quinta-feira, 16 de abril de 2009

Vendas mundiais de PCs caem 7,1% no 1º trimestre

Petrobras fora do superávit está em linha com 'práticas internacionais', diz Fazenda

Consumo de energia no Brasil cresceu 5,6% em 2008, diz EPE

Arrecadação de março cai 5% sobre 2008

Anbid define as regras para financiamento pré-IPO

Petrobras fora do superávit está em linha com 'práticas internacionais', diz Fazenda

Medida é mais um passo para avançar em padrões contábeis, diz.
Petrobras poderá captar menos recursos, informa governo.
G1 / Alexando Martello
16/04/2009
A retirada da Petrobras do cálculo do superávit primário do setor público, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública e manter sua trajetória de queda, está em linha com "a metodologia e as práticas internacionais" da maioria dos países que contam com situação semelhante de "empresas não totalmente públicas", informou nesta quarta-feira (15) o Ministério da Fazenda. O governo lembra que, no caso da Petrobras, o Tesouro detém apenas um terço da empresa.
Segundo a assessoria do ministro Guido Mantega, a ação já se encontrava em estudo pelo governo federal, pois atende às novas novas regras de contabilidade privada. "Estamos, com o tratamento conferido à Petrobras, dando mais um passo para avançarmos aos padrões contábeis internacionais", informou o Ministério da Fazenda.
O efeito imediato da retirada da empresa do cálculo do superávit primário é uma folga de cerca de R$ 15 bilhões para investimentos neste ano e de mais R$ 16,8 bilhões em 2010. Também haverá uma redução da meta de economia para pagar juros da dívida pública por conta desta medida, tornando mais lenta a queda da relação dívida/PIB com o decorrer dos anos.
Segundo a equipe econômica, a medida também influenciará as necessidades de captações de recursos para fazer os investimentos previstos. "[A Petrobras] poderá, inclusive, se considerar adequado, captar menos recursos nos mercados financeiros, seja interno ou e externo", informou o Ministério da Fazenda.

Consumo de energia no Brasil cresceu 5,6% em 2008, diz EPE

Redação Terra
16/04/2009
O consumo de energia no Brasil cresceu 5,6% em 2008, se comparado a 2007, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Considerando todas as formas de energia utilizadas, foram consumidos, no ano passado, 252 milhões de t equivalentes de petróleo (tep).
Com exceção da energia hidráulica, que teve queda de 1,7%, houve expansão do consumo de todas as principais formas de energia primária.
Com relação aos combustíveis, o grande destaque foi a expansão 17,7% do consumo de etanol. De acordo com a EPE, o aumento do consumo de álcool hidratado, de 28,2%, foi ainda mais significativo, tendo sido consumidos mais de 17,5 bilhões de l no País.

Autoridades americanas vão ampliar transparência dos bancos

AFP
16/04/2009
As autoridades dos Estados Unidos publicarão informações sobre a saúde dos 19 principais bancos do país, comunicou nesta quarta-feira a Casa Banca.
"O secretário (Timothy Geithner) e o departamento do Tesouro estimam que a transparência é importante para os contribuintes, os bancos e a estabilidade do sistema financeiro no geral", declarou o porta-voz da presidência Robert Gibbs. "Acredito que é isto que vamos ver (...) entre o final de abril e o início de maio", disse Gibbs.
O porta-voz se referia ao "teste de resistência" que as autoridades aplicam aos 19 principais bancos do país (que controlam cerca de US$ 100 bilhões em ativos) para avaliar sua saúde e as eventuais necessidades de capital para resistir à crise.

Arrecadação de março cai 5% sobre 2008

Valor Econômico / Arnaldo Galvão
16/04/2009
A arrecadação de tributos administrada pela Receita Federal em março, sem contar com as contribuições previdenciárias, teve queda real de 5% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que representa redução sensivelmente menor que os 11,13% re recuo verificados em fevereiro na comparação com fevereiro de 2008. Em março de 2008, em valores correntes, o governo federal recolheu R$ 51 bilhões.
Apesar das aparências, porém, os técnicos do governo avaliam que esse movimento não significa uma recuperação da atividade econômica porque o desempenho das contribuições PIS e Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) continua muito abaixo dos níveis apresentados em março de 2008. A Receita identificou que os números da arrecadação, em março, foram influenciados de maneira positiva pela concentração do ajuste do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) referente ao ano passado.
As empresas que recolheram o IRPJ por estimativa dos ganhos, em 2008, tiveram de fazer a declaração de ajuste nos três primeiros meses deste ano. As normas tributárias permitem que esses pagamentos sejam divididos em três vezes, mas as empresas acabam concentrando esses recolhimentos de acordo com as condições mais vantajosas da economia. Em 2008, com juros altos e vendas aquecidas, a maioria preferiu pagar em janeiro. Neste ano, com o cenário de crise econômica, a opção que prevaleceu foi a do ajuste em março.
Como esse ajuste do IRPJ ainda reflete o desempenho da economia em 2008, a Receita não pode traçar uma tendência para a arrecadação neste ano. A queda real de 5% em março (já descontada a variação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA) não autoriza os técnicos a afirmar que o pior já passou. Eles preferem aguardar os números de abril para apontar com mais segurança uma perspectiva para 2009. Apenas quando tiverem os detalhes da arrecadação dos primeiros quatro meses do ano nas mãos, os auditores terão uma perspectiva mais claro dos impactos na tributação da atividade econômica de todo o primeiro trimestre deste ano.

Anbid define as regras para financiamento pré-IPO

Gazeta Mercantil
16/04/2009
Para tentar evitar ou minimizar efeitos de um conflito de interesse do banco coordenador de uma oferta pública na formação de preços dos papéis da emissora, a Associação Nacional de Bancos de Investimentos (Anbid) definiu, na última reunião de diretoria, no dia 17 de março, regra de autorregulação do mercado de capitais que vale a partir de hoje mas só serão testadas nos próximos IPOs.
"A Anbid busca estimular o aperfeiçoamento do mercado e começamos no ano passado a examinar regras para proteger o investidor e dar mais transparência ao relacionamento do coordenador com a emissora", diz Alberto Kiraly, vice-presidente e coordenador da Comissão de Finanças Corporativas da associação.
O coordenador líder é responsável pelo processo de formação de preço da ação junto a investidores (bookbuilding) para realizar a oferta pública, mas essa instituição pode também ser financiadora desse processo ou de projetos que ajudam a empresa a se tornar mais atraente aos olhos do mercado, processo chamado de "equity kicker". Consequentemente, ajuda a valorizar as ações, e sua receita comissionada aumenta conforme aumenta a captação.
Mas muitas ofertas públicas entre 2005 e 2007 tiveram esse recursos - mas o preço inicial das ações não se mostrou sustentável no decorrer dos pregões. Por isso, com base na experiência internacional, a entidade definiu que toda operação em que o banco atuante como um dos líderes da oferta tiver participação acionária superior a 10% na empresa emissora ou estiver recebendo em decorrência do IPO um volume de recursos superior a 20% do montante captado, terá que ser dividida com uma outra instituição financeira independente.
"Apenas com uma participação acima 10% do capital é que o banco passa a ter condição de ter assento no conselho e influir na gestão da companhia. Já no volume de receita com o IPO, consideramos que abaixo de 20% não é material suficiente para uma situação de conflito", explica Kiraly.
Ele lembra que são poucos os bancos que têm participação acionária nas empresas, mas quando estão presentes principalmente via fundo de private equity, são fatias relevantes, entre 30% e 80%. Já no caso das participação nas receitas de IPOs, a Anbid identificou três casos em que o volume destinado ao coordenador da oferta ficou acima de 50% da captação. O executivo prefere não citar as companhias, mas entre os casos mais citados no mercado brasileiro com "ágio" nas ações estão Agrenco e Inpar.

Deals Help China Expand Its Sway in Latin America

The New York Times
By SIMON ROMERO and ALEXEI BARRIONUEVO
Published: April 15, 2009
CARACAS, Venezuela — As Washington tries to rebuild its strained relationships in Latin America, China is stepping in vigorously, offering countries across the region large amounts of money while they struggle with sharply slowing economies, a plunge in commodity prices and restricted access to credit.
In recent weeks, China has been negotiating deals to double a development fund in Venezuela to $12 billion, lend Ecuador at least $1 billion to build a hydroelectric plant, provide Argentina with access to more than $10 billion in Chinese currency and lend Brazil’s national oil company $10 billion. The deals largely focus on China locking in natural resources like oil for years to come.
China’s trade with Latin America has grown quickly this decade, making it the region’s second largest trading partner after the United States. But the size and scope of these loans point to a deeper engagement with Latin America at a time when the Obama administration is starting to address the erosion of Washington’s influence in the hemisphere.
“This is how the balance of power shifts quietly during times of crisis,” said David Rothkopf, a former Commerce Department official in the Clinton administration. “The loans are an example of the checkbook power in the world moving to new places, with the Chinese becoming more active.”
Mr. Obama will meet with leaders from the region this weekend. They will discuss the economic crisis, including a plan to replenish the Inter-American Development Bank, a Washington-based pillar of clout that has suffered losses from the financial crisis. Leaders at the summit meeting are also expected to push Mr. Obama to further loosen the United States policy toward Cuba.
Meanwhile, China is rapidly increasing its lending in Latin America as it pursues not only long-term access to commodities like soybeans and iron ore, but also an alternative to investing in United States Treasury notes.
One of China’s new deals in Latin America, the $10 billion arrangement with Argentina, would allow Argentina reliable access to Chinese currency to help pay for imports from China. It may also help lead the way to China’s currency to eventually be used as an alternate reserve currency. The deal follows similar ones China has struck with countries like South Korea, Indonesia and Belarus.
As the financial crisis began to whipsaw international markets last year, the Federal Reserve made its own currency arrangements with central banks around the world, allocating $30 billion each to Brazil and Mexico. (Brazil has opted not to tap it for now.) But smaller economies in the region, including Argentina, which has been trying to dispel doubts about its ability to meet its international debt payments, were left out of those agreements.
Details of the Chinese deal with Argentina are still being ironed out, but an official at Argentina’s central bank said it would allow Argentina to avoid using scarce dollars for all its international transactions. The takeover of billions of dollars in private pension funds, among other moves, led Argentines to pull the equivalent of nearly $23 billion, much of it in dollars, out of the country last year.
Dante Sica, the lead economist at Abeceb, a consulting firm in Buenos Aires, said the Chinese overtures in the region were made possible by the “lack of attention that the United States showed to Latin America during the entire Bush administration.”
China is also seizing opportunities in Latin America when traditional lenders over which the United States holds some sway, like the Inter-American Development Bank, are pushing up against their limits.
Just one of China’s planned loans, the $10 billion for Brazil’s national oil company, is almost as much as the $11.2 billion in all approved financing by the Inter-American Bank in 2008. Brazil is expected to use the loan for offshore exploration, while agreeing to export as much as 100,000 barrels of oil a day to China, according to the oil company.
The Inter-American bank, in which the United States has de facto veto power in some matters, is trying to triple its capital and increase lending to $18 billion this year. But the replenishment involves delicate negotiations among member nations, made all the more difficult after the bank lost almost $1 billion last year.
China will also have a role in these talks, having become a member of the bank this year.
China has also pushed into Latin American countries where the United States has negligible influence, like Venezuela.
In February, China’s vice president, Xi Jinping, traveled to Caracas to meet with President Hugo Chávez. The two men announced that a Chinese-backed development fund based here would grow to $12 billion from $6 billion, giving Venezuela access to hard currency while agreeing to increase oil shipments to China to one million barrels a day from a level of about 380,000 barrels.
Mr. Chávez’s government contends the Chinese aid differs from other multilateral loans because it comes without strings attached, like scrutiny of internal finances. But the Chinese fund has generated criticism among his opponents, who view it as an affront to Venezuela’s sovereignty.
“The fund is a swindle to the nation,” said Luis Díaz, a lawmaker who claims that China locked in low prices for the oil Venezuela is using as repayment.
Despite forging ties to Venezuela and extending loans to other nations that have chafed at Washington’s clout, Beijing has bolstered its presence without bombast, perhaps out of an awareness that its relationship with the United States is still of paramount importance. But this deference may not last.
“This is China playing the long game,” said Gregory Chin, a political scientist at York University in Toronto. “If this ultimately translates into political influence, then that is how the game is played.”

Brazil's auto industry markets ethanol as green

Wed Apr 15, 2009 11:27pm EDT
SAO PAULO (Reuters) - The big four auto makers in Brazil joined forces with the Sugar Cane Industry Association (Unica) on Wednesday in a campaign aimed at expanding the use of cane-based ethanol in flex-fuel vehicles.
Local subsidiaries of U.S.-based General Motors Corp and Ford Motor Co, Italy's Fiat SpA and Germany's Volkswagen AG will together distribute 2 million free booklets explaining the benefits of ethanol for consumers who buy their flex-fuel cars in Brazil.
"Brazil's interest in ethanol is in accordance with GM's interest," said General Motors' CEO in Brazil, Jaime Ardila, in a news conference to launch the partnership.
The initiative is part of Unica's efforts to change consumers' view on the fuel.
Most flex-fuel car owners decide whether to use ethanol or gasoline based solely on which is selling at the cheapest price in the filling station. Unica believes that a bigger awareness of ethanol's environmental benefits would give demand a boost.
"This could help to improve ethanol consumption," said Unica's President Marcos Jank.
The material shows that ethanol has 90 percent less greenhouse gas emissions than gasoline -- partly because cane absorbs the carbon dioxide while it grows in the fields.
It also explains to consumers that they do not have to alternate the use of gasoline and ethanol in their cars for performance reasons, as some may think.
Together, General Motors, Ford, Fiat and Volkswagen account for 80 percent of the Brazilian auto market.
The auto industry's ties with Brazil's sugar cane industry are not new. The launch of the 100-percent-ethanol-powered engines in the 1970s was crucial for the development of the domestic ethanol market, the world's largest for decades.
The most recent boost to ethanol sales came in 2003, with the launch of flex-fuel cars that run on any mixture of ethanol and gasoline. These cars today account for nearly 100 percent of the four main auto makers' national output.
Considering the 25-percent blend of ethanol in all gasoline sold in Brazil, the cane-based fuel accounts for more than half of the automobile fuel market in the country.
According to Unica, since 2003, ethanol used by flex-fuel cars has sequestered 45 million tonnes of greenhouse gases - the equivalent of planting 144 million trees in 20 years.
(Reporting by Inae Riveras; Editing by Reese Ewing and Christian Wiessner)