quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vendas pela internet aumentam 27% no 1º semestre

Valor Online
19/08/2009
O comércio eletrônico superou as expectativas no primeiro semestre deste ano e alcançou faturamento de R$ 4,8 bilhões. A expansão foi de 27% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado, conforme levantamento da e-bit e da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
Tal crescimento teve influência importante da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos, que foi determinada pelo governo como meio de incentivo ao consumo e combate aos efeitos da crise.
Com isso, os eletrodomésticos, que oscilaram entre a 4ª e a 5ª posição nos últimos estudos, avançaram para a segunda categoria de produtos mais comprados na primeira metade deste ano pela internet, respondendo por 13% do total de pedidos.
Outro efeito importante para o avanço do comércio online, segundo a e-bit, está no conforto e na segurança dos consumidores. Segundo esta edição da pesquisa, 86% dos consumidores brasileiros estão satisfeitos com o varejo virtual.
Com compras de valor mais elevado, o ticket médio das compras pela internet alcançou R$ 323, o que justificou o incremento de R$ 1 bilhão no faturamento do semestre.
Para a segunda metade de 2009, a expectativa dos agentes é de que o faturamento das vendas online alcance R$ 5,8 bilhões. O período de julho a dezembro embute não só o Dia dos Pais e o Dia das Crianças, mas principalmente o Natal, que é a data comercial campeã de vendas também nas compras pelo computador.
Em volume de compradores, a expectativa é de que 2009 termine com 2 milhões a mais de consumidores virtuais, elevando para 17 milhões o número de pessoas que já compraram pelo menos uma vez pela internet.
Ao analisar o negócio de vendas pela internet, a e-bit afirma que as pequenas e médias empresas estão aumentando a presença nesse meio.
No primeiro semestre deste ano, a participação de mercado das dez maiores varejistas tiveram uma queda de 5,5 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2008. Ao mesmo tempo, o conjunto de pequenas e médias varejistas ganhou 1,6 ponto percentual de participação no mesmo período em análise.

IFRS no mundo

Contabilidade Financeira
19/08/2009
Segundo a Reuters (Drive for accounting convergence slows, G20 key, 17/8/2009, Huw Jones) a convergência internacional está lenta. Isto apesar da crise financeira e das frases de efeito dos líderes do G20 no sentido de melhorar a convergência dos padrões contábeis ainda em 2009. E das vantagens propagadas do processo em termos de comparabilidade e custo.
Até o momento, mais de cem países já aderiram as normas do International Financial Reporting Standards (IFRS), incluindo 8 mil empresas dos 27 países da União Européia. Em 2011 o grupo terá ainda o Japão, Coréia, Índia e Canadá.
Mas para que os padrões sejam globais realmente, afirma a Reuters, é necessário a presença da maior economia mundial, os Estados Unidos. Entretanto, os EUA tem evitado este tema. Os reguladores estão focados nos seus problemas e existe oposição interna. Existe um posição de que a convergência pode ser feita de forma bilíngue, onde IFRS e normas estadunidenses co-existiriam indefinitivamente. Esta proposta não conta com o apoio do Iasb.
Existe um arranjo em que quatro dos 15 assentos do Iasb fossem ocupados por representantes dos EUA para facilitar o processo de adesão daquele país as normas. Este "arranjo" termina em 2011. Tweedie, maior dirigente do Iasb, afirmou, segundo a Reuters, que é impossível manter o acordo sem um compromisso firme dos EUA com a convergência.
Mas uma boa parte do dinheiro do Iasb tem sua origem nos EUA.
A crise financeira e a visão dos reguladores sobre o valor justo agravou o problema. Segundo Helen Brand, da Association of Chartered Certified Accountants de Londres, a liderança do G20 é fundamental para a implementação efetiva do IFRS, as normas internacionais.
Isto significa dizer que o processo de convergência é uma decisão muito mais política do que técnica.

Fundos verdes precisam amadurecer

O patrimônio dos sustentáveis corresponde a apenas 0,6% do total investido em fundos de ações
AE / Luís Eduardo Leal
19/08/2009
Quando um investidor ou gestor seleciona determinada empresa para a carteira de ações pensa, em primeiro lugar, no potencial de retorno. Nos últimos anos, contudo, uma nova percepção, de que a rentabilidade não pode estar dissociada de responsabilidade social, vem ganhando força, especialmente entre investidores institucionais, como fundos de pensão.
No relacionamento com os acionistas, um número crescente de companhias, inclusive no Brasil, passou a desenvolver e prestar informações sobre iniciativas comunitárias, culturais ou ambientais. Reproduzindo uma tendência já vigorosa nos Estados Unidos e na Europa, os gestores passaram a constituir fundos, abertos também aos pequenos investidores, que reúnem ações de empresas alinhadas com boas práticas de governança corporativa, inserção social e respeito ao meio ambiente - os chamados fundos éticos ou verdes, conhecidos em conjunto como fundos de responsabilidade social, que ainda engatinham no Brasil.
“Nos anos 70, Milton Friedman (ícone dos economistas neoliberais) dizia que a empresa que praticasse ações ambientais além do que previa a legislação estaria praticando uma espécie de ‘socialismo’, contrário ao interesse dos acionistas”, observou o professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Ricardo Abramovay, em recente evento sobre fundos sustentáveis. “Crescer e distribuir renda é algo já percebido como possível. O desafio agora é compatibilizar esse processo com a preservação do meio ambiente, da biodiversidade. O meio ambiente sempre foi tratado como externalidade à atividade econômica”, acrescenta o professor, especialista em questões socioambientais.
Nos Estados Unidos, os fundos de responsabilidade social possuíam US$ 2,7 trilhões em patrimônio líquido em 2007 (último dado disponível), o equivalente a 10,8% da indústria de fundos norte-americana naquele ano, que totalizava US$ 25 trilhões. “Mesmo nos Estados Unidos, a maior parte dos recursos direcionados a fundos de responsabilidade social ainda provém de fundos de pensão, investidores institucionais, fundações e grandes investidores individuais”, diz o superintendente de renda variável da Itaú Unibanco Asset Management, Walter Mendes, que observa que a mesma tendência deve ser seguida pelo Brasil nos próximos anos. “Alguns fundos de pensão daqui, como a Previ, começam a dar atenção a isso.”
Mendes acrescenta que os fundos de responsabilidade social têm apresentado rentabilidade superior à média do mercado norte-americano. “Este não deve ser o primeiro critério de avaliação, mas o fato é que, nos Estados Unidos, o retorno tem sido muito bom, superior ao do S&P 500 [índice referência do mercado acionário norte-americano]”, diz. “Tanto na crise como na recuperação do mercado, o Calvert Social Index (índice seguido pelos grandes gestores de fundos socialmente responsáveis) tem se comportado melhor do que o S&P 500.”
Nos Estados Unidos, quem investe nesses fundos não apenas pratica uma “boa ação”. Na verdade, está comprando também “boas ações”, como as de empresas envolvidas no desenvolvimento de tecnologias alternativas de energia que, em algum momento, significarão remuneração ao investimento dos que apoiaram a sua evolução. Mendes reconhece que esse fator pode limitar o potencial de crescimento do nicho no Brasil – as carteiras daqui estão mais associadas a princípios de governança corporativa e ao manejo dos efeitos colaterais da atividade empresarial do que propriamente à atividade-fim das companhias.

Câmara aprova MP que libera União a socorrer prefeituras

Agencia Estado / Denise Madueño
19/08/2009
O plenário da Câmara aprovou hoje o texto básico da medida provisória (MP) 462, que, originalmente, foi editada para permitir o socorro da União às prefeituras, para compensar as perdas com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no limite orçamentário de R$ 1 bilhão. A MP, no entanto, recebeu diversas alterações feitas pelo relator, deputado Sandro Mabel (PR-GO). O relator incluiu itens que tratam de parcelamento de dívidas dos municípios, que tratam de política ambiental, de renegociação de débitos com a União, alteram o Código Civil, promovem isenção de contribuição previdenciária, entre outros pontos.
Com tanta carona, a MP foi apelidada de "MP ônibus". Essa é a última MP em que não vale a regra instituída pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), de não aceitar mais emendas ao texto de assuntos que não têm relação com a proposta original. Os deputados estão votando agora pontos da MP de forma separada.
O relator incluiu itens que já foram vetados anteriormente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na MP 449, os parlamentares incluíram juros mais baixos para a correção do parcelamento de débitos com a União para quem aderir ao Refis, mas Lula vetou. Mabel insistiu. Ele repetiu no seu parecer a mudança do cálculo de correção pela taxa Selic para a média aritmética da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJPL) e da Selic.
Ele também repetiu a extensão do crédito presumido de PIS e Cofins para os insumos utilizados para a produção do biodiesel, também incluído na MP 449 e vetado por Lula. Mabel incluiu em seu parecer dispositivos que estavam na MP 452. Essa MP perdeu a validade em junho passado, porque não foi votada em tempo pelos senadores. Dentre eles, o polêmico que dispensa o licenciamento ambiental obrigatório nas obras de pavimentação, adequação e ampliação das rodovias federais já existentes, com a instituição de um procedimento simplificado.
O relator acrescentou no texto da MP do governo um dispositivo que autoriza o parcelamento em 120 meses, corrigido pela média da TJLP e da Selic, de todos os débitos dos municípios por meio de convênios com União ocorridos até 31 de dezembro do ano passado.
Nessa MP, o próprio governo tratou de outros assuntos, além do socorro financeiro aos municípios. Ela autoriza o aumento da participação da União - de R$ 1 bilhão para R$ 5 bilhões - no Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN) e inclui atividades da indústria petrolífera entre as que podem ser garantidas pelo fundo, incluindo a construção de plataformas flutuantes para perfuração, como as necessárias para a exploração da área conhecida por pré-sal. A MP também preserva os créditos do Banco Central em caso de quebra de bancos e estabelece em lei procedimentos já realizados na gestão do programa Bolsa-Família e institui o Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do programa para aferir qualidade de execução descentralizada.

UPDATE 1-Petrobras says Brazil oil output rises in July

Tue Aug 18, 2009 7:47pm EDT
* Petrobras says Brazil oil output rises in July
* Production outside Brazil dips slightly last month (Adds details and context)
SAO PAULO, Aug 18 (Reuters) - Brazil's state-run oil company Petrobras (PETR4.SA) (PBR.N) said on Tuesday domestic oil production rose in July.
The company's oil production in Brazil rose to 1.938 million barrels a day in July compared to 1.927 million barrels per day in June. Production was up 3.8 percent, when compared to July 2008, the company said in a statement.
The additional 11,000 bpd in July was due to increased production in certain wells and as production returned to platforms that had been taken off-line, Petrobras said.
Production outside Brazil dipped to 142,500 bpd in July from 146,300 bpd in June, taking total production in July, including natural gas liquids, to 2.08 million bpd.
Petrobras' second-quarter net profit fell 20 percent from a year earlier on lower global oil prices and higher finance costs, the company said on Friday. (Reporting by Cesar Bianconi; Writitng by Ana Nicolaci da Costa; Editing by Christian Wiessner)

Brazil Central Bank Has Room to Cut Rates Further, Mantega Says

By Heloiza Canassa
Aug. 19 (Bloomberg) -- Brazil’s central bank has room to cut interest rates further because inflation is below the government’s target, Finance Minister Guido Mantega said.
“The central bank has cut rates a lot, we are at a very reasonable level,” Mantega said late yesterday in Sao Paulo. “In the next years, in the medium term, and I don’t want to interfere in the monetary policy, there’s room to cut more.”
The central bank announced the smallest interest-rate cut in five meetings last month on signs that Latin America’s largest economy is pulling out of a recession. After slashing the benchmark rate to a record low of 8.75 percent, policy makers said in the minutes of the July 21-22 meeting that the reduction would spur economic growth without sparking inflation.
Mantega said gross domestic product expanded 1.6 percent to 1.7 percent in the second quarter and may grow 4.5 percent to 5 percent next year. He said inflation will remain under control.
The national statistics agency will report second-quarter GDP data on Sept. 11.
Part of the economic recovery stems from government stimulus. The central bank injected about $100 billion into money and currency markets and the government cut taxes on cars, household appliances and other goods to encourage consumer spending.
Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva said last week that the central bank has room to make further cuts in its overnight lending rate.
“We have the lowest level of interest rates in our history,” Lula said at a conference Aug. 12 in Brasilia. “It’s desirable and possible to cut further.”
Inflation Outlook
Annual inflation slowed to 4.5 percent last month, the lowest rate since December 2007 and in line with policy makers’ annual target. Monthly inflation, as measured by the IPCA index, slowed for the third straight month in July.
“Inflation is under control and below the target for this year, which is very positive,” Mantega said today. “The economy is heating up now. It’s going to show gradual growth.”
The economy will expand faster than previously expected in 2010, according to a survey of economists published Aug. 17. GDP will grow 3.8 percent in 2010, after contracting an estimated 0.34 percent this year, according to the median forecast in the central bank survey of about 100 analysts. Economists in the prior weekly survey forecast a 3.6 percent expansion for 2010.
Brazil’s central bank monetary policy committee next meets on Sept. 1-2.