quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SEC defende fortalecimento de plano para regular swaps

Reuters
24/09/2009
O principal regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos disse nesta terça-feira que o plano da Casa Branca de regular o mercado privado de derivativos de US$ 450 trilhões precisava ser fortalecido para minimizar a arbitragem regulatória.
A presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), Mary Schapiro, disse que os swaps precisam ser regulados como os ativos dos quais eles derivam e que o Congresso precisa dar aos mercados instrumentos regulatórios para impor autoridade antifraude.
"A proposta do Tesouro iria manter a autoridade antifraude da SEC sobre swaps relativos a ativos mobiliários, mas infelizmente isso não dá as ferramentas necessárias para policiar adequadamente todos esses swaps", disse, em texto que será apresentado ao Congresso.

Governo autorizará emissão de debêntures pelos bancos

Valor Online / Fernando Travaglini, Cristiane Lucchesi, Vanessa Adachi e Claudia Safatle
24/09/2009
O objetivo é claro, criar mecanismos de captação para atender a esperada explosão de crédito
O governo vai autorizar os bancos a emitir um título semelhante às debêntures para aumentar as fontes de recursos de longo prazo para empréstimos. Hoje, só as empresas não financeiras podem emitir debêntures. O novo papel já vem sendo chamado de nota bancária de crédito. O objetivo é claro, segundo um executivo que participou das reuniões que discutiram o assunto: criar mecanismos de captação para atender a esperada explosão de crédito.
A nota bancária de crédito seria destinada a prover recursos para as operações de crédito de longo prazo. Pelas discussões, os papéis poderiam ter prazo de até cinco anos. Para executivos de bancos, as instituições de médio e pequeno portes, as mais carentes de funding, seriam as beneficiárias imediatas do novo instrumento. O interesse dos grandes bancos cresceria com o avanço do crédito.
Com o salto do crédito, de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 45%, o prazo dos ativos (empréstimos) dos bancos se alongou mais rapidamente que o dos passivos (as fontes de recursos). Hoje, há grande descasamento entre as captações com liquidez diária, como os Certificados de Depósito Bancário (CDB), e os créditos mais longos, como financiamento de veículos.
Um dos bons atrativos para os grandes bancos é que essa debênture, por ser um título, estará isenta do recolhimento de depósito compulsório. Hoje, as instituições com patrimônio abaixo de R$ 7 bilhões estão livres desse recolhimento.
Os defensores da criação do título acreditam que, por causa da transparência maior da debênture, um novo tipo de investidor será fisgado: aquele que não quer comprar CDBs de mais longo prazo dos bancos pequenos e médios. Mas há banqueiros e investidores mais céticos. Eles creem que, mesmo com essas notas, os investidores não vão se interessar em alongar prazos para os bancos menores.
O novo título viria na hora certa. Adotada em meio à crise, a medida que estimulou os grandes bancos a usar o compulsório para emprestar a bancos com patrimônio de referência de até R$ 7 bilhões acaba no dia 30.

Fundo para a sustentabilidade

Agência Estado
24/09/2009
Com o objetivo de canalizar uma progressiva demanda por empresas com processos ou produtos que menos impactam o meio ambiente, a Tripod Investments e a Casaforte Investimentos vêm de lançar um fundo específico para essa área. A informação foi prestada à revista Sustentabilidade por Elisabeth Lernet, sócia da Tripod.
Um crescente número de companhias brasileiras está buscando processos que visem o melhor gerenciamento dos impactos socioambientais. E a principal missão do fundo é vasculhar o universo de grandes, médias e até de pequenas empresas que estejam pesquisando, desenvolvendo ou implementando produtos e serviços no contexto da chamada economia verde.
O dinheiro para o novo fundo virá de investidores institucionais, como fundos de pensão e órgãos multilaterais, entidades de fomento governamentais e até de investidores privados. Só não entram na lista empresas que explorem fumo, bebidas, armamentos e drogas.

Com a crença de que o pior já passou, varejo vive crescimento gradativo

"Mas ainda temos setores, voltados às exportações, que ainda não se recuperaram", afirmou InfoMoney / Alencar Burti
24/09/2009
"O varejo experimenta crescimento gradativo das vendas", afirmou o presidente da CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil), Alencar Burti, em entrevista concedida à Agência Sebrae.
Segundo ele, pode-se dizer que o pior da crise já passou. "O Brasil sofreu menos do que os países desenvolvidos e saiu mais rapidamente da crise, porque a economia brasileira está mais forte do que no passado, quando qualquer crise externa nos atingia por meio do balanço de pagamentos...", disse.
"Mas ainda temos setores, como o de bens de capital e de manufaturados, voltados às exportações, que ainda não se recuperaram", acrescentou.
Segundo ele, um dos motivos para a recuperação do varejo é o restabelecimento da renda e do emprego, o que favorece o consumo.

Bank of America Merrill Lynch enfrenta novo processo nos Estados Unidos

InfoMoney
24/09/2009
Na segunda-feira (21), o Bank of America Merrill Lynch fechou um acordo com o governo para encerrar o contrato de garantia junto ao poder público, ante o pagamento de US$ 425 milhões.
No entanto, o banco não cumpriu o prazo estipulado pela SEC (Securities and Exchange Commission) para apresentar os detalhes da aquisição da Merrill Lynch realizada no ano passado, de modo que será intimado judicialmente pelo órgão quanto ao descumprimento.
A SEC acusa o BofA de não revelar a seus acionistas a autorização do pagamento de bônus bilionários a seus funcionários, na maioria executivos de grande escalão.