reservando 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) ou R$ 14 bilhões, para uma reserva de contingência.
Esta verba seria utilizada inicialmente para reduzir gastos do governo, dívidas do setor privado e ajudar a amortizar as do setor público.
"No início o fundo será pequeno, mas assim que o novo petróleo começar a ser produzido, crescerá rapidamente para US$ 200 a US$ 300 bilhões nos próximos três a cinco anos", disse o ministro na entrevista.

BRICs helped by Western finance crisis: Goldman

Sun Jun 8, 2008 2:45am EDT
By Guy Faulconbridge
ST PETERSBURG, Russia (Reuters) - The Western financial crisis means the fast-growing economies of Brazil, Russia, India and China will grow their share of the world economy even faster than originally forecast, the founder of the four-nation BRIC concept told Reuters.
The term BRIC was coined by Wall Street bank Goldman Sachs to describe how the four rising economies are likely to rival and overtake many of the West's leading economies over the next half century.
Jim O'Neill, the Goldman Sachs economist who originated the term in 2003, said the financial crisis that began in U.S. mortgage security markets was allowing the BRIC countries to take a bigger share of world gross domestic product.
"On a relative basis it definitely allows the BRICs to develop faster as they are going to take an even bigger share of GDP sooner," O'Neill told Reuters in an interview at an economic forum in Russia's former imperial capital of St Petersburg.
"This is a financial crisis of the West and we must not forget that of the world's 6 billion people most of them are not affected by this," he said. "I was in India four weeks ago and there were no signs of India being affected by all of this."
O'Neill, head of global economic research at Goldman, said China, India and Russia were actually growing faster than originally predicted by his research.
"Of the four BRICs, Russia, China and India have all grown on average 2 percent more than we suggested," he said. "It is a hell of a lot so they are now collectively 16 percent of global GDP so it is all happening a lot quicker."
The four BRIC countries have been seeking to form a political club to convert their growing economic power into greater geopolitical clout.
Last month in the Russian city of Yekaterinburg, the four sought to formalize their club at the first stand-alone meeting of BRIC foreign ministers.
"I would hope that Western leaders take note of that meeting and start to accelerate bringing them into the G8 club and the IMF because the world doesn't want a separate club just looking after the growing countries the same as it doesn't need an old club looking after the declining -- it needs a better club involving them both," O'Neill said.
"I think that the lack of progress by the G8 and the Western leaders to change is really bad and is one of the biggest problems in the world today," he said.
O'Neill says the combined GDP of the BRIC countries could overtake the combined economic might of the G7.
Detractors say optimistic predictions about the BRIC economies ignore major hurdles to their development such as future political instability, rampant corruption and decrepit infrastructure.
Economists repeatedly forecast in the 1950s and 1960s that Brazil would become one of the world's top economic powers, only for its once-rapid growth to stall dramatically in the debt crisis of the 1980s and to stagnate throughout the 1990s.
Russian President Dmitry Medvedev has said Russia will become one of the top five economies of the world by 2020, but admits the rule of law needs to be strengthened and corruption has to be rooted out.
O'Neill said Russia should speed up some of its infrastructure projects and that corruption could sap Russia's economic potential.
"At the core of it is a stronger self-confidence in a rule of law that everybody likes," he said. "In some ways Russia enjoys stability almost too much.
"The Russian people like stability which given Russia's history is very understandable and admirable but it should not come at the expense of things which are needed for private sector risk-taking, which are stronger property rights and a stronger rule of law."
(Editing by Michael Stott and Matthew Jones)

Etanol brasileiro escapa do papel de vilão, declara FAO

Terra Fabiano / Klostermann
09/06/2008
A reunião de Cúpula da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), realizada esta semana, em Roma, não trouxe medidas concretas para amenizar a crise do alto preço dos alimentos no mundo. No entanto, na opinião de especialistas, o evento serviu para que o Brasil evitasse a "condenação" do etanol de cana-de-açúcar como um dos vilões do problema.
Para o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Walter Belik, a mobilização para condenar o biocombustível, em uma campanha orquestrada principalmente pelos europeus, foi rechaçada pela diplomacia brasileira. "O presidente Lula conseguiu colocar bem que os canaviais estão distantes da Amazônia e que a cana não é comida. Foi uma vitória, embora o objetivo da conferência não fosse esse", afirmou.
De acordo com ele, há muito desconhecimento ainda sobre o tema. "Essa semana foi muito importante para marcar essa diferença. Eu acompanhava a imprensa internacional e via jornais sérios colocando os dois (biocombustíveis, a partir da cana e do milho) no mesmo saco. Nesse ponto a diplomacia brasileira foi ágil e conseguiu afastar todo tipo de crítica que pudesse haver com relação ao etanol brasileiro", afirmou.
O bom desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na conferência também é citado por Carlos Mielitz, professor do programa de pós-graduação e desenvolvimento rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Particularmente, o presidente Lula se saiu bem na reunião. Ele foi um dos responsáveis por fortalecer a posição brasileira. Mas, o etanol de cana continua não sendo uma unanimidade", explicou.
A avaliação de vitória, no entanto, é contestada por Mauro de Rezende Lopes, pesquisador do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ). Segundo ele, o Brasil falhou, tendo que brigar para não ver os biocombustíveis serem condenados na declaração final da cúpula. "Os (países) produtores de cana precisaram brigar para que não houvesse uma crítica ao etanol. Eles disseram que não assinariam o documento se tivesse alguma menção negativa", afirmou.
De acordo com Lopes, outro reconhecimento esperado pelo País não veio na reunião em Roma. "(O Brasil queria ter seu valor reconhecido) tanto em biocombustíveis quanto em mudança climática. Já que o etanol de cana é uma das melhores formas de capturar CO2 da atmosfera", concluiu.

Governo elege países e produtos para ampliar exportação

Agência Estado / Rodrigo Petry
09/06/2008
O governo brasileiro aposta em mercados-alvo, setores prioritários e países "traders" para chegar a 1,25% de participação nas exportações mundiais em 2010, meta estabelecida na Política de Desenvolvimento Produtivo. Especialistas aprovam a estratégia, mas têm dúvidas sobre os resultados. O estudo é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “Trabalhamos na escolha de setores e mercados prioritários para que o País exporte cerca de US$ 210 bilhões em 2010", diz o presidente Apex, Alessandro Teixeira.
Durante oito meses a equipe da Apex levantou dados macroeconômicos, nível e concentração da renda interna, geração de emprego e possibilidades de inserção de produtos brasileiros em mais de 100 países. O levantamento identificou 16 mercados prioritários e seis países "traders", que servirão como porta de entrada para as exportações do Brasil em todos os continentes.
Na América Latina, os escolhidos são Chile e o Panamá; na Europa, a Turquia; e no Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos. Já nos continentes africano e asiático, os países são África do Sul e Cingapura, respectivamente. Completam os mercados prioritários Argentina, Colômbia, Cuba, Peru, Venezuela, Noruega, Polônia, Rússia, China, Coréia do Sul, Vietnã, Canadá, EUA, México, Angola e Egito.
"Para cada região do mundo estabelecemos um país “trader”. Esses países têm o poder de distribuir as exportações brasileiras em suas regiões", explica Teixeira. "Não basta saber o que os países importam, mas quais são as importações que podem ser complementadas com as exportações brasileiras."
Mercados
Na América Latina, o governo brasileiro continua apostando nas exportações para a Argentina. Em 2007, o Brasil vendeu aos argentinos US$ 14,416 bilhões, 32,5% do total importado pelo país. Alguns dos produtos mais competitivos no mercado vizinho, diz a Apex, são máquinas e motores, autopeças e materiais de construção.
Outro vizinho com boas oportunidades é a Venezuela. Entre 2003 e 2007, as importações venezuelanas de produtos brasileiros registraram aumento de 676,5%, passando de US$ 608,2 milhões para US$ 4,723 bilhões. Alimentos e bebidas e máquinas e motores são alguns dos setores mais promissores para as vendas do Brasil à Venezuela, aponta o levantamento da agência.
Nos Estados Unidos, as ações da Apex estão voltadas à comercialização de produtos farmacêuticos, plásticos e suas obras e materiais de construção (obras de pedra e borrachas). Na Ásia, o principal foco está na China, que no ano passado importou US$ 956,261 bilhões. Desse montante, o Brasil respondeu por apenas 1,91%, com exportações de US$ 18,342 bilhões.
Os produtos identificados com maiores chances no mercado chinês são alimentos, como massas e sucos, material de construção (metais não-ferrosos, madeiras e borrachas), moda (higiene e cosméticos, calçados,peles e couros) e máquinas e motores.
No continente africano e no Oriente Médio, dois potenciais mercados são Angola e Emirados Árabes Unidos. Segundo a agência, o crescimento anual médio acima de 10% do PIB de Angola aqueceu a demanda por alimentos e bebidas, como carnes, sucos, leite e outros; materiais de construção (vidros, plásticos, borracha e sua obras, móveis e produtos cerâmicos); máquinas e equipamentos e materiais elétricos e eletrônicos.
Já nos Emirados Árabes Unidos, os segmentos de alimentos e bebidas (carne e café), materiais de construção (borracha, metais não-ferrosos, madeiras e obras de pedra) e máquinas e motores poderiam aumentar as importações brasileiras. Entre os anos de 2003 e 2007, as vendas externas do Brasil para Angola e Emirados Árabes Unidos cresceram, respectivamente, 417,4% e 116,9%.
Dentro do continente europeu um dos países com maior potencial de expansão para as exportações brasileiras é a Rússia. Segundo o estudo da Apex, o mercado russo apresenta oportunidades para vendas de veículos e suas partes, madeiras e cortiças, produtos metalúrgicos e máquinas e motores.

Lula acredita que Brasil ganhará 'guerra comercial' que envolve biocombustíveis

Rodrigo Postigo
09/06/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira (9), em seu programa semanal “Café com o presidente”, acreditar que o Brasil vai ganhar a “guerra comercial” que envolve o uso dos biocombustíveis. Para Lula, a defesa da tecnologia durante a cúpula da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) foi importante para mostrar que o Brasil não teme as críticas ao programa e pode expandi-lo por meio de parcerias com os países africanos, caribenhos e sul-americanos. “Era importante dizer isso porque há uma verdadeira guerra comercial”, enfatizou.
O presidente afirmou que os principais ataques aos biocombustíveis vêm das empresas petrolíferas. Ele disse conhecer também os “interesses” dos países que não produzem etanol ou produzem etanol a partir do milho. “Ele é mais caro, não é competitivo, ao contrário, da cana”, afirmou, destacando que o álcool produz menos gás carbônico do que os outros combustíveis. “Fui para defender a diminuição do uso de combustíveis fósseis. Até porque todos os países do mundo assinaram o Protocolo de Quioto e têm de diminuir a emissão de gases de efeito estufa, mas poucos estão cumprindo isso”,

Petróleo vai render R$ 30 bi por ano ao País

O Estado de São Paulo
09/06/2008
Estimativas preliminares realizadas por técnicos especializados do setor de petróleo indicam que as receitas de royalties e participações especiais deverão atingir no mínimo R$ 30 bilhões anuais até 2010, com a produção dos campos do chamado pré-sal apenas na fase inicial de produção. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a produção de óleo e LGN (Líquido de Gás Natural) deve subir dos atuais 1,95 milhão de barris por dia para 2,81 milhões em 2015. Essa conta, porém, não inclui a produção do megacampo de Tupi, prevista para ser iniciada em 2010.
O potencial total de produção dos novos campos descobertos na Bacia de Santos é desconhecido, mas especula-se que possa representar pelo menos três vezes mais do que o volume atual das reservas brasileiras, estimadas em 14 bilhões de barris. “O teste de longa duração em Tupi vai começar em março de 2009 e só aí vamos poder analisar o reservatório”, disse Gabrielli, durante audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara.
Se as especulações sobre o potencial de Tupi se confirmarem e o preço internacional do petróleo continuar acima de US$ 100 (na sexta-feira bateu em US$ 138), o governo brasileiro estará diante de uma mina de ouro, avaliam técnicos do setor. Por isso, cresce nos bastidores do governo a pressão para que o Palácio do Planalto articule mudanças nos critérios de cobrança e repartição dos royalties.