sexta-feira, 8 de maio de 2009

Lucro da AmBev sobe 32% no trimestre para R$ 1,61 bi

Agência Estado / Hélio Barboza, Stella Fontes e Tatiana Freitas
08/05/2009
A companhia de bebidas AmBev informou que registrou lucro líquido de R$ 1,613 bilhão nos três primeiros meses deste ano, o que representa uma alta de 32,2% ante os ganhos apurados um ano antes, segundo o padrão contábil IFRS.
No período entre janeiro e março de 2009, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia somou R$ 2,8 bilhões, com crescimento orgânico (sem considerar fusões e aquisições) de 27% ante o registrado no primeiro trimestre do ano passado. A receita líquida da companhia subiu 10,7% na mesma base de comparação, considerando-se o critério de crescimento orgânico, para R$ 5,656 bilhões.
O volume de vendas de cerveja da AmBev no Brasil, principal negócio da companhia, cresceu 7,6% no primeiro trimestre de 2009, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, e somou 17,8 milhões de hectolitros. Segundo a empresa, o clima mais favorável no período, a ocorrência do Carnaval mais tarde este ano, além do aumento da renda disponível do consumidor pela primeira vez em seis trimestres, com a desaceleração da inflação de alimentos e o aumento do salário mínimo, favoreceram o consumo de cerveja no País no período.
A participação de mercado da AmBev no segmento foi de 67% entre janeiro e março deste ano, 0,70 ponto porcentual abaixo do mesmo período do ano anterior. A perda de market share é atribuída pela companhia ao reajuste de preço implementados no início do verão.
No segmento de bebidas não alcoólicas e não carbonatadas, a fabricante obteve um aumento ainda mais significativo no volume vendido, da ordem de 12,6%, para 6,5 milhões de hectolitros. O clima favorável, o aumento da renda disponível e o Carnaval também impulsionaram as vendas, segundo a companhia, que também obteve um ganho de participação de mercado de 0,40 ponto porcentual, para 17,4% nos três primeiros meses deste ano.
No consolidado, o volume comercializado pela AmBev no País, no primeiro trimestre de 2009, subiu 8,9% ante igual período de 2008.

Faturamento da indústria cresce 2,9% em março, diz CNI

Último Segundo / Sarah Barros
08/05/2009
Indicadores industriais divulgados nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram aumento no faturamento real do setor e na utilização da capacidade instalada (quanto do setor esteve trabalhando no período). Em março, o faturamento cresceu 2,9% em comparação com mês de fevereiro pelo critério dessazonalizado. Já a utilização da capacidade instalada passou de 78,2% para 78,7%.
Embora os números mostrem sinais de melhora, de acordo com a CNI, o início da recuperação da atividade industrial ainda não foi consolidado. Um dos motivos é a queda no indicador horas trabalhadas (menos 0,2% em março em relação a fevereiro; e 6,6% em relação ao mesmo mês do ano passado).
O indicador de emprego também caiu nas duas comparações: 0,7% em relação a fevereiro e 2,5% em relação a março do ano passado.
Estes resultados favoreceram o fechamento da massa salarial com queda de 1,8% na comparação anual. Segundo a CNI, é o único mês a apresentar queda na comparação anual, desde 2006, quando o indicador passou a ser calculado. "Este dado é de fato um indicador do impacto da crise sobre o setor", frisou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Em março, houve queda de 0,2% nas horas trabalhadas, sendo que em fevereiro havia sido apresentado indicador positivo dessazionalizado de 0,2%. O emprego caiu 0,7% em março, contra retraçào de 1,1% no mês passado na comparação com janeiro. "O aumento na produção e a queda nas horas trabalhadas mostram que, em março, o setor continuou fazendo ajuste de estoques", destacou o gerente. "O mercado de trabalho é, em geral, o último a regair", completou.

Câmara aprova Refis da crise com limite e reajuste pela TJLP

DCI / Abnor Gondim
08/05/2009
Depois de dois meses de discussão no Congresso, o novo e mais amplo programa de renegociação fiscal do governo Lula foi aprovado ontem na Câmara dos Deputados, com a vitória da base aliada sobre a oposição. Os governistas conseguiram recolocar a "trava" para novos refinanciamentos fiscais que os oposicionistas no Senado haviam retirado na Medida Provisória 449, responsável pela criação do chamado "Refis da Crise".
A matéria segue para sanção presidencial. De acordo com o texto aprovado pelos deputados, a "trava" estabelece que o valor da parcela do novo refinanciamento não poderá ser menor que 85% da parcela do refinanciamento anterior. A intenção é evitar uma queda brusca de arrecadação. O governo estimula que o dispositivo representaria uma perda fiscal de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões por ano.
A versão original encaminhada pelo governo para enfrentar a crise econômica global previa o perdão apenas para dívidas tributárias antigas de até R$ 10 mil. Na Câmara, o relator da matéria, deputado e empresário Tadeu Filipelli (PMDB-DF), ampliou a proposta para permitir refinanciamentos acima desse valor em até 15 anos. São beneficiadas pessoas físicas e jurídicas com dívida vencida até novembro de 2008.
O relator disse que foi inspirado pela MP 457, editada para alongar em até 20 anos as dívidas previdenciárias das prefeituras com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Em época de crise, as empresas enfrentam tanto ou mais problemas para pagar os tributos do que as prefeituras", comparou.
Veto à TJLP
Para conseguir o apoio da oposição, as lideranças governistas concordaram com a manutenção da correção do refinanciamento pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) ou 60% da taxa Selic: das duas, a maior. Pela versão original, a correção deve ser feita pela taxa Selic, que é 10,25% ao ano, conforme a última reunião do Conselho de Política Monetária ( Copom), enquanto a TJLP está em 6,25% ao ano. Os 60% da taxa Selic são menos ainda - 6,15%. No entanto, o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), já sinalizou que poderá haver veto do presidente Lula. Caso o veto se confirme valerá a regra de refinanciamentos, que é o reajuste pela Selic.
O líder disse que o governo tem compromisso com a responsabilidade fiscal e não poderia aceitar a ampliação dos benefícios já assegurados aos contribuintes em débito com a Receita Federal. "É natural haver essas pressões dos partidos, mas o governo não pode comprometer sua capacidade de arrecadação", afirmou Fontana ao jornal DCI. "Vamos resolver isso com o veto do presidente. Não podemos indexar um refinanciamento de 180 meses com taxa de juros subsidiados, que a TJLP, criada para incentivar novos investimentos e não para corrigir dívidas não pagas a 2, 3, 4, 5 anos atrás", justificou.
Anteontem, em reunião com líderes da base aliada, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, alegaram que o governo paga suas dívidas corrigidas pela Selic e que, portanto, também deve receber por esse mesmo índice.
Na votação de ontem, foi introduzida outra mudança importante. É a emenda aprovada no Senado que estabelece que agentes públicos financeiros, como diretores do Banco Central, não serão mais responsabilizados individualmente por eventuais erros cometidos em momento de crise. O relator rejeitou a ideia de que a mudança promova a impunidade no BC. Para ele, o objetivo de preservar agentes públicos que em momentos de crise tomarem medida excepcional para manter a liquidez do sistema financeiro e resguardar os interesses de depositantes e investidores. "Não há nada disso. Um gestor público que atende uma legislação visando a atender alguma demanda em um momento excepcional, de crise, não pode responder individualmente por não ter alcançado os objetivos, desde que não haja má-fé, claro", argumentou o parlamentar.
Nesse caso, a reação veio do PSOL. "É um absurdo e deve ser vetada pelo governo. Em nome de adotar medidas anticrise, eles não receberam nenhuma fiscalização ou punição pela atitude que tomaram sob a alegação de defender os investidores", protestou o líder, Ivan Valente (SP).

Balanços já mostram quem ganha ou perde com a crise

Valor Online / Graziella Valenti
08/05/2009
Enquanto as companhias de commodities industriais sofrem com a crise, as de consumo exibem boa performance
A crise produziu dois mundos diferentes quanto ao desempenho das companhias abertas. Os balanços do primeiro trimestre divulgados ontem confirmam o que a atual "safra" de resultados já vinha apontando: as companhias de commodities industriais e indústrias de base sofreram intensamente com a crise. Já as companhias ligadas ao consumo exibiram boa performance.
Segundo o diretor-presidente do Grupo Gerdau, André Gerdau Johannpeter, a companhia foi atingida pela crise "como a grande maioria das empresas no mundo" no setor siderúrgico. Na comparação com o mesmo período de 2008, a receita líquida consolidada caiu 22%, para R$ 7 bilhões. Com a queda no preço do aço e a perda de escala, a companhia teve prejuízo operacional de R$ 53,3 milhões.
Assim com a siderúrgica, outras companhias de commodities saíram machucadas dessa temporada. O lucro operacional da Vale do Rio Doce caiu 22%, para R$ 4,1 bilhões, depois que a receita líquida recuou 8%, para R$ 12,9 bilhões.
Enquanto isso, companhias com atividades ligadas ao consumo tiveram uma quebra positiva nas expectativas. Além da AmBev, que aumentou a receita líquida em 11%, para R$ 5,6 bilhões, a varejista Marisa só não cresceu porque foi conservadora em suas previsões. O próprio presidente da empresa, Marcio Goldfarb, admitiu ter errado ao apostar num cenário "catastrófico", que não se confirmou. A receita da Marisa (sem serviços financeiros) foi apenas 2,2% menor no primeiro trimestre deste ano do que no de 2008, totalizando R$ 236,3 milhões. Já a receita líquida da Hering subiu 32,7% e o lucro operacional deu um salto de 60,2%, para R$ 16,3 milhões.
Para o professor de ambiente econômico global do Ibmec São Paulo, Otto Nogami, o consumidor postergou grandes compras, como casa e carro, mas as trocou "por pequenos prazeres", ou seja, o consumo de bens de menor valor. Ele destaca que apesar da alta na taxa de desemprego doméstico, as demissões ocorreram em setores específicos - não foram generalizadas.

Aeroshoppings são vitrines para expansão de varejistas no exterior

Gazeta Mercantil
08/05/2009
Manter um ponto-de-venda em um aeroshopping - aquelas galerias de lojas instaladas em aeroportos - pode custar o dobro do valor do que fazer parte de um shopping center tradicional mas, mesmo assim, este tipo de empreendimento tem chamado a atenção de varejistas de diversos segmentos. Apesar do alto investimento, a justificativa das empresas é que os aeroportos servem de vitrines para divulgar suas marcas no exterior.
Com varejistas na fila por uma vaga, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pela administração de 67 aeroportos e 14 aeroshoppings, planeja a abertura de mais cinco dessas galerias em 2009 e, para isso, deve contar com parte da verba de R$ 1 bilhão - proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da própria Infraero - destinada a investimentos em aeroportos brasileiros.
A Chilli Beans, varejista de óculos de sol com 225 pontos-de-venda no País, percebeu que os aeroshoppings servem de vitrines para a expansão de suas franquias no exterior. A rede já conta com franqueados em Portugal (6), Panamá (2) e Estados Unidos (2), e atribui o bom desempenho no exterior a sua presença em quatro aeroshoppings do Nordeste. "Vemos os aeroshoppings mais como um investimento na construção da nossa marca. O próximo passo é abrir uma franquia em Dubai", afirma Mario Ponci Neto, diretor de expansão e novos negócios da rede.
Os próximos aeroportos a contar com estrutura de aeroshoppings são: Galeão - Antonio Carlos Jobim (RJ); Londrina - Governador José Richa (PR); Marechal Cunha Machado (MA); Florianópolis (SC) e Goiânia (GO). "Eles já têm lojas, mas não possuem o conceito de aeroshopping que é, entre outras coisas, ter um projeto de comunicação visual apropriado", conta Fernando Nicácio, diretor comercial da Infraero.

Emerging-Market Stocks Rise for Biggest Weekly Gain in 5 Months

By Laura Cochrane
May 8 (Bloomberg) -- Emerging-market stocks rose, heading for their biggest weekly gain in five months, as stress tests indicated U.S. banks may be able to plug their capital hole with private funds and higher oil prices lifted energy companies.
The MSCI Emerging Markets Index added 0.4 percent 717.99 at 8:06 a.m. in London, extending the weekly gain to 8.3 percent, the steepest climb since Dec. 12.
“We are witnessing a rise in risk appetite,” emerging- market analysts at ING Groep NV wrote today in a research note.
The MSCI Emerging Markets Banks Index reached a seven-month high, boosted by a 7.8 percent gain in China Merchants Bank Co. after U.S. bank stress tests showed the 19 largest banks face a $74.6 billion capital hole, less than the hundreds of billions of dollars seen by outside analysts.
PetroChina Co., China’s largest oil producer, climbed 3.5 percent as crude oil increased as much as 1.2 percent to $57.39 a barrel in New York, poised for its biggest weekly gain since March, while OAO Rosneft, Russia’s largest oil producer, rallied 1.9 percent to the highest level since September.
Crude oil is set to reach $62.65 a barrel “in the near future” and rally to $78 within six months as prices retrace the surge that started in 1998, according to technical analysis by PVM Oil Associates Ltd.
The extra yield investors demand to own developing nations’ bonds instead of U.S. Treasuries fell three basis points to 4.64 percentage points, according to JPMorgan Chase & Co.’s EMBI+ Index. The gauge is poised for its biggest weekly decline since October.

Brazil's Wind Energy Auction An Investor Opportunity

Thu May 7, 2009 10:44am EDT
By Green Chip Stocks - Green Chip Stocks
By Sam Hopkins
They have a different sense of "normal" here in Rio. I've been all over this city in the past week, talking to people in business suits and bathing suits about what they think of Brazilian biofuels.
Having come down to Brazil out of the schizoid Baltimore April weather, I'm enthralled with the Southern Hemisphere's autumn sun. It's warm but doesn't burn.
Brazilians tell me they're cold now. I tell them to come stay at my house in January and let me know if they still think the same thing.
Aside from the weather patterns, energy expectations are totally different, too.
From the world-famous beaches of Ipanema and Corcovado to the favelas, shanty towns scattered throughout the hillsides and suburbs, sugar ethanol is a fact of life.
It's not by accident, either. Brazilian sugar ethanol has been developing since 1975 under the government's ProAlcool initiative, which gave the country a head start on the United States and other economic titans.
Now, Brazilian ethanol costs about 2/3 of what petrol costs at the pump, and even with slightly lower fuel economy (about 2 kilometers-per-liter less than regular unleaded), ethanol comes out on top in consumers' minds. As Brazilian policy has generated the market for this biofuel, international auto companies have conformed to ethanol demand with flexfuel vehicles.
So what's the next normal for this top emerging market's clean energy supply?
Hydro and Wind: a Power "Pas-de-Deux"
Brazil's minister of mines and energy, Edison Lobão, called wind energy the "princess of alternative energy" this week. In fact, I'm hearing enthusiasm for wind energy development in my conversations with government officials, industry heads, and beach bums alike.
And I have an idea who the "prince" of Brazilian renewables may be.
Right near where I am in Copacabana, there's an outcropping where the wind whips around so hard that the beautiful bossa nova music you hear while sitting on the rocks could be your last tune. . . if you decide to take a swim.
That dance of the wind and water extends from the seashores into the depths of the Amazon, where flow-of-stream hydropower is supplanting dam construction as the most environmentally friendly method of bringing electricity to underserved regions.
Lauro Fiuza, head of the Brazilian Wind Energy Association, pointed out this week at the Renewable Energy Finance Forum that hydropower wanes to 50% of capacity in the second half of every year. . .
That's right when wind energy picks up, so Brazil's national bank for development, BNDES, is funding up to 80% of projects to tie hydro and wind in a comprehensive power program.
It's all part of ProInfa, the government's national plan for expanding alternative electricity resources.
What ProAlcool has been to vehicular fuel in Brazil, ProInfa is to power.
And Brazil is committed to leading the Latin America-Caribbean region in renewable energy's contribution to skyrocketing industrial and household demand.
Residential electricity demand in the LAC region is expected to quadruple by 2030, according to Lori Kerr of the Inter-American Development Bank. That includes more rural households coming online and urban households in developing countries being able to afford more electronic equipment by the year (the street markets here are full of Nintendo Wii systems!).
Here's the kicker, though. . . While BNDES and other government support structures are very important to creating concerted national energy strategies, the IADB pegs private investment as the key factor.
80% of the investment required to satisfy Brazil's growing energy needs will come from the private sector! $1.8 trillion is needed in infrastructure development alone by 2030.
That means stock opportunities for international investors who take the trends as seriously as locals do. . .
So we're tracking all the market movements in Green Chip International, especially November's Brazilian wind energy auction — the first the country has ever held, and a huge market-oriented step forward for ProInfa.
You may not be able to get down to Brazil to see all of this with your own eyes, but the view from here is quite promising.
Sign up for GCI to get the first crack at our stock plays on Latin American and Brazilian alternative energy expansion (many of which trade right on Wall Street).
Learn more about GCI right here: www.angelnexus.com/o/web/12319 Boa Tarde do Rio! (Good afternoon from Rio)