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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Portos esquecem crise e já falam em crescimento

Valor Online / José Rodrigues, Murillo Camaroto, Francisco Góes, Sergio Bueno e Marli Lima
01/10/2009
Alguns dos principais portos brasileiros estão revendo suas projeções e já falam em terminar o ano com crescimento, depois de seguidos meses de balanços negativos. Em Santos (SP), Suape (PE) e Rio Grande (RS) a recuperação puxada pelos granéis já aparece nos números fechados de agosto e nas previsões para setembro e para o quarto trimestre. O porto de Paranaguá (PR) tem registrado crescimento expressivo no embarque de veículos e de commodities agrícolas. A exceção é a movimentação de contêineres.
Santos experimenta uma reviravolta no seu desempenho operacional, depois de uma previsão negativa para 2009 feita em dezembro pela Codesp. O acumulado de cargas movimentadas de janeiro a agosto soma 53,5 milhões de toneladas, alta de 1,6% sobre o mesmo período do ano passado. No total de 2008, Santos chegou a 81 milhões de toneladas, 1% sobre 2007. No início do ano, a expectativa era fechar 2009 com 77,8 milhões de toneladas, queda de 1,6% sobre o ano passado. Agora a Codesp fala em atingir 81,3 milhões de toneladas, alta de 0,2% sobre 2008.
Segundo a Codesp, as exportações estão puxando a reversão de expectativas, apesar do real valorizado. Elas cresceram 15% nos oito primeiros meses, somando 39,6 milhões de toneladas. No mesmo período as importações recuaram 23,7%, com 13,9 milhões de toneladas. As commodities, principalmente açúcar e complexo soja, são destaques nas exportações. "O mercado de açúcar vem sendo estimulado pelas compras da Índia, de tal modo que as exportações brasileiras para esta safra deverão equivaler a 50% do total mundial e desse total Santos abarcará quase 70%", diz José Roberto Serra, presidente da companhia.
Em Rio Grande, depois de três meses consecutivos de queda, o movimento no porto gaúcho recuperou-se a partir de abril e até agosto já acumula alta de 13,9% no segmento de granéis agrícolas em comparação com o mesmo período do ano passado, para 8,3 milhões de toneladas, considerando embarques e desembarques. Nos contêineres, a alta foi de 10,6%, para 414,7 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), informou a superintendência do porto.
Só as exportações de soja em grão, principalmente para a China, cresceram 42% no período, para 4,3 milhões de toneladas, e já superaram a previsão inicial para o ano, que era de 3,6 milhões de toneladas, 9% a mais do que em 2008. Ao mesmo tempo, os embarques de arroz, puxados pela demanda dos países africanos, avançaram 46,1%, para 392,8 mil toneladas. Nas importações, a soja avançou 57,5%, para 457,4 mil toneladas, e o arroz, 83,6%, para 39,9 mil toneladas.
A expectativa no início do ano era no máximo repetir a movimentação de 25 milhões de toneladas registrada em 2008, conta o superintendente Janir Branco. Agora, segundo o executivo, a previsão é fechar 2009 com um volume recorde de 28 milhões de toneladas.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Investimento de R$ 74 bi agita o setor ferroviário

Valor Online / Samantha Maia
30/09/2009
De 2003 a 2006, o setor ferroviário de passageiros teve sua produção voltada exclusivamente para o mercado externo
O trem-bala e a Copa de 2014 conduzirão R$ 74,4 bilhões em investimentos públicos para a indústria ferroviária, que quase desapareceu e ressurgiu nesta década. De 2003 a 2006, o setor ferroviário de passageiros teve sua produção voltada exclusivamente para o mercado externo. Agora, destina 15% ao mercado doméstico. De 2005 a 2008, a produção nacional de trens de passageiro cresceu 147%.
A perspectiva de lançamento do trem-bala São Paulo-Rio e de projetos de metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT) em capitais que se preparam para receber os jogos da Copa de 2014 atraiu a atenção de empresas estrangeiras e levou multinacionais já instaladas no país, como Alstom e Bombardier, a cogitar a diversificação das linhas de produção. A espanhola CAF é uma das que chegaram ao país, inicialmente para atender encomenda de 48 trens da CPTM e 17 do Metrô de São Paulo. A perspectiva de novos contratos animou a empresa a se instalar em Hortolândia (SP) e cumprir a exigência contratual de 60% de nacionalização. O projeto não depende só do comportamento do mercado interno. A intenção é tornar a fábrica uma plataforma de exportação para a América Latina.
Há 15 anos, a Alstom se instalou no país atraída por uma onda de investimentos que não teve continuidade. A empresa, a única fabricante de trens de passageiros antes da entrada da CAF, conseguiu se manter com exportações. O cenário mudou em 2007 e de lá para cá fechou vários contratos para o Metrô e a CPTM, em São Paulo, VLTs e trens para Brasília. A companhia agora aguarda licitações em fase de preparação para mais 33 trens da CPTM e 26 trens do Metrô paulistano. "Se o mercado continuar dessa forma, pensamos em ampliação e em implantação de novas fábricas", diz Ramon Fondevila, diretor-geral da Alstom.
O quadro de fornecedores nacionais aumentou por conta dos investimentos em andamento. O índice médio de nacionalização do setor hoje é de 70%, segundo dados do Simefre, entidade que reune fabricantes de materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários. A Marcopolo, do segmento rodoviário, quer se tornar fornecedora para o setor ferroviário de passageiros. Segundo José Antônio Fernandes Martins, vice-presidente da empresa, o plano deve se confirmar com o projeto do trem-bala.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

País planeja investir R$ 71 bilhões até 2014 em ferrovias

Valor é 270% superior aos recursos aplicados entre 2004 e 2008.
Gastos atuais tentam recuperar os tempos áureos da década de 50.
Agência Estado
21/09/2009
Uma nova onda de investimentos promete devolver o fôlego do transporte ferroviário brasileiro nos próximos cinco anos. Entre projetos de metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT), ferrovias de carga e trens urbanos, o país deverá receber R$ 71 bilhões até 2014. O valor é 270% superior aos recursos aplicados entre 2004 e 2008, segundo levantamento feito pelos organizadores do evento Negócios nos Trilhos. Parte dos recursos sairá dos cofres dos governos federal e estadual. Outra parcela será bancada pela iniciativa privada.
O movimento brasileiro - guardada as devidas proporções - segue a aposta mundial de reerguer o setor ferroviário. Nos últimos meses, para amenizar os efeitos da crise financeira e criar novos postos de trabalho, países como Estados Unidos, China, Índia e algumas nações da Europa lançaram pacotes bilionários para ampliar o transporte sobre trilhos - seja de carga ou de passageiros.
No Brasil, os investimentos atuais tentam recuperar os tempos áureos da década de 50, quando a malha ferroviária chegou aos 37 mil quilômetros de trilhos. De lá pra cá, em vez de crescer, a extensão diminuiu por causa de uma série de medidas consideradas equivocadas pelos especialistas, como o foco no transporte rodoviário.
Hoje, são apenas 29 mil quilômetros de ferrovias. Mas, se todos os empreendimentos projetados saírem do papel, esse número subiria para 35 mil km, em 2015 - ainda abaixo do verificado na década de 50. Segundo o diretor da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, o plano do governo é alcançar 52 mil km de estrada de ferro até 2030 - o ideal para cobrir todo o território nacional.
Dos R$ 71 bilhões previstos para os próximos cinco anos, R$ 25 bilhões vão para a expansão do transporte de carga, explica o diretor do Negócios nos Trilhos, Gerson Toller-Gomes. Os investimentos incluem a conclusão das Ferrovias Norte-Sul, Nova Transnordestina, Litorânea Sul e Oeste-Leste, além da expansão de Carajás, Vitória-Minas e Ferronorte. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mercado aéreo cresceu 21,55% em agosto

Agência Estado
16/09/2009
As companhias aéreas brasileiras registraram crescimento de 21,55% no fluxo de passageiros transportados em agosto em relação ao mesmo período do ano passado. Além de ser o melhor resultado para o mês de agosto desde 2001, é o segundo mês consecutivo de crescimento acima de 20%, já que em julho a expansão havia ficado em 25,68%.
A última vez que o setor aéreo registrou índices tão altos e seguidos foi no período de janeiro a junho de 2006, quando as taxas de crescimento superaram duas dezenas em todos aqueles meses.
"Já se esperava um crescimento bom em agosto, por causa da maior oferta de tarifas a preços promocionais. Além disso, o resultado reflete o que acontece na economia, que passa por uma certa retomada", diz o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini. A oferta de assentos também teve forte expansão em agosto, de 20,15%, na comparação com igual período de 2008. A taxa média de ocupação dos aviões foi de 62,64%, ante 61,91% no ano passado.
Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as comparações históricas foram feitas de acordo com um banco de dados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Os desempenhos de julho e agosto elevaram a demanda doméstica acumulada nos oito primeiros meses do ano para 8,3%, mais do que o dobro da estimativa inicial da Anac para o desempenho dos voos domésticos em 2009, de até 4%. Agora, a agência informa que a expansão não deverá ficar abaixo do resultado de 2008, que teve alta de 7,4%.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Transporte de cargas tem redução de 30%

As maiores perdas foram nos segmentos ligados à exportação, como o transporte de contêineres, com queda de 60%, seguido pela área internacional, com 50%, e a cadeia de frios,
Panorama Brasil
09/09/2009
Estudo da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) mostrou que a movimentação no setor de transporte rodoviário de cargas no Brasil sofreu uma queda média de 30% no primeiro semestre de 2009, se comparado ao mesmo período do ano passado.
As maiores perdas foram nos segmentos ligados à exportação, como o transporte de contêineres, com queda de 60%, seguido pela área internacional, com 50%, e a cadeia de frios, que exporta carnes e produtos para o exterior, com 40%.
O transporte de cargas fracionadas obteve as menores quedas, com 10%. A Zona Franca de Manaus (AM) registrou queda média de 20%, assim como os produtos a granel e as cargas aéreas. Na movimentação de bebidas e combustível não houve queda significativa, mas nos produtos químicos e petroquímicos as perdas variaram entre 20 e 30%.
Para o presidente da entidade, Flávio Benatti, as perdas são um reflexo da economia mundial. “O transporte de cargas é o primeiro a sentir os efeitos da crise, mas espera-se que a economia volte a se aquecer nos próximos meses.” Segundo o executivo, a perspectiva é que o setor recupere o montante perdido, chegando a zero ou pouco acima disso.
A pesquisa foi realizada entre os meses de junho e julho, com 26 empresas de todos os portes.

BNDES vai financiar R$ 21 bilhões para a construção do Trem de Alta Velocidade

Segundo Coutinho, o governo deve participar com R$ 2,2 bilhões para as desapropriações e R$ 1 bilhão para a criação da Empresa do Trem de Alta Velocidade (Etav)
Agência Brasil
09/09/2009
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje (3), que a instituição financiará R$ 21 bilhões dos R$ 34,6 bilhões dos recursos necessários para a instalação do Trem de Alta Velocidade (TAV), na ligação São Paulo/Rio de Janeiro por 518 quilômetros de trilhos e túneis.
Coutinho participou de encontro entre os representantes do governo federal, da iniciativa privada, das agências de fomento e investidores, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para debater a concessão, a segurança e a rentabilidade da implantação do TAV.
Segundo Coutinho, o governo deve participar com R$ 2,2 bilhões para as desapropriações e R$ 1 bilhão para a criação da Empresa do Trem de Alta Velocidade (Etav), que servirá para o aprendizado e incorporação da tecnologia do TAV.
“A Etav deve ser pública, de alta qualificação técnica, capacitada para fazer o processo de aprendizado para que a transferência de tecnologia seja eficaz. Isso demonstra a confiança do governo no projeto à medida que, participando também, sinaliza para a empresa privada a disposição de assumir o risco do projeto”. Além disso, o governo também fará a renúncia fiscal de cerca de R$ 6 bilhões, o que ainda depende de negociações, informou o presidente do BNDES.
De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, o prazo máximo para a conclusão integral do TAV (de Campinas ao Rio de Janeiro), com todos os seus elementos, será de seis anos, mas os investidores terão liberdade para realizarem as propostas de prazo e anteciparem a conclusão de algum trecho. “Achamos que esse projeto pode ser realizado em três anos e o máximo tolerável será seis”, disse.
Figueiredo enfatizou que o objetivo do projeto é reduzir os impactos negativos do transporte rodoviário e aéreo para criar um transporte moderno no Brasil para integrar a malha aérea, otimizando a utilização dos aeroportos.
A empresa que vencer a licitação, em outubro, terá a concessão do TAV por 40 anos, com direito sobre as tarifas durante toda a operação. O processo licitatório deve ser concluído no início de 2010 e a assinatura do contrato está prevista para maio de 2010, com início das obras no segundo semestre de 2010.
A tarifa deve ser a metade do valor do preço da passagem aérea entre as duas capitais, para a classe econômica. Já a classe executiva tem valor liberado. Segundo Figueiredo, inicialmente o TAV deve ligar Rio de Janeiro a São Paulo – Campinas e depois Curitiba e Belo Horizonte, mas há interesse em expandir o projeto, para criar uma malha de transporte ferroviário de passageiros de média e alta capacidade no país.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Porto de Santos terá capacidade de movimentação de contêineres aumentada em três vezes

Projeto prevê o crescimento de 2,6 milhões para 9 milhões de TEUs nos próximos 15 anos. Ministro da secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, frisou que meta só será atingida com investimentos em equipamentos, infraestrutura e, principalmente, obras de acessibilidade ao maior porto do País
Portal Transporta Brasil / Bruno Martins
08/09/2009
O Porto de Santos, maior porto da América Latina, terá sua movimentação de carga triplicada até 2014. Esse crescimento significa passar das 80 milhões de toneladas registradas em 2008, para 230 milhões de toneladas. Essa estimativa está no planejamento realizado pelo Governo Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid) para expansão do terminal.
Em outros números, esse aumento na movimentação de contêineres representa ir de 2,6 milhões de TEUs (contêiner de 20 pés) em 2008, para 9 milhões de TEUs até o ano previsto para a conclusão da expansão, 2014. Durante o anúncio do projeto, realizado na terça-feira, 25/8, o ministro da secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, reforçou que, “para garantir esses números, serão necessários investimentos não só em equipamentos, mas também em infraestrutura, principalmente em obras de acessibilidade ao Porto de Santos”.
Segundo o ministro, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) já investiu cerca de R$ 23 milhões neste ano somente na dragagem. O objetivo é ampliar a profundidade do canal de 13,3 para 15 metros.
Outro projeto do governo para o Porto de Santos é a respeito da travessia Santos-Guarujá, hoje feita por balsas. “Independente da opção pelo túnel ou pela ponte, o importante é que de forma alguma esses investimentos poderão vir a tornar-se um gargalo para o plano de expansão”, diz Brito.
São Vicente
Ainda no mesmo evento, Mauro Arce, secretário de Transportes do Estado de São Paulo, anunciou uma série de investimentos do governo estadual no litoral paulista. A ampliação da capacidade de movimentação de carga no Porto de São Sebastião e os planos relacionados à atividade de exploração no Pré-Sal são alguns dos citados.
Em setembro, Arce disse que será lançado, pelo governo estadual, o edital para a construção do sistema integrado de transportes Santos-São Vicente. O projeto deve ser feito dentro do programa Parcerias Público Privadas (PPP).

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Trecho Sul do Rodoanel é adiado para 2010

Apesar do otimismo do governo de São Paulo para inaugurar a obra ainda este ano, chuvas e impasse judicial sobre praças de pedágio atrasaram o projeto e inauguração foi novamente marcada para o dia 27 de março de 2010. Mesmo assim, governo do Estado diz que faltarão apenas 10% para concluir a obra em novembro
Portal Transporta Brasil / Leonardo Helou Doca de Andrade
31/08/2009
A promessa do governo do Estado de São Paulo de inaugurar o Trecho Sul do Rodoanel ainda no mês de novembro deste ano acaba de cair por terra. À época do início das obras, com seu bom andamento, e com o repasse adiantado dos recursos do governo Federal para o projeto, a Dersa e o governador José Serra chegaram a anunciar a inauguração antecipada, mas, esta semana, a data de entrega do projeto foi novamente marcada para 27 de março de 2010.
O motivo, segundo fontes do governo, é o atípico mau tempo nos meses de junho e julho, quando choveu uma quantidade inesperada, atrapalhando as obras e dificultando trabalhos como asfaltamento e concretagem. Além disso, o impasse jurídico em torno da cobrança de pedágio na via atrasou a construção das praças de cobrança do novo trecho.
Apesar do atraso, o governo lembra que o mês de março ainda é uma data antecipada em relação à previsão do contrato. Para concluir o projeto, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S. A.), responsável pelas obras, deverá ainda aguardar a construção das praças de pedágio e de alguns trechos, atrasados pelas chuvas. Mesmo assim, a companhia informa que em novembro já terá mais de 90% dos trabalhos concluídos.
Restrições
Já esperando a fuga dos veículos para outras vias, como a Marginal Tietê, devido à cobrança de pedágio no Trecho Sul do Rodoanel, a Dersa aguarda que a prefeitura de São Paulo adote medidas restritivas aos caminhões naquela via, para evitar o desvio e obrigar os motoristas a utilizar o Rodoanel, pagando pedágio.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Chineses podem participar de licitação do trem-bala

Valor Online / Francisco Góes
13/08/2009
Os chineses estão entrando na briga pelo Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio, São Paulo e Campinas. Uma missão oficial do governo chinês encerrou esta semana visita ao país, onde encontrou-se com representantes do governo e empresários do setor. A comitiva, chefiada pelo diretor-geral do Ministério das Ferrovias, Wu Wei, esteve no Rio, São Paulo e Brasília. E recebeu as informações do projeto a partir do relatório elaborado pelo consórcio liderado pela consultora britânica Halcrow, responsável pelos estudos de viabilidade técnica e de demanda de passageiros do trem-bala.
"Um dos objetivos da nossa delegação foi fortalecer a cooperação e os contatos entre as autoridades encarregadas das ferrovias no Brasil e na China", disse Wu ao Valor. Segundo ele, a delegação reuniu dados sobre o desenvolvimento do TAV no Brasil e agora as informações devem ser analisadas pelo governo chinês. A decisão final sobre a participação dos chineses na licitação do TAV depende das condições a serem definidas no edital, que deve ser lançado até o fim do ano. Orçado em R$ 34,6 bilhões, o projeto do trem-bala brasileiro deve ser licitado no início de 2010.
Marco Polo Moreira Leite, presidente da Asian Trade Link, que assessorou a comitiva na visita ao Brasil, disse que o interesse manifestado pelos chineses no projeto do TAV brasileiro representa uma guinada. "Venho conversando com eles (com os chineses) sobre o projeto há um ano e meio e nesse período nunca haviam demonstrado disposição em analisar o projeto", disse Leite. A mudança de posição foi determinada, segundo ele, pelo fato de empresas chinesas terem ganho contratos para fornecer trens à Supervia, concessionária de trens urbanos da região metropolitana do Rio, e novos carros de passageiros para o Metrô Rio.
O Metrô comprou 114 novos carros da fábrica chinesa CRC, de Changchun, por US$ 148 milhões. Um consórcio chinês, também integrado pela CRC, fechou com a Supervia a venda de 30 trens unidades elétricos (TUE) por US$ 165 milhões. "Os chineses ganharam força e estão estruturados para disputar licitações internacionais. No caso do Brasil, há interesse em uma parceria estratégica", disse Leite.
Segundo ele, a comitiva chinesa teve reuniões de trabalho com representantes da Casa Civil e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de manter encontro com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Em São Paulo, houve encontro com uma empresa para discutir eventual transferência de tecnologia no projeto do TAV.
A participação dos chineses na licitação do trem-bala dependerá, porém, da modelagem financeira que vier a ser definida para o projeto, disse Lopes. A discussão passa por saber qual será a participação do Estado no projeto, se o governo responderá por uma parte dos investimentos. "Capacidade financeira e tecnológica, para participar do projeto, a China tem", disse.
Em 2008, o governo chinês revisou um plano de médio e longo prazos para suas ferrovias. Segundo o plano, as ferrovias chinesas em operação serão ampliadas de 80 mil quilômetros, no fim de 2008, para 110 mil quilômetros em 2012, incluindo 13 mil quilômetros de ferrovias de alta velocidade. Para 2020, o país espera ter 120 mil quilômetros de malha ferroviária, das quais 16 mil operadas como TAVs.
Um dos projetos de trem-bala em construção na China é a ligação entre Pequim e Xangai, desenhada para operar com uma velocidade de 350 quilômetros por hora, a mesma do trem-bala brasileiro. Wu Wei disse que o TAV Pequim-Xangai, com 1,3 mil quilômetros, deve ser concluído em 2011. Só em 2009, o plano da China é investir o equivalente a US$ 87,8 bilhões na construção de ferrovias. Do total, 50% devem ser custeados pelo governo central, empresas operadoras e governos locais. A diferença virá de outras fontes de financiamento.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Infraero anuncia investimentos de R$ 5 bilhões

Nos próximos cinco anos, aeroportos das cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de Futebol passarão por reformas para atender à demanda
Transporta Brasil / Bruno Martins
10/8/2009
Cinco bilhões de reais. Esse é o montante que será investido, nos próximos cinco anos, nos aeroportos das cidades sedes dos jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O anúncio sobre a destinação dos recursos foi feito pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Somente no Rio de Janeiro e em São Paulo, os valores previstos são de R$ 819 milhões e R$ 1,49 bilhão, respectivamente.
Em um evento como a Copa do Mundo, o tráfego de passageiros cresce de forma significativa. Para enfrentar esse grande fluxo de pessoas indo e vindo, representantes Infraero vêm discutindo com setores do governo, pois muitas das obras serão realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para a Copa, 12 aeroportos passarão por reformas e irão receber novos investimentos. São eles: Afonso Pena (Curitiba), Confins e Pampulha (Belo Horizonte), Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Eduardo Gomes (Manaus), Guararapes (Recife), Juscelino Kubitschek (Brasília), Marechal Rondon (Cuiabá), Pinto Martins (Fortaleza), Santos Dumont e Tom Jobim (Rio de Janeiro), Salgado Filho (Porto Alegre) e Viracopos (Campinas). Os aeroportos de Augusto Severo (Natal) e Luís Eduardo Guimarães (Salvador) estão com os projetos e orçamentos em fase de discussão.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Além do Brasil, trem-bala se espalha em dez emergentes

Valor Econômico / Daniel Rittner
05/08/2009
Com quatro décadas de atraso, os trens de alta velocidade estão chegando ao mundo em desenvolvimento, onde mais de dez países inauguram suas primeiras linhas ou avançam em projetos com essa tecnologia, ligando as suas principais cidades. A expansão dos investimentos em infraestrutura, o aumento da renda per capita e até mesmo o orgulho nacional de ostentar um projeto grandioso começam a abrir uma nova fase para os trens-bala. "É a hora dos países emergentes", diz Philippe Delleur, presidente no Brasil da Alstom, empresa francesa que ganhou o contrato para uma linha de alta velocidade na Argentina e confirmou o interesse em participar da licitação para o trem Rio-São Paulo-Campinas.
O Shinkansen, primeiro projeto do gênero, foi inaugurado no Japão em 1964. A tecnologia chegou à Europa em 1981, quando entrou em operação comercial a ligação entre Paris e Lyon. Foi só em 2003 que deixou de ser exclusividade dos países ricos, com a abertura da primeira linha na China. Um ano depois, os chineses já operavam o trem mais rápido do planeta, com o sistema baseado no princípio da levitação magnética), que viaja a até 430 km/h e liga uma estação em Xangai ao aeroporto internacional da cidade.
Hoje, a China tem 4.075 quilômetros de linhas de alta velocidade planejadas e outros 3.404 quilômetros já em construção, incluindo o Expresso Pequim-Xangai, linha orçada em US$ 31 bilhões e que reduzirá de dez para cinco horas o tempo de viagem entre as duas cidades, separadas por 1.318 quilômetros. Em março, a Turquia inaugurou parte da ligação entre Ancara e Istambul.
Índia, Irã e Marrocos têm projetos de trem-bala em estudo. A Arábia Saudita planeja o "Trem do Islã", ligando em 30 minutos as duas mais importantes cidades para os muçulmanos, Meca e Medina. Já a Rússia quer montar uma rede de linhas de alta velocidade até 2020. Estão previstos, até 2010, investimentos em torno de US$ 8 bilhões. Em um primeiro momento, um conjunto de novos trens está sendo implementado no trajeto Moscou-São Petersburgo, diminuindo o tempo de viagem para 3h45. No futuro, até 2018, será construída uma linha paralela à atual, com velocidade operacional de 330 km/h.
O vice-presidente técnico da Alstom Transporte, François Lacôte, enumera três fatores determinantes para a adoção dos trens-bala por um país. Além de concentração populacional nas duas pontas do projeto - para alimentar a demanda -, o nível de renda dos habitantes precisa ser compatível com o valor das tarifas cobradas a fim de viabilizar o investimento.
O terceiro fator é a "vontade política" dos governos, afirma Lacôte, um dos pais do TGV francês. "Na Coreia, os três elementos estavam presentes", diz o executivo e pesquisador. O país asiático adotou a tecnologia da Alstom em 2004 e hoje quer participar do trem brasileiro. "Já nos Estados Unidos, faltava o terceiro elemento, mas isso pode mudar com o governo Barack Obama."
O presidente da WerkShire Infraestrutura e Participações, José Alexandre Resende, acrescenta dois outros ingredientes: a topografia e a disposição dos governos em conceder subsídios para a operação das linhas. "O transporte ferroviário de passageiros em trajetos de longa distância é subsidiado no mundo inteiro", diz Resende, que esteve no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entre 2002 e 2008.
Já a topografia é decisiva no valor dos investimentos necessários. No eixo Rio-São Paulo-Campinas, onde o relevo é fortemente acidentado e 90 quilômetros serão percorridos em túneis, o custo foi estimado em R$ 34,6 bilhões. No percurso de 710 quilômetros da linha Buenos Aires-Rosário-Córdoba, o relevo mais plano e o aproveitamento parcial de corredores existentes diminuem o investimento para cifras próximas de US$ 3 bilhões.
Para o executivo francês, os trens de alta velocidade devem ganhar mais espaço em todo o mundo, por causa das preocupações com o aquecimento global. "É um crime contra o ambiente usar avião para trechos de 500 quilômetros", diz Lacôte. Segundo ele, a emissão de CO2 por passageiro transportado é 50 vezes menor no trem-bala do que no avião.
Na França, a participação das empresas aéreas caiu para 10% do total de passageiros em ligações ferroviárias que podem ser cobertas em até duas horas. A opção pelo avião, em trajetos como Paris-Lyon, passou a ser adotada basicamente por passageiros internacionais em conexão na capital francesa. Nos trechos de até três horas, como Paris-Marselha, a relação é de 70% de passageiros para o TGV e de 30% para o aéreo.
Apesar do cenário promissor para os trens de alta velocidade nos países emergentes, ainda é no mundo desenvolvido que eles mais se expandem. A Espanha deve mais do que triplicar a rede atual e a França tem um plano de novas linhas para os próximos 15 anos. Para a Alstom, que fabrica composições de carga e trens de metrô, por exemplo, o TGV só representa de 10% a 15% da receita de sua divisão de transportes.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ministério reafirma interesse de espanhóis em trem bala Rio-SP

Agência Brasil
04/08/2009
Empresários espanhóis estão dispostos a fazer ofertas competitivas para participar do projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), que deve percorrer os 403 km entre Rio de Janeiro e São Paulo a cerca de 300 km/h, de acordo com o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Alexandre Rosa.
Ele afirmou nesta segunda-feira que esteve em reunião de trabalho, semana passada, na embaixada da Espanha, da qual participaram o ministro espanhol de Assuntos Exteriores e de Cooperação, Miguel Angel Moratinos Cuyaubé, autoridades diplomáticas dos dois países e empresários hispânicos.
Segundo Alexandre Rosa, os empresários espanhóis estão dispostos a participar de todas as etapas do projeto de trem bala, e podem bancar desde os custos de produção e equipamentos ao financiamento e transferência de tecnologia. Ele acrescentou que o governo espanhol já demonstrou "interesse em apoiar os consórcios de seu País nessa empreitada".
O edital de licitação internacional da primeira linha ferroviária de alta velocidade na América Latina nem foi lançado ainda, mas já desperta interesse também de empresas japonesas e francesas, dispostas a participar do projeto, que "é de extrema importância estratégica para o País", de acordo com o secretário.
Ele disse que com a implantação e plena operação do trem bala "o Brasil poderá se tornar detentor de uma tecnologia de ponta que servirá de base para a produção material destinada a futuros projetos semelhantes, em outras regiões do País e do hemisfério".
Não há definição, ainda, de quando a licitação será lançada, mas estimativas iniciais das obras - que incluem construção de linhas, aquisição de trens, desapropriações, medidas socioambientais e implantação dos sistemas necessários - apontam para a geração de cerca de 21 mil empregos diretos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Fim de contratos fragiliza portos

Vencimento de cerca de 100 arrendamentos de terminais em todo País paralisa investimentos
Estado de São Paulo / Renée Pereira
21/07/2009
O fim dos contratos de concessão, que tem tirado o sono das empresas de energia elétrica, virou realidade no setor de portos. Cerca de 100 arrendamentos de terminais e armazéns espalhados pelo litoral brasileiro terão os prazos expirados até 2013 e a maioria passará por novo processo de licitação, garante a Secretaria Especial de Portos (SEP). Na prática, no entanto, o assunto tem sido tratado com medidas paliativas.
Embora já haja contratos vencidos há meses, nenhuma licitação foi feita até agora. Alguns terminais estão operando com contratos emergenciais. Outros tentam reverter a situação na Justiça. E há ainda aqueles que operam sem nenhuma restrição nos portos. Na avaliação de especialistas, o governo subestimou o tamanho do problema, o que tem provocado paralisação nos investimentos das empresas envolvidas.
"Ninguém vai investir na expansão ou modernização sem saber se continuará com o arrendamento. Precisamos de uma definição rápida", diz o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Willen Manteli. Segundo ele, apenas em sete arrendamentos que terão contratos vencidos (a maioria no Porto de Santos), há cerca de R$ 250 milhões em projetos aguardando solução. Trata-se de investimentos essenciais para reduzir o custo do transporte, que está entre os maiores do mundo, e melhorar a competitividade do produto brasileiro no exterior.
As operadoras dos terminais lutam para conseguir prorrogar os contratos, a exemplo do que ocorre no setor de energia. Eles argumentam que a Lei dos Portos, de 1993, permite a prorrogação e pedem que o assunto seja submetido à Advocacia Geral da União (AGU) em regime de urgência, já que o governo está atrasado nesse processo. "Estamos alertando sobre essa questão há algum tempo. Se tivesse havido um acompanhamento dos cronogramas, o problema não teria se avolumado dessa forma", critica Manteli.
Um exemplo do atraso do governo é que o primeiro contrato de arrendamento venceu no fim do ano passado, no Porto de Santos. Trata-se do terminal da americana Cargill, que ocupa a área desde 1985. O contrato assinado previa o arrendamento por dez anos, prorrogáveis por outros dez. Em 2005, a multinacional se valeu de uma resolução da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), que permite a prorrogação por mais três anos.
Até agora, no entanto, a licitação não foi realizada. Numa medida paliativa, a Companhia Docas de Santos (Codesp), estatal que administra o maior porto da América Latina, firmou um contrato emergencial com o Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá (Teag), que tem como sócia a própria Cargill. Esse contrato também deverá vencer este mês.
Segundo o presidente da Codesp, José Roberto Serra, que assumiu o posto em agosto de 2008, o processo está em análise na Antaq e seguirá para o Tribunal de Contas da União (TCU). Além do Cargill, outros dois contratos vencem este ano em Santos. No total, nove arrendamentos vão expirar até 2011, sem direito à prorrogação. Entre eles estão Cutrale, Vopak, Deicmar, Mesquita e Rodrimar.
Pelo Brasil afora, outros terminais já estão com o contrato vencido à espera de licitação, afirma o secretário adjunto da SEP, José Di Bella. Ele reconhece que o processo é extenso, mas acredita que, depois das primeiras licitações, as demais vão ocorrer de forma mais rápida. Ele destaca que já há ações na Justiça contra a realização de novas concessões.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Trem-bala Rio-SP deve ser mais barato e rápido do que avião

Terra
17/07/2009
Um estudo da consultoria inglesa Halcrow aponta que o projeto do trem-bala ligando Rio de Janeiro e São Paulo deve custar R$ 34,6 bilhões para ser construído, ante estimativa inicial de R$ 20 bilhões. O levantamento aponta ainda que o trajeto deve ser percorrido em 93 minutos - ante 110 exigidos pelo trajeto de avião (considerando check-in, embarque e desembarque) e custar R$ 200, em horários de pico, e R$ 150, nos demais - menos que os R$ 400 e R$ 180 cobrados na via aérea, respectivamente. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a Halcrow, que fez o estudo a pedido do governo brasileiro, o aumento de custos na execução do projeto deve-se à decisão de fazer 18% do percurso - os trechos urbanos da linha - em túneis. Também haverá um ramal São Paulo-Campinas, que deve ser percorrido em 42 minutos.
O aumento dos custos do projeto teria feito o governo desistir de ter um trem-bala bancado 100% pela iniciativa privada. Segundo o jornal, a contrapartida governamental pode chegar a 50% e incluir a participação de fundos de pensão estatal.
Outra dificuldade seria o prazo de conclusão, pois os técnicos que atuam no projeto disseram à Folha que duvidam que a obra esteja pronta até 2014, para a Copa do Mundo do Brasil.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

ALL obtém financiamento de R$691,6 mi para ferrovia no MT

Reuters
15/07/2009
A América Latina Logística anunciou na noite desta terça-feira que obteve um financiamento de 691,6 milhões de reais com prazo de 20 anos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção, operação, exploração e conservação de uma ferrovia no Mato Grosso.
"Adicionalmente, informamos que além dos recursos obtidos junto ao BNDES, o FI-FGTS negocia com a ALL um aporte de recursos no empreendimento", disse a empresa em fato relevante.
A companhia acrescentou que já obteve todas as licenças governamentais necessárias para o início das obras da ferrovia, que se estenderá da cidade de Alto Araguaia até Rondonópolis, ambas no Mato Grosso.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Governo liberaliza regras para companhias aéreas

Valor Online / Daniel Rittner
06/07/2009
De acordo com o projeto de lei, companhias passarão a atuar sem prazo de vigência definido nos contratos
O Conselho de Aviação Civil (Conac) vai apreciar em sua próxima reunião, na quarta-feira, projeto de lei que muda o regime de outorga pelo qual as empresas aéreas nacionais exploram o serviço de transporte regular de passageiros. A intenção do governo é encaminhar o texto ao Congresso o mais cedo possível. Atualmente, 21 companhias operam voos regulares no país, como concessionárias de serviço público - situação considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o projeto, elas passarão a atuar sob o regime de autorização, sem prazo de vigência definido nos contratos.
A mudança tem efeitos práticos profundos, conforme explicou Fernando Ribeiro Soares, diretor do Departamento de Política de Aviação Civil do Ministério da Defesa. Segundo ele, haverá simplificação de procedimentos para a entrada de novas empresas aéreas no mercado doméstico, facilitação de financiamentos de longo prazo para as companhias e aumento da segurança jurídica da União contra possíveis demandas judiciais de empresas que venham a pedir o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, José Márcio Mollo, elogiou a iniciativa e disse que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já o havia informado da medida. "O que o governo está fazendo é simplificar o processo", disse Mollo. Ele só fez um reparo: pede a fixação de um período de vigência nos contratos por autorização. "Teoricamente, sem um prazo definido, a autorização pode ser cassada a qualquer momento".
O assunto ganhou prioridade em discussões no Ministério da Defesa desde o ano passado, quando o TCU apontou que os contratos de concessão assinados com as empresas aéreas são ilegais e podem ser contestados na Justiça. O argumento do tribunal era de que o poder concedente tem deixado de cumprir um requisito básico das concessões, que é o processo de licitação, conforme determina a Constituição.
O projeto de lei, preparado pela Defesa, dá nova redação ao título VI do Código Brasileiro de Aeronáutica e proporá também a elevação do limite de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras dos atuais 20% das ações ordinárias para 49%.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Trabalhador poderá aplicar FGTS em infraestrutura

Valor Online / Murillo Camarotto
26/06/2009
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve regulamentar em breve a aplicação de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) das pessoas físicas em um fundo de investimento em cotas (FIC) direcionado a projetos de infraestrutura. A informação é do gerente nacional de fundos especiais da Caixa Economica Federal, Roberto Madoglio, que participou hoje de seminário promovido pela agência de classificação de risco Fitch Ratings.
Segundo gerente da Caixa, o FIC será diretamente atrelado ao FI-FGTS, fundo que tem hoje cerca de R$ 12 bilhões aplicados em projetos de infraestrutura, a maioria deles (cerca de 70%) de energia elétrica, entre os quais a usina hidrelétrica de Santo Antonio, no rio Madeira (RO).
Ele explicou o FGTS das pessoas físicas será direcionado para o FI-FGTS, lançado em julho de 2008, e que é composto atualmente apenas com recursos do patrimônio líquido do FGTS - a parte que excede o valor depositado na conta dos trabalhadores.
A participação voluntária das pessoas físicas, no entanto, será limitada a 10% do saldo aplicado no FGTS. A expectativa é de que o novo fundo atraia recursos da ordem de R$ 3 bilhões a R$ 6 bilhões.
Ocorre que, por lei, o FI-FGTS tem seu investimento limitado a R$ 17,1 bilhões, montante que, segundo Madoglio, deve ser atingido durante o primeiro semestre de 2010. O executivo explicou que uma nova lei terá que ser editada para aumentar esse limite.
Questionado sobre a rentabilidade esperada para o FIC, Madoglio afirmou que deverá acompanhar o benchmark (referência) do FI-FGTS, hoje em TR mais 6% ao ano. Os recursos aplicados na conta tradicional do FGTS rendem TR mais 3% ao ano.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Projeto de polo naval no Rio ganha impulso

Área receberá estaleiros interessados no mercado de apoio à exploração offshore no Brasil
Valor Online / Chico Santos
23/06/2009
Com os obstáculos que impediam a licitação para dragagem do canal das Flechas praticamente superados, o projeto de polo naval no Rio recebe novo impulso. O prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, disse que a intenção é licitar, até o fim de julho, as obras de dragagem para corrigir a embocadura do canal, na localidade de Barra do furado, considerado o principal obstáculo à execução do projeto de criar no local um complexo industrial liderado pela construção de barcos de apoio às plataformas de petróleo no mar (offshore).
O grupo sul-coreano STX aguarda apenas o início da dragagem para começar a construção de um estaleiro com investimento de US$ 70 milhões. Outras empresas também estão interessadas.
Segundo o prefeito, o Ministério dos Portos indicou que o governo federal vai repassar os recursos destinados à dragagem -cerca de R$ 50 milhões- para que os municípios de Quissamã e Campos dos Goytacazes, principais interessados na obra, façam uma licitação conjunta da dragagem e da transposição da areia da entrada da barra, permitindo a correção dos molhes já existentes no local. A totalidade das obras de infraestrutura está orçada em R$ 140 milhões.
O canal das Flechas, com 12 quilômetros de extensão, liga a lagoa Feia (segunda maior lagoa de água doce do Brasil, menor apenas do que a lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul) ao mar e separa Campos de Quissamã. No passado foi feita, em sua embocadura, uma obra de construção de molhes com o objetivo de criar um polo pesqueiro.
Erros de cálculo em relação às correntes marítimas fizeram com que a areia se acumulasse do lado de Quissamã, afastando os molhes do mar, e cavasse a praia do lado de Campos. O projeto de transferência da areia tem o objetivo de corrigir o problema, restabelecendo a configuração original da área. A tecnologia, chamada "by pass", transpassa mecânica e continuamente a areia de um lado para o outro, por meio de um sistema de tubos e bombas, dando estabilidade às instalações e ao ambiente. Segundo Carneiro, o sistema funciona com sucesso há 30 anos na cidade australiana de Surfers Paradise.
Paralelamente, será feita uma dragagem dos dois primeiros quilômetros do canal para estabilizá-lo em sete metros de profundidade no interior e nove na boca. Nessa área deverá ser construído o complexo industrial e logístico. De acordo com Carneiro, a obra será conduzida por consórcio formado pelos dois municípios, sendo 70% de Campos e 30% de Quissamã.