Acréscimo de 0,6% foi o menor dos últimos três meses; materiais de construção foram destaque do ritmo menor
InfoMoney
05/08/2009
A atividade do comércio varejista nacional cresceu 0,6% em julho, na comparação com o sexto mês deste ano. Este foi o menor crescimento dos últimos três meses, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, divulgado nesta terça-feira (4).
O indicador considera as consultas registradas à base de dados da Serasa Experian de aproximadamente 6 mil empresas comerciais.
Setores
A desaceleração da atividade comercial em julho foi resultado da queda de 3,2% do setor de material de construção, cujas vendas foram impactadas pelas chuvas, especialmente no Centro-Sul do País. Os setores de veículos, motos e peças e combustíveis e lubrificantes também influenciaram o menor ritmo de crescimento no mês, pois suas atividades apresentaram recuos de 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Por outro lado, o incremento de 1,9% do setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios ajudou a conter a queda do índice. Segundo análise dos técnicos da Serasa, o bom resultado desse segmento pode ser explicado pela proximidade do Dia dos Pais e pelas baixas temperaturas registradas no mês passado.
Outros setores que registraram alta em julho foram o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (0,4%) e o de móveis, eletroeletrônicos e informática (+1,2%). Este último devido à melhora da confiança dos consumidores e das condições de crédito, associadas com as reduções tributárias governamentais. Contudo, este foi o menor avanço registrado no setor nos últimos três meses, o que, segundo a Serasa, pode sinalizar algum esgotamento dos estímulos positivos sobre estes produtos.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Serasa: atividade do comércio varejista desacelera em julho
Fusões no mercado de tecnologia vão se acelerar, diz especialista
Executivo responsável pela área mundial de tecnologia da consultoria Everis diz que oportunidades de negócios geradas pela crise e demanda de clientes por soluções integradas impulsionam tendência.
Computerworld / Fabiana Monte
05/08/2009
O negócio entre Sun e Oracle, anunciado em abril, e o avanço da IBM sobre o mercado de Business Intelligence (BI), com a recente compra da fabricante de software SPSS, somada à aquisição, em 2008, da desenvolvedora Cognos, são o início de uma onda de fusões que deve prosseguir no mercado de tecnologia da informação (TI). A análise é do sócio e responsável mundial pela área de TI da consultoria Everis, Manuel Carlos Alcoba González.
Para o executivo, a consolidação do número de fornecedores de tecnologia ficará ainda mais intensa nos próximos anos. Um dos motivos, explica, é a crise econômica mundial - que derruba preços de empresas e se mostra como oportunidade para a realização de negócios.
Um segundo aspecto indicado por Gonzáles é a própria demanda dos clientes, que preferem e buscam por soluções integradas e mais complexas. "Eles procuram produtos bons e maduros, e não mais aqueles que têm potencial", afirma.
Os recentes anúncios do Google, que vai lançar seu sistema operacional Chrome, e da Microsoft, que apresentou sua plataforma de computação em nuvem, o Azure, são, na análise de Gonzáles, tentativas das duas empresas de oferecerem ao mercado soluções completas. "Cada uma delas têm parte das peças do quebra-cabeça [a oferta]. E as duas querem pegar todas as peças", diz.
A força do Google nesta disputa não está apenas na tecnologia que a empresa desenvolve, mas, principalmente, na atual conjuntura de mercado. A plataforma do Google baseia-se totalmente na nuvem e conectividade é realidade em todo o mundo - no Brasil são 3,6 milhões de cartões e modens de acesso 3G e outros 2,1 milhões de telefones de terceira geração, além de 10,4 milhões de acessos fixos à internet em banda larga, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Pode ser caro ou ruim, mas funciona. Há três anos você não tinha isso", afirma Gonzáles.
Apesar dessa conectividade ubíqua, González diz que a computação em nuvem ainda é vista como uma possibilidade fugaz pelo mercado corporativo. Isso se dá porque o cloud computing traz uma cultura muito diferente da praticada pelas empresas, que ainda adotam uma postura proprietária em relação à tecnologia. "A cultura corporativa pensa assim: eu tenho os meus sistemas. O cloud diz: meus sistemas têm outros sistemas", afirma.
Além do Brasil, trem-bala se espalha em dez emergentes
Valor Econômico / Daniel Rittner
05/08/2009
Com quatro décadas de atraso, os trens de alta velocidade estão chegando ao mundo em desenvolvimento, onde mais de dez países inauguram suas primeiras linhas ou avançam em projetos com essa tecnologia, ligando as suas principais cidades. A expansão dos investimentos em infraestrutura, o aumento da renda per capita e até mesmo o orgulho nacional de ostentar um projeto grandioso começam a abrir uma nova fase para os trens-bala. "É a hora dos países emergentes", diz Philippe Delleur, presidente no Brasil da Alstom, empresa francesa que ganhou o contrato para uma linha de alta velocidade na Argentina e confirmou o interesse em participar da licitação para o trem Rio-São Paulo-Campinas.
O Shinkansen, primeiro projeto do gênero, foi inaugurado no Japão em 1964. A tecnologia chegou à Europa em 1981, quando entrou em operação comercial a ligação entre Paris e Lyon. Foi só em 2003 que deixou de ser exclusividade dos países ricos, com a abertura da primeira linha na China. Um ano depois, os chineses já operavam o trem mais rápido do planeta, com o sistema baseado no princípio da levitação magnética), que viaja a até 430 km/h e liga uma estação em Xangai ao aeroporto internacional da cidade.
Hoje, a China tem 4.075 quilômetros de linhas de alta velocidade planejadas e outros 3.404 quilômetros já em construção, incluindo o Expresso Pequim-Xangai, linha orçada em US$ 31 bilhões e que reduzirá de dez para cinco horas o tempo de viagem entre as duas cidades, separadas por 1.318 quilômetros. Em março, a Turquia inaugurou parte da ligação entre Ancara e Istambul.
Índia, Irã e Marrocos têm projetos de trem-bala em estudo. A Arábia Saudita planeja o "Trem do Islã", ligando em 30 minutos as duas mais importantes cidades para os muçulmanos, Meca e Medina. Já a Rússia quer montar uma rede de linhas de alta velocidade até 2020. Estão previstos, até 2010, investimentos em torno de US$ 8 bilhões. Em um primeiro momento, um conjunto de novos trens está sendo implementado no trajeto Moscou-São Petersburgo, diminuindo o tempo de viagem para 3h45. No futuro, até 2018, será construída uma linha paralela à atual, com velocidade operacional de 330 km/h.
O vice-presidente técnico da Alstom Transporte, François Lacôte, enumera três fatores determinantes para a adoção dos trens-bala por um país. Além de concentração populacional nas duas pontas do projeto - para alimentar a demanda -, o nível de renda dos habitantes precisa ser compatível com o valor das tarifas cobradas a fim de viabilizar o investimento.
O terceiro fator é a "vontade política" dos governos, afirma Lacôte, um dos pais do TGV francês. "Na Coreia, os três elementos estavam presentes", diz o executivo e pesquisador. O país asiático adotou a tecnologia da Alstom em 2004 e hoje quer participar do trem brasileiro. "Já nos Estados Unidos, faltava o terceiro elemento, mas isso pode mudar com o governo Barack Obama."
O presidente da WerkShire Infraestrutura e Participações, José Alexandre Resende, acrescenta dois outros ingredientes: a topografia e a disposição dos governos em conceder subsídios para a operação das linhas. "O transporte ferroviário de passageiros em trajetos de longa distância é subsidiado no mundo inteiro", diz Resende, que esteve no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entre 2002 e 2008.
Já a topografia é decisiva no valor dos investimentos necessários. No eixo Rio-São Paulo-Campinas, onde o relevo é fortemente acidentado e 90 quilômetros serão percorridos em túneis, o custo foi estimado em R$ 34,6 bilhões. No percurso de 710 quilômetros da linha Buenos Aires-Rosário-Córdoba, o relevo mais plano e o aproveitamento parcial de corredores existentes diminuem o investimento para cifras próximas de US$ 3 bilhões.
Para o executivo francês, os trens de alta velocidade devem ganhar mais espaço em todo o mundo, por causa das preocupações com o aquecimento global. "É um crime contra o ambiente usar avião para trechos de 500 quilômetros", diz Lacôte. Segundo ele, a emissão de CO2 por passageiro transportado é 50 vezes menor no trem-bala do que no avião.
Na França, a participação das empresas aéreas caiu para 10% do total de passageiros em ligações ferroviárias que podem ser cobertas em até duas horas. A opção pelo avião, em trajetos como Paris-Lyon, passou a ser adotada basicamente por passageiros internacionais em conexão na capital francesa. Nos trechos de até três horas, como Paris-Marselha, a relação é de 70% de passageiros para o TGV e de 30% para o aéreo.
Apesar do cenário promissor para os trens de alta velocidade nos países emergentes, ainda é no mundo desenvolvido que eles mais se expandem. A Espanha deve mais do que triplicar a rede atual e a França tem um plano de novas linhas para os próximos 15 anos. Para a Alstom, que fabrica composições de carga e trens de metrô, por exemplo, o TGV só representa de 10% a 15% da receita de sua divisão de transportes.
Publicado por Agência de Notícias às 5.8.09
Marcadores: Infra-estrutura, Logística
Brazil Stock Market Has Fifth Month of Foreign Inflows in 2009
By Paulo Winterstein and Heloiza Canassa
Aug. 5 (Bloomberg) -- International investors increased their Brazilian stock holdings for the fifth month this year as speculation the global economy is recovering drove the benchmark index’s best July performance in more than a decade.
Foreign investors bought 2.2 billion reais ($1.2 billion) more in equities than they sold in July, exchange owner BM&FBovespa SA said in a statement on its Web site. That follows a net outflow of 1.1 billion reais in June, when the Bovespa stock index retreated 3.3 percent.
The Bovespa rallied 6.4 percent last month. The 64-stock gauge has gained 49 percent this year, led by real estate and retail companies, on speculation record low interest rates and improved demand for the country’s commodities will boost growth in Latin America’s biggest economy.
With July’s inflow, investors have added 12.3 billion reais to their Brazilian stock holdings this year. Investors took out more than 24 billion reais from the market in 2008 as the global financial crisis deepened.
Brazil’s economy will contract 0.38 percent this year before expanding by 3.6 percent in 2010, according to the median forecast in a central bank survey of about 100 economists published this week. Policy makers reduced the benchmark interest rate to a record 8.75 percent last month.
International investors bought 41.8 billion reais of stocks in July and sold 39.6 billion reais, Sao Paulo-based BM&FBovespa said.
Publicado por Agência de Notícias às 5.8.09
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Ban on Flash Orders Is Considered by SEC
Schapiro Sees Inequity While Exchanges Wrestle for Market Share in High-Speed Trading
The Wall Street Journal
By SCOTT PATTERSON, KARA SCANNELL and GEOFFREY ROGOW
August 5, 2009
The Securities and Exchange Commission said it is considering a ban of "flash" orders, marking the firmest sign yet of the regulator's heightened scrutiny of cutting-edge electronic trading.
A flash order lets some traders have a sneak peek at market activity. SEC Chairman Mary Schapiro said she has asked the agency's staff to develop a proposal to "eliminate the inequity that results from flash orders." One person familiar with the matter said that means the SEC is studying a ban.
Meanwhile, Sen. Charles Schumer (D., N.Y.) last week wrote to the SEC demanding a ban on flash orders, which he said gave high-frequency traders an advantage over retail investors.
High-frequency trading, a lightning-fast, computer-based trading technique, now accounts for more than half of all stock trading in the U.S. Flash orders represent a much smaller part of the market, and are used by high-frequency and other traders.
Beyond the official scrutiny lies a tussle among exchanges for market share as high-speed trading becomes a central cog of the market. Exchanges are scrambling to cater to the high-frequency crowd, in part because the huge volumes they generate can make it easier for other traders on the exchange to execute orders.
NYSE Euronext, which operates the New York Stock Exchange, has been a vocal critic of flash orders, as several of its rivals have adopted some form of the trading method and have gained market share.
Wall Street players have lately expressed concern that too much regulation of high-speed trading could crimp markets. "Does this start a slippery slope?" said Raymond James analyst Patrick O'Shaughnessy, who covers brokerage firms and exchanges.
In a flash order, a firm wishing to buy or sell stock can elect to freeze the order on an exchange for as long as half a second. This move can have several effects, one of which concerns a system of rebates and fees on trading orders.
Typically on trades, exchanges pay rebates to traders who post shares to buy or sell and charge fees to traders who respond to those offers. This setup creates an incentive to earn rebates. A flash order puts a trader in the position of poster, rather than responder. The hope is that another trader who needs to buy or sell quickly steps in on the other side of the trade. This dynamic boosts the chance the flash-order trader will complete the trade on the exchange and get the rebate.
Critics say flash orders give a select group of high-speed traders a window into the direction of the market, giving them the ability to trade at lightning speeds ahead of less fleet-footed investors. Flash-order advocates say the orders help traders get better prices. They say a ban could cause trading volume to drop on the exchanges that permit flash as traders look for better execution in alternative, less-transparent venues.
Flash orders have been used for years but have become increasingly popular in recent months as more traders and exchanges adopted the approach. Still, they are a small fraction of overall trading, accounting for 2.4% of all U.S. stock trading in June, according to Rosenblatt Securities.
Meanwhile, in a sign of regulators' growing concern about evolving electronic trading, the SEC staff is also studying rules for so-called dark pools, private electronic-trading networks that match buyers and sellers anonymously. The pools have been gaining market share in recent years as more trading firms use them. Nasdaq OMX Group Inc. Chief Executive Bob Greifeld recently called for regulators to clamp down on dark pools.
The SEC staff is looking at requiring disclosure of post-trade information to show which dark-pool operator is executing which trades, according to people familiar with the matter. That would give investors a better idea of the liquidity and depth of a particular operator. The SEC is considering whether to have the information disclosed on a real-time basis or collected and disclosed in an aggregate form, these people said.
"The concern is if enough volume and order flow gets diverted into dark markets, at some point we would ask whether you would have reached a tipping point at which the public price discovery from displayed markets is being hurt," said Jamie Brigagliano, co-director of the SEC's trading and markets division. "It's not clear whether dark pools have reached that point yet. It's an issue we're thinking about," he added.
Another area under review is the "indications of interest," which are similar to flash orders. If an exchange can't execute an order, it will look at indications of interest from a number of dark pools. Rather than flash the order for a potential mate, the exchange can route it through the dark pools that expressed indications of interest. The SEC is considering whether these IOIs should be subject to order-handling rules and made part of the public centralized quotation system.
Ms. Schapiro said in a speech in June that she is concerned about transparency in dark pools, stating that "the lack of reliable information can prompt speculation and suspicion about the basis for market fluctuations."
A flash order proposal by the SEC would be subject to public comment and would require at least three of the five agency commissioners to approve it before it would become effective.
Flash orders were pioneered by the Chicago Board Options Exchange's stock exchange earlier this decade as that exchange looked for a way to improve execution speeds. Flash remained a niche part of the industry until around June 2006, when a small stock-trading platform, Direct Edge, owned by Knight Capital Group Inc., adopted the practice.
Direct Edge employees had seen flash used by traders at the CBOE, and used that model to unveil a version of flash that it called its Enhanced Liquidity Program, or ELP. Direct Edge's percent of matched market share of total stock trades shot up, to 12% today from less than 1%, according to Raymond James.
In 2007, Goldman Sachs Group Inc. and hedge fund Citadel Investment Group invested in Direct Edge.
Now, partly thanks to flash orders, Direct Edge is the third-largest stock trading platform by matched volume in the country, according to Raymond James. Its success has helped prompt competitors to adopt their own versions of flash.
William O'Brien, chief executive of Direct Edge, makes no apologies for the practice, saying flash has gotten investors better prices on larger orders roughly 10% to 15% of the time. Other times, he says, there isn't an impact on prices.
"Flash has shown price improvement and order-size improvement," said Mr. O'Brien, who joined the firm from the Nasdaq Stock Exchange in July 2007. "But it isn't front-running." He says even if flash orders are banned, his firm will do fine. Among other things, it has applied with the SEC for official exchange status, and there are other innovations under way, he says.