terça-feira, 12 de maio de 2009

DE - A essência da administração sob dois ângulos

Valor de fusões e aquisições até março supera todo 2008

Shoppings cortam investimento

Custo do trem-bala fica em US$ 15 bilhões

Ajuste contábil leva Nossa Caixa ao vermelho

Valor de fusões e aquisições até março supera todo 2008

Terra
12/05/2009
As operações de fusões, aquisições, reestruturações societárias e OPAs (Ofertas Públicas de Aquisição) fechadas no primeiro trimestre deste ano totalizaram R$ 132,4 bilhões, volume 31,9% superior ao verificado em todo o ano de 2008. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).
Segundo o levantamento, nesse primeiro trimestre, um dos principais destaques foi o fechamento de operações de grande porte. Do total, 15% foram transações que movimentaram cifras acima de R$ 5 bilhões, contra 4,3% em todo o ano de 2008. Em 2005, 2006 e 2007 as transações superiores a esse valor representaram, respectivamente, 3,6%, 9,5% e 3,2%.
De acordo com os dados do ranking Aanbid, entre janeiro e março deste ano, foram fechadas 20 operações de fusões, aquisições, reestruturações societárias e OPAs, contra 94 de todo o ano de 2008.

Shoppings cortam investimento

Valor Econômico / Claudia Facchini
12/05/2009
A queda nas vendas freou a expansão das lojas "âncoras", grandes redes que ocupam espaços maiores nos shoppings
As grandes redes de varejo reduziram seus planos de expansão e os proprietários de shoppings centers adiaram a construção de muitos empreendimentos previstos para este ano e 2010. Estima-se que o número de projetos engavetados é grande. As previsões mais pessimistas são de que 50% deles serão adiados.
A queda nas vendas e o aumento do custo do dinheiro frearam a expansão das lojas "âncoras", grandes redes que ocupam espaços maiores nos shoppings e têm poder de atração de clientes. Segundo Alessandro Veronezi, presidente da General Shopping, as "âncoras" foram bem mais afetadas pelo aperto no crédito do que as lojas menores, que já não ofereciam condições muito facilitadas para pagamento. Nos 34 shoppings da BR Malls, maior empresa do setor em área bruta, as vendas das "âncoras" caíram 9% no primeiro trimestre, enquanto as das lojas de menor porte cresceram 9,2%.

São Paulo prepara concessão de estradas e aeroportos

O Estado de São Paulo
12/05/2009
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse hoje que prepara a concessão de estradas e aeroportos para assegurar a receita do Estado no orçamento de 2010, principalmente para garantir investimentos. Ao discursar no Fórum Exame, realizado na capital paulista, o governador afirmou que pretende manter em 2010 - ano eleitoral - o nível de arrecadação previsto na peça orçamentária de 2009. "(Este ano) deu para juntar cerca de R$ 24 bilhões todos voltados para investimentos", disse. Serra deve disputar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, a indicação do PSDB para concorrer à Presidência em 2010.
Questionado sobre como faria para manter o volume de investimentos sem os recursos, por exemplo, da venda do banco Nossa Caixa - que elevou as receitas do Estado em R$ 5,5 bilhões este ano -, Serra disse que haverá financiamentos e novas concessões. "(A arrecadação) será repetida ano que vem porque têm novos fluxos de financiamento, mais concessões", disse. O governador não detalhou a quais concessões se referia. "Estamos engatilhando tudo. Quando tiver os nomes eu dou. (Serão) mais estradas, aeroportos, tudo."
O governador atribuiu a manutenção dos investimentos em 2009 à concessão de cinco estradas, de um trecho do Rodoanel Mário Covas e à venda da Nossa Caixa. Teriam contribuído ainda financiamentos externos e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Por sorte, no nosso Estado estamos, sim, investindo muito neste ano de crise", disse. "Aqui temos um investimento anticíclico, que pelo volume das obras está contribuindo para manter o nível de emprego. Nunca houve tanta obra simultânea no Estado."

Custo do trem-bala fica em US$ 15 bilhões

Ligação entre Rio-SP-Campinas deve ter estação no Campo de Marte, mas leilão pode ser em 2010
Valor Econômico / Daniel Rittner
12/05/2009
Custará pelo menos US$ 15 bilhões o trem de alta velocidade (TAV) Rio-São Paulo-Campinas, que terá sua estação de partida provavelmente no Campo de Marte, na zona norte da capital paulista. Em 2014, ano previsto para a sua entrada em funcionamento, deverão circular até 31 milhões de passageiros nas oito estações de parada obrigatória.
Curiosamente, o fluxo maior se concentrará em ligações regionais: os trechos São Paulo-Campinas e São Paulo-São José dos Campos, com projeção de receber cerca de 21 milhões de passageiros (quase 60 mil pessoas por dia). O trajeto Rio-São Paulo, levando em conta ligações dentro do território fluminense - por exemplo, entre o Rio e Volta Redonda ou Barra Mansa -, transportará aproximadamente 10 milhões de passageiros por ano.
Esse é o resumo do que está sendo discutindo hoje pelo governo, em sigilo total, após o recebimento do estudo encomendado à consultoria britânica Halcrow. O relatório estava previsto para o fim de 2008, atrasou e chegou às mãos das autoridades brasileiras no início de abril, com algumas surpresas. A maior delas é quanto ao custo do trem, preliminarmente avaliado em US$ 11 bilhões, o que já lhe garantia a condição de projeto mais caro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em seus estudos, "pegando as piores condições possíveis", como diz uma fonte que examina o relatório da Halcrow, a consultoria estimou gastos superiores a US$ 20 bilhões.

Ajuste contábil leva Nossa Caixa ao vermelho

Valor Online
12/05/2009
O banco Nossa Caixa encerrou o primeiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de R$ 349 milhões, ante lucro de R$ 114,9 milhões registrado no mesmo período de 2008.
Adquirida no final do ano passado pelo Banco do Brasil, a Nossa Caixa informou que a perda trimestral se deveu a ajustes feitos com o objetivo de equalizar seus critérios de estimativas contábeis aos praticados pelo BB, além do reconhecimento de obrigações necessário para a transferência do controle acionário.
Não fossem esses ajustes e as provisões para contingências cíveis referentes a planos econômicos, o lucro teria ficado em R$ 51 milhões.
Entre janeiro e março, o resultado da intermediação financeira da Nossa Caixa somou R$ 578,6 milhões, uma queda de 22,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O saldo da carteira de crédito estava em R$ 13,8 bilhões ao final de março, 42,3% maior do que um ano antes.
Mais representativo da carteira, o segmento de pessoas físicas mostrava saldo de R$ 10,8 bilhões ao final do primeiro trimestre, um crescimento de 48% em um ano. O caso das empresas, a alta foi de 29%, para R$ 3,1 bilhões.

Petrobras’s Barbassa Says Cost ‘Overhang’ Hurt Quarterly Profit

By Jeb Blount
May 12 (Bloomberg) -- Petroleo Brasileiro SA Chief Financial Officer Almir Barbassa said the cost ‘overhang’ for oilfield equipment contracted when crude was higher, rising debt payments and falling oil prices led quarterly profit to slump.
Financial costs in the first quarter more than tripled to 849 million reais ($411 million) from 236 million reais a year earlier, after debt rose 9 percent to 70.3 billion reais, Barbassa told reporters in Rio de Janeiro late yesterday. Profit was also hurt by a 16 percent increase in operational costs to 10.2 billion reais and a drop in crude prices, he said.
Petrobras is seeking to trim costs for rigs, ships and other equipment needed to develop offshore fields after service providers took advantage of record oil prices last year to boost prices. The company’s debt is also increasing as Petrobras seeks to finance a five-year, $174.4 billion investment plan.
“We had more debt and thus higher interest cost,” Barbassa said. “Our operational costs are still being hurt by the overhang from last year.”
First-quarter consolidated net income declined to 5.82 billion reais, or 66 centavos a share, from 7.24 billion reais, or 83 centavos, a year earlier, the Rio de Janeiro-based company said yesterday. Three analysts surveyed by Bloomberg had forecast average profit of 5.71 billion reais.
Petrobras is seeking to bolster profit and cash generation after the average price of oil in the quarter fell 56 percent to $43.34 a barrel from $97.79 a year earlier. Declining profit comes as the company embarks on the world’s largest corporate investment plan. The $174.4 billion program requires the company to spend almost $100 million a day.

Brazil Creating ‘Champions’ With $58 Billion Loans: Week Ahead

By Fabiola Moura and Francisco Marcelino
May 11 (Bloomberg) -- Brazil’s state development bank is financing the biggest acquisitions in the country as other sources of credit dry up, driving a consolidation in the meat, ethanol, paper and telecom industries.
“They are trying to help the creation of national champions,” said Marcello Hallake, a lawyer focused on mergers and acquisitions at Thompson & Knight LLP in New York, who has spent more than a dozen years advising in Latin America. “They want to encourage the formation of large Brazilian companies that could then in turn acquire outside of Brazil.”
The Rio de Janeiro-based bank, known as BNDES, expects to lend as much as 120 billion reais ($58 billion) this year, 30 percent more than the 92.2 billion reais set aside last year, according to the bank’s President Luciano Coutinho. BNDES Participacoes SA, the bank’s investment unit, holds its quarterly board meeting on May 14 with Brazil’s Trade Minister Miguel Jorge to discuss its budget, investments and strategy.
A spokesman for the bank declined to comment.
“We’ll always be ready to support consolidation when efficient companies can create assets that are more productive,” Coutinho told reporters in Sao Paulo on Feb. 6. “That results in gains for the economy.”
The bank’s role in financing acquisitions is increasing as deals wane because of the credit crisis, Hallake said. A total 95 merger and acquisition deals worth $18.9 billion have been announced in Brazil this year through March 7, down from 181 deals valued at $34.7 billion in the same period last year, according to data compiled by Bloomberg.
BNDES is “playing an important role now that credit is scarce,” Hallake said.