quinta-feira, 12 de março de 2009

Brasileiro pagou, em média, R$ 5,5 mil em impostos em 2008, diz pesquisa

Carga tributária subiu para 36,56% do PIB, segundo o IBPT.
Previsão é de queda da arrecadação neste semestre.
G1
12/03/2009
Apesar da queda da arrecadação de impostos no mês de dezembro, a carga tributária brasileira voltou a subir no ano passado, alcançando 36,56% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, de R$ 2,889 trilhão. No ano anterior, havia ficado em 35,54%, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
O total arrecadado somou R$ 1,056 trilhão, frente a R$ 923 bilhões no ano anterior, uma alta de 14,43%. Valor que, de acordo com o IBPT, corresponde a uma média de aproximadamente R$ 5.572 em impostos pagos por cada brasileiro – um acréscimo de 13,24%, ou R$ 652,00, na carga tributária per capita em relação a 2007.
Entre as esferas de governo, os municípios registraram a maior alta na arrecadação, de 20,64%, para R$ 8,02 bilhões. Nos estados, a alta foi de 15,66%, para R$ 36,55 bilhões. Já a arrecadação federal cresceu 13,63%, para R$ 88,70 bilhões.
O estado que teve maior aumento de arrecadação em 2008 foi o Mato Grosso do Sul, cujo crescimento foi de 38,49% comparando a 2007, e o único que apresentou queda de arrecadação foi o Distrito Federal, com menos 6,43%.

Brasil é o segundo país mais atingido pela crise, diz Fiesp

Agência Brasil
12/03/2009
Um estudo apresentado nesta quarta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo diz que o Brasil é o segundo país mais prejudicado pela crise internacional. Em comparação com vários países, entre os quais Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Canadá, China, México e Coréia, o Brasil foi o que apresentou maior retração acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) desde o início da desaceleração da economia mundial.
De acordo com a pesquisa, o Brasil acumulou queda de 5,3 pontos percentuais do PIB (soma de todos os bens e riquezas produzidos no País) desde que a crise começou a afetar seu crescimento, no fim do ano passado. De um crescimento de 1,7% ocorrido no terceiro trimestre de 2008, o País apresentou variação negativa do PIB de 3,6% do quarto trimestre.
Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram diferença acumulada de 2,8 pontos percentuais negativos. De um crescimento de 1,2% no terceiro trimestre de 2007 - o último antes do início da desaceleração - o país fechou o quarto trimestre de 2008 com queda de 1,6% no PIB. No Japão, a variação foi negativa em 4,2 pontos percentuais e na Zona do Euro, de menos 2,2 pontos.
Levando em consideração as premissas do estudo, o Brasil só tem melhor resultado do que a Coréia, que acumula diferença de 7,2 pontos percentuais. O resultado, porém, foi acumulado em quatro trimestres de retração da economia. No Brasil, isso ocorreu em um trimestre.
"O que sente a sociedade são os pontos percentuais de queda do PIB", afirmou Francini, um dos responsáveis pelo estudo. "O Brasil, em termos de amplitude e em termos de prazo, não tem paralelos."

Brasil e Argentina acirram luta comercial, diz El País

Terra
12/03/2009
O Brasil e a Argentina acirraram os ânimos frente à crise econômica global, assim como em questões esportivas, segundo uma matéria publicada no jornal espanhol El País, nesta quinta-feira. O artigo afirma que os argentinos não diminuem as barreiras comerciais e que o Brasil não acata as queixas de seus empresários.
Segundo o jornal com a situação econômica piorando, volta o protecionismo como resposta a queda no número de empregos, o que teria feito com que o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, tivesse aumentado os impostos para centenas de produtos brasileiros.
Os dois líderes mantém uma cultivada aliança política dentro do Mercosul, mas não conseguem evitar os conflitos comerciais, disse o El País. A dinâmica parece ser a mesma dos últimos anos: os industriais pedem ao governo argentino proteção contra o gigante Brasil, os empresários brasileiros se queixam para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não faz muita coisa porque considera que o país deve ceder se quiser fortalecer a relação bilateral, diz o El País.
Mas, em tempos de crise, o Brasil não tem a mesma aceitação às barreiras comerciais e a Argentina não pode se omitir ao déficit comercial com seu principal sócio nos últimos seis anos de expansão, com as quedas nas exportações de ambos os países terem chegado a 40%, em comparação ao primeiro bimestre de 2008, diz o jornal.

UPDATE 2-Brazil slashes rates by 150 bps as economy slumps

Wed Mar 11, 2009 7:29pm EDT
(Adds commercial bank rate cuts and analyst comments)
By Ana Nicolaci da Costa
BRASILIA, March 11 (Reuters) - Brazil's central bank slashed interest rates on Wednesday by 1.5 percentage points, the largest rate cut in more than five years, in a bid to prevent Latin America's largest economy from slipping into recession.
The bank's monetary policy committee, known as the Copom, voted unanimously to slash the so-called Selic rate to 11.25 percent from 12.75 percent. It was the second time this year the bank slashed borrowing costs.
"The committee will follow the evolution of the future trajectory of inflation until its next meeting, taking into account the speed of the adjustment of the benchmark interest rate and its cumulative effects, to then decide the next steps in its monetary policy strategy," the Copom said in a short statement.
The rate cut extended an easing cycle that started in January, when the Copom lowered the Selic by 100 basis points. The last time the Selic stood at 11.25 percent was between September 2007 and April 2008.
The rate cut came one day after Brazil reported its economy shrank 3.6 percent in the fourth quarter of last year, the largest quarter-on-quarter contraction since 1996.
Economists say the grim economic data, coupled with recent indicators showing inflation under control, mean the central bank has plenty of room to keep slashing rates in the coming months to boost the economy.
Armando Monteiro Neto, president of the National Industry Confederation, said the reduction did not go far enough.
"It's urgent that (the central bank) adopts a more aggressive stance, with rate reductions compatible with the necessities of the moment," he said. "It is necessary to bring the Selic rate to one-digit levels."
Octavio de Barros, chief economist of Bradesco, predicted the Selic rate would fall as far as 9.25 percent by the end of the year.
The rate reduction inspired various Brazilian banks, such as Unibanco (UBBR11.SA) ,Bradesco (BBDC4.SA), Itau (ITAU4.SA) and Banco do Brasil (BBAS3.SA) to reduce the rates they charge on their personal and corporate loans.
Sixteen of 20 economists surveyed by Reuters on Tuesday had predicted that the central bank would cut rates by 150 basis points.
On Tuesday, President Luiz Inacio Lula da Silva vowed that Brazil would be one of just a handful of economies in the world to grow in 2009. But some economists now say the South American giant could finish the year with zero growth, and on Wednesday a World Bank official said Peru is the only country in Latin America likely to escape a recession in 2009. (Editing by Leslie Adler)

Brazil to ask for more financial regulation at G20: Mantega

Tue Mar 10, 2009 9:21pm EDT

BRASILIA (Reuters) - Brazil will propose greater regulation of international capital flows at the G20 meeting, Finance Minister Guido Mantega said on Tuesday, in an attempt to iron out global capital imbalances.

Mantega said an important problem for the world economy at the moment is that the crisis created an imbalance in capital flows, which is also jeopardizing international trade.

Large capital flows to the United States for example is boosting the U.S. dollar and hurting exports, while emerging markets have less means to buy in the international market, he said.

"The countries with excess (capital) can put the resources in the International Monetary Fund and the IMF could then place these resources in emerging (markets), or those lacking resources," Mantega told a press conference in Brasilia.

"In this way you would re-balance the international economy, these financial resources could finance imports, (and act as) credit to international trade, reestablishing activity levels in the global economy."

(Reporting by Ana Nicolaci da Costa)