sexta-feira, 25 de julho de 2008

UE oferece acesso de bioetanol brasileiro ao mercado europeu

Rodrigo Postigo
25/07/2008
A União Européia ofereceu ao Brasil nesta sexta-feira a chance de exportar mais bioetanol ao bloco de 27 países como parte dos esforços para destravar as negociações comerciais globais, disse o comissário de comércio europeu, Peter Mandelson.
Em troca, a UE quer ter mais acesso para suas exportações no mercado brasileiro, acrescentou o comissário.
"Surpreendetemente, dada a importância dessa questão para Brasília, (o ministro das Relações Exteriores, Celso) Amorim, pareceu rejeitar o valor de tal oferta para o Brasil", disse Mandelson em seu blog na Internet.
A UE quer que grandes países em desenvolvimento, como o Brasil, abram seus mercados nas áreas de bens industriais, como carros e indústria química, em troca da abertura do mercado agrícola europeu.

Rates, U.S. serve double-whammy to Brazil stocks

Thu Jul 24, 2008 5:27pm EDT
By Ana Nicolaci da Costa
SAO PAULO, July 24 (Reuters) - Brazil's stock market slumped more than 3 percent on Thursday with a steep rate rise in the previous session and tumbling U.S. stocks serving a double blow to a market suffering sharp losses this month.
Sao Paulo's main stock index .BVSP was down 3.3 percent at 57,434.37 points, taking July's losses to more than 11 percent so far.
On Wednesday, Brazil's central bank raised rates by a higher-than-expected 75 basis points to 12.75 percent in a move aimed at curbing resurgent inflation whose build-up risks undermining economic growth.
But this helped Brazil's currency, the real BRBY, up 0.4 percent against the dollar to trade at 1.579.
The prospect of higher local interest rates and of a potential recession in the world's largest economy took a toll on the broader market.
Top weighted oil giant Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) fell 4.4 percent to 34.50 reais even as crude prices rose. Miner Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) lost more than 5 percent to 38.00 reais dragged by lower metal prices.
Meanwhile, U.S. stocks tumbled after a report showing yet another drop in U.S. home sales prompted investors to take profits in financial shares.
"With a very poor performance in international markets, the impact from higher interest rates took a back seat," said Rodrigo Bresser Pereira, director of Bresser Wealth Management.
Brazilian banks also fell. Banco Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) fell 3.4 percent to 32.85 reais, Banco Itau (ITAU4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) slid more than 4 percent to 32.90 and Unibanco (UBBR11.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) lost 4.8 percent to 20.20 reais.
Not even lower-than-expected inflation numbers managed to cheer economists betting on more monetary tightening down the line.
Brazil's so-called IPCA-15, which tracks consumer prices from around the 15th of one month to the 15th of the next, rose 0.63 percent in the month to mid-July, less than an expected 0.67 percent rise. It slowed from a 0.9 percent increase in the month to mid-June.
Interest rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo were mixed, with a majority of economists betting on more tightening after the central's bank steeper-than-expected rate rise on Wednesday.
A Reuters poll published on Thursday showed analysts raised their forecasts for Brazilian rate hikes in 2008 with a majority betting on another 75 basis point increase at the monetary policy comittee's September meeting.
(Additional Reporting Aluisio Alves; Editing by Diane Craft)

Negociações da Rodada Doha passam por "momento decisivo”, diz OMC

Efe / Folha Online
25/07/2008
O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, afirmou nesta sexta-feira que as negociações sobre a Rodada Doha para a liberalização comercial mundial passam por "um momento decisivo".
Durante a reunião realizada pelo quinto dia consecutivo representantes de cerca de 30 países da OMC para salvar a rodada, Lamy disse que as nações estão perto "do êxito ou do fracasso".
Após reiterar que as negociações vão atravessar nas próximas horas "um momento decisivo", disse que há alguma "convergência", mas, acrescentou, estas são lentas.
Hoje, o grupo-chave da OMC (Brasil, Austrália, China, EUA, Índia, Japão e a União Européia) voltará a se reunir, e do resultado dessas "consultas" poderia depender a continuidade e o êxito da reunião, segundo fontes ligadas à negociação.
Entre os assuntos sobre os que parece que há uma aproximação, estão aspectos relacionados ao acesso aos mercados agrícolas e à redução de tarifas, acrescentaram as fontes.
Lamy pediu que os países mudem "radicalmente" sua postura ou a reunião fracassará e, em conseqüência, ficará estagnada a Rodada Doha, iniciada em 2001, a fim de aprofundar na liberalização comercial mundial.
Hoje, todos os países que participam da reunião expressaram sua preocupação com a repercussão do que ocorrer nas próximas horas.
Ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que nesta sexta-feira se saberá se é possível ou não um acordo na Rodada Doha. "Prosseguiremos amanhã com as discussões e acho que amanhã, (...) então, saberemos se será ou não possível. Talvez não cheguemos a uma conclusão, mas devemos chegar a um acordo", declarou Amorim ao final do quarto dia rodada da reunião ministerial.
O comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, havia alertado ontem para "o risco de um fracasso" nas negociações. Os comissários, chefes negociadores da UE, insistiram que é necessário uma maior flexibilidade por parte de outros membros --as nações emergentes, liderados por Brasil e Índia- em bens industriais.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou por sua vez que não vai assinar o acordo relacionado à Rodada Doha do jeito que está. Ele pede maior abertura dos países emergentes para os mercados industriais.
Na terça-feira (22), a representante americana do Comércio, Susan Schwab, apresentou a proposta de reduzir os subsídios agrícolas para US$ 15 bilhões. Amorim elogiou a iniciativa, mas disse que ainda é insuficiente.

Dívida pública federal sobe 0,47% em junho, para R$ 1,34 trilhão

Segundo Tesouro, juros são a principal explicação para o aumento da dívida em junho.Impacto do aumento de juros na dívida federal é de R$ 3,5 bilhões em 12 meses.
G1 / Alexandro Martello
25/07/2008
A dívida pública federal, o que inclui as dívidas interna e externa, subiu 0,47% em junho deste ano, para R$ 1,34 trilhão, informou nesta quinta-feira (24) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em maio, a dívida estava em R$ 1,33 trilhão.

O aumento da dívida pública de maio para junho se deve, segundo o Tesouro, principalmente à apropriação de juros sobre o seu estoque, ou seja, seu volume total. Somente no mês passado, esse fator contribuiu para elevar o endividamento federal em quase R$ 14 bilhões, mas foi compensando, em parte, pelo resgate de títulos públicos, acima das emissões, no montante de R$ 6,2 bilhões.

No caso da dívida externa federal, houve queda de 1,5% em junho, para R$ 96,1 bilhões. No fim de maio, a dívida externa federal estava em R$ 97,5 bilhões. "Essa redução foi consequência da valorização da moeda nacional [real] frente às demais moedas que compõe a dívida pública federal externa", informou o Tesouro.

Brazil Stocks Slip Into Bear Market for Second Time in 2 Years

By Fabio Alves and Alex Ragir
July 25 (Bloomberg) -- Brazilian stocks fell into a bear market for the second time in two years, dragged down by the most aggressive interest-rate increases in emerging markets and declining commodity prices.
Brazil's Bovespa, until June the best-performing index among the world's 20 biggest markets with a 14 percent gain, slumped 3.3 percent to 57,434.37 yesterday, bringing the loss from its May record to 22 percent. A 20 percent drop is considered the threshold for the so-called bear market.
Banks led yesterday's sell-off after policy makers raised the benchmark lending rate by 0.75 percentage point to 13 percent, more than economists forecast and up from 11.25 percent in May. Higher borrowing costs and a 13 percent drop in the Reuters/Jefferies CRB Index of commodity prices from its peak combined to send the Bovespa down 10 percent in June and 12 percent this month.
``A major price correction in commodities will impair nations that are net producers, though it's still too early to tell if that's going to happen,'' said Walter ``Bucky'' Hellwig, who helps oversee $30 billion including Brazilian stocks at Morgan Asset Management in Birmingham, Alabama.
The Bovespa last entered a bear market in 2006, plunging 22 percent between May 9 and June 13, on concern inflation would force central banks to increase rates. The index recovered and posted an annual gain of 33 percent that year.
Brazil became the 23rd of 25 developing countries in the MSCI Emerging Markets Index to enter a bear market since October, with only Jordan and Morocco avoiding the slump. Among 23 developed nations in the MSCI World Index, only Canada hasn't fallen 20 percent or more.
`Extremely Poor'
``Global equity sentiment has been extremely poor,'' said Michael Hartnett, chief emerging markets equity strategist at Merrill Lynch & Co., who has an ``overweight'' rating on Brazil's stocks. ``People were taking profit in markets that they had profits to take, and Brazil was one of them.''
Energy producers and mining companies led the MSCI Brazil index lower during the past month, dropping 21 percent and 18 percent as crude oil fell from an all-time high of $145.29 a barrel on July 3 to $125.49 yesterday. Zinc plunged 27 percent from its May 16 record, while copper slid 9.5 percent.
Brazil's state-controlled oil company Petroleo Brasileiro SA and iron-ore supplier Cia. Vale do Rio Doce, which make up about a third of the Bovespa index, slid more than 33 percent since the commodities index peaked.
Bank Stocks
Financial stocks and retailers fell yesterday after the central bank increased the overnight lending rate for the third time in 2008 to fight the fastest inflation in 2 1/2 years.
``Overlapping with a slowdown in the rest of the world and weaker commodities prices, it takes away the appeal of investing in the country,'' Hellwig said.
Uniao de Bancos Brasileiros SA dropped 4.8 percent to 20.20 reais. Banco Itau Holding Financeira SA, Brazil's second-biggest non-state bank, dropped 4.1 percent to 32.90 reais. Lojas Americanas SA, the country's biggest discount chain, fell 1.6 percent, bringing its decline this year to 29 percent.
Gerdau SA slumped 6.1 percent and Usinas Siderurgicas de Minas Gerais SA lost 6.7 percent, leading a drop in steelmakers on concern demand for metals is slowing as copper, nickel and aluminum futures retreated. Mining and chemical companies, which together with energy producers make up 57 percent of the MSCI Brazil index, slid 4.6 percent to a four-month low.
``Growth will slow a bit,'' said Urban Larson, Latin American portfolio manager at F&C Management Ltd. in London, which oversees about $2.5 billion in stocks. ``I don't see the almost 6 percent type of growth of last year continuing.''

BC tenta jogar água fria na economia do Brasil, diz 'Forbes'

Revista americana fala do superaquecimento econômico e da elevação da taxa Selic.
BBC
25/07/2008
O Banco Central do Brasil está tentando jogar água fria na aquecida economia do país com a elevação da taxa de juros nesta semana, diz uma reportagem publicada na edição desta sexta-feira da versão online da revista americana Forbes.

Intitulada "Cooling off Brazil" (Esfriando o Brasil, em tradução literal), a reportagem comenta a elevação da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano, determinada pelo BC nesta semana.

Segundo a revista, a decisão foi uma resposta à preocupação com a aceleração da inflação e "surpreendeu os mercados". Como exemplo, a Forbes cita a forte queda de 3,3% da Bovespa, registrada na quinta-feira.

Citado pela matéria, o economista Rafael de la Fuente, do banco BNP Paribas, afirma que o momento atual do Brasil é "digno de uma resposta dura dos mercados".

"Assim como outros países, a economia [do Brasil] é afetada pelos mesmos choques externos dos preços dos alimentos. No entanto, para completar, a demanda doméstica do país está forte", disse Fuente à Forbes.

De acordo com ele, a economia está superaquecida e, por isso, o Banco Central precisa de uma política monetária que "transmita a mensagem de que a inflação precisa ser reduzida e será reduzida".

A Forbes afirma que os economistas e corretores questionados pelo BC prevêem que a inflação irá atingir 6,53% neste ano - um índice maior do que a meta de 4,5% estipulada pelo governo e maior do que o teto de 6,5%.

A revista lembra que o presidente do BC, Henrique Meirelles, prometeu trazer a inflação para 4,5% até o final de 2009. Segundo a Forbes, isso seria uma indicação de que outras elevações nas taxas de juros poderiam estar a caminho.

Aeroportos receberão R$ 3,89 bilhões para Copa de 2014, prevê Infraero

Desse total, R$ 2,89 bilhões serão repassados pela União.Na véspera, associação afirmou que Brasil não conseguirá atender turistas.
G1
25/07/2008
A Infraero, empresa que administra os aeroportos brasileiros, informou nesta quinta-feira (24) que está investindo na melhoria dos aeroportos do país para atender a demanda que será criada pela Copa do Mundo de 2014. Em comunicado, a estatal afirmou que, embora esteja em fase de “levantamento de informações precisas para a expansão da infra-estrutura aeroportuária” para o evento, vários projetos e obras já estão em andamento nos principais aeroportos brasileiros. A estimativa de investimentos em aeroportos de todo Brasil é de R$ 3,89 bilhões, entre 2007 e 2010. Desse total, R$ 2,89 bilhões serão repassados pela União e R$ 1 bilhão como contrapartida da Infraero, informou a estatal. Na véspera, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) afirmou que o país não conseguirá atender a demanda de turistas que virão para o Brasil assistir aos jogos da Copa de 2014.