quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vendas no varejo brasileiro crescem em julho, diz IBGE

Valor OnLine
16/09/2009
O volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 0,5% em julho, em relação ao mês anterior, completando três meses de crescimento. No confronto com julho de 2008, as vendas no varejo ampliaram-se em 5,9%. Nos sete primeiros meses deste ano, a alta equivaleu a 4,7%. Em 12 meses, a expansão foi de 5,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, a receita nominal de vendas também subiu 0,5% de junho para julho e aumentou 9,4% em relação ao sétimo mês do ano passado. No acumulado desde janeiro, a elevação correspondeu a 9,8%. Em 12 meses, a alta chegou a 11,4%.
O comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve queda de 6% em volume e de 4,2% em receita nominal, no confronto com junho. No comparativo com julho de 2008, as vendas avançaram 0,9% e a receita, 1%. De janeiro a julho deste calendário, houve alta de 3,4% nas vendas e de 5,1% na receita.
Entre junho e julho, na série com ajuste sazonal, quatro das dez atividades analisadas tiveram aumento no volume de vendas: Livros, jornais, revistas e papelaria (4,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%); e Móveis e eletrodomésticos (1,9%). O pior desempenho em volume ficou com o ramo de Veículos e motos, partes e peças, com queda de 10,4%.
Perante julho de 2008, o volume de vendas cresceu em seis das oito atividades do varejo pesquisadas, com destaque para a alta de 10,1% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo - explicada pela recomposição da massa salarial e pela estabilidade de preços.

Mercado aéreo cresceu 21,55% em agosto

Agência Estado
16/09/2009
As companhias aéreas brasileiras registraram crescimento de 21,55% no fluxo de passageiros transportados em agosto em relação ao mesmo período do ano passado. Além de ser o melhor resultado para o mês de agosto desde 2001, é o segundo mês consecutivo de crescimento acima de 20%, já que em julho a expansão havia ficado em 25,68%.
A última vez que o setor aéreo registrou índices tão altos e seguidos foi no período de janeiro a junho de 2006, quando as taxas de crescimento superaram duas dezenas em todos aqueles meses.
"Já se esperava um crescimento bom em agosto, por causa da maior oferta de tarifas a preços promocionais. Além disso, o resultado reflete o que acontece na economia, que passa por uma certa retomada", diz o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini. A oferta de assentos também teve forte expansão em agosto, de 20,15%, na comparação com igual período de 2008. A taxa média de ocupação dos aviões foi de 62,64%, ante 61,91% no ano passado.
Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as comparações históricas foram feitas de acordo com um banco de dados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Os desempenhos de julho e agosto elevaram a demanda doméstica acumulada nos oito primeiros meses do ano para 8,3%, mais do que o dobro da estimativa inicial da Anac para o desempenho dos voos domésticos em 2009, de até 4%. Agora, a agência informa que a expansão não deverá ficar abaixo do resultado de 2008, que teve alta de 7,4%.

SEC estuda regras mais rigorosas para agências de risco

Reuters
16/09/2009
A comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos estuda exigir que bancos compartilhem com as agências de rating os dados que usam para classificar títulos, afirmaram nesta terça-feira duas fontes próximas ao assunto na Securities and Exchange Commission.
Os dados não seriam abertos ao público, mas compartilhados com outras agências de classificação como forma de gerar classificações não encomendadas para seus produtos, disse uma fonte.
A SEC deve se reunir da quinta-feira para discutir as novas regras e propostas para mais regulação da indústria de classificação de risco, há anos dominada por Moody's, Standard & Poor's e a Fitch Ratings.

Iasb coloca em audiência mudanças em 11 IFRSs

Agência Estado
16/09/2009
O Internacional Accounting Standard Board (Iasb), grupo com sede em Londres responsável por elaborar as normas contábeis internacionais, colocou até 24 de novembro em audiência pública propostas de mudanças em 11 regras (IFRS), no âmbito de seu projeto de melhorias anuais.
As alterações refletem discussões do Iasb no ciclo de projetos que começou no ano passado e vão de clarificação e mensuração de interesses de não controladores em combinações de negócios (IFRS 3) até mudanças de palavras para deixar mais claro o significado dos IFRSs e remover inconsistências.
A não ser quando especificado, o Iasb propõe que a data de efetividade das mudanças seja para períodos anuais começando em ou após 1º de janeiro de 2001, embora as empresas possam adiantar o uso caso queiram. Já para o IFRS 3 especificamente, a data proposta é 1º de julho de 2010. Mais informações e detalhes no site do Iasb: www.iasb.org

CVM desiste de obrigar empresas a revelar salários

Reuters
16/09/2009
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) voltou atrás e desistiu de exigir que as empresas de capital aberto revelem o salário individual de seus executivos. Apesar disso, as companhias terão que dar mais detalhes sobre a remuneração do alto escalão.
A proposta estava em audiência pública e faz parte do pacote de mudanças que estarão na nova instrução 202, que dispõe sobre o registro de companhias abertas.
A ideia de se obrigar a revelação dos salários individuais e bônus de executivos gerou polêmica entre empresas e entidades representativas do mercado de capitais nacional.
O tema, porém, eclodiu no exterior, com a revelação entre o final do ano passado e primeiros meses de 2009 de bônus milionários pagos a executivos de empresas que estiveram no epicentro da crise financeira global, caso da seguradora norte-americana AIG.
Pelas regras em vigor no Brasil, as empresas abertas precisam apenas revelar o valor global da remuneração de toda a administração.
O novo modelo estabelece que as companhias terão que informar qual é a política de remuneração e o orçamento para pagar conselho, diretoria e comitês, separadamente. Em cada um dos grupos, as empresas vão informar o maior e o menor salário individual, e a remuneração média, sem expor os nomes dos executivos.
Além disso, as companhias indicarão a remuneração variável máxima e mínima, e os parâmetros utilizados para definição dos valores.
Na prática, isso significa que em muitos casos os salários do diretor-presidente e do presidente do Conselho de Administração serão conhecidos, já que ambos estão no topo do comando das organizações.
"Estamos saindo de uma informação muito parca para saber exatamente como é a política de remuneração", disse a jornalistas a superintendente de Desenvolvimento do Mercado de Capitais da CVM, Luciana Dias.
Segundo a CVM, outro item bastante debatido durante a audiência pública, além da abertura ou não dos salários de executivos, está relacionado aos comentários que acompanham os relatórios anuais das empresas.

Cada brasileiro pagou R$ 2.711,22 em tributos no primeiro semestre

Segundo IBPT, montante é 0,40% menor do que o desembolsado no mesmo período do ano passado (R$ 2.722,01)
InfoMoney
16/09/2009
A carga tributária brasileira per capita atingiu R$ 2.711,22 no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados divulgados pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) nesta segunda-feira (14).
No mesmo período do ano passado, cada brasileiro havia pago R$ 2.722,01 em impostos, taxas e contribuições, o que significa que houve queda de 0,40% (R$ 10,79) no montante desembolsado por cada cidadão neste ano.
Arrecadação tributária
Nos seis primeiros meses deste ano, os tributos federais somaram R$ 350,11 bilhões, o que representa 67,43% dos R$ 519,24 bilhões totais. Os estaduais somaram R$ 140,59 bilhões, ou 27,08% do total, e os municipais representaram R$ 28,55 bilhões, ou 5,50%.
No mesmo período de 2008, os tributos federais totalizaram R$ 353,82 bilhões (68,55% dos R$ 516,13 bilhões), os estaduais somaram R$ 134,33 bilhões (26,03%) e os municipais representaram R$ 27,98 bilhões (5,42%).
De acordo com o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, houve crescimento nominal da arrecadação (de R$ 516,13 bilhões para R$ 519,24 bilhões) porque somente a União promoveu medidas de desoneração tributária em meio à crise. "Os Estados nada fizeram para auxiliar a sociedade no combate à crise", afirmou.
Para exemplificar, ele citou o caso do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotivo), que tiveram crescimentos de 2% e 16%, respectivamente, entre o primeiro semestre de 2008 e de 2009.