sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Brasil está entre piores em lista de educação da OCDE

Rodrigo Postigo

30/11/2007

O Brasil é um dos países com pior nível de educação de ciências para estudantes de 15 anos, segundo uma lista de 57 países organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com a lista, a ser publicada em detalhes na semana que vem, o Brasil fica a frente apenas da Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Catar e Quirguistão.

O estudo testou as habilidades de mais de 400 mil estudantes nos 57 países que, juntos, correspondem a cerca de 90% da economia mundial.

Os estudantes da Finlândia ficaram em primeiro lugar, seguidos pelos de Hong Kong (na China) e do Canadá.

A pesquisa, baseada em testes realizados em 2006, é o principal instrumento de comparação internacional do desempenho entre estudantes do ensino médio.

Câmara deixa para 2008 decisão sobre Venezuela no Mercosul

Rodrigo Postigo

30/1/2007

A proposta de adesão da Venezuela ao Mercosul deve ser votada apenas no ano que vem, conforme previu nesta quinta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

"Em que momento ela será votada depende de vários fatores. Se considerarmos as MPs (medidas provisórias) e outras prioridades, a conclusão é que não há espaço para votar. Acho que vai ficar para o ano que vem", disse Chinaglia.

Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a proposta de inclusão da Venezuela ao bloco de países que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Na sequência, o trâmite do projeto prevê votações nos plenários da Câmara e depois no Senado.

Para não atrapalhar o andamento das negociações da prorrogação da CPMF no Senado, a Câmara está adiando votações, o que inclui medidas provisórias, projetos de lei e a discussão do Orçamento da União para 2008.

Os presidentes dos países do Mercosul aprovaram em julho do ano passado a entrada da Venezuela no bloco, mas nem o Congresso do Brasil nem o do Paraguai deram luz verde para a adesão.

CPMF atrasa votação de Reforma Tributária e Orçamento

Rodrigo Postigo

30/11/2007

O governo confirmou nesta quinta-feira que o Orçamento Geral da União para 2008 só será votado no Congresso após a matéria que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011 ser resolvida. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, esteve com os líderes da Câmara para garantir o acordo.

Eles chegaram ao consenso também de que a Casa não vote nada até o ano que vem, para não dificultar ainda mais a tramitação do tributo no Senado. A intenção é fazer um "recesso branco", para que não haja o perigo de votar medidas provisórias, que obrigatoriamente teriam que ser enviadas para o Senado e travariam a pauta.

"É um gesto de responsabilidade (não votar o orçamento), pois uma coisa é orçamento com a CPMF e outra coisa é orçamento sem CPMF", disse Múcio. "Sem desfaçatez, a Câmara está contribuindo (para o recesso). É interesse do governo a votação da CPMF", completou.

Apesar de participar das negociações na Câmara, o novo ministro negou que o governo tenha articulado a paralisação. "Em hipótese alguma. O governo não tem absolutamente nada a ver com isso", afirmou Múcio.

Outro motivo do encontro do Ministro das Relações Institucionais com os líderes da Câmara foi pedir para que os parlamentares trabalhem pessoalmente para convencer os senadores indecisos a votarem pela CPMF. O líder do PR, deputado Luciano Castro (RR), resumiu o pedido de Múcio: "Os líderes da base aliada vão fazer um esforço junto aos senadores, com vistas a trabalhar no sentido de convencê-los a votar a favor da CPMF", afirmou.

Em visita ao Congresso Nacional nesta quinta-feira, o novo Ministro Múcio também admitiu as dificuldades para aprovar a prorrogação do tributo até 2011. Ele disse que no momento os votos ainda são incertos. "A cada hora, a cada conversa, vamos trabalhar para conseguir votos. Mas agora a oposição diz que tem tantos votos, o governo diz que tem tantos. Se juntarmos os dois, vemos que temos mais números do que os 81 senadores", disse.

Cresce faturamento das empresas no primeiro semestre

Rodrigo Postigo

30/11/2007

O crescimento médio do faturamento líquido das empresas no primeiro semestre de 2007, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi de 7,2%, já descontada a inflação, segundo estudo da Serasa apresentado nesta quinta-feira.

Esse desempenho foi beneficiado, de acordo com a Serasa, pelo crescimento da demanda interna, sustentada pelo aumento da massa real de rendimentos, pela expansão do crédito e dos prazos de financiamento e pela redução das taxas de juros.

A indústria cresceu 10,3% no primeiro semestre de 2007, sendo o setor que registrou o melhor desempenho nas vendas líquidas. Ele é justificado pela recuperação do agribusiness, aliado à expansão da economia mundial e à alta dos preços das principais commodities, fatores que promoveram um aumento das exportações, amenizando os efeitos da apreciação do real ante o dólar americano.

Entre os segmentos da indústria que mais se destacaram está a siderurgia, favorecida pelo alto patamar das cotações do aço, decorrente da expansão dos investimentos em setores demandantes e do crescimento da produção de bens de consumo duráveis.

As vendas do comércio, no primeiro semestre de 2007 em relação ao primeiro semestre de 2006, cresceram 6,4%. O comércio foi impulsionado pelo incremento na venda de bens de consumo duráveis, em especial os segmentos de veículos e motos, favorecidos pela manutenção das boas condições de crédito (maior oferta de recursos, menores taxas de juros e, principalmente, o alongamento dos prazos). Contribuíram ainda para o crescimento do comércio, os segmentos de tecidos, vestuário e calçados, estimulados pelo inverno mais rigoroso.

O estudo foi realizado com uma amostra de 9,7 mil balanços, sendo 3,2 mil de empresas da indústria, 3,7 mil do comércio e 2,8 mil de serviços.

Resultado fiscal supera meta para o ano em R$10,7 bi

Rodrigo Postigo

30/11/2007

A economia feita pelo setor público brasileiro para o pagamento de juros foi recorde para o mês em outubro e contribuiu para o país superar em mais de 10 bilhões de reais a meta fiscal para o ano de 2007, mostraram dados do Banco Central nesta quinta-feira.

Apesar desse desempenho favorável, impulsionado por receitas tributárias crescentes, a dívida líquida subiu no mês, impactada pelo efeito da valorização do real sobre os ativos cambiais do governo, em particular as reservas internacionais.

O superávit primário foi de 15,347 bilhões de reais em outubro, frente a um superávit de 10,466 bilhões de reais há um ano.

O resultado ficou acima da mediana das estimativas de analistas consultados pela Reuters, que indicava um superávit primário de 11,85 bilhões de reais.

No acumulado de 2007, o superávit primário somou 106,570 bilhões de reais, ante uma meta de 95,9 bilhões de reais para todo o ano.

"A expectativa é de cumprimento da meta, podendo ficar ligeiramente acima", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes a jornalistas, lembrando que a sazonalidade é desfavorável para as contas nos últimos dois meses do ano.

Ele afirmou que tradicionalmente o resultado fiscal de novembro tende a cair por um aumento sazonzal de despesas e, em dezembro, o país registra déficit primário por conta do pagamento de metade do 13o salário a aposentados, pensionistas e funcionalismo público.

SP e Rio concentram 58% dos gastos com cartão de crédito, diz Ibope

Rodrigo Postigo

30/11/2007

Um terço da população brasileira já usa o cartão de crédito como meio de pagamento, segundo pesquisa feita pelo instituto Ibope Inteligência, divulgada nesta quinta-feira. De acordo com o levantamento, os gastos com cartão no País chegam a R$ 5,4 bilhões por mês, dos quais 58% estão concentrados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Apesar de 33% dos brasileiros já possuirem o cartão, apenas 23% o utilizaram nos últimos três meses. No Brasil, Salvador é a cidade em que a maior parte da população tem o chamado "dinheiro de plástico" (38%), enquanto que Florianópolis apresenta a menor incidência do produto (23%) no País.

O Ibope aponta também que os cartões de crédito são mais utilizados por homens (34%) do que por mulheres (31%). Além disso, eles gastam mais do que elas no cartão de crédito. A média mensal por pessoa é de R$ 347 para o sexo masculino, e de R$ 259 ao mês para o feminino.
Ainda segundo o levantamento, que cobre 11 regiões metropolitanas, a média no País é de 1,7 cartão por pessoa. A capital que tem a menor concentração de cartões é Florianópolis, onde somente 23% dos habitantes usam o meio de pagamento. Já a cidade pesquisada com maior concentração de cartões é Salvador (38%).

Entre os usuários de cartão de crédito, 12% têm intenção de cancelá-lo em breve. Dentre aqueles que ainda não possuem cartão, 83% não têm interesse em adquiri-lo.