quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Menor saldo cambial dos últimos 10 anos é registrado em outubro
Rodrigo Postigo
06/11/2008
O fluxo cambial no País ficou negativo em US$ 4,639 bilhões em outubro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central (BC), que confirmam a maior saída líquida mensal desde janeiro de 1999.
A cifra resulta de saldo positivo nas operações comerciais de US$ 1,610 bilhão e negativo nas transações financeiras de US$ 6,249 bilhões.
Em setembro, o fluxo cambial havia ficado positivo em US$ 2,803 bilhões. No ano, o País acumula entrada líquida de US$ 12,549 bilhões.
A autoridade monetária também divulgou que a posição comprada dos bancos subiu para US$ 7,077 bilhões no final de outubro, ante US$ 6,682 bilhões no fim de setembro.
Mantega anuncia crédito para montadoras
Último Sgundo / Agência Estado
06/11/2008
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira, em entrevista concedida à 'Rede Globo', que o governo vai liberar uma linha de crédito do Banco do Brasil (BB) no valor de R$ 4 bilhões.
A idéia é que o BB possa, com esses recursos, adquirir as carteiras de créditos dos bancos das montadoras que estão sofrendo com a escassez de crédito no mercado.
"Nós fizemos uma reunião ontem com a Anfavea e todo o setor e vamos liberar cerca de R$ 4 bilhões também para as montadoras a partir do Banco do Brasil principalmente. Dessa maneira, esses R$ 4 bilhões são suficientes para dar o crédito necessário que o setor precisa em novembro e dezembro para manter as vendas num nível elevado e que possibilite o funcionamento da indústria até o final do ano", afirmou o ministro na entrevista.
O problema de crédito para financiar as vendas do setor automotivo foi discutido hoje pelo ministro Mantega e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Ao deixar o prédio do ministério, Serra informou que o BB e a Nossa Caixa abrirão linhas de crédito para os bancos das montadoras. O governador não antecipou valores das linhas, e afirmou que, no caso da Nossa Caixa, o anúncio será feito na terça-feira.
O governador disse que o crédito é um problema sério nas vendas do setor automotivo por causa da quebra do fluxo de financiamento. Segundo ele, as linhas de crédito "serão um belo alívio" para o setor. Ele esclareceu ainda que a linha de crédito da Nossa Caixa será não só para automóveis, mas também para caminhões e tratores.
Crise, a hora certa para investir no talento
InvestNews
06/11/2008
A atual crise mundial é uma oportunidade para as empresas que precisam de profissionais altamente qualificados. Entre os milhares de norte-americanos que perderam seus empregos devido ao estouro da "bolha" do subprime há inúmeros profissionais altamente competentes e experientes. Agora, este contingente pode - e deve - ser contratado por empresas que não tenham sido abaladas pela turbulência financeira que tomou conta do planeta nas últimas semanas. A análise é de George Hermann, vice-presidente executivo para as Américas da Right Management, consultoria internacional que conta com mais de 300 escritórios em cerca de 40 países.
Para ele, a economia americana está passando por um momento de imensa dificuldade, mas que não deve se prolongar por muitos meses. Por isso, a exemplo de um fenômeno que ocorre nas bolsas de valores, é hora de comprar talentos, já que o mercado está repleto de bons executivos disponíveis. "O momento é propício para investir em ações e posso dizer o mesmo sobre contratar bons profissionais", garante.
Responsável pela operação da Right Management em toda a América, Hermann visitou o Brasil pela primeira vez nesta semana. A necessidade de alinhar posições com os líderes da consultoria no Brasil é fácil de entender. Segundo Hermann, o País tem um dos melhores mercados para os negócios da empresa - depois de Estados Unidos e Canadá, o Brasil é a maior operação da companhia. Nesta entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil, ele detalha como a globalização está criando uma verdadeira guerra por talentos e de que forma a crise financeira global pode se converter em uma boa oportunidade para as empresas que pretendem formar equipes repletas de profissionais qualificados.
Publicado por Agência de Notícias às 6.11.08
Marcadores: Economia, Treinamento
Câmara dos EUA quer rápida discussão sobre novo pacote
Reuters
06/11/2008
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos planeja uma sessão pós-eleições para debater um novo pacote de estímulo econômico, afirmou uma autoridade democrata nesta quarta-feira, mas ainda é incerto se a medida será aprovada.
O sucesso do partido democrata em expandir sua maioria na Câmara e no Senado pode dar impulso ao projeto que mira a criação de novos empregos rapidamente, mesmo antes de Barack Obama tomar posse em 20 de janeiro.
"Nós não podemos esperar os vários meses até a nova administração", afirmou um importante assessor do Partido Democrata que preferiu não ser identificado. "O povo americano está machucado e a economia também."
Em fevereiro, o Congresso e o presidente republicano, George W. Bush, aprovaram um pacote de estímulo econômico de US$ 168 bilhões, composto em sua maioria por restituição de impostos.
O assessor acrescentou que é "intenção" dos líderes da Câmara a realização de uma sessão pós-eleição na semana de 16 de novembro para debater um pacote de estímulo.
De qualquer forma, os recém-eleitos para o Congresso, que tomarão posse em janeiro, devem chegar em Washington durante a semana de 16 de novembro para eleger líderes e organizar comitês.
Brasil e Argentina adotam sistema único
Jornal do Comércio / Patrícia Comunello
06/11/2008
Dezessete anos depois da criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul), a região estréia o que pode ser a semente de uma futura integração monetária. O Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML), que entrou em vigor em 3 de outubro, permite que exportações e importações entre Brasil e Argentina sejam pagas em reais ou em pesos, dispensando contratos de câmbio. Ontem, representantes dos bancos centrais dos dois países deflagraram, em Porto Alegre, encontros com empresários e operadores de comércio internacional para esclarecer e orientar sobre a novidade. Novas rodadas ocorrerão nas próximas semanas em São Paulo e nas províncias de Córdoba e Mendoza.
A adoção do SML se restringe, por enquanto, aos dois países, que respondem por 80% das transações de bens na região. A exportação para a Argentina representou entre janeiro e setembro deste ano 81,3% das vendas do Brasil para o bloco, que inclui ainda Uruguai e Paraguai, somando US$ 13,8 bilhões dos quase US$ 17 bilhões comercializados. Interlocutores dos dois lados encaram o sistema como um teste, para depois estender a outros segmentos de transações, como serviços e capitais, hoje excluídos do acordo. Para colocar em ação o SML foram três anos de negociações, que incluíram consultoria com integrantes do governo espanhol, sobre o processo de integração monetária da União Européia.
A formatação exigiu ajustes de legislações, normas financeiras e sistemas de informática. "Temos agora uma alternativa às operações de câmbio, o que reduzirá custos financeiros e administrativos", ressaltou Ronaldo Malagoni de Almeida Cavalcante, chefe-adjunto do Departamento da Dívida Externa e Relações Internacionais do BC. As instituições vão operar com opção de pagamento em moeda local que seguirá atualização pela taxa SML, formada pelas cotações interbancárias de real e dólar (PTAX) e peso e dólar (taxa de referência).
No site do BC brasileiro (www.bcb.org.br) estão todas as informações de como operar na nova plataforma de pagamentos. A regra básica é que a venda deve ser contratada desde o começo em reais ou pesos, dependendo do país de origem da transação. É necessário efetuar a operação por meio de um banco que está habilitado a atuar no SML. Para possibilitar o reconhecimento do documento, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) editou resolução que passou a permitir lançamento dos valores em reais nas guias de exportação.
A gerente principal de Acordos Internacionais do Banco Central da Argentina, Cristina Pasin, destacou que a modalidade deve impulsionar transações entre pequenas empresas, que costumam ficar fora do comércio internacional devido aos custos das operações com câmbio.
Venda de veículos cai 13% em outubro, aponta Fenabrave
Rodrigo Postigo
06/11/2008
A venda total de veículos no Brasil caiu 13,81% em outubro, com relação ao mês imediatamente anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em comparação a outubro de 2007, a queda foi de 5,7%.
A entidade registrou 398.507 emplacamentos no último mês, contra 462.356 em setembro. Em 2008, o total de veículos emplacados - que inclui carros, caminhões, ônibus e motos - já chega a 4,1 milhões, frente a 3,4 milhões no mesmo período do último ano - um aumento de 22,17%.
Os veículos leves tiveram retração de 12,95% em outubro, enquanto o segmento de motocicletas recuou 18,58% com relação a setembro. Somando o número de veículos leves e caminhões leves emplacados, 86,30% foram bicombustíveis.
De acordo com a Fenabrave, a Volkswagen liderou o mercado de automóveis em outubro, com 24,23% do total, seguida bem de perto pela Fiat, com 24,13% de participação no segmento.
Brazil urges Doha deal before Obama start
Wed Nov 5, 2008 10:01am EST
By Jonathan Lynn
GENEVA (Reuters) - Brazil called on Wednesday for a broad deal in the long-running Doha round to open up world trade to be concluded before U.S. President-elect Barack Obama takes office in January.
Foreign Minister Celso Amorim told Reuters that reaching a deal in the trade talks would send a powerful counter-cyclical signal to a world economy bludgeoned by the financial crisis.
Concluding an outline deal, known in trade jargon as modalities, would spare Obama from having to deal with complex trade issues on his inauguration in January, he said.
"It will facilitate things for President-elect Obama if we are able to finalize the modalities by the end of this year. It would relieve him of very difficult choices at the start of his government," Amorim told Reuters during a visit to Geneva.
"It would be only fair to complete the job."
Brazil, an emerging agriculture superpower, and leader of the G20 group of developing country farm exporters, is one of the most enthusiastic proponents of a deal in the World Trade Organisation's (WTO) Doha round, launched seven years ago.
Trade experts say the trade talks could drop down the political agenda if there is no outline deal by the time Obama takes over, and that an incoming administration might be tempted to unpick some of the points already agreed.
Amorim, hailing Obama's victory as the triumph of hope over prejudice, dismissed the idea that a Democratic administration in the United States would be more protectionist than the Republicans, and so less likely to conclude a trade deal.
"I don't think that holds any more. This has more to do with manufacturing than with the agricultural problems we are facing, and the Democrats are also more multilateralist," he said.
Both Amorim and Australian Trade Minister Simon Crean said the November 15 summit of major developed and developing countries in Washington on the financial crisis needed to send a strong concrete message to negotiators to complete the Doha talks in the coming weeks.
Even though that meeting is hosted by the outgoing U.S. administration, Crean -- another keen supporter of a deal -- said he was sure that Obama would support an early outline trade agreement as part of the solution to the financial crisis.
"What the global financial crisis does is to give us the capacity to raise to a leadership level... the importance of the relationship of trade to helping the macro-policy setting and the economic stimulus that all world leaders are committed to finding at the (Washington) meeting," Crean told Reuters while visiting Geneva.
Both Amorim and Crean acknowledged that negotiators in Geneva grappling with the technicalities of the trade talks were not optimistic an outline deal could still be clinched this year after ministers narrowly failed to reach a breakthrough in July.
But South Africa's deputy Trade Minister Rob Davies, speaking before the result of the election was known, said Obama's trade policies were unclear, and South Africa in any case did not favor another meeting of ministers this year.
"There are too many differences, too many issues that remain unresolved and it would be better for a much more profound reflection on the reasons why we didn't finalize a deal in July," he told Reuters in Cape Town.
(Additional reporting by Wendell Roelf in Cape Town)
(Editing by Philippa Fletcher)
Publicado por Agência de Notícias às 6.11.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil dollar outflows $4.64 bln in Oct
Wed Nov 5, 2008 9:44am EST
SAO PAULO, Nov 5 (Reuters) - Brazil had $4.64 billion in net dollar outflows in October, reversing inflows of the previous two months after investors sharply reduced holdings of domestic securities as the global financial crisis deepened.
The outflows in October compared with inflows of $2.8 billion in September and $1.94 billion in August, central bank data showed on Wednesday.
Data on banks' dollar positions showed banks were more bearish on the Brazilian currency, the real BRBY, which has weakened more than 26 percent since reaching a nine-year high in early August.
Banks had long dollar positions of $7.08 billion at the end of October compared with $6.68 billion at the end of September. A long position on the dollar is a bet that the currency will strengthen against the real. (Reporting by Jenifer Correa; Writing by Elzio Barreto; Editing by James Dalgleish)
Publicado por Agência de Notícias às 6.11.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil