terça-feira, 28 de abril de 2009

DE - Aquecimento de mercado esquimós

Reforma tributária pode aumentar PIB em 11,8%, estima Appy

Agência Brasil
28/04/2009
A reforma tributária, em tramitação na Câmara dos Deputados, poderia causar um aumento de cerca de 11,8% no Produto Interno Bruto, ao final do prazo de transição, em 2021. A estimativa foi apresentada nesta segunda-feira (27) pelo secretário extraordinário de Reformas Econômicas e Fiscais do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, em seminário sobre o assunto realizado na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.
A reforma traria ainda, entre outros benefícios, o fim da guerra fiscal entre os estados e a simplificação do sistema tributário. Para acabar com a disputa de incentivos entre as unidades da federação, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deixaria de ser cobrado nos estados de origem dos produtos e passaria a ser arrecadado no destino das mercadorias.
Enquanto a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e o Salário Educação seriam fundidos em um único tributo, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), de modo a descomplicar as tributações.
No entanto, de acordo com o diretor do Departamento Jurídico da Federação das Indústria de São Paulo (Fiesp), Helcio Honda, o projeto apresentado desagrada ao setor. “Não é a reforma tributária que nós queremos”, enfatizou. Segundo ele o projeto não descomplica as regras de tributação e daria margem a aumentos abusivos das alíquotas do ICMS durante o período de transição do sistema tributário atual para o novo.
O representante da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo, Otávio Fineis Júnior, também demostrou preocupação sobre alguns pontos da proposta. Para ele, existem dúvidas quanto ao funcionamento do Fundo de Equalização, instrumento de equilíbrio na divisão da arrecadação entre os estados. Fines Júnior teme que haja penalisação de alguns estados pelas normas previstas na reforma. “São Paulo não pode arcar com os custos de qualquer reforma tributária”, afirmou.

Copom, Fed, PIB dos EUA e balanços movimentam a semana

Valor Online
28/04/2009
A última semana de abril reserva alguns dos eventos mais relevantes do mês. A quarta-feira centra as ações tanto em âmbito doméstico quanto externo, concentrando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a reunião do Federal Reserve (Fed), banco central americano, e o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre.
A semana também é pontuada por resultados trimestrais de empresas brasileiras e americanas. Por aqui, são aguardados os números da WEG, NET, Embraer, Daycoval, Lojas Renner, Romi, Santos Brasil, Usiminas, Confab, Totvs, Suzano Papel e Satipel.
No front externo, a atenção recai nos balanços da Verizon, BBVA, Bristol-Myers Squibb, Daimler, Deutsche Bank, Honda, Pfizer, ArceloMittal, Bayer, Sanofi-Aventis, SAP, Siemens, Time Warner, Visa, AstraZeneca, Basf, Colgate-Palmolive, Kellogg, Dow Chemical e Chevron.
A semana começa com fraca agenda de divulgação, reservando, apenas, uma nova rodada de previsões do boletim Focus do Banco Central e a variação semanal na balança comercial.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), merece acompanhamento os papéis da Perdigão e da Sadia. Na noite de sexta-feira, a Perdigão comunicou "que foram reiniciadas discussões com a Sadia, com o objetivo de verificar a viabilidade de uma associação entre ambas as companhias."
Vale lembrar que o papel PN da Sadia teve uma puxada de alta no pregão de sexta, subindo 13,86%, fechando a R$ 3,78. Já o ativo ON da Perdigão ganhou 3,46%, para R$ 31,25.
As ações da Vale e da CSN também concentram atenção. As empresas chegaram a um acordo para encerrar a disputa sobre o minério proveniente da mina de Casa de Pedra e sobre o descruzamento das participações acionárias entre as duas empresas, ocorrido em 31 e dezembro de 2000.
Na terça-feira, os agentes voltam-se para dados externos, com a divulgação do índice de confiança do consumidor americano em abril, medida pelo Conference Board. A quinta-feira reserva a renda e o gasto do americano e a evolução semanal nos pedidos por seguro-desemprego.
Já na sexta-feira, os mercados brasileiros não operam em função de feriado, mas, em Wall Street, os agentes recebem as encomendas à indústria, o indicador de atividade no segmento industrial e o índice de confiança medido pela Universidade de Michigan.

Consumo de energia no Brasil cai 0,4% em março, aponta EPE

Reuters
28/04/2009
O consumo total de energia elétrica em março de 2009 cresceu 5,2% em relação a fevereiro, somando 32.302 GWh. No entanto, em relação ao mesmo mês de 2008 houve decréscimo de 0,4%. Esta foi a menor retração verificada a partir de dezembro de 2008, mês em que o consumo total começou a cair, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em março, o consumo de energia elétrica na indústria, apesar de ter sido 10,5% inferior ao do mesmo mês de 2008, superou o de fevereiro último em 6,2%. Ainda segundo a EPE, essa taxa de crescimento do consumo da indústria no mês passado é praticamente o dobro da taxa média que tem sido verificada nos últimos anos.
O segmento do consumo livre industrial, que desde outubro de 2008 apresentava mês a mês valores decrescentes no consumo de energia, reverteu sua trajetória e passou a crescer, indicando aumento de 7,9% na comparação com fevereiro.
As classes residencial e comercial apontaram crescimentos superiores a 10% no Sudeste, influenciando os resultados nacionais, com aumento de 10,3% no consumo residencial e de 8,6% no comercial.
Para o consumo residencial, os crescimentos na região Sudeste foram de 7% em São Paulo, 22% no Rio de Janeiro, 16% em Minas Gerais e 18% no Espírito Santo.

Apesar da crise, consumo deve crescer no Brasil, mostra pesquisa

Consumo dos brasileiros chegará a R$ 1,863 trilhão este ano.
Classe A1 foi quem perdeu o maior potencial de consumo.
Agência Estado
28/04/2009
Crise, desemprego, falta de investimento privado, excesso de endividamento, aumento da inadimplência. Esse cenário não será suficiente para derrubar o consumo dos brasileiros ao longo deste ano. É o que constata o instituto de pesquisas Target Marketing, segundo dados do IPC-Target do Brasil em Foco 2009.
De acordo com o estudo da Target, o consumo dos brasileiros chegará a R$ 1,863 trilhão este ano. O aumento de 1,6% será pequeno em relação a 2008, mas não deixa de ser uma boa notícia diante de um cenário econômico tão incomum como o que se viu nos últimos seis meses. As despesas das famílias, aponta a pesquisa, crescerá mais do que o Produto Interno Bruto (PIB), que segundo o Banco Central (BC) tem previsão de aumento de 1,2% em 2009.

China steelmakers, miners agree iron ore price cut

Tue Apr 28, 2009 12:09am EDT
BEIJING, April 28 (Reuters) - China's steel makers and global miners have agreed to cut term iron ore prices sharply, an industry body said on Tuesday. Luo Bingsheng, deputy head of the China Iron and Steel Association (CISA), told reporters that parties had agreed to cut iron prices for supplies under the new annual deal, but he did not give further details on the size of the cuts.
(Reporting by Shao Xiaoyi and Chen Aizhu, Editing by Jacqueline Wong)

UPDATE 2-Brazil vows fiscal discipline despite revenue fall

Mon Apr 27, 2009 12:03pm EDT
(Adds details on excluding Eletrobras from budget surplus target)
By Walter Brandimarte
NEW YORK, April 27 (Reuters) - Brazil's government will see its revenues declining 6 percent this year, but will not relax its grip on fiscal accounts as as the country heads into presidential elections in 2010, Planning Minister Paulo Bernardo said on Monday.
"There is no reason to believe that we will loosen our fiscal accounts in 2010 because of the elections," Bernardo told investors in New York, arguing that the government maintained fiscal discipline during President Luiz Inacio Lula da Silva's re-election campaign in 2006.
Government revenues will decline this year as a result of the economic slowdown and recent tax cuts adopted by the government to support the economy.
"But if we hadn't cut taxes, we would probably see revenues falling even more this year," Bernardo said during the conference, organized by the Brazilian-American Chamber of Commerce.
He added that President Lula has requested more tax cuts to support specific sectors of the economy, but refused to give details.
Brazil this month cut taxes on a range of domestic appliances and construction materials for a three-month period. Earlier this year, the government had already cut industrial taxes for the automobile industry, which has helped boost sales.
Bernardo said government revenues have fallen by 16 percent during the first two months of the year, compared with the same period a year ago. In March, however, the decline was 9 percent, he added.
The government is also studying to increase a so-called CIDE economic domain tax on fuel sales when state-owned oil firm Petrobras (PETR4.SA) implements an expected cut in oil prices, Bernardo said.
Bernardo added that Eletrobras (ELET6.SA) could be the next state-owned firm after oil company Petrobras to be excluded from the government's primary surplus target, if it improves its corporate governance.
According to the minister, such a move would make sense because the budgets of Petrobras and Eletrobras are not linked to the government budget.
"We cannot use their budget to pay government debt," he said.
The primary budget surplus represents excess revenue over spending before interest payments are taken into account. It is seen by investors as a gauge of a country's debt service capacity. (Editing by Walker Simon)