quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 33

Jornal Economia em Notícia - Edição 32

Para Febraban, crise dos EUA reduzirá alta do crédito no país

Entidade mostra que expectativa de crescimento para 2007 foi reduzida. Risco de redução do crescimento econômico é 'médio', segundo bancos.
G1 / Laura Naime
24/09/2008
A crise dos mercados financeiros deve se refletir no mercado de crédito do Brasil, segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), feita com 26 instituições brasileiras.
Segundo o levantamento, as operações de crédito devem crescer 23,94% no ano. Em julho, a expectativa dos bancos era de um crescimento de 24,97% de janeiro a dezembro.Para o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, as instituições podem demonstrar preocupação quanto à obtenção de crédito no mercado internaiconal. Em consequência, podem reduzir a oferta interna de crédito.
"O cenário é de um pouco mais de cautela, com redução do crescimento dessas operações", disse Sardenberg. Ao mesmo tempo, apontou ele, é preciso considerar que a esperada redução do crescimento econômico vai diminuir a demanda pelo crédito. "O movimento é de ajuste nas carteiras, mas a situação ainda é bastante positiva", apontou.
O levantamento mostra que a expectativa de crescimento recuou mais para o crédito pessoal para pessoa física. Enquanto em julho a alta esperada para o ano era de 27,07%; e, setembro, a projeção de alta passou para 24,33%.
Contágio
De acordo com o levantamento, 56% dos bancos acreditam que o risco de contágio da crise na economia brasileira é "médio", estando mais ligado ao crescimento da economia como um todo do que especificamente ao setor bancário.
"O sistema financeiro brasileiro é completamente diferente do que você tem lá fora, menos alavancado, com volume de crédito imobiliário muito menor. Por outro lado, há um certo receio de que os desdobramentos vão levar a uma desacelaração da economia, com redução da liquidez e enxugamento de linhas de crédito", afirmou o economista.
Apesar do aumento do aperto econômico, com a elevação da taxa básica de juros da economia para 13,75%, a expectativa de crescimento do PIB de 2008 foi elevada em em setembro, para 5,15%, ante 4,79% em julho. Para 2009, no entanto, os bancos esperam crescimento de 3,75% - há três meses, o crescimento esperado para o ano que vem era de 3,90%.
Inflação, dólar e juros
Os bancos participantes da pesquisa mantiveram a previsão de que a taxa Selic chegue ao final do ano em 14,75%, com duas altas de 0,50 ponto percentual até dezembro.
Com a queda esperada no crescimento do PIB, no entanto, as instituições acreditam em uma redução no aperto, com o recuo da taxa para 13,75% ao final de 2009. "A expectativa de redução da atividade econômica pode facilitar o trabalho do BC", apontou Sardenberg.
A recente elevação do dólar, que chegou a ultrapassar os US$ 1,90 na semana passada, também alterou as expectativas dos bancos para a taxa de câmbio. Em julho, as instituições acreditavam que a moeda norte-americana encerraria o ano cotada a R$ 1,63. Na pesquisa atual, esse valor sobe para R$ 1,74. A expectativa para 2009 é de mais alta, com o dólar fechando dezembro a R$ 1,82.
“Essa mudança reflete um cenário internacional um pouco mais complicado, de ajuste. Mas no Brasil, um cenário bastante positivo, se a gente considerar o conjunto", comentou o economista da Febraban.
A pesquisa mostrou ainda uma expectitiva de redução nas taxas de inflação, também provocada pela desaceleração do crescimento. Para 2008, os bancos acreditam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 6,19%, ante 6,48% da pesquisa anterior. Já para 2009, os bancos esperam taxa de 4,94%.

FBI investiga gigantes financeiros dos EUA por fraude

Investigação envolve Lehman Brothers, Fannie Mae e Freddie Mac.26 companhias estariam sob investigação.
G1
24/09/2008
O FBI está investigando denúncias de fraude contra quatro instituições financeiras cujo colapso estimulou a elaboração do plano de resgate de US$ 700 bilhões pelo governo Bush.
Duas fontes oficiais disseram à reportagem da AP nesta terça-feira (23) que o FBI está investigando fraude potencial nos gigantes hipotecários Fannie Mae e Freddie Mac, e na seguradora AIG.
Além disso, um outro oficial disse que o banco de investimentos Lehman Brothers também está sob investigação.
As investigações terão foco nas instituições financeiras e nos indivíduos que as administravam, disse uma fonte oficial que não quis se identificar, porque as investigações estão em andamento em estágios iniciais.
Os oficiais disseram que as novas análises aumentam para 26 o número de companhias sob investigação desde o ano passado.
A reportagem entrou em contato com as quatro empresas, mas não tiveram retorno imediato. Um porta-voz do Lehman Brothers não quis se pronunciar sobre o tema.

É hora da evolução da SOX

Mais que apenas apresentar relatórios, empresas precisam ter visão dos riscos. E o CIO tem papel fundamental neste processo

CIO/ Marina Pita

24/09/2008

Está na hora das empresas evoluírem em relação aos controles internos e demonstração contábil, avalia Alfred John Bacon, consultor-sênior de finanças corporativas e controles internos da Petrobras. Especialista em controle contábil e prestação de contas de empresas de capital aberto, Bacon defende, no entanto, que está na hora das companhias irem além dos parâmetros estabelecidos pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e evoluírem para o Enterprise Risk Management (ERM) - COSO II.
De acordo com Bacon, essa é uma forma eficiente de não apenas garantir que o relatório contábil da companhia seja um espelho de sua condição e administração, mas também uma forma de ganhar uma visão estratégica dos riscos da companhia. "É partindo do conhecimento acumulado com SOX que as empresas podem evoluir para uma visão mais abrangente do processo", sentencia o consultor-sênior da Petrobras, maior companhia brasileira de capital aberto.
Nesse sentido, ele explica, a Petrobras vem tomando uma série de medidas para fazer o mapeamento de riscos e controles nos processos de negócio, para ter uma visão gráfica de tudo. "Como os auditores querem compreender os processos de negócio de forma clara, adotamos uma ferramenta para ter essa visão", afirma Bacon.
As agências de classificação de risco, tais como a Fitch e a Moody, estão se preparando para incluir a análise de ERM em seus relatórios. A Standard & Poor's já começa a analisar o risco das companhias incluindo como critério a adoção de políticas de Enterprise Management Risk – ou a falta delas.
Em paralelo, as maiores fornecedoras de ERP – SAP e Oracle – apresentam ao mercado suas versões de plataforma para ERM. A própria Petrobras esta adotando a solução da multinacional alemã, de GRC (Governance, Risk e Compliance), já que usa o ERP da SAP.
"Observamos que empresas que adotaram ERM apresentam melhorias nos processos. Na Petrobras, por exemplo, realinhamos as áreas de finanças e contábil. Mudamos para uma estrutura centralizada e corporativa que garante que todos usem os mesmos processos", explica Bacon. Segundo o consultor, esse tipo de medida reduz ainda o prêmio do seguro da companhia.
Entre os vários passos em direção ao ERM, Bacon evidencia a gestão de mudanças e controles de acessos (CCM). Segundo ele, não é a toa que os auditores mantêm boa parte da atenção aí. A segregação de funções, controles configuráveis e transações de dados mestres merecem atenção especial dos CIOs.
Obviamente, diz ele, a Petrobras esta adaptando sua solução de GRC, já que existe diferença entre as regras vendidas pela SAP e aquelas usadas pela companhia de petróleo. "É preciso fazer alguns ajustes", avalia Bacon, "mas o relatório de exceções gerados pelo sistema otimiza muito o trabalho do gestor".
Segundo ele, há cinco coisas imprescindíveis que os CIOs devem saber sobre GRC se quiserem acompanhar o negócio na globalização, o que implica em maior necessidade de padronização e controles. São elas:
1- Muitos controles manuais ainda podem ser automatizados.2- Os controles automáticos só são validos quando os controles gerais da TI forem confiáveis (especialmente no que diz respeito ao controle de acesso e gestão de mudança)3- Os controles internos devem ser monitorados automaticamente.4- É cada vez mais importante para o negócio ter uma resposta sobre os riscos da companhia antes dos auditores.5- GRC permite a geração de um dashboard executivo de riscos, com dados gerais do negócio, gerados em tempo real.

Decreto fixa novas alíquotas de PIS/Pasep e Cofins para o álcool

Valor OnLine
24/09/2008

O governo divulgou as novas alíquotas de tributação do PIS/Pasep e da Cofins para o álcool anidro adicionado à gasolina. De acordo com a Super Receita, um novo regime de tributação foi definido para o setor na lei 11.727, de junho último. Assim, o decreto 6.573, de 19 de setembro, especifica as alíquotas e regulamenta a legislação, que entrará em vigor a partir de 1º de outubro.
Com a mudança de apuração para o álcool, que passa a ser tributado no regime não-cumulativo das contribuições, a alíquota do PIS/Pasep nas vendas de produtores e importadores foi fixada em R$ 8,57. A da Cofins ficou em R$ 39,43. Para o distribuidor, a taxação ficou em R$ 21,43 no caso do PIS/Pasep, e R$ 98,57 da Cofins.
O regime de apuração não-cumulativa permite a apuração de créditos tributários em todo o processo produtivo e de distribuição. Esses créditos tributários foram fixados pelo decreto, por metro cúbico de álcool. Se adquirido de produtor ou importador, o crédito da contribuição para o PIS/Pasep será de R$ 3,21, e o da Cofins de R$ 14,79. Caso a aquisição seja pelo distribuidor, os créditos serão, respectivamente, de R$ 16,07 e R$ 73,93, de acordo com nota divulgada pelo Fisco.
A tributação anterior era cumulativa, com a aplicação de alíquotas percentuais sobre cada receita de venda: do produtor, importador ou distribuidor.

Arrecadação em SP cresce 14,2% e atinge R$ 37,2 bilhões no ano

Infomoney

24/09/2008

A receita tributária do estado de São Paulo alcançou R$ 37,279 bilhões de janeiro a julho de 2008. Descontando-se os efeitos da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampo), o valor é 14,2% superior ao do mesmo período do ano passado.

De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, o ICMS foi responsável por 85,3% da receita tributária acumulada no ano, enquanto o IPVA, as Taxas e o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) responderam, respectivamente, por 9%, 4,8% e 0,9%, nesta ordem.

IPVA e ICMS

A receita do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) atingiu R$ 3,370 bilhões entre janeiro e julho deste ano, apresentando alta real de 11,9% na comparação com o resultado acumulado um ano antes.

No mês de julho ocorreu o vencimento da segunda parcela relativa ao pagamento do imposto incidente sobre caminhões, o que explica a queda de 8,9% na arrecadação de IPVA no sétimo mês do ano em relação a junho. O pagamento da terceira, e última, parcela ocorre neste mês de setembro.

A arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por sua vez, alcançou R$ 31,805 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, apontando um acréscimo real de 14,7% em relação ao mesmo período de 2007.
Números mensais

No sétimo mês de 2008, a arrecadação com o IPVA no estado de São Paulo atingiu 140,7 milhões, o que representa queda de 8,9%, frente a junho, e 27,2% de acréscimo frente a julho do ano anterior. O imposto respondeu por 2,6% do total do mês.

Já a receita do ICMS, responsável por 89,9% do total arrecadado em julho, chegou a R$ 4,840 bilhões. Em relação ao sexto mês, a alta foi de 0,9% e, frente a julho de 2008, de 18,5%.

Confident Brazil not immune to credit crisis fallout

Tue Sep 23, 2008 3:23pm EDT
By Stuart Grudgings and Ana Nicolaci da Costa - Analysis
RIO DE JANEIRO/BRASILIA (Reuters) - "What crisis?" was Brazil President Luiz Inacio Lula da Silva's dismissive response to questions last week about the country's vulnerability to the global financial meltdown.
It succinctly expressed the new-found economic confidence of a country scarred by previous crises.
With more than $200 billion in foreign reserves and a commodity-rich economy that has thrust millions into the middle class in recent years, Brazil feels far better prepared to weather this storm than previous ones in 1999 and 2002.
Lula, a leftist whose own ascent to the presidency caused panic among foreign investors in 2002, felt relaxed enough to poke fun at the big U.S. banks that have hit the rocks.
"It's sad to see these know-alls going broke and filing for bankruptcy," he told reporters in Brasilia last week.
But analysts do see serious risks from the crisis that could at least put a brake on Latin America's largest economy, whose recent boom has been driven by surging consumer credit backed by high prices for the country's commodity exports.
With commodity prices now sliding and U.S. dollar inflows drying up, two important props for the economy have been weakened.
The central bank raised its 2008 current account deficit forecast to $28.8 billion from $21 billion on Tuesday, and saw the deficit widening to $33.1 billion next year, reversing a $1.7 billion surplus in 2007.
Imports have been growing faster than exports, putting pressure on the trade surplus. The latest central bank survey shows analysts expect the trade balance will ease to $13 billion in 2009 from an expected $23.7 billion this year.
"Depending on the severity of the crisis, global demand for Brazilian products could be affected," said Rubens Ricupero, a former finance minister, noting that the United States represented just 15 percent of Brazil's exports last year.
"Everything suggests that this crisis is already spreading to Europe, Japan and other countries."
Jose Augusto de Castro, vice-president of the Brazilian Foreign Trade Association, said exports could fall both in terms of quantity and price in 2009.
NO PANIC
U.S. bank Morgan Stanley sees the real weakening to below 2.0 per dollar next year, from around 1.8 now, with GDP growth falling to 3.0 percent from its expected pace of 4.3 percent this year. The economy grew a hefty 6.1 percent in the second quarter from a year earlier.
"It's not a meltdown scenario at all. We're not going to see a repeat of 2002, but we do think that Brazil is more sensitive to global conditions than most observers realize," said Marcelo Carvalho, an economist at Morgan Stanley.
Alexandre Schwartsman, chief Brazil economist at Banco Santander, said falling commodity prices would put more pressure on the balance of payments and push the central bank to dampen domestic demand. The global credit crisis could also prompt Brazilian banks to tighten their lending through higher borrowing rates, he said.
"Whichever way you look at it, borrowing has become more expensive," said Schwartsman, a former central bank official.
The president of state-run oil firm Petrobras, Jose Sergio Gabrielli, voiced concern last week that tight global credit could make it more difficult to raise the funds needed to tap huge new oil finds off Brazil's coast.
Brazil's relative stability is a sharp contrast to 1999, when it was forced to devalue its currency in response to a collapse in international confidence. That vulnerability was shown again in 2002, when fears that Lula would introduce socialist policies sparked frenzied selling of Brazil assets.
Brazil's high-flying stock market and currency have been battered in recent weeks as investors yanked money from emerging markets.
The Sao Paulo Stock Exchange .BVSP has fallen 32 percent from its high in June and the real is about 15 percent weaker that its peak early in 2008 against the dollar.
But this time there is no panic that the crisis could uncover deeper weaknesses in Latin America's largest economy, which this year won upgrades to coveted investment rating.
Brazil also became a net creditor this year for the first time, meaning it amassed more reserves than all of its foreign debt.
"It's a completely different story this time," said Zeina Latif, chief Brazil economist at ING in Sao Paulo.
"Now we have a floating exchange regime, we have reserves, lower debt, fiscal policy has improved a lot, and the central bank has de-facto autonomy."
Latif said while the crisis could hit Brazil's exports, it could equally have a positive impact by cooling a credit boom that has been threatening to get out of control as Brazilians buy cars and take out mortgages at unprecedented rates.
Credit grew by more than 30 percent in July from a year earlier, a pace Latif said was unsustainable.

UPDATE 2-Brazil external accounts worsen, foreign funding up

Tue Sep 23, 2008 1:04pm EDT
(Recasts, adds detail and comments, byline)
By Raymond Colitt and Elzio Barreto
BRASILIA, Sept 23 (Reuters) - Brazil's external accounts are deteriorating more rapidly among a deepening global financial crisis but Latin America's largest country will still attract record amounts of foreign direct investment this year, the central bank said on Tuesday.
The bank expects the 2008 current account deficit to reach $28.8 billion, up from a previous estimate of $21 billion. Next year it sees the deficit widening to $33.1 billion.
Turmoil on global financial markets has diminished Brazil's trade surplus and increased capital outflows, while companies operating in the country remitted more profits abroad in August, said Altamir Lopes, head of the central bank's economic research department.
The impact of the global crisis has so far mostly been in the equity market, helping net dollar outflows total $1.96 billion in the Sept. 1-19 period, Lopes said. Taking foreign trade into account, net inflows to Brazil reached $3.46 billion during the same period.
Banks were betting against the real, with dollar long positions jumping to $7.2 billion on Sept. 19 from $3.76 in August.
Next year a weaker global economy will reduce Brazil's trade surplus to $17 billion from $25 billion this year, the central bank said.
"We're reducing the 2009 trade surplus - obviously that's related to the crisis," Lopes told a news conference.
In August, Brazil posted a current account deficit of $1.1 billion, compared with a $1.35 billion surplus in the same month of 2007 and a $2.11 billion deficit in July. The bank forecasts a $1.7 billion deficit in September.
The country had been expected to post an August deficit of $1.4 billion, according to the median forecast of 21 analysts surveyed by Reuters. The forecasts for the deficit ranged from $2.9 billion to $400 million.
In the 12 months through August, the deficit was equal to 1.45 percent of gross domestic product, compared with a deficit of 1.31 percent of GDP in the 12 months through July.
Economists said worsening external accounts were still manageable.
"The external accounts have deteriorated very rapidly, but that's not enough to create a lot of concern," said Eduardo Moreira, an economist at BNY Mellon Arx Investimentos in Rio de Janeiro.
The current account of the balance of payments tracks a country's net flow of external transactions, including foreign trade, interest payments and services such as tourism. It is used to gauge a country's dependence on foreign capital.
FOREIGN DIRECT INVESTMENT
Amid prospects of a slowing global economy, Brazil's strong domestic market should continue to attract record foreign direct investment this year, Lopes said.
The central bank forecasts FDI of $5.8 billion in September, which could help push the year-end total above its estimate of $35 billion, an all-time high.
"You have an economy that continues to grow here. FDI is sufficient to finance the current account deficit," said Lopes.
FDI in Brazil rose to $4.63 billion in August from $1.98 billion in the same month in 2007.
That was lower than the $5.2 billion median estimate of 13 analysts in a Reuters survey but the highest figure since August 2004.
The sectors that drew most FDI were those facing most difficulties abroad and included the automobile, banking and steel industries, said Lopes.
FDI comes under the capital account of the balance of payments. Inflows help offset current account deficits. (For central bank details on Brazil's current account figures, see: www.bcb.gov.br/?ECOIMPEXT) (Editing by Dan Grebler)