quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Faturamento de empresas paulistas recua

CVM agora regula contabilidade de empréstimos, estoques e construção

Pacote de Obama pretende injetar US$ 2 trilhões na economia

Governo injetou R$ 393 bi na economia para conter a crise

Governo adota pacote de bondades para municípios

Aprovação do plano no Senado é "boa notícia", diz Obama

Serra lança 'PAC' para estimular economia paulista

Ideia é antecipar maior volume possível de desembolso dos recursos de R$ 20,6 bi previstos em investimentos
Agência Estado / Anne Warth e Elizabeth Lopes
12/02/2009
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), anuncia nesta quinta-feira um pacote de medidas para estimular a economia paulista, desonerar investimentos e preservar empregos. Na prática, o pacote será uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo paulista, seguindo a linha que o presidente Lula vem adotando no âmbito federal, reafirmando o papel do Estado como agente indutor dos investimentos e do crescimento econômico, sobretudo num momento de acirramento da crise financeira global. Além dessa semelhança, os programas têm no comando os dois principais nomes à sucessão presidencial de 2010, a ministra Dilma Rousseff (PT) e o tucano José Serra, ambos alinhados com o pensamento desenvolvimentista.
A ideia do governador paulista é antecipar para o primeiro semestre deste ano o maior volume possível de desembolso dos recursos orçamentários de R$ 20,6 bilhões previstos em investimentos para 2009 e transformar esse potencial em empregos. Antes de concretizar o plano, Serra pediu aos órgãos e secretarias de sua administração um diagnóstico dos investimentos, obras e desembolsos que poderiam ser realizados já no primeiro semestre, período apontado por analistas como o mais crítico da crise financeira, que já afeta duramente São Paulo, o Estado mais industrializado e que concentra o maior contingente de mão de obra do País.
O "PAC de Serra" está sendo apontado nos bastidores como mais um avanço do governador paulista no tabuleiro da disputa interna que vem sendo travada no PSDB para a escolha do candidato que irá representar a legenda na campanha presidencial de 2010. Um tucano ligado ao governador paulista resumiu o impacto que essa ação deverá ter nessa disputa: "Enquanto Aécio (Aécio Neves, governador de Minas Gerais, que trava com Serra a disputa pela vaga presidencial da legenda nas próximas eleições) se preocupa com as prévias para a escolha do candidato, Serra está preocupado com questões maiores e de impacto para todo o País, como o combate à crise econômica e a geração de empregos."

Parlamento do mercosul tem novo presidente

Agência Safras
12/02/2009
Em sessão presidida pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) nesta terça-feira (10), o parlamentar paraguaio Ignácio Mendoza Unzain foi eleito presidente do Parlamento do Mercosul para os próximos seis meses. Em seu pronunciamento, Ignácio Mendoza disse que dedicará esforços para a consolidação e o fortalecimento da instituição.
O novo presidente afirmou ainda que o Parlamento do Mercosul deve ser respeitado, conhecido e ampliado.
Na mesma sessão, foram eleitos os três vice-presidentes para um mandato de dois anos: Dr. Rosinha, pelo Brasil, José Juan Bautista Pampuro, pela Argentina, e Juan Jose Domínguez, pelo Uruguai. A cada seis meses, um vice-presidente assume a Presidência do Parlamento, o que permite que representantes dos quatro países ocupem o cargo.
Simon Em breve pronunciamento antes da eleição de Ignácio Mendoza, Simon, que presidiu a sessão por ser o parlamentar mais velho entre os presentes, disse que aquele era o momento mais importante de sua vida pública.
O senador gaúcho referiu-se a um fato que ocorreu em 1957 quando, estudante em Porto Alegre, participou de uma Semana de Estudos Sociais. No encontro, relatou, foi aprovada a tese de que os países da América do Sul deveriam ter uma entidade que os representasse.
Simon afirmou que a América Latina tem tudo para ser uma grande região e haverá de ocupar o seu espaço e de ter voz. Ele qualificou de muito importante a integração entre os países do Mercosul. "Este é o nosso caminho", concluiu, após ter mencionado a integração dos países europeus.

Faturamento recua, mas empresários estão otimistas

Agência Sebrae
12/02/2009
Em dezembro de 2008, o faturamento médio real das micro e pequenas empresas (MPE) paulistas ficou -10,6% na comparação com o mesmo mês em 2007. Entre os fatores que contribuíram para esse resultado destacam-se os efeitos da crise financeira mundial, que levaram à queda na atividade em setores específicos, como o automobilístico; a aceleração da inflação até meados do ano e a boa base de comparação, uma vez que 2007 registrou a melhor receita real das MPE desde 2003.
Todos os setores apresentaram desempenho negativo na receita real na comparação de 12 meses (dezembro de 2008 x dezembro de 2007): -13,6% no comércio, -10,3% na indústria e – 3,5% em serviços. A receita total das 1,3 milhão de MPE paulistas, em dezembro de 2008, foi de R$ 22,4 bilhões, o que significa uma redução de R$ 2,6 bilhões em relação a dezembro de 2007.
Na comparação mês a mês (dezembro de 2008 contra novembro de 2008), o movimento foi contrário: alta de faturamento real de 1,9%, puxado por serviços (+4,2%) e comércio (+3,1%). A indústria ainda registrou queda (-4,7%). Em comparação a novembro de 2008, o aumento na receita total foi de R$ 400 milhões.
No balanço geral de 2008, os pequenos negócios paulistas apresentaram recuo de faturamento na ordem de 4,4%, na comparação com o mesmo período de 2007. Estima-se que esse resultado tenha tirado da receita das MPE o equivalente a R$ 12,3 bilhões. A receita total em 2008 ficou em R$ 266,4 bilhões.
“A queda no faturamento médio das MPE foi particularmente forte no último trimestre de 2008 e esteve associada aos efeitos da crise internacional. A retração do crédito na economia e a atitude defensiva de consumidores, que reduziram suas compras a prazo e novos financiamentos, respondem pela maior parte da queda registrada no ano. Outro fator que pesou foi a aceleração da inflação. Durante 2008, os preços praticados pelas pequenas empresas foram corrigidos bem abaixo da inflação, contribuindo para a queda real do valor do faturamento do setor”, analisa Marco Aurélio Bedê, gerente do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae/SP.

Empresários argentinos rejeitam proposta da Fiesp sobre restrição comercial

EFE
12/02/2009
Empresários argentinos rejeitaram hoje a proposta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de impor restrições a alguns produtos importados desde a Argentina.
"Lamentamos a posição de nossos amigos da Fiesp e sua falta de informação sobre as ações do Governo argentino em matéria industrial e como a indústria brasileira é levada em consideração nos ramos mais importantes", disse o secretário da Confederação Geral Empresária da República Argentina (CGERA), Raúl Zylbersztein.
O dirigente, que também é titular da Câmara de Manufaturas do Couro e Afins da Argentina, informou em comunicado que sugeriu à patronal organizar uma reunião para poder propor aos dois Governos "um comércio administrado, onde ninguém se sinta prejudicado".
Na terça-feira, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, pediu ao Governo brasileiro que adote "represálias" contra a Argentina, após a decisão da Alfândega do país de exigir licenças de importação para 800 produtos.
O secretário da Câmara da Indústria do Calçado da Argentina, Horacio Moschetto, alegou que as medidas adotadas por Buenos Aires buscam "evitar a concorrência desleal, a evasão fiscal e o subfaturamento dos produtos que entram com valores baixos".
Esta "ferramenta, longe de prejudicar os exportadores brasileiros, beneficia as empresas que concorrem lealmente", acrescentou.

CVM agora regula contabilidade de empréstimos, estoques e construção

Valor Online
12/02/2009
Dando sequência ao processo de regulamentação do novo padrão contábil brasileiro, que deverá se alinhar à linguagem internacional do IFRS, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou hoje em audiência pública três minutas de deliberação envolvendo novos pronunciamentos elaborados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O CPC 20 trata de "Custos de Empréstimos" e, segundo autarquia, não deve trazer grandes novidades em relação à regra atualmente vigente. A principal mudança, segundo a CMV, está relacionada com a contabilização dos custos de empréstimos como parte do custo da aquisição de um ativo, quando for possível determinar a ligação direta entre o empréstimo e a compra do bem.
Outra regra colocada em audiência publica hoje é o CPC 17, que abrange os "Contratos de Construção". A norma tem como objetivo dar diretrizes para que as empresas deste segmento, que tem suas peculiaridades, façam o reconhecimento de receitas e despesas ao longo do prazo dos contratos.
O terceiro pronunciamento que deverá ser debatido pelos agentes do mercado é o CPC 16, que tem como tema os "Estoques". A regra prevê que as empresas deverão reconhecer custos de estoques quando o valor de mercado dos bens tiver alteração, já que eles deverão ser contabilizados com o menor valor entre o custo e o "valor realizável líquido".
Os interessados que quiserem participar das audiências deverão se manifestar até o dia 10 de abril.

Brazil dollar inflows to Feb 6 reach $345 mln

Wed Feb 11, 2009 9:38am EST
SAO PAULO, Feb 11 (Reuters) - Net inflows of U.S. dollars to Brazil totaled $345 million this month through Feb. 6, central bank data showed on Wednesday.
The figures compared with outflows of $3.02 billion for the whole of January.
Net inflows from trade transactions reached $246 million in the February period, compared with inflows of $532 million last month. The country had net financial inflows of $99 million, compared with outflows of $3.55 billion in January. (Reporting by Jenifer Correa; Writing by Elzio Barreto; Editing by James Dalgleish)