terça-feira, 7 de abril de 2009

Produção industrial aumenta em 9 regiões

Valor Online / Vanessa Dezem
07/04/2009
Na passagem de janeiro para fevereiro, a produção industrial avançou em nove das 14 regiões brasileiras pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo mês de 2008, no entanto, 13 localidades verificaram recuo de dois dígitos na produção industrial e apenas uma - o Paraná - apresentou expansão, de 1,5%.
Em fevereiro, o indicador regional ajustado sazonalmente teve forte avanço na Bahia, com crescimento de 13,7% na comparação com janeiro deste ano. Outros destaques foram o Espírito Santo, com alta de 8,3% na atividade fabril, e Minas Gerais, onde a produção industrial cresceu 5,7%, acima da média nacional (1,8%). Também registraram ampliação Paraná (5,7%), região Nordeste (4,1%), Rio Grande do Sul (1,6%), Pará (0,9%), Ceará (0,8%) e São Paulo (0,5%).
Entre as áreas com recuo na produção, ficaram Pernambuco, com queda de 5,6% e Santa Catarina, com baixa de 4,6%. A produção também caiu no Amazonas (-2,2%), no Rio de Janeiro (-1,7%) e em Goiás (-0,5%).
Considerando a comparação com fevereiro de 2008, a elevação de 1,5% na produção do Paraná "foi a única taxa positiva" entre os locais analisados. Naquela localidade, das 14 atividades pesquisadas, seis delas assinalaram taxas positivas, com edição e impressão (184,5%) apresentando a contribuição mais importante. "Este crescimento atípico foi explicado pelo aumento de encomendas governamentais de livros brochuras ou impressos didáticos para atender o início do ano letivo", sustentou o IBGE.
Nas demais localidades investigadas pelo organismo, houve queda na produção industrial, como noEspírito Santo, com recuo de 29,5%, principalmente devido ao comportamento das indústrias extrativas (-60,8%) e metalurgia básica (-32,7%). Também registraram declínio mais marcado do que a média nacional (-17%) as indústrias em Minas Gerais e Amazonas, onde a atividade diminuiu 26% e 20,8%, na ordem.

Economia mundial também dá sinais de recuperação

Dados nos EUA, China, Europa e Japão alimentam esperança de um segundo trimestre melhor
Portal EXAME
07/04/2009
É bastante comum que o fim de uma recessão seja previsto várias vezes antes que uma economia consiga realmente se recuperar. Dados divulgados na semana passada, entretanto, alimentaram a expectativa de que o fundo do poço já tenha sido atingido, o que pavimentaria o caminho para uma recuperação global em 2010.
A divulgação de que os Estados Unidos eliminaram 663 mil empregos em março foi a notícia negativa da semana. No entanto, os mercados preferiram olhar para o surpreendente crescimento das vendas do varejo nos Estados Unidos. Economistas estimam uma alta de 1% no consumo no primeiro trimestre. Além disso, as vendas de imóveis subiram nas últimas semanas, apesar de os preços continuarem em queda livre.
Na China, o indicador da atividade manufatureira voltou a indicar crescimento, após despencar no final do ano passado. Essa notícia é particularmente positiva para o Brasil - um grande exportador de commodities para a China - e teve importante participação na alta da Bovespa na semana passada.
Na Alemanha, gerou otimismo o bônus de 2.500 euros que será dado pelo governo para donos de veículos antigos comprarem modelos novos e menos poluentes. No Reino Unido, o crescimento da confiança dos empresários sugere uma queda menor do PIB no primeiro trimestre, segundo o banco Goldman Sachs.
Até mesmo no Japão, onde os recentes indicadores continuam muito ruins, existe a esperança que a economia comece a dar sinais de recuperação com o esgotamento do atual processo de redução de estoques.
A confirmação de que o segundo trimestre será melhor do que o primeiro vai depender de novos sinais de recuperação dos Estados Unidos e da China.
Os trilhões de dólares que serão injetados na economia pelos dois governos para combater a crise, a queda dos preços de energia e as condições mais favoráveis para o refinanciamento de hipotecas deverão começar a fazer seus efeitos. No entanto, a recuperação só será sustentável com o destravamento do crédito e o fim da eliminação de riqueza gerada pela queda das bolsas.

Comissão aprova nova regra para pauta de assembleia de acionistas

Agência Câmara
07/04/2009
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou na quarta-feira (1º) o Projeto de Lei 3804/08, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que obriga as companhias de capital aberto a divulgarem antecipadamente as pautas das assembleias para os acionistas. O objetivo é assegurar informações para que os acionistas possam decidir como votar nas deliberações.
O relator da proposta, deputado João Maia (PR-RN), recomendou a aprovação da proposta na forma de um substitutivo. De acordo com o texto aprovado, as informações de que trata o projeto deverão ser disponibilizadas no site da empresa na internet, para reduzir a burocracia e o impacto ambiental.
O substitutivo diz que essas informações deverão ser divulgadas juntamente com a convocação da assembleia. O texto original determina o envio de informações aos acionistas com, pelo menos, 30 dias de atencedência da reunião deliberativa.
O texto aprovado ainda estabelece que as informações também deverão ser encaminhas à Comissão de Valores Mobiliários, responsável pela regulamentação e fiscalização das companhias de capital aberto. O descumprimento poderá provocar a anulação de atos das assembleias.

Atividade do varejo cresceu 4,2% no 1º trimestre, diz Serasa

Setor de veículos, motos e peças liderou a alta em março.
No trimestre, impulso veio da alta de 8,8% do setor de móveis.
Agência Estado
07/04/2009
A atividade do comércio varejista no país cresceu 3,6% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta segunda-feira (6). A empresa chamou atenção para a desaceleração do setor, que havia registrado alta de 3,9% em fevereiro e de 5,1% em janeiro, em base anual.
Com o resultado, a atividade do varejo acumulou alta de 4,2% no trimestre em relação ao mesmo período de 2008.
Segundo o levantamento, o setor de veículos, motos e peças liderou a alta da atividade comercial em março, com expansão de 11,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em seguida, ficou o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática, com crescimento de 9,2%; varejo de combustíveis e lubrificantes, com aumento de 2,3%; tecidos, vestuários, calçados e acessórios, com elevação de 1,6%; e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, que registraram alta de 0,4%. Já o setor de material de construção apresentou recuo de 6,8%.
No trimestre, o resultado foi influenciado pela alta de 8,8% do setor de móveis, eletroeletrônicos e informática, e de 7,7% do ramo de veículos, motos e peças. Na outra ponta, houve quedas nos setores de tecidos, vestuários, calçados e acessórios e de material de construção, de 1,8% e de 8,1%, respectivamente.

Regra do CMN barra fundos de pensão

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados
07/04/2009
As empresas que pretendem acessar o mercado de capitais por meio da Instrução n 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não podem contar com um potencial investidor: os fundos de pensão.
A restrição está em uma outra norma, a resolução n 3.456 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece as regras na composição dos investimentos das fundações. A resolução proíbe ativos não registrados na CVM nas carteiras dos fundos, o que inclui, portanto, os títulos emitidos no âmbito da nova norma.
"Concordamos com a filosofia da instrução, mas para que os fundos de pensão possam investir será necessário fazer adaptações na resolução do CMN", afirma o secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena. As alterações, acrescenta, devem contemplar algumas adaptações para que as regras não entrem em conflito. "Enquanto a CVM permite que os títulos sejam negociados em mercado de balcão não organizado, as fundações só poderão operar com papéis registrados na Cetip ou na BM&F Bovespa", esclarece.
Segundo o secretário, as mudanças já estão em preparação e devem ser encaminhadas ao Conselho Monetário Nacional dentro dos próximos dois meses. Pena reconhece que as mudanças poderiam ter sido encaminhadas antes de as regras entrarem em vigor. Questionado por que isso não ocorreu, ele disse apenas: "pergunte para a CVM".

Brazil auto sales rise 36.2 pct in March-Anfavea

Mon Apr 6, 2009 12:43pm EDT
SAO PAULO, April 6 (Reuters) - Automobile sales in Brazil jumped in March for the fourth straight month, helped by government tax breaks that have allowed dealers to lower consumer prices, the national automakers' association Anfavea said on Monday.
Sales of new cars and trucks soared 36.2 percent to 271,400 units, following a 1 percent increase in February and a 1.5 percent rise in January.
On a year-on-year basis, sales rose 16.9 percent in March.
Auto production soared 34.2 percent in March from the previous month, but it was down 4 percent from March 2008.
Brazil, Latin America's largest economy, is a major market for global automakers such as Italy's Fiat (FIA.MI), Germany's Volkswagen AG (VOWG.DE), U.S.-based General Motors Corp (GM.N) and Ford Motor Co (F.N). Asian and French manufacturers are also increasingly relying on Brazil to offset slumping sales at home. (Reporting by Alberto Alerigi, Writing by Inae Riveras, Editing by Maureen Bavdek)