sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Governo estuda novos cortes de tributos para injetar recursos

Mercado tenta afinar comunicação

Nível de consumo sobe 2% no terceiro trimestre

Tráfego aéreo internacional de passageiros cai 1,3%

Nível de consumo sobe 2% no terceiro trimestre, diz estudo

Rodrigo Postigo
28/11/2008
O nível de consumo dos brasileiros voltou a crescer no terceiro trimestre de 2008, mesmo com a crise econômica dando seus primeiros sinais no mercado local no mês de setembro. Segundo estudo da LatinPanel, o volume das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e produtos de limpeza comprado pelo lares brasileiros aumentou 2% em comparação ao mesmo período de 2007.
A empresa acompanha a evolução de 70 categorias nos setores de alimentos, bebidas, higiene pessoal, limpeza doméstica e telecomunicações. No Brasil, mede semanalmente o consumo de 8,2 mil domicílios, o que representa 82% da população domiciliar e 91% do potencial de consumo do País.
Segundo a LatinPanel, o terceiro trimestre obteve bons resultados especialmente em função da classe AB, que expandiu suas compras, aumentando em 5% o volume consumido frente ao terceiro trimestre de 2007. Na classe DE, o crescimento foi de 2%.
As famílias da classe C mantiveram estagnado o volume de compras das cestas avaliadas pela LatinPanel no período.
A campeã do crescimento em valor foi a cesta de higiene e beleza, que registrou expansão de 5% no terceiro trimestre, no comparativo com igual período de 2007. A cesta de limpeza cresceu 3%, bebidas 2%, enquanto os alimentos ficaram estagnados.
No período acumulado do ano (janeiro a setembro), o consumo do brasileiro manteve-se estável, com uma média de 35 categorias de produtos. A cesta de alimentos registrou queda de volume da ordem de 2% e as demais registraram estabilidade.

Mercado tenta afinar comunicação

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Luciano Feltrin
28/11/2008
As principais entidades representativas do mercado de capitais local querem reduzir os impactos da divulgação - ou omissão - de fatos relevantes por empresas de capital aberto. Com essa difícil missão, o Comitê de Orientação para Divulgação de Informações no Mercado (Codim) divulgou ontem um pronunciamento que tenta evitar, entre outros problemas, o vazamento de informações privilegiadas. O documento traz recomendações às companhias no que diz respeito à própria conceituação de um fato relevante.
"Ficou claro durante o período de audiência pública da instrução que um fato relevante deve ser distribuído quando a empresa identificar que alguma notícia poderá influenciar decisivamente seus negócios em termos de geração de caixa ou faturamento, o que altera a decisão de compra, venda ou manutenção de acionistas no investimento nas ações da empresa", explica o diretor da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Edison Garcia, um dos relatores do documento.
O pronunciamento também reforça a responsabilidade dos profissionais da área de relações com investidores (RI). As dez entidades que compõem o Codim entendem que essa área das companhias tem de estar cada vez mais atentas à publicidade e ao fluxo adequado de informações relevantes aos participantes do mercado acionário. "A área de RI tem de estar atenta às informações que causem impactos nas ações da empresa e, por isso, tem o dever de cobrar os administradores. A necessidade de afinar essa relação vem nos chamando a atenção há dois anos, quando começou a onda de ofertas públicas de ações na bolsa", diz Garcia.

Governo estuda novos cortes de tributos para injetar recursos

Segundo fonte do governo, estudos feitos até agora mostram que há espaço para promover novos cortes no IOF
Agência Estado / Renata Veríssimo
28/11/2008
Para injetar mais recursos na economia, a equipe econômica estuda cortar tributos, como uma nova rodada de reduções nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os estudos feitos até agora mostram que há margem para novos cortes de IOF, caso seja necessário. A avaliação é de que, nesse momento, os cortes devem continuar sendo pontuais. O governo está monitorando os setores econômicos e, caso identifique dificuldades de crédito, poderá promover novos cortes. "Não acho que o corte de impostos deva ser linear. Deve continuar sendo calibrado, caso a caso", informou uma fonte do governo. Há cerca de duas semanas, o Ministério da Fazenda reduziu o IOF para as operações de financiamento de motos para pessoa física. O setor havia registrado uma queda forte nas vendas. Semanas antes, o governo reduziu IOF para os investimentos estrangeiros. A equipe econômica avalia que uma redução mais ampla de impostos só será possível quando houver mais clareza sobre o cenário econômico em 2009. "Para adotar estas medidas estruturais temos que aguardar como será o ritmo de crescimento econômico no ano que vem", disse uma fonte da área econômica. Segundo ela, continua na gaveta a proposta de reestruturar as alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), para reduzir a carga tributária para as classes mais baixas. "Essa é uma medida forte. Por isso, também depende de termos esta clareza". A redução de impostos é uma das pernas de um tripé anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para reduzir os impactos da crise financeira internacional na economia real. O governo anunciou que manterá os investimentos e que pretende reduzir o custo das operações financeiras das empresas. Todos os esforços são para evitar um desaquecimento forte da demanda que possa levar a uma onda de demissões. No caso dos investimentos, além das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo continua contando com a criação do Fundo Soberano do Brasil (FSB), que deve receber mais de R$ 14 bilhões este ano. Estes recursos poderão ser usados em obras de infra-estrutura num momento de baixo crescimento econômico. Mas se o FSB não for aprovado pelo Senado até o final do ano, o Tesouro Nacional já estuda uma outra alternativa para evitar que este dinheiro vire superávit primário e seja usado no pagamento dos juros da dívida pública. "Tem solução", disse a fonte sem dar detalhes. Para reduzir o custo das operações financeiras, além da redução de IOF, o governo espera que os bancos oficiais promovam uma onda de redução de taxas de juros cobradas do tomador final. O Banco do Brasil já reduziu o custo dos empréstimos a pessoas físicas e empresas. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, informou que deverá anunciar na semana que vem o corte dos juros nas operações de crédito às empresas. A orientação é para que os bancos adotem o papel de liderança na ampliação da oferta de crédito e redução do custo dos empréstimos. O governo acredita que esta postura puxará para baixo os juros cobrados pelos bancos privados.

Crise financeira custou US$ 5 tri, aponta o Foro de Davos

Rodrigo Postigo
28/11/2008
Cinco trilhões de dólares foram perdidos por conta da crise financeira global, afirmou nesta quinta-feira o presidente e fundador do Foro Mundial de Davos, Klaus Schwab, que também anunciou uma participação recorde de líderes mundiais no próximo encontro, em janeiro.
O Foro chegou a prever a crise no sistema financeiro em seu relatório anual de riscos, divulgado no início do ano. "Não sou dramaticamente pessimista quanto o futuro, apenas realisticamente pessimista", declarou o economista suíço.
Ele acrescentou que a pior crise financeira desde a Grande Depressão dos anos 1930 fará com que a 39ª edição do Foro de Davos seja a mais importante de sua história e terá uma grande participação.
Schwab assinalou que ao encontro de cinco dias assistirão cerca de 160 líderes políticos assim como 1,2 mil chefes empresariais, sociais e sindicais.
A lista completa e confirmada de participantes será divulgada em janeiro. No dia 28 o encontro terá início com um discurso do primeiro-ministro russo Vladimir Putin.

Brasil e Argentina dão passo para construir hidrelétrica

EFE
28/11/2008
Três grupos se apresentaram na licitação para realizar os estudos prévios à construção da hidrelétrica Garabí, um projeto que Brasil e Argentina planejam iniciar sobre o rio Uruguai, na fronteira comum, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
As propostas recebidas incluem a realização dos "estudos de inventário do projeto partilhado entre Argentina e Brasil do rio Uruguai", explicou o ministro de Planejamento argentino, Julio de Vido.
"A avaliação desta apresentação estará pronta em 19 de dezembro para entregá-la aos presidentes" da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que deram a ordem para que seja "acelerada" a construção, assegurou o ministro.
Os participantes da licitação são um consórcio integrado pelas companhias argentinas Esin e Proa e a brasileira Engenharia, outro chamado Consórcio Internacional de Empresas do Rio Uruguai e um terceiro denominado Alto Uruguai, formado por firmas dos dois países envolvidos no projeto.
Cristina e Lula ratificaram, em fevereiro, a decisão de construir Garabí, apesar das advertências de especialistas sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais que terá a hidrelétrica.
O projeto, concebido há 35 anos, foi desarquivado em 2007 perante a crise energética que atingiu a Argentina e as advertências de que o Brasil poderia sofrer um novo blecaute.
Fontes oficiais explicaram que a licitação tem como objetivo contratar uma empresa de consultoria que durante 18 meses avaliará o rio Uruguai na zona onde se prevê a construção.

Tráfego aéreo internacional de passageiros cai 1,3%

EFE
28/11/2008
O tráfego internacional de passageiros caiu 1,3% em outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou nesta quinta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, sigla em inglês).
Pelo segundo mês consecutivo o número de passageiros diminuiu, embora em menor ritmo em outubro do que em setembro, quando caiu 2,9%. Em relação ao tráfego de cargas houve recuo de 7,9% em outubro, o quinto mês consecutivo de queda acentuada.
"A sombra continua e a situação da indústria permanece crítica. Enquanto a queda do preço do petróleo é um alívio, agora a recessão é a maior ameaça para os lucros das companhias", declarou o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani.
"A diminuição no número de passageiros pode ser temporária. Entretanto, a forte queda do tráfego de mercadorias indica que o pior ainda está por vir", acrescentou.
Por áreas geográficas, a África teve queda de 12,9%, seguida da região da Ásia e Pacífico (6,1%). A América Latina registrou recuo de 4,5%, o Oriente Médio de 3,5% e a América do Norte de 0,8%, enquanto a Europa foi a única a registrar crescimento (1,8%).
Em relação ao transporte de cargas, a maior redução aconteceu na América Latina (11,4%), seguida da região da Ásia e Pacífico (11%), da América do Norte (7,6%) e da Europa (5,4%). O Oriente Médio e a África tiveram aumento do tráfego de mercadorias, de 1% e 3%, respectivamente.

Brazil's IGP-M price index rises 0.38 pct in Nov

Thu Nov 27, 2008 5:08am EST
SAO PAULO, Nov 27 (Reuters) - Brazil's broadest inflation measure, the IGP-M index , rose 0.38 percent in November after a 0.98 percent jump the previous month, data showed on Thursday.
The wholesale-heavy index, released by the Getulio Vargas Foundation, was expected to climb 0.46 percent in November, according to the median forecast of 20 economists surveyed by Reuters. Estimates ranged from 0.34 percent to 0.58 percent.
The wholesale price component, which accounts for 60 percent of the overall weighting, rose 0.30 percent after surging 1.24 percent in October.
The consumer price component, which has a 30 percent weighting in the index, jumped 0.52 percent following a 0.25 percent increase last month.
The construction component, with about a 10 percent weighting, rose 0.65 percent following a 0.85 percent increase in October.
The IGP-M is used to adjust prices of rent and some utility contracts annually. The index has clocked a cumulative rise of 9.95 percent since the start of the year and 11.88 percent in the 12 months through November. (Reporting by Renato Andrade; Editing by Mike Nesbit)

Brazil Stocks Wobble in Light Trading

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: November 27, 2008
Filed at 12:49 p.m. ET
SAO PAULO, Brazil (AP) -- Brazilian stocks briefly tracked gains for European and Asian markets on Thursday before dipping slightly. Other markets rose moderately.
Brazil's Ibovespa index was down 0.35 percent to 36,343 in afternoon trading. The country's currency, the real, was up at 2.2 per dollar.
Thursday's initial advance for the Ibovespa came after investors cheered China's 1 percentage-point interest rate cut to spur private borrowing and support a multibillion-dollar stimulus package to keep the nation's economy from slowing too fast.
Brazil, Latin America's biggest economy, is a big exporter to China of raw materials and commodities including iron ore and soy.
Mexico's main IPC index rose by nearly 1 percent to 20,168 in midday trading Thursday, while Colombia's IGBC index rose 2 percent to 7,372.
Chile's IPSA index crept upward 0.45 percent from Wednesday's close to 2,431, and Argentina's Merval index was up nearly 2 percent at 971.
U.S. markets were closed Thursday for the Thanksgiving holiday.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Outsourcing de TI deve atingir US$ 3,4 bi em 2013, diz estudo

Nova proposta de reforma aumenta carga tributária, diz Skaf

Consumo de energia sobe 5,5% em outubro, aponta EPE

UE lança estímulo de 200 bi de euros

América Latina pede mais flexibilidade de FMI e BM em linhas de crédito

Outsourcing de TI deve atingir US$ 3,4 bi em 2013, diz estudo

TI Inside
27/11/2008
O mercado de outsourcing de infra-estrutura de TI movimentou cerca de US$ 1,59 bilhão em 2007 na América Latina e a projeção é que atinja US$ 3,48 bilhões em 2013, o que, se confirmado, representará um crescimento de 120%, segundo estudo realizado pela Frost & Sullivan, empresa de consultoria e pesquisa de mercado. "O hosting dedicado foi o serviço que gerou o maior volume de receitas em 2007, mas a participação deve diminuir com a comoditização desse serviço", ponderou Fernando Belfort, analista de pesquisa da Frost & Sullivan. O executivo observa, contudo, que na Colômbia e na Venezuela a terceirização somente se tornará comoditizada no médio e longo prazo, porque a infra-estrutura de serviços de outsourcing de TI nesses países ainda são "subdesenvolvidas". De acordo com a Frost & Sullivan, as empresas estão evoluindo gradualmente da terceirização de serviços somente de infra-estrutura básica, como co-location e hosting, para o outsourcing de toda a infra-estrutura de TI. Belfort observa que elas também estão sendo seduzidas pelas vantagens de redução de custos operacionais, melhoria dos sistemas de TI e liberdade para concentrar o foco nos seus core business. O estudo aponta que as taxas de crescimento do mercado latino-americano de outsourcing de infra-estrutura em TI vêm sendo puxadas principalmente pela Colômbia, Venezuela e Argentina, que têm apresentado excelentes resultados graças ao PIB positivo e à antecipação do potencial não explorado, diferentemente do Brasil, México e Chile, onde ainda há uma falta de maturidade. A Frost & Sullivan observa ainda que as novas regulamentações internacionais têm forçado as empresas a cumprirem requisitos específicos de infra-estrutura, o que tem fomentado a demanda. O aumento da complexidade das regulamentações como a lei americana Sarbanes-Oxley, Basiléia 2 e PCI (Payment Card Industry) está impulsionando o fechamento de novos contratos, apesar do receio das empresas de confiar o gerenciamento de suas infra-estruturas a provedores terceirizados, diz Belfort. "Regulamentações específicas no Chile têm obrigado as empresas a armazenarem mais dados por períodos maiores, incrementando os contratos de storage”, observa ele. O executivo observa, ainda, que as obrigações têm pressionado empresas na Argentina a implementar um plano de contingência e, assim, promover recuperação de crise. Além disso, um decreto tem incrementado os investimentos no mercado de outsourcing de TI no México. “Há também uma grande demanda por recuperação de crise e serviços de armazenamento na Colômbia, particularmente para a vertical de bancos e finanças”, completou Belfort.

Nova proposta de reforma aumenta carga tributária, diz Skaf

Presidente da Fiesp diz que empresários são favoráveis à reforma, mas defende mudança em alguns pontos
Agência Estado / Ricardo Leopoldo
27/11/2008
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que seria melhor que o Congresso adiasse a votação da proposta de reforma tributária por "pelo menos alguns dias" para que fossem retirados do projeto pontos que, em sua avaliação, aumentam a carga tributária e prejudicam as empresas e a geração de empregos. Skaf destacou que não é admissível a elevação de impostos e citou como exemplo o incremento das contribuições sobre empresas do setor de mineração de 2% do faturamento líquido para 3% do faturamento bruto. Ele também defendeu maior transparência na forma como incidem os impostos que o consumidor paga ao adquirir produtos. Hoje, Skaf lembrou que os brasileiros não têm informações claras sobre o impacto dos impostos relativos ao preço final das mercadorias que adquirem em qualquer ponto de varejo do País. "É importante que a sociedade pague (tributos) consciente do que está pagando. Os deputados representam o povo brasileiro, não podem aprovar um projeto que não tenha transparência."
O presidente da Fiesp também ressaltou que não é admissível o alongamento do prazo de transição para implantação das normas relativas à legislação do ICMS de oito anos para 12 anos. "Se estávamos engolindo oito anos, ou seja, era um prazo longo demais, 12 anos é muito maior", comentou. Outro ponto destacado por Skaf é uma prerrogativa que permite o aumento da carga tributária em até 5% acima da inflação. Segundo proposta da Fiesp para a reforma tributária, o que seria aceitável é que a carga tributária se equiparasse à inflação, e caso ocorresse um aumento superior aos índices de preços deveria ocorrer redução proporcional às alíquotas dos tributos. O presidente da Fiesp também destacou que é um fator negativo a manutenção de benefícios fiscais portuários, pois isso será desfavorável à sociedade brasileira, pois facilitaria a importação de mercadorias fabricadas no exterior. "Isso é ruim para o País, contra as indústrias e contra os empregos", disse.

Consumo de energia sobe 5,5% em outubro, aponta EPE

Valor OnLine / Rafael Rosas
27/11/2008
O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 34.022 gigawatts-hora (GWh) em outubro, uma alta de 5,5% em relação a igual mês de 2007. No ano, o consumo subiu 4,4% nos 10 primeiros meses do ano, na comparação com o período janeiro-outubro do ano passado, enquanto em 12 meses o crescimento é de 4,7% frente aos 12 meses imediatamente anteriores.
Os dados de outubro divulgados hoje pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) ainda não captaram, segundo a instituição, os efeitos da crise econômica, apesar do ritmo de avanço menor do consumo industrial em relação às residências e casas comerciais.
Ontem, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou uma queda de 3,3% na carga do SIN em novembro, na comparação com outubro, e creditou parte do resultado à crise econômica mundial, que teve reflexos na redução da exportação e na restrição ao crédito aos consumidores. Segundo o ONS, há possibilidade de a crise "influenciar no comportamento da demanda interna com reflexos em segmentos industriais importantes".
A comparação do consumo de outubro com o observado pela EPE em setembro ainda não aponta para uma tendência de redução. Em setembro, o consumo dentro do SIN foi de 33.362 GWh, o que significa uma alta de 1,97% em outubro. Na indústria, classe mais afetada até o momento pela crise internacional, o consumo em outubro foi de 15.726 GWh, resultado 0,82% acima dos 15.597 GWh de setembro e 4,4% superior aos 15.060 GWh de outubro do ano passado.
Nas residências, o consumo atingiu 8.113 GWh no mês passado, 3,78% acima dos 7.817 GWh de setembro e 8% maior que os 7.512 GWh de outubro de 2007. Já o consumo da classe comercial subiu 8,3% em relação a outubro do ano passado, para 5.289 GWh, patamar 3,42% acima dos 5.114 GWh observados em setembro de 2008.

UE lança estímulo de 200 bi de euros

Rodrigo Postigo
27/11/2008
O presidente da Comissão Européia (CE, braço executivo da União Européia), José Manuel Barroso, afirmou nesta quarta-feira que o órgão va lançar um pacote econômico de 200 bilhões de euros para reativar a economia da região.
O movimento procura diminuir as diferenças entre os países da União Européia nas políticas de reação à pior crise financeira desde a Grande Depressão.
Líderes do bloco vão estudar o plano em uma cúpula nos dias 11 e 12 de dezembro e Barroso enfatizou que os governos devem olhar com atenção a proposta.
Segundo ele, os recursos equivalem a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco econômico e que a maior parte do dinheiro será desembolsada em 2009.
"Nós estamos rejeitando a iniciativa que foi proposta por vários economistas prestigiados de cortar de forma geral na União Européia o imposto sobre valor agregado (VAT, da sigla em inglês). Seria um erro tomar uma medida no sentido de que uma ação serve para todos", afirmou Barroso.
Já o secretário de Assuntos Econômicos do bloco, Joaquin Almunia, afirmou que o plano anunciado pela CE é um esforço coordenado necessário para quebrar a possibilidade de um ciclo de recessão, aliado à "falta de confiança, falta de demanda e crescimento mais baixo".
"Se o impulso não é coordenado, um mais um pode não ser igual a dois, mas talvez até igual a zero. Se é coordenado, um mais um pode até ser igual a três", explicou.
"Nossa iniciativa visa oferecer uma caixa de ferramentas a ser usada pelos países-membros. As políticas a serem implantas por eles não devem ser idênticas, mas precisam ser coordenadas", completou o presidente da CE.
França, Grã-Bretanha e outros vários países da UE já adotaram esforços nacionais para impulsionar suas economias.

América Latina pede mais flexibilidade de FMI e BM em linhas de crédito

EFE / Elena Moreno
27/11/2008
Vários países latino-americanos pediram hoje a instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) uma maior flexibilização nas linhas de crédito para enfrentar uma crise que já bate às suas portas e que repercute nas economias dessas nações.
O Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aeci) organizaram hoje o 2º Fórum do Pensamento Social Estratégico na América Latina, no qual foram analisadas as formas como a região pode enfrentar a crise financeira que teve início nos países ricos.
"As condições de crédito nos países ricos se endureceram e isso afetará o fluxo de financiamento em direção às economias da região", disse hoje o ministro das Finanças da Costa Rica, Guillermo Zúñiga, que pediu maior flexibilidade às instituições financeiras diante da eventualidade de que os países pudessem precisar de liquidez.
Nessa mesma linha expressaram-se outros ministros da região e a diretora-regional para América Latina e Caribe do Pnud, Rebeca Grynspan, que ressaltou "a necessidade de que essas linhas de crédito que possam dar liquidez às economias estejam disponíveis de forma rápida e não condicionada".
Para ajudar as nações a superar a crise a curto prazo, o FMI disponibilizou, no final de outubro, um fundo de US$ 100 bilhões para conceder empréstimos de emergência sem condições estipuladas a países com boas políticas econômicas, mas com problemas de liquidez.
Em entrevista coletiva, Grynspan disse que, embora nos últimos anos o crescimento na "América Latina tenha sido dinâmico e ininterrupto, sem dúvida dos melhores desde a crise da dívida (nos anos 1980), isso não se repetirá em um período próximo porque a crise já começou".
"A América Latina, sem dúvida alguma, não é imune a esta crise", afirmou a diretora-regional do Pnud, que se referiu à necessidade de que os países possam combinar a tempo políticas fiscais anticíclicas e ter acesso à liquidez para enfrentar a situação.
Para o titular de Finanças da Costa Rica, a "situação é muito complexa neste momento, pois embora a América Latina viesse se desenvolvendo de forma consistente e com taxas de crescimento aceitáveis, os problemas do mundo rico nos mandam a conta".
Zúñiga se referiu assim às previsões de redução das exportações às nações desenvolvidas, assim como a uma queda dos investimentos estrangeiros, do turismo ou das remessas de dinheiro dos imigrantes, entre outros, que afetarão o mundo em desenvolvimento.
Por sua vez, a ministra coordenadora de Desenvolvimento Social do Equador, Natalie Cely, destacou a necessidade de que "haja mecanismos regionais próprios para responder à crise" dentro da América Latina.
"A crise está afetando Honduras há dez meses", ressaltou a ministra de Finanças hondurenha, Rebeca Santos, que acrescentou que o país perdeu nesse período três pontos percentuais de um crescimento econômico que se situou em 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos três anos.
Os países emergentes não querem "que uma crise não gerada no mundo em desenvolvimento venha enfraquecer nossos objetivos de redução da pobreza e dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" (ODM) da ONU, afirmou.
Santos disse que a crise chegou às nações latino-americanas "a uma velocidade acelerada, mas a resposta à mesma não está chegando com a mesma velocidade", e insistiu em que as respostas "não podem ser dadas com receitas do passado, obsoletas, em um mundo globalizado".
Por sua parte, a primeira-dama da Guatemala e presidente do Conselho de Coesão Social guatemalteco, Sandra Torres de Colom, assegurou que as autoridades do país "apostam na integração econômica na América Central" para melhorar as oportunidades como um bloco.
Outro que esteve presente no fórum foi o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, que ressaltou que, embora a "América Latina esteja em melhor posição do que há cinco ou dez anos", os Governos da região precisam "ter cautela e não ser otimistas demais".
Stiglitz afirmou que esses países "agora têm boas instituições, mas é preciso ter cautela com o que isso quer dizer. Há dez anos dizia-se que nos Estados Unidos havia boas instituições reguladoras, boas políticas macroeconômicas, e vejam o que aconteceu", lembrou.

UPDATE 2-Brazil Oct primary surplus less than forecast

Wed Nov 26, 2008 12:18pm EST
(Recasts, adds state companies, comments)
By Isabel Versiani
BRASILIA, Nov 26 (Reuters) - Brazil's consolidated primary budget surplus fell in October compared to a year ago as state companies posted record deficits for the month but lower interest payments kept the nominal budget at a healthy surplus.
Brazil posted a consolidated primary budget surplus of 14.47 billion reais ($6.19 billion) in October compared with a surplus of 15.35 billion reais in the same month in 2007, the central bank said on Wednesday.
The number was also below the medium forecast of 17.2 billion reais of nine economists surveyed by Reuters, with estimates ranging from 12.95 billion reais to 22.0 billion reais.
The main culprit were state companies, which posted a record deficit for the month of October of 2.8 billion reais.
Altamir Lopes, head of the economics department at the central bank, pointed to oil giant Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(PBR.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), which last month grappled with costly investments and royalty and tax payments.
In the 12 months through October, Brazil posted a primary budget surplus equal to 4.53 percent of gross domestic product compared with 4.6 percent of GDP in the year through September.
The primary budget surplus, which excludes interest payments, is closely watched by investors as a gauge of a country's ability to service its debt.
The nominal budget, which includes interest payments, scored a healthy surplus as the government earned 4.4 billion reais as a result of its currency swap auction operations, helping it slash the cost of its interest payments.
It was only the fourth month with this year with a nomimal budget surplus. Brazil usually runs a nominal deficit due to large principal and interest payments on debt.
The central bank profits when the variation of the real to the dollar is higher than the benchmark interest rate. Brazil's real BRBY fell nearly 12 percent in October as a global financial crisis scared investors away from riskier emerging market assets.
The government posted an overall budget surplus in October of 5.22 billion reais compared with a deficit of 528 million reais in the same month in 2007.
The weaker real also helped Brazil, which has more than $200 billion in international reserves, to reduce its public sector debt to 36.6 percent of GDP at the end of October, from 38.2 percent in September.
For the 12 months through October, Brazil posted an overall budget deficit of 1.1 percent of GDP, the best result since the central bank began tracking the data in 1991. (Reporting by Isabel Versiani; Writing by Ana Nicolaci da Costa; Editing by Tom Hals)

Russia, Brazil call first BRIC summit for 2009

Wed Nov 26, 2008 11:03am EST
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Russian President Dmitry Medvedev and his Brazilian counterpart Luiz Inacio Lula da Silva called on Wednesday for the first summit of major emerging market countries known as BRICs in Russia next year.
The BRIC nations, a popular acronym for Brazil, Russia, India and China, have hastened moves to take a greater say in world affairs and the global economy in response to the world financial crisis emanating from the United States.
"The financial crisis, which we haven't started and we are not to blame for, affected the global economic situation and we are forced to react," Medvedev told reporters after signing a joint declaration with Lula in Rio de Janeiro.
"We agreed with President Lula that we will coordinate our efforts with Brazil in fighting the crisis and creating a new global financial architecture."
The countries -- the world's four largest emerging markets -- met as a group for the first time at a G20 gathering of finance ministers in Sao Paulo this month and put out a joint statement calling for a greater say in world affairs and the global economy.
Lula and Medvedev did not say if China and India had agreed to the 2009 meeting.
"BRIC is an important force in discussing global problems. We have high expectations from the BRIC summit," Lula said.
"We, the developing countries, should not allow the crisis to harm our development. We must jointly with India, China and Russia help the world to get out of the crisis."
The two leaders also signed agreements on military technology cooperation, on which no details were given, and on visa-free travel between the countries for short trips.
Regional giant Brazil has embarked on an overhaul of its armed forces and plans to spend tens of billions of dollars in the coming years to refurbish outdated equipment, sparking the interest of numerous foreign defense contractors from Paris to Moscow.
Brazil sees a chance for closer cooperation with Russia in nuclear propulsion and aerospace technology.
Medvedev is scheduled to arrive late on Wednesday in Brazil neighbor Venezuela, a key buyer of Russian arms, and Cuba later this week as Russia seeks to reassert itself in a region that has grown more distant from the United States in recent years.
A fleet of Russian warships arrived in Venezuela on Tuesday to conduct joint naval exercises ahead of Medvedev's visit, another step in President Hugo Chavez's efforts to strengthen an alliance with Moscow and counter Washington's influence.
(Reporting by Oleg Shchedrov and Rodrigo Viga Gaier; writing by Stuart Grudgings; Editing by Todd Benson and Philip Barbara)

UPDATE 1-Inflation in Brazil speeds up in month to mid-Nov

Wed Nov 26, 2008 6:30am EST
(Recasts, adds details, context)
SAO PAULO, Nov 26 (Reuters) - Inflation in Brazil sped up in the month to mid-November as food and drink prices surged, official data showed on Wednesday, putting pressure on the central bank to raise interest rates to rein in prices.
Brazil's benchmark IPCA inflation index rose 0.49 percent in the month to mid-November, speeding up from a 0.3 percent increase in the month to mid-October, the government's statistics agency IBGE said.
The index was expected to rise 0.5 percent, according to the median forecast of 22 economists surveyed by Reuters. Estimates ranged from 0.47 percent to 0.57 percent.
With the latest increase, the IPCA has now risen 5.79 percent in 2008 through mid-November and a lofty 6.54 percent in the last 12 months. That raises the prospect that the IPCA could surpass the ceiling of the central bank's year-end inflation target of 6.5 percent.
The so-called IPCA-15 tracks consumer prices from around the 15th of one month to the 15th of the next. Brazil's central bank uses the IPCA as a guide when setting interest rates.
Citing concerns about the impact of the global financial crisis on Brazil's economy, the central bank left its benchmark lending rate unchanged at its last monetary policy meeting in October despite rising inflation.
The bank's next monetary policy meeting is scheduled for Dec. 9-10.
Food and beverage prices were the main driver of inflation in the last month, climbing 0.9 percent after rising just 0.05 percent in the month to mid-October. Beef prices, which jumped 4.52 percent, were largely to blame.
(Reporting by Todd Benson; Editing by Victoria Main)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Governo faz economia recorde para pagar juros

EUA injetam US$ 800 bi na economia

Crédito volta a aumentar no Brasil e alcança 40,2% do PIB

Cinco áreas prioritárias para investimentos em TI

Burocracia fiscal e incerteza econômica do País

Casa Branca: números da economia são "preocupantes"

FED injetará mais US$ 800 bi no sistema financeiro

Casa Branca: números da economia são "preocupantes"

Reino Unido anuncia pacote de US$ 30 bilhões

Reforma tributária pode aumentar em até 16% carga de impostos sobre software

Déficit da conta corrente cai para US$ 1,5 bi em outubro

Burocracia fiscal e incerteza econômica do País

Financial Web / Juliana Ono
26/11/2008
O que era um “plus” para as empresas, e até, caso de extrema sofisticação para outras, agora, passa a ser essencial para a sobrevivência
A incerteza quanto à crise econômica que atinge o mundo, somada à já conhecida burocracia tributária, faz com que, mais do que nunca, o planejamento tributário seja fundamental para as empresas.
O que era um “plus” para as empresas, e até, caso de extrema sofisticação para outras, a partir de agora, com a grandiosa crise que promete assolar o mundo, passa a ser essencial para a sobrevivência.
O Planejamento tributário, nesse contexto, deve ocupar um papel de destaque nas empresas. Diante da situação econômica delicada que pode ocasionar diminuição nos lucros, buscar economizar com tributos, e ainda, se precaver quanto a eventuais multas por infrações fiscais pode se tornar um diferencial no desempenho das empresas.
Assim, considerando que os regimes tributários para fins de IRPJ, CSLL e conseqüentemente de PIS e de COFINS só podem ser alterados no início do ano, é muito importante estar atento. Analise com critério a escolha da opção mais adequada para sua empresa.
De forma resumida menciono três regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
A LC nº 123/2006 instituiu o Simples Nacional, regime destinado a empresas com receita bruta anual de até R$ 2.400.000,00.
Dependendo da atividade da empresa, esse regime é economicamente mais benéfico que os demais, mas especialmente os prestadores de serviços devem ficar atentos, pois dependendo do serviço que é prestado o lucro presumido pode ser mais vantajoso. Além dessa questão econômica, há que se considerar a dificuldade no que se refere à compreensão da legislação. Como a legislação é repleta de detalhes, torna-se complicado entender como funciona o regime.
Também é preciso considerar os impedimentos – para muitas atividades há vedação quanto à opção pelo Simples Nacional.
O Lucro Presumido é regime de tributação onde a base de cálculo é obtida por meio de aplicação de percentual definido em lei, sobre a receita bruta. Como o próprio nome diz, trata-se de presunção de lucro.
Em princípio, todas as pessoas jurídicas podem optar pelo Lucro Presumido, salvo aquelas obrigadas à apuração do Lucro Real. Contudo, para verificar se esse é o regime mais benéfico para a empresa, é necessário realizar simulações, pois caso a empresa tenha valores consideráveis de despesas dedutíveis para o IRPJ, é muito provável que o lucro real seja mais econômico.
Por fim o Lucro Real, regime que parte do resultado contábil. Depois de apurado o lucro contábil, devem ser procedidos os ajustes: adições e exclusões previstas em lei. E é nesse ponto que nossas atenções devem ser redobradas, pois nem tudo aquilo que resulta em diminuição do patrimônio da empresa, é aceito para diminuir a base de cálculo tributável.
Outra questão importante, refere-se à Contribuição para o PIS/PASEP, e à COFINS. A escolha entre presumido e real deve levar em conta essas contribuições, pois no presumido o regime é cumulativo (alíquotas de 0,65% para o PIS, e 3% para a COFINS direto sobre a receita bruta), enquanto que no lucro real o regime é não-cumulativo, onde as alíquotas são bem mais altas (1,65% para PIS e 7,6% para a COFINS), mas há direito a deduções do valor a pagar por meio de créditos previstos na legislação.
É preciso salientar que não há um tipo de regime de tributação que seja mais benéfico para a totalidade das empresas. Cada pessoa jurídica deve considerar suas particularidades, meios de operação, e tipos de atividade que desenvolve, para conseguir vislumbrar a forma mais econômica de tributação para o ano de 2009, lembrando que uma vez formalizada a opção perante a Receita Federal, esta é irretratável durante todo o ano-calendário.

Crédito volta a aumentar no Brasil e alcança 40,2% do PIB

Terra / Laryssa Borges
26/11/2008
O estoque total de crédito no País, incluindo os recursos livres e os direcionados, aumentou 2,9% em outubro, ante setembro, e alcançou R$ 1,187 trilhão - ou 40,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, apontou o Banco Central (BC). Em 12 meses, a alta é de 34,6%. Apesar da expansão, segundo a autoridade monetária, os financiamentos têm apresentado arrefecimento no que diz respeito às novas contratações.
"Esse comportamento esteve associado a alterações nas condições de oferta e demanda, refletindo desdobramentos da crise financeira internacional", apontou o BC, em nota.
Na comparação do volume de crédito com o PIB, a relação estava em 39,1%, em setembro, e em 33,6%, em outubro de 2007, apontou o documento.
A autoridade monetária afirmou ainda que as incertezas no cenário, motivadas pela crise, causaram uma retração na oferta de crédito em linhas específicas, como os adiantamentos a exportadores, além de endurecer as regras para novos empréstimos.
"Nos financiamentos e arrendamentos de veículos a pessoas físicas, esse posicionamento resultou na redução de prazos de contratação e na exigência de maior aporte de recursos por parte dos tomadores", explicou o BC.
Com o crescimento de 2,9% no volume de crédito ofertado em outubro, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, observa que o País já se encontra quase no mesmo patamar que o cenário antes da crise financeira mundial. "Não se pode dizer que já atingimos as taxas pré-crise, mas estamos próximos disso", avaliou.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado que o volume atual de crédito já atinge 80% do patamar em que vigorava antes do estouro da fase aguda da crise financeira mundial.

EUA injetam US$ 800 bi na economia

Pacote tenta reativar o crédito ao consumidor e às pequenas empresas e o mercado de títulos de hipotecas
O Estado de São Paulo / Patrícia Campos Mello
26/11/2008
O governo dos Estados Unidos anunciou ontem mais um pacote de estímulo econômico. Desta vez, serão injetados US$ 800 bilhões para reativar o crédito ao consumidor e o mercado imobiliário. Quase todo o pacote será bancado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
“É muito importante que o crédito esteja disponível porque a economia está desacelerando de forma dramática”, disse o secretário do Tesouro, Henry Paulson, durante coletiva de imprensa em Washington. “Vai demorar para resolvermos os problemas e novos desafios vão continuar surgindo.”
O programa prevê a injeção de US$ 200 bilhões para baratear o crédito ao consumidor e US$ 600 bilhões para reduzir juros em financiamentos imobiliários. Na tentativa de lidar com a crise de crédito que tomou conta da economia americana, o Tesouro já injetou US$ 250 bilhões em bancos do país, mas as instituições, muito fragilizadas, ainda não voltaram a conceder empréstimos normalmente.
O Fed também já reduziu a taxa de juros de 4,25% para 1%, ou seja, a política monetária tradicional está no limite. Agora, o banco central americano passa a injetar dinheiro diretamente nas áreas onde o crédito continua paralisado. Somadas todas as medidas adotadas até agora, o governo já concedeu US$ 7 trilhões em garantias, empréstimos ou compras de participações em empresas e bancos.
A primeira parte do novo pacote prevê US$ 100 bilhões para a compra de dívidas da Fannie Mae e Freddie Mac e US$ 500 bilhões para adquirir títulos lastreados em hipotecas emitidos pelas duas agências. “O objetivo da iniciativa é aumentar a oferta de empréstimos a custos razoáveis”, disse Paulson.
O programa deverá começar no fim do ano e se estender por vários trimestres. “Essa ação vai reduzir o custo e aumentar a oferta de crédito para a compra de casas, o que deve ser um suporte para o mercado imobiliário para melhorar as condições do mercado financeiro em geral”, diz o Fed.
A segunda parte do pacote é uma linha de empréstimos para reativar o mercado de títulos lastreados em empréstimos ao consumidor e pequenas empresas. O Fed vai conceder empréstimos de até US$ 200 bilhões para detentores de papéis lastreados em financiamentos de automóveis, crédito estudantil, dívida de cartão de crédito ou empréstimo a pequenas empresas. Ao reativar esse mercado, o objetivo é reduzir os juros para o consumidor.
Essa é a primeira vez que o Fed vai financiar diretamente crédito ao consumidor. Segundo Paulson, a escassez de crédito está diminuindo o consumo e enfraquecendo a economia. Essa parte do programa deve ter início em fevereiro. O Tesouro vai contribuir com US$ 20 bilhões para esse programa, vindos dos US$ 700 bilhões do pacote de estímulo econômico.
Mas o Tesouro ainda não se dobrou a uma das maiores reivindicações dos legisladores e de Sheila Bair, presidente da FDIC, agência que garante as contas bancárias. Eles acham que o governo precisa usar parte do dinheiro do pacote para refinanciar hipotecas com os proprietários de casas que não conseguem pagar suas parcelas do financiamento.

Governo faz economia recorde para pagar juros, mas investimentos ainda patinam

De janeiro a outubro, superávit primário somou R$ 95,6 bilhões.
Investimentos em infra-estrutura somam R$ 5,5 bi; meta é de R$ 13,8 bi.
G1 / Alexandro Martello
26/11/2008
O Governo Central realizou um superávit primário, isto é, a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter a sua trajetória de queda, recorde de R$ 95,6 bilhões de janeiro a outubro deste ano, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), informou nesta terça-feira (25) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em igual período do ano passado, o superávit primário somou R$ 61,3 bilhões, ou 2,92% do PIB. Desse modo, a economia feita para pagar juros da dívida subiu expressivos 55,8% nos dez primeiros meses deste ano. "As receitas do Governo Central, líquidas de transferências a estados e municípios, cresceram 4,4% acima do crescimento nominal do PIB no período (12,7%), enquanto as despesas apresentaram decréscimo de 1,5%", explicou o Tesouro Nacional. Somente em outubro deste ano, quando houve piora da crise financeira internacional, a economia feita para pagar juros somou R$ 14,6 bilhões, valor muito mais alto do que os R$ 6,1 bilhões de setembro. "Até outubro, não houve impacto da crise. Mas ainda não se pode projetar o que vai acontecer no futuro. É um momento de cautela. É cedo para uma visão mais definitiva", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, explicando que a crise pode ter impacto na arrecadação do governo federal.

Russia Wants to Double Trade With Brazil

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: November 25, 2008
Filed at 3:00 p.m. ET
RIO DE JANEIRO, Brazil (AP) -- Russian President Dimitry Medvedev says he wants bilateral trade with Brazil to double ''in the next few years.''
Russia's ITA-Tass news agency says Medvedev told Russian and Brazilian businessmen on Tuesday that he wants trade between the two countries to increase to $10 billion.
The Russian president arrived in Brazil Monday night from Peru where he attended a weekend summit of Pacific Rim leaders.
He's due to sign agreements on Wednesday with Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva on cooperation on nuclear, aerospace, agriculture and energy projects.
Medvedev will also visit Venezuela and Cuba.

Brazil cenbank takes new step to boost lending

Tue Nov 25, 2008 3:03pm EST
SAO PAULO, Nov 25 (Reuters) - Brazil's central bank on Tuesday unveiled new measures easing reserve requirements in a bid to funnel cash to the country's national development bank, the latest in a series of steps aimed at increasing lending.
Under the new rule, banks can deduct up to 70 percent of reserve requirements on time deposits if they invest the funds in interbank deposit certificates issued by Brazil's National Development Bank, known as BNDES.
The central bank said the measure could free up 6.2 billion reais ($2.7 billion) for lending via BNDES, which is the primary source of credit for most Brazilian companies.
"This measure complements the actions the Central Bank has taken to improve the distribution of the national financial system's resources to small and medium-sized companies," the central bank said in a statement.
The measure will expire on Dec. 31, 2008, the bank said.
Finance Minister Guido Mantega said last week that the measure was in the works and that BNDES should use the additional funds to offer credit lines to exporters and provide working capital for companies struggling to raise cash.
Brazil's government has relaxed reserve requirements for banks several times in the past two months in an attempt to thaw credit markets, which have suffered as a result of the global financial crisis.
($1=2.326 reais)
(Reporting by Todd Benson, Editing by Chizu Nomiyama)

Lending in Brazil shrinks in Oct at peak of crisis

Tue Nov 25, 2008 2:08pm EST
By Isabel Versiani
BRASILIA, Nov 25 (Reuters) - Bank lending in Brazil contracted in October as the global financial crisis wreaked havoc on Latin America's largest economy, but the central bank said on Tuesday the credit market is already rebounding.
In an effort to stave off further impact from a global credit squeeze that had shaken Brazilian stock and currency markets in recent months, the central bank took a series of steps to pump liquidity into the economy.
Finance Minister Guido Mantega said on Monday that credit conditions in Brazil had improved significantly in November following the government's steps to shore up lending.
Measures included a reduction in bank reserve requirements and additional credit lines for auto loans, among others.
Mantega said availability of credit had returned to about 80 percent of what it was before the current financial crisis.
Still, the amount of new bank loans fell by 3 percent in October to 157.3 billion reais ($68.1 billion) from the previous month, the central bank said, as a 2.5-percentage-point rise in average interest rates and shorter maturities kept both consumers and companies away.
This contrasted with a 10 percent increase in lending in September from August.
But the drop in October was milder than some had expected and the central bank was already forecasting a recovery in the availability of credit in November.
"In times of crisis, everyone becomes more conservative," said Altamir Lopes, head of the central bank's economics department, adding that credit conditions were improving.
"We can't say ... we have returned to the pre-crisis status, but we are very close to it," said Lopes, who was speaking at a news conference in Brasilia.
Lopes told reporters partial figures for November showed lending was bouncing back, with new loans up 5.7 percent during the first 12 days of the month compared to the same period in October.
The stock of outstanding loans was still up 2.9 percent over September at 1.19 trillion reais, or 40.2 percent of gross domestic product.
Over the past 12 months the total of outstanding loans has grown by 34.6 percent, helping Brazil's economy grow by more than 5 percent on an annualized basis.
"The overall credit picture for October was not as dire as initially thought, particularly when taking into account the intensification of the global financial crisis in October and the distress generated in the local market by corporate sector losses with derivative financial instruments," said Goldman Sachs in a research note.
"While overall credit to the economy is still recording very high year-on-year rates of expansion, new credit origination has been gradually cooling off."
But Lopes said interest rates on consumer loans during that November period were up by 5 percentage points to 59.8 percent annually. Brazil has some of the highest interest rates of any major economy in the world.
($1=2.31 reais)
(Writing by Ana Nicolaci da Costa; Editing by Diane Craft)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reforma tributária pode aumentar em até 16% carga de impostos sobre software

Texto do relator do projeto institui cobrança de ICMS sobre a comercialização de programas de computador.
COMPUTERWORLD / Fabiana Monte
25/11/2008
A tão esperada reforma tributária pode ser um mau negócio para o setor de software. Na madrugada da última quinta-feira, 20/11, a Comissão Especial da Reforma Tributária aprovou o parecer do relator do projeto, deputado federal Sandro Mabel (PR/GO), sobre o tema.
Um dos pontos do texto inclui a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a comercialização de programas de computador. Em 2003, o projeto de lei 116/03, enquadrou software na categoria de serviços, fazendo com que, desde então, programas de computador fossem tributados pelo ISS (Imposto sobre Serviço).
Em alguns Estados brasileiros, além do ISS, softwares também são tributados pelo ICMS, mas nestes casos, a incidência do imposto sobre serviços é exclusivamente sobre o meio físico pelo qual o programa é comercializado, que pode ser, por exemplo, um CD-Rom.
A chiadeira do setor de software justifica-se pelo aumento da mordida dos impostos, caso a medida seja aprovada. Sob o guarda-chuva do ISS, a tributação de software fica em torno de 2% a 3%, enquanto que as alíquotas do ICMS variam de 5% a 18%.
Para o deputado federal Julio Semeghini (PSDB/SP), um dos críticos à alteração do regime de tributação de software, a mudança "vai reduzir indústria nacional, aumentar a pirataria e destruir toda a cadeia de distribuição o Brasil". "Desde 2003, você tem o todo o software classificado como imposto sobre serviço. O Congresso já discutiu e tomou a decisão de que software é serviço. Além disso, querem colocar isso no texto da Constituição, o que dificilmente vai mudar depois", critica o parlamentar.

CVM tem novo entendimento sobre operação de incorporação

Gazeta Mercantil / Andrezza Queiroga
25/11/2008
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou em outubro, um entendimento da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) sobre a não-obrigatoriedade de realização de oferta pública de aquisição de ações de emissão de Construtora Tenda, Datasul e Company, seja por força do art. 254-A da Lei nº 6404/76 ou por definição em cláusula estatutária, no momento das incorporações.
O entendimento da SRE se baseia no fato de que na incorporação não há transferência de valores mobiliários dos antigos para os novos controladores.
A inaplicabilidade do artigo 254-A ocorreu, também, em junho, no caso da associação entre Petrobras e Unipar que alterou o controle da Suzano Petroquímica e serviu de base para outras manifestações como as que envolvem a Datasul e Totvs, Construtora Tenda. e Gafisa, e Company e Brascan Residential Properties.
Segundo o advogado Henrique Vargas Gama Beloch, do Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados, essas decisões da CVM têm em especial o fato de terem sido as primeiras no País a abordar a questão do tag-along na incorporação - o tag-along é um mecanismo previsto na legislação brasileira pelo artigo 254-A da Lei das S/A. e estabelece que a mudança no controle da empresa só pode ocorrer caso o comprador se comprometa a fazer uma oferta pública para a compra das outras ações com direito a voto, e com um valor de no mínimo 80% do que foi oferecido para o controlador.
Para Henrique Vargas Gama, em resumo, esse posicionamento da CVM afasta a obrigação de na incorporação, realizar oferta pública de aquisição (OPA) por alienação de controle de companhia aberta, prevista no art. 254-A. "Pelo menos foi o entendimento adotado nos casos envolvendo Datasul/Tovts, Tenda/Gafisa e Company/Brascan porque a troca de controle decorreu de uma operação de incorporação com uma efetiva consolidação de ativos", explica. Segundo ele, a consequência dessa decisão da CVM é de abrir brechas que darão mais segurança às empresas para fazer operações de incorporação porque o controlador não terá mais de fazer uma oferta pública aos minoritários, "barateando a operação". É importante, entretanto, "que cada caso seja analisado para ver se houve de fato uma incorporação e atendeu a finalidade a que se propõe, se de fato pretende-se almejar a junção dos negócios sem indícios que possa ter ocorrida uma vantagem adicional do controlador", ressalta.
"O entendimento da CVM orientou o mercado corretamente, porém o que não pode acontecer é uma forma deliberada de o controlador da incorporada prejudicar o minoritário, ou seja, ele até pode vender suas ações na bolsa, mas não pode, após esta incorporação, vender suas ações por preço superior ao novo controlador com base em um acordo anterior, sem divulgá-lo ao mercado e estender o lucro aos minoritários" , afirma Thiago Giantomassi Medeiros do Demarest & Almeida Advogados. Ele explica que no caso da Datasul/Tovts, Tenda/Gafisa e Company/Brascan o entendimento da SRE se baseou no fato de que, não houve diluição de todos os acionistas, inclusive o controlador - já que a relação de troca, nesses casos, é uniforme - sem transferência de valores mobiliários dos antigos para os novos controladores e isso justifica a inaplicabilidade do artigo 254-A.
Outro ponto a se analisar, segundo Thiago Giantomassi Medeiros, é que "a extensão da cláusula estatutária de oferta por aumento de participação, pois não há padronização e cada companhia ajustou-a a suas necessidades", diz.
João Ricardo de Azevedo Ribeiro do Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr e Quiroga Advogados, diz que esse entendimento da CVM não é uma surpresa, mas que para se posicionar pela inaplicabilidade do artigo, é preciso que se estude caso a caso.
"Nas operações envolvendo a Datasul/Tovts, Tenda/Gafisa e Company/Brascan ninguém pagou para ter o controle, houve uma consolidação de acionistas em uma mesma empresa. Neste caso, não houve má-fé na incorporação e não cabe aplicar o tag-along nesses casos, pois não se discute o controle", afirma João Ricardo de Azevedo Ribeiro.
Henrique Vargas Gama Beloc explica que no entendimento da CVM, a incorporação (de companhia ou de ações), ainda que possa ocasionar a mudança de controle, não constitui, propriamente, uma alienação de controle, não ensejando, por isso o tag along, explica.

Reino Unido anuncia pacote de US$ 30 bilhões

Agência Estado
25/11/2008
O título da nota enviada anteriormente está errado. O pacote é de 20 bilhões de libras, o que equivale a US$ 30 bilhões, e não de US$ 20 bilhões como foi informado. O texto estava correto e segue abaixo, na íntegra:
O Reino Unido anunciou hoje um pacote de estímulo fiscal de 20 bilhões de libras (US$ 30,24 bilhões), na tentativa de amenizar a severa desaceleração econômica. Segundo o ministro das Finanças, Alistair Darling, o pacote equivale a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Darling anunciou também que o imposto sobre valor agregado será cortado dos atuais 17,5% para 15%. O corte na alíquota do imposto valerá de 1º de dezembro deste ano até o final de 2009.
O ministro informou ainda que tornará permanente o corte de impostos para 22 milhões de pessoas anunciado em maio. Para tentar acalmar as preocupações do mercado sobre as finanças públicas, ele disse que irá introduzir uma nova taxa de imposto de 45% sobre a alta renda, a partir de abril de 2011. Ele também elevará em meio ponto porcentual a contribuição dos empregadores na Previdência Social a partir de abril de 2011.
Além do anúncio do pacote, Darling informou novas projeções de crescimento do Reino Unido. Segundo ele, a economia irá se expandir 0,75% neste ano, ter contração de entre 0,75% e 1,25% em 2009 e voltar a crescer entre 1,5% e 2,0% em 2010. No orçamento de março, Darling esperava crescimento do PIB de 1,75% a 2,25% em 2008 e expansão de 2,0% a 2,5% em 2009.

Cristina Kirchner pede união da América Latina para enfrentar crise

BBC Brasil / Marcia Carmo
25/11/2008
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse, nesta segunda-feira, que a solução para os efeitos da crise financeira internacional nos países da América Latina deve partir de iniciativas dos próprios líderes políticos desta região.
"Devemos trocar idéias, unir esforços, instrumentos, recursos e neurônios para superar (juntos) a crise financeira internacional", disse.
Cristina discursou ao lado do presidente do México, Felipe Calderón, que visita a Argentina até esta terça-feira, acompanhado por uma comitiva empresarial.
A presidente não deu detalhes de como poderia funcionar essa união de forças contra os efeitos da turbulência financeira, mas insistiu na proposta nos dois discursos que realizou, em diferentes cerimônias, ao lado de Calderón.
"Nós, dos países emergentes, devemos unir recursos e idéias para enfrentar essa crise, para que não sejam nossos povos os que paguem por esta crise que começou em outro lugar".
Calderón, por sua vez, destacou que é hora de se fortalecer o Grupo do Rio e que ele e Cristina conversaram sobre a (necessidade de) reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas --"base para maior integração", afirmou, sem entrar em detalhes.
Segundo Cristina, se a solução para os efeitos da crise internacional não sair da região, não sairá de outro lugar.
Afônica, ela defendeu a política econômica do governo anterior --de seu marido, o ex-presidente Nestor Kirchner--e também da sua atual gestão.
"Reservas recordes no Banco Central, superávit fiscal e superávit comercial, reativação da indústria, construção de 300 mil casas populares e melhora na matriz energética", enumerou.
Cristina ainda ressaltou: "É importante que cada país desenhe seu próprio modelo econômico. Não precisa se isolar. No nosso caso, por exemplo, as exportações também subiram".
As declarações de Cristina foram feitas quatro dias após o Senado ter aprovado o projeto do governo de estatização da previdência privada, gerando críticas de empresários e economistas, que temem pelo aumento da desconfiança dos investidores e o isolamento do país no cenário internacional.
"Na crise de 2001, a confiança dos argentinos despencou e até hoje a sociedade ainda não confia no sistema bancário", disse.
Após a crise vivida, há quatro meses, com o setor rural e o anúncio da nacionalização da previdência privada, os argentinos aumentaram seus saques bancários, de acordo com diferentes consultorias locais.

Brazil central bank to offer $300 mln in swaps

Mon Nov 24, 2008 4:29pm EST
SAO PAULO, Nov 24 (Reuters) - Brazil's central bank will offer about $300 million in swap contracts on Tuesday as part of an ongoing effort to supply the foreign exchange market with liquidity.
The bank said on Monday it will offer up to 6,000 contracts in the auction.
The bank resumed selling dollar swaps last month for the first time in more than two years, one of several measures it has taken to add liquidity to the financial system. (Editing by James Dalgleish)

Securities Regulators Set Up Global Task Forces

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: November 24, 2008
Filed at 6:56 p.m. ET
WASHINGTON (AP) -- An international group of securities regulators, including the U.S. Securities and Exchange Commission, agreed Monday to begin work on a coordinated response to several aspects of the global financial crisis.
The International Organization of Securities Commissions has formed three task forces that will focus on short selling, unregulated financial products such as derivatives, and unregulated financial entities like hedge funds, the SEC said.
The Madrid, Spain-based organization's work is in response to recent calls by world leaders, meeting in Washington earlier this month, to better coordinate financial regulation.
The task forces will present reports at the next G-20 summit of world leaders in the spring of 2009, the SEC said. The G-20 includes wealthy nations as well as leading developing countries such as China, India and Brazil.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Governo britânico não descarta reduzir imposto para reativar a economia

Carga tributária teve alta de 10,3% até outubro

Brasil e México serão 'prioridades' de Obama

BID alerta para forte recessão na América Latina em 2009

Crise dá oportunidade a reformas na América Latina

Governo britânico não descarta reduzir imposto para reativar a economia

EFE
24/11/2008
O Governo britânico não descarta reduzir o Imposto ao Valor Agregado (IVA) em 2,5 ponto percentual, a fim de reativar a economia, afirma hoje a imprensa, antes da apresentação na segunda-feira dos orçamentos do Estado.
A redução do IVA, de 17,5% para 15%, é uma das medidas que estariam sendo consideradas pelo ministro da Economia britânico, Alistair Darling, junto com outras destinadas a ajudar as pequenas empresas e os proprietários de casas com hipotecas.
Darling divulgará na segunda-feira à tarde na Câmara dos Comuns os orçamentos preliminares do Estado, muito esperados nesta ocasião devido à deterioração da economia britânica, que pode entrar em recessão antes do fim do ano.
O Governo quer garantir empréstimos às médias e pequenas empresas, já que estas encontraram dificuldades para conseguir crédito depois da crise no sistema bancário.
Entre outras opções, está obrigar as entidades hipotecárias a esperar um tempo antes de iniciar o processo para embargar propriedades dos clientes que não conseguem pagar a hipoteca, seja porque perderam o emprego ou porque seus negócios estão em dificuldades diante da crise financeira global.
Mas estas medidas podem aumentar a dívida pública, por isso os especialistas advertiram que o contribuinte pode ver uma alta dos impostos após superada a crise.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, disse hoje no dominical "News of the World" que o Governo está disposto a ajudar as famílias em dificuldades.
"Se não fizermos nada agora, a desaceleração será mais longa e mais severa", disse o chefe do Governo.

Carga tributária teve alta de 10,3% até outubro

Gazeta Mercantil
24/11/2008
O carga tributária no Brasil teve um crescimento de 10,3% até outubro de 2008, segundo estimativa do especialista em finanças públicas, Amir Khair. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve um crescimento real de 12,4%. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual registrou até setembro o crescimento acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 13,2%, superando o crescimento ocorrido no conjunto das receitas da União que foi até setembro de 9,9%.
O aumento da arrecadação, segundo Khair, ocorre em função do crescimento econômico, que eleva o faturamento e o lucro das empresas e a massa salarial acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, reduz a sonegação e a inadimplência. "O setor público pega carona nos tributos, que são proporcionais a essas elevações", explica. Quanto às alterações na legislação tributária, Khair destaca a extinção da CPMF, o aumento das alíquotas do Imposto sobre IOF, a expansão da alíquota da CSLL, de 9% para 15%, incidente sobre as instituições financeiras e a redução de alíquota da Cide incidente sobre gasolina e o diesel.
"Para efeito de projeções excluímos para a União o mês de janeiro de 2008, que foi atípico, comparando as arrecadações de fevereiro e outubro de 2008 e 2007. Projetando as tendências já registradas para União e estados e as previstas para municípios, a carga tributária se elevaria em 0,6% passando de 35,32% em 2007 para 36,01% em 2008. A União contribuiria com 0,26%, os Estados com 0,40% e os Municípios com 0,03%".

Brasil e México serão 'prioridades' de Obama

BBC Brasil
24/11/2008
O Brasil e o México serão "as prioridades" do governo do presidente Barack Obama na América Latina, de acordo com a edição desta segunda-feira do jornal argentino, La Nación.
O diário diz que isso é o que "afirmam seus (de Obama) assessores para a região", e antecipa que, segundo suas fontes, o atual subsecretário de Estado para as Américas, Tom Shannon, um diplomata de carreira, "tem seu nome nas listas provisórias como embaixador no Brasil ou no México" no governo Obama.
Como evidência da atenção às duas nações latino-americanas, o La Nación diz que "de Chicago, onde passa seus dias junto a sua equipe de transição, Obama conversou por telefone com os presidentes de ambos os países, Luiz Inácio Lula da Silva e Felipe Calderón, em sua primeira rodada de contatos com líderes internacionais".
"Dias depois, continuou (os contatos) com Cristina Fernández Kirchner (presidente da Argentina) e o colombiano Álvaro Uribe."
Mas Obama "não falou (...) com (o presidente da Venezuela) Hugo Chávez, a quem criticou durante a campanha e durante seu trabalho como senador, mas que também destacou como exemplo de um antagonista dos Estados Unidos com quem estaria disposto a dialogar, ao contrário de Hillary Clinton, que provavelmente será sua secretária de Estado".
O jornal diz que "a viagem para o Brasil, segundo rumores em Washington, poderia se concretizar numa escala antes ou depois da Cúpula das Américas, que se realiza em Trinidad e Tobago, entre 17 e 19 de abril próximo".
Segundo La Nación, a lista de nomes para a equipe de Obama para a região "inclui vários ex-funcionários de (gestão do presidente) Bill Clinton, como Arturo Valenzuela, Nelson Cunningham, Frank Sánchez e Robert Gelbard, entre muitos outros".
"Além disso, (poderia incluir) especialistas em América Latina como Julia Sweig, e inclusive figuras republicanas como Carl Meacham, que trabalha para o senador Richard Lugar no Comitê de Relações Exteriores."

BID alerta para forte recessão na América Latina em 2009

Para Santiago Levy, mercado de trabalho 'ficará praticamente parado'.
Instituição destinará US$ 6 bilhões para financiar os setores produtivos.
France Presse
24/11/2008
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) previu neste domingo (23) uma forte recessão na América Latina em 2009, com quedas nas arrecadações e aumento do desemprego. Frente a esse cenário a instituição destinará US$ 6 bilhões para financiar os setores produtivos.
"A América Latina enfrentará uma crise muito distinta das do passado (...). Enfrentamos um período de estancamento no crescimento global, pelo menos em todo o ano de 2009 e possivelmente no primeiro trimestre de 2010", explicou Santiago Levy, vice-presidente do BID, em uma reunião em Santo Domingo.
Segundo Levy, neste período o mercado de trabalho "ficará praticamente parado", com o conseqüente aumento do mercado informal.
Diante dessas expectativas, o BID decidiu reorientar 6 bilhões de dólares, previstos para outras operações de assistência neste contexto de crise, para incentivar a produção da região.
"O objetivo é fazer os maiores esforços possíveis para manter o setor produtivo", acrescentou.

Democrats' Stimulus Plan May Reach $700 Billion

Spending Package Would Rival Financial System Bailout
By Lori Montgomery
Washington Post Staff Writer
Monday, November 24, 2008; Page A01
Facing an increasingly ominous economic outlook, President-elect Barack Obama and other Democrats are rapidly ratcheting up plans for a massive fiscal stimulus program that could total as much as $700 billion over the next two years.
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That amount, more than the nation has spent over the past six years in Iraq, would rival the sum Congress committed last month to rescuing the country's financial system. It would also be one of the biggest public spending programs aimed at jolting the economy since President Franklin D. Roosevelt's New Deal.
Hints of a hefty new spending program began emerging last week. New Jersey Gov. Jon Corzine (D), an Obama adviser, and Harvard economist Lawrence H. Summers, whom Obama has chosen to lead his White House economic team, both raised the possibility of $700 billion in new spending. Yesterday, Obama adviser and former Clinton administration Labor secretary Robert Reich and Sen. Charles E. Schumer (D-N.Y.) also called for spending in the range of $500 billion to $700 billion.
Transition officials would not confirm that they are considering spending of that magnitude, but they made clear that economic conditions are dire, and suggested that Obama might be forced to delay his pledge to repeal President Bush's tax cuts for the wealthy.
Last week, Goldman Sachs said it expects the economy to shrink even faster by the end of the year, at a 5 percent annualized rate. Meanwhile, the Dow Jones industrial average dropped 5.3 percent for the week; and the nation's largest bank, Citigroup, sought government assistance to avoid collapse.
While Obama has set a goal of creating or preserving 2.5 million jobs by 2011, his economic team -- whose members are scheduled to be formally introduced at a news conference today in Chicago -- have yet to decide how that would be accomplished or how much it would cost.
Still, Austan Goolsbee, a spokesman for Obama on economic issues who is in line to serve on the White House Council of Economic Advisers, yesterday acknowledged that Obama's jobs plan will cost substantially more than the $175 billion stimulus program he proposed during the campaign.
"This is as big of an economic crisis as we've faced in 75 years. And we've got to do something that's up to the task of confronting that," Goolsbee said on CBS's "Face the Nation." "I don't know what the exact number is, but it's going to be a big number."
Republicans quickly criticized the idea of such a vast initiative, saying Congress should instead cut taxes to spur economic growth.
"Democrats can't seem to stop trying to outbid each other -- with the taxpayers' money," House Minority Leader John A. Boehner (R-Ohio) said in a statement. "We're in tough economic times. Folks are hurting. But the American people know that more Washington spending isn't the answer."
With financial markets fluctuating wildly and unemployment rising, Democrats want to push a stimulus package through Congress in January and have it ready for Obama's signature when he takes office Jan. 20. Over the weekend, the president-elect announced that he had instructed his advisers to assemble a massive jobs program that also would make a "down payment" on much of his domestic agenda.
The plan would include new funding for public-works projects to repair the nation's crumbling infrastructure, as well as a fresh infusion of cash to promote green technology and alternative-energy sources. It also would include targeted tax cuts for working families, students, the elderly and job-creating businesses that Obama touted on the campaign trail.
It may not, however, include one of Obama's central promises: to repeal Bush's tax cuts for families earning more than $250,000 a year. Speaking on ABC's "This Week," David Axelrod, Obama's chief political strategist, said the president-elect is weighing whether to let the cuts for the wealthy expire on Dec. 31, 2010, as provided in current law. Such a delay would permit Obama to avoid raising taxes during a recession.
"He's committed to getting middle-class tax relief in the pipeline quickly, and there's no doubt that we're going to have to make some hard decisions in order to pay for the things we need, whether it is through repeal of those tax cuts for the very wealthiest or whether we simply allow it to -- allow those cuts to expire in 2010," Axelrod said.
The projected cost of an economic stimulus package has been rising steadily as economic conditions have worsened. Economists who were calling a few months ago for $150 billion in government spending to offset flagging demand elsewhere in the economy are now pushing for $500 billion or more. Adding tax cuts to the package is expected to increase its cost to the Treasury by as much as $200 billion, Democrats said.
Even some conservative economists have endorsed the larger numbers.
Harvard economist Martin Feldstein, the former director of the National Bureau of Economic Research and an adviser to Sen. John McCain's (R-Ariz.) presidential campaign, said he thinks the government should spend "a minimum of $300 billion a year for at least the next two years."
"The cumulative multi-year deficit would have to be about $700 billion or even more," Feldstein said in an e-mail yesterday.
Reich, speaking on CNN's "Late Edition," said the middle class is being squeezed by mountains of personal debt, plummeting home values and a vast tightening in available credit. As a result, he said, "there's not enough buying power in the economy," forcing the government to step in as "the spender of last resort."
In an interview, Schumer said the nation is on the brink of the same kind of deflationary spiral that pushed down prices, closed businesses and obliterated jobs during the Great Depression.
"The economy is in worse shape than people think," Schumer said. "The safest thing is to do anything you can to avoid deflation."
Even House Speaker Nancy Pelosi (D-Calif.), whose aides have in recent weeks balked at suggestions that Democrats might spend as much as $300 billion, conceded yesterday on "Face the Nation" that the price of a stimulus package is likely to be "in the several hundred billion dollar category."
There are downsides to such a dramatic increase in government spending, especially at a time when the annual federal budget deficit already is spiraling toward $1 trillion -- about 7 percent of the gross domestic product -- a level not seen since the end of World War II. Increasing the deficit means increasing the national debt, which eventually will have to be repaid, with interest, to largely foreign creditors. It also means the nation will be even less prepared to cover the skyrocketing costs of Medicare and Social Security as the baby boomer generation retires.
Washington also could overshoot its target, sparking rampant inflation when the economy recovers. Or the money could be poorly directed and fail to efficiently stimulate the economy.
"The 1930s recession became the Great Depression because policymakers didn't take the necessary actions. Nobody wants to make that mistake this time around," said Jared Bernstein, a senior economist at the Economic Policy Institute who has been advising Democrats. "Is there a possibility that we could overshoot? Of course. But from what I've seen, the danger is not doing enough."

A British Lesson on Auto Bailouts

The New York Times
By NELSON D. SCHWARTZ
Published: November 17, 2008
PARIS — A faltering auto giant whose brands are synonymous with the open road. Hundreds of thousands of unionized workers with powerful political backers. An urgent plea for the government to write a virtual blank check.
This is not the story of Ford and General Motors, but British Leyland, a car company that went through £11 billion of inflation-adjusted British taxpayer money, or $16.5 billion, in the ’70s and ’80s before going out of business. All that is left of the company now are memories of cars like the Triumph, and a painful lesson in the limited effectiveness of bailouts.
“It’s all too evocative,” said Leon Brittan, a top official in the government of Margaret Thatcher, the free-market-minded prime minister who nevertheless backed the rescue. “I’m not telling the U.S. what to do, but the lessons of the British experience is don’t throw good money after bad. British Leyland carried on for a few more years, but they’re not there now, are they?”
Other experts are sounding the same alarm. “The British Leyland experience is a relevant and cautionary one,” said John Casesa, a principal in the automotive consulting firm Casesa Shapiro Group in New York. “The government got in the business of trying to make a winner out of a structurally flawed company. That’s the risk in the U.S. as well.”
Though Continental automakers have fared better than British ones, Mr. Casesa argues that the long history of government support in Europe made companies like Renault and Fiat strong players in their home markets, but not worldwide.
“With the exception of BMW and Mercedes, European automakers haven’t been globally successful,” he said. “Nor have they been hugely profitable.”
That comparative history is receiving new attention as Congress turns its attention this week to the fate of Detroit.
The British Leyland bailout remains the classic example of a futile government intervention. The tight cooperation between governments and automakers on the Continent has produced happier results.
For half a century after World War II, the French government was the majority stakeholder in Renault, and Paris still holds a 15 percent stake in the company. In the 1980s, the company received a bailout equal to nearly 4 billion euros, or $5.1 billion in today’s money. Now it is highly profitable — at least compared with its American counterparts.
Today, G.M.’s German subsidiary, Opel, is appealing to Berlin for help, seeking more than 1 billion euros in credit guarantees, according to Carl-Peter Forster, G.M.’s European chief.
Monday, Chancellor Angela Merkel of Germany said her government would make a decision before Christmas.
“It’s not decided yet whether these loan guarantees will become necessary,” Mrs. Merkel told reporters in Berlin after meeting with Mr. Forster and other management and labor officials.
“If these guarantees become necessary, those funds should remain within Opel” in Germany, she added, echoing a concern some Americans have expressed that any United States bailout money go only to American automakers.
So far, Asian companies have not complained that such a bailout would amount to an anticompetitive subsidy. But José Manuel Barroso, president of the European Commission, said last week that he thought an aid package for Detroit could be “illegal” under World Trade Organization rules.
That has not stopped European automakers from seeking 40 billion euros in loans from the European Investment Bank, ostensibly to help develop cleaner cars.
For Garel Rhys, head of the Center for Automotive Industry Research at Cardiff University in Wales, the trajectory of General Motors is reminiscent of British Leyland not only because of the former’s decision to seek aid to avert bankruptcy, but also for its slow, seemingly inexorable loss of market share. “Both had a history of being the biggest in their market but couldn’t adapt as they lost sales,” he said. “They couldn’t get customers back.”
Historically, British Leyland’s roots stretched back further than Henry Ford’s Model T. The company controlled 36 percent of the British market well into the 1970s, with mass-market brands like Austin and Morris and premium lines like MG and Jaguar. But rising competition from Japanese and German automakers, shoddy workmanship and a breakdown in labor relations brought the company to near bankruptcy by 1975, Mr. Rhys said.
Michael Edwardes, who took over as British Leyland’s chief executive in November 1977, recalled that when he joined, no one even knew whether individual brands were profitable. “It was a farce — no one knew what the costs were,” he said.
As it turned out, every MG the company sold in the United States resulted in a loss of $2,000 for British Leyland.
Wildcat strikes consumed more than 32 million worker-hours in 1977, and the company became a symbol of labor strife, with some employees walking out the door with spark plugs in their coat pockets and engines in the trunks of their cars, Mr. Edwardes said.
Mr. Edwardes immediately began reducing the company’s work force of roughly 200,000 — to 104,000 within five years — and closing 19 factories. He appealed to the Thatcher government for aid, arguing the money was needed if British Leyland was going to be able to afford to lay off workers while investing in new models.
Eventually, the government put up £3.6 billion, equal to £11 billion in today’s money. But the rescue did not do much to preserve British Leyland’s labor force or market share in the long term.
By the time it received its last government infusion of cash in 1988, Mr. Rhys said, British Leyland’s market share had slumped to 15 percent. British Leyland evolved into MG Rover, which was eventually acquired by BMW, then spun off, finally going bankrupt in 2005.
According to Mr. Rhys, just 22,000 workers remain at British Leyland’s successor companies, about 10 percent of its work force in the mid-1970s.
“It was a very poor return,” he said. “We felt collectively and nationally that we got our fingers burnt, and this was always used as a reason to avoid bailouts, both by Labor and Conservative governments in Britain.”
Mr. Edwardes still defends the government aid, arguing it preserved parts of the company that remain in business now — like Jaguar and Land Rover, which were bought by Ford.
Jaguar never made a profit for Ford, however, and was sold with Land Rover to Tata Motors of India earlier this year. Ford recouped only about half of what it paid to acquire the two brands, and is estimated to have poured $10 billion into Jaguar.
Despite the British experience, the case of Renault, which combined fresh money and new management in the 1980s, showed that government bailouts can be beneficial.
The French government help for Renault also came amid increasing losses for the company. But Mr. Rhys said that unlike British Leyland, Renault was able to use the financing to create new car models that were ultimately successful. That, along with tough cost-cutting by a newly installed chairman, cleared the road to profitability by the time the government began privatizing Renault in the 1990s.
If Washington does go ahead and help Detroit, Mr. Edwardes said, it is crucial that the government overhaul the management of the Big Three. “Throwing money at them isn’t enough,” he said. “They need money and they need new management. They need both, not one or the other.”

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Arrecadação ignora crise e bate recorde

Banco do Brasil acerta compra da Nossa Caixa por R$ 5,3 bi

Brasil e China 'emergem como modelos de estabilidade'

Mercosul protecionista

Condições nos mercados dos EUA estão melhorando, afirma presidente do Fed

Lucro de empresas cai até 60% no terceiro trimestre

Montadoras pedem plano de ajuda ao Senado dos EUA

Reservas internacionais recuam para US$ 204,499 bilhões

Venda no varejo ainda não mostra efeito da crise, diz IBGE

Alta do dólar já pressiona indústria

Em dois meses, o dólar avança 34% e provoca a maior pressão de preços sobre a indústria desde fevereiro de 2005
O Estado de São Paulo / Alessandra Saraiva, Leandro Modé e Silvana Rocha
21/11/2008
Quatro leilões do Banco Central (BC) foram insuficientes para impedir uma nova alta do dólar ontem. Na véspera do feriado no Rio e em São Paulo, entre outras cidades, a moeda americana subiu 2,58% e fechou cotada a R$ 2,385, maior valor desde maio de 2006. De meados de setembro - quando a crise financeira global se aprofundou - até ontem, o dólar avançou 34%.
Profissionais do mercado financeiro explicaram que pesaram sobre o mercado de câmbio as informações negativas a respeito da economia americana, os ganhos do dólar ante outras moedas, a preocupação cada vez maior com a saúde dos países emergentes (em especial, Rússia e Turquia) e as compras de empresas brasileiras para cobrir perdas com os derivativos tóxicos.
“Com essa trajetória de alta, empresas que estavam mais tranqüilas com o dólar a R$ 2,10, R$ 2,20, voltam a ficar preocupadas”, disse o vice-presidente da mesa de operações do banco WestLB, Alexandre Ferreira. Apesar de todos esses fatores, ele vê um certo exagero na desvalorização do real.
Segundo ele, do fim de agosto para cá, o dólar ganhou 46% ante o real, 32% ante o dólar australiano, 28% ante o peso chileno, 45% diante da lira turca e 27% em relação ao dólar da Nova Zelândia. São todos países emergentes, a maioria de exportadores de commodities, como o Brasil. Com a crise, os preços desses produtos despencaram, o que reduzirá suas receitas de exportação e, por tabela, derruba as moedas nacionais.
Houve, também, quem atribuísse as perdas do real ontem a um movimento especulativo, que estaria sendo alimentado involuntariamente pelo BC com os leilões de swap reverso - operação na qual o BC vende às instituições financeiras um papel que lhes dá direito a receber um determinado valor, em reais, corrigido pelo dólar dentro de um período de tempo. O BC, em contrapartida, adquire o direito de receber determinado valor corrigido pela taxa de juros.
Segundo um operador, a ampliação dos ganhos do dólar não resultou de um fluxo financeiro negativo ou demanda de investidores para hedge (proteção). Refletiu um aumento de posição comprada no mercado futuro de dólar na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que seria estimulada pelos leilões do BC. “Será que há necessidade de venda de tanto swap cambial? Aparentemente, não há no mercado necessidade de hedge. O BC está dando lucro para os bancos”, observou.
A alta da moeda americana já se reflete nos preços. A inflação do setor industrial atingiu em novembro sua taxa acumulada mais alta em mais de três anos por causa do aquecimento da demanda no início do ano e pela disparada da cotação do dólar nos últimos dois meses.
Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Estado mostra que, até a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de novembro, os preços no setor subiram 16,36% em 12 meses, a maior variação desde fevereiro de 2005 (17,51%) - ano que marcou a mudança de nível das commodities metálicas, com reajuste de 71,5% do minério de ferro.
A inflação industrial até novembro está acima dos resultados consolidados, no mesmo período, dos três segmentos que compõem o IGP-M: atacado (14,75%), varejo (5,84%) e construção civil (12,29%). Foi superior à média do IGP-M (12,34%).
Responsável pelo levantamento, o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, comentou que as razões que levaram a inflação do setor a subir de forma tão expressiva no primeiro semestre não são as mesmas que catapultaram os preços industriais nos últimos dois meses.
Ele lembrou que, no início do ano, o mercado interno apresentava sinais de forte aquecimento. No primeiro semestre, o câmbio permanecia “comportado”, situação completamente diferente da verificada nos últimos dois meses. “Há muito tempo isso não acontecia”, disse, referindo-se à intensidade da desvalorização cambial.
O analista do Modal Asset Tomás Goulart afirmou que o comportamento desses preços daqui para a frente dependerá muito do que vai ocorrer com o câmbio. “Creio que voltar a um nível de dólar abaixo de R$ 2 é quase impossível.” Para ele, a elevada cotação pode continuar justificando reajustes de preços de insumos industriais relacionados à moeda americana.