quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Saldo da poupança fica em R$ 33 bi e bate recorde em 2007

Rodrigo Postigo

09/01/2008

O Banco Central divulgou nesta terça-feira que a popuança teve saldo positivo recorde, de R$ 33 bilhões em 2007. O melhor resultado anterior havia sido em 1997, quando o saldo positivo havia sido de R$ 13,1 bilhões.

A captação líquida mensal de dezembro foi a maior no ano passado, com R$ 9,1 bilhões. No mesmo mês de 2006, a captação líquida havia ficado em R$ 7,4 bilhões.

O total de depósitos na poupança em 2007 também foi recorde e pela primeira vez ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, chegando a R$ 1,02 trilhão. O melhor resultado de depósitos anual anteriormente era de 2006, com R$ 774 bilhões.

O grande volume de depósitos fez com que o saldo fosse positivo, já que as retiradas também foram recorde em 2007: R$ 995 bilhões, de acordo com o Banco Central.

PIS/Cofins retidos podem ser usados para pagar tributos

Valor Econômico

09/01/2008

O pacote de medidas fiscais do governo federal trouxe, ao menos, algumas mudanças pontuais que podem facilitar a vida dos contribuintes. Um desses casos, previsto na Medida Provisória (MP) nº 413, é a possibilidade de as empresas que têm créditos de PIS e Cofins retidos na fonte poderem usá-los para pagar outros tributos, além das próprias contribuições. A previsão, agora explícita em uma norma, beneficia principalmente as empresas do setor de autopeças, de acordo com tributaristas. Além disto, a MP traz alterações favoráveis ao setor hoteleiro e acaba com o depósito obrigatório de 30% para as empresas recorrem administrativamente ao INSS.

Segundo o consultor tributário da ASPR Consultoria Empresarial, Douglas Campanini, no caso da retenção das contribuições sociais, a medida resolve um problema de caixa pelo qual passavam muitas dessas empresas. Esta retenção de PIS e Cofins - assim como é feita com o Imposto de Renda - atinge uma série de empresas prestadoras de serviços, listadas em lei. O problema, segundo Campanini, é que a empresa, ao prestar o serviço, emite nota fiscal, que não necessariamente refere-se à data em que receberá pelo trabalho. Sendo assim, muitas vezes a empresa paga as contribuições no mês em que faturou a nota, mas pode receber posteriormente pelo serviço e com as contribuições retidas. Neste caso, ocorre a retenção do que já foi pago e, por isso, pode ocorrer um acúmulo de créditos. As empresas, porém, não podiam usar estes valores para pagar outros tributos.

O advogado Rogério Ramires, do Loddi e Ramires Advogados, afirma que não existia previsão em lei e inúmeras consultas foram feitas à Receita Federal para esclarecer a questão. Em alguns casos, como na 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul) e na 7ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), as delegacias entenderam que a compensação poderia ocorrer. Na prática, porém, a dificuldade continuava a existir, segundo Ramires, pois o programa da Receita Federal na internet, o Perdicomp, não aceita este tipo de compensação.

Segundo Campanini, a saída é realizar o pedido em papel. Mas, conforme ele, dificilmente a Receita aceita protocolar um pedido que, em tese, poderia ser feito pela internet. “O pagamento do PIS e da Cofins ocorre agora só em fevereiro, e até lá a Receita pode corrigir o programa”, afirma. O advogado Júlio de Oliveira, do Machado Associados, lembra que a MP dá a entender que os débitos retidos serão corrigidos pela Selic.

Para o setor hoteleiro, conforme o consultor tributário, a alteração trazida pela MP é a chamada depreciação acelerada de bens móveis. A medida tende a reduzir o lucro do empreendimento, que pode pagar menos IR no curto prazo.

Outra novidade é a revogação da obrigatoriedade do depósito prévio para recorrer-se administrativamente em processos que tratam de questões previdenciárias. No percentual de 30% do valor discutido, o depósito ainda vinha sendo exigido dos contribuintes mesmo após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2007 considerou inconstitucional a exigência.

Rentabilidade de empresas brasileiras registra recorde em 2007

Rodrigo Postigo

09/01/2008

A rentabilidade ajustada das empresas brasileiras, que mede a relação entre o lucro ajustado e o faturamento líquido, alcançou 6,6% em setembro de 2007, destacando-se como a maior média do período desde 2003, segundo aponta estudo realizado pela Serasa.

Nos anos anteriores, os índices obtidos foram 4,6%, 5,1%, 5,3% e 5,0%, respectivamente, de 2003 a 2006. O setor de serviços apresentou o maior crescimento. As empresas conseguiram incrementar as receitas por meio da significativa melhora e ampliação dos serviços prestados. A apreciação do real frente ao dólar ajudou a diminuir o custo financeiro das empresas endividadas em moeda estrangeira.

Os bons resultados apresentados pelos novos segmentos de negócios, como as concessionárias de rodovias e outros setores (telefonia, energia, transporte ferroviário), garantiram a melhoria da lucratividade do setor que foi de 8,8%.

O setor industrial também apresentou significativa melhora da rentabilidade. Em 2007, a indústria obteve seu melhor índice no período do estudo, favorecida pela demanda aquecida, tanto externa como interna. Nesse cenário o aumento das receitas contribui para a absorção dos gastos fixos, beneficiando a rentabilidade. Além disso, o efeito cambial foi positivo para segmentos no qual parte dos custos são importados, bem como para as empresas com dívidas em dólar.

O segmento siderúrgico brasileiro ocupa no cenário internacional uma posição de destaque, que contribui para elevar a margem do setor.

As empresas do comércio, historicamente, trabalham com margens mais comprimidas, porém, também apresentaram melhora de patamar. Em 2000, a margem de lucro situou-se em 1,1%, enquanto em 2007 a margem líquida atingiu 1,9%. Dentre os principais motivos está a retomada do crescimento econômico, baseado no maior nível de emprego, da massa salarial e do crédito, que impulsionam principalmente a venda de bens de consumo duráveis.

O estudo foi realizado com uma amostra de 9.700 balanços, sendo 3.200 de empresas da indústria, 3.700 do comércio e 2.800 de serviços. Os balancetes de setembro de 2007 foram divulgados no 4º trimestre de 2007.

CVM reforça regras para fiscalização de lavagem de dinheiro no mercado

Valor Online / Murillo Camarotto

09/01/2008

De olho na prevenção dos crimes de lavagem de dinheiro no mercado de capitais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) baixou hoje a Instrução 463/08, que reforça as obrigações de fiscalização das instituições do mercado já previstas na Instrução 301/99.

As novas regras são direcionadas às empresas que atuem na custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários. Também estão incluídas as bolsas de valores e de futuros. A partir de agora, elas terão que fiscalizar de forma mais enérgica seus cadastros de clientes e de transações, de modo a identificar eventuais lavagens de dinheiro por meio de operações no mercado. Entre as novas regras estabelecidas está a que exige um acompanhamento mais cuidadoso no relacionamento da empresa com clientes politicamente expostos .

Também é solicitado o estabelecimento de procedimentos cadastrais diferenciados para os chamados clientes de alto risco .A Instrução determina ainda a ampliação do leque de hipóteses possíveis de comunicação de operações suspeitas e o fornecimento de treinamento aos funcionários sobre as novas regras.De acordo com a CVM, as empresas do mercado devem se adequar à nova Instrução no prazo de 90 dias.

Brasil é 2º país onde investimento estrangeiro mais cresce

Rodrigo Postigo

09/01/2008

O Brasil é o segundo país onde o investimento estrangeiro direto mais cresceu em 2007, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira pela Unctad, órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento. O volume líquido de investimento direto recebido pelo Brasil deve dobrar (alta de 99,3%) em relação ao ano anterior e chegar a US$ 37,4 bilhões.

A previsão é diferente da avaliação do Banco Central, segundo a qual o volume total do ano deve chegar a US$ 35 bilhões. Os dados até novembro mostram um total acumulado de US$ 33,37 bilhões. De acordo com os economistas da Unctad, a maior parte dos investimentos recebidos pelo Brasil destinam-se a aumentar a produção industrial.

O país onde o investimento estrangeiro mais cresceu foi a Holanda, onde a entrada de capital externo passou de US$ 4 bilhões, em 2006, para US$ 104,2 bilhões no ano passado, uma variação de 2.285%. Neste caso, a diferença é quase toda explicada pela venda do ABN-Amro (holandês) para o espanhol Santander, por US$ 98,5 bilhões.

Bernardo: fim da CPMF reduz carga em 1% do PIB

Yahoo

09/01/2008

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que, apesar da alta de tributos promovida pelo governo no início do ano, por conta do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a carga tributária terá uma redução superior a 1% do PIB neste ano. A referência feita pelo ministro é a diferença entre a desoneração de R$ 40 bilhões determinada pelo Congresso e a alta de R$ 10 bilhões relativos ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Bernardo afirmou que o governo tem a responsabilidade de manter as finanças públicas equilibradas, que têm garantido um quadro econômico positivo para o País - em 2007 o crescimento do PIB, segundo ele, foi superior a 5,2%, com expansão do comércio, dos investimentos e o menor desemprego da história. "Isso não acontece por acaso, isso reflete políticas que deram certo", disse, enfatizando que uma notícia ou a mera expectativa de que o governo estaria com as suas contas desequilibradas traria problemas.

O ministro disse ainda que a cautela se torna ainda maior em um cenário no qual o mercado internacional passa por turbulências e em que há um recrudescimento do processo inflacionário na economia interna. "O governo tem a responsabilidade de tranqüilizar os agentes econômicos. Não podemos fazer só coisas simpáticas", disse. E justificou a pressa em anunciar as medidas assim: "Entrar o ano com uma indefinição de R$ 40 bilhões, o que ia acontecer? O mercado ia jogar o juro futuro mais para cima, já ia haver especulação, o ano passado já terminou com inflação maior e, provavelmente, nós provocaríamos uma deterioração do quadro macroeconômico. Portanto, nós tínhamos que tomar medidas."

Bernardo afirmou que o governo vai mesmo fazer o corte de R$ 20 bilhões em suas despesas, mas destacou que é uma tarefa difícil. "Todo mundo acha que tem que cortar, mas no seu (setor) não", explicou. Uma perda de R$ 40 bilhões, segundo o ministro, é grande em qualquer lugar do planeta e o Congresso sabe a dimensão desse problema. De acordo com Bernardo, o Congresso também tem pressa para votar o Orçamento porque dele dependem muitos repasses de recursos para Estados e municípios.

Indicação comercial com precisão: Procure nas boas casas do ramo de sua cidade

Ivan Postigo

Há alguns anos , quando meus filhos eram pequenos e morávamos numa casa , usei um aparelho para eliminar insetos voadores , evitando produtos químicos, prevenindo qualquer reação à rinite de um deles. Hoje moro em um apartamento e sou menos atacado pelos bichinhos voadores .
Bom, achei que era, pois eles me descobriram e agora fazem algumas visitas. Fico imaginando se estão subindo pelo elevador , pois pelas janelas , devido a altura não entravam.
Com boas lembranças do aparelho pesquisei na internet e a princípio encontrei um produto fabricado na China, mas como não recebi informações seguras sobre a assistência técnica resolvi investir um pouco mais de tempo e procurar algo produzido na nossa terra.
Umas horas a mais dedicadas à pesquisa e vi alguma indicação de um possível fabricante nacional, mas como não havia conseguido qualquer informação no mercado resolvi perguntar à empresa se fabricavam e onde poderia encontrá-lo.
A resposta não foi rápida, achei que não tivessem recebido meu e-mail, mas eis que uma tarde estou checando a correspondência e lá está o retorno do SAC, Serviço de Atendimento ao Consumidor.
Todas as descrições do produto, forma de operação, foto e uma indicação onde poderia comprar. Exatamente como recebi : “você pode encontrar nas melhores casas do ramo de sua cidade”.
Isso me fez lembrar a época em que eu trabalhava bem distante de minha residência, viajava com amigos e no caminho ouvíamos um programa de rádio que fazia propagandas de uma fábrica de velas. O locutor dizia mais ou menos assim : Peça pelas velas marca X nas boas casas do ramo .
Todo santo dia havia, como dizia um dos companheiros de viagem, uma “perguntação”: Onde em nossa cidade havia uma boa casa do ramo.
Eu já havia procurado pelo aparelho na cidade onde tenho residência, por onde passei ninguém conhecia. Já havia visitado uma boa casa do ramo no centro de São Paulo, que havia me indicado o aparelho chinês e não conhecia nenhuma outra marca.
O produto é muito interessante, já o usei, mas como me chamou a atenção o fato de que muitas pessoas ainda o desconhecem resolvi fazer uma pesquisa ou uma “perguntação” como diria meu amigo.
Perguntei a cem pessoas sobre o aparelho, pelos mais diversos nomes, ninguém tem lembranças de tê-lo visto ou ouvido falar. Fiz uma descrição do aparelho , obtive o mesmo resultado .
Comercialmente há duas questões a serem tratadas pelo fabricante caso queira ter mais sucesso com o produto, não quer dizer que não tenha:
A primeira é redefinir o que nos dias de hoje podemos considerar como boas casas do ramo. A segunda é tornar o aparelho conhecido , pois este faz o que se propõe.
Um caso interessante para quem estuda e trabalha com propaganda, pois o grande foco hoje em dia é estabelecer a diferenciação entre produtos e as vantagens de um sobre outro, neste caso voltamos àquilo que ela se propunha há alguns anos: Divulgar a existência de um produto e estabelecer pontos de venda.
O produto que encontrei importado da China vem em quantidade limitada e mesmo não sendo tão conhecido apresenta escassez, o que mostra que se as boas casas de ramo fizerem alguma divulgação todos terão resultados bem satisfatórios.
Você que é fabricante deve ser o maior incentivador da demanda dos seus produtos e precisa ter grande domínio sobre a distribuição destes, uma vez que pode estar deixando de explorar um enorme potencial de vendas.
Logo após a primeira resposta do SAC pedi que me informassem quais lojas de minha cidade eram clientes e poderiam ter o aparelho. Surpresa!
Nenhuma boa casa do ramo tinha o que eu precisava. Recebi duas indicações, uma há 40 quilômetros da cidade em que resido que conta com 355.000 habitantes e outra a 45 quilômetros.
A aglomeração urbana nesse raio ultrapassa 2,5 milhões de habitantes e as boas casas do ramo contam apenas duas.
Muito trabalho comercial a executar. Que bom!
Realmente, se for feito.



Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br