quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Liderar sem cargo é possível?

Ivan Postigo

Abra uma revista, um jornal, assista uma entrevista e verá que sempre estará esbarrando no tema liderança.
Liderança muitas vezes é confundida com comando. Comando, não no sentido espontâneo, mas delegado.
Liderança, como dom, sempre é apresentada e pintada com belas cores, encontra muitos defensores, soa bem em cursos, palestras, workshops, debates, resta saber se é aceita e desejada.
Reflitamos, você não precisa contar para ninguém o resultado, então porque não ir em busca da verdade?
Você trabalhou duro durante anos, estudou , ficou até tarde na escola e na empresa, um belo dia recebe a tão esperada promoção. Virou gerente.
Algumas pessoas aplaudiram, outras torceram o nariz, você acabou reformulando a equipe, contratou uns, dispensou outros, enfim ajustou seu time.
Hoje dita o ritmo, bate o tambor e todos respondem no mesmo passo. Ótimo, tudo está uma maravilha, como você tanto desejou.
Na verdade, talvez, não!
Um de seus contratados tem boa experiência, uma facilidade enorme para fazer o trabalho, é comunicativo, ajuda todo mundo, costuma ter idéias incríveis, é persuasivo, tem o dom da liderança e está sempre envolvido em projetos novos.
Os outros gerentes, seus pares, o elogiam sempre e vivem pedindo opiniões a esse talento que desponta.
O trabalho do seu comandado está mais do que em dia e nesse sentido você não tem motivos para aborrecimentos. Acontece que ele passou a ser convidado para ir à reuniões, os diretores sempre o consultam, ele se tornou o centro das atenções.
Algumas das sugestões que você apresentou nessas reuniões foram superadas pelas de seu comandado, com justiça, afinal eram melhores e mais sensatas, e cada dia mais seu networking se fortalece.
Os trabalhos em grupo dificilmente não contam com sua presença ou até mesmo sua coordenação.
Pelos cantos já se ouve o interesse em delegar uma gerencia a esse recém-chegado, objetivo que você atingiu depois de percorrer uma longa estrada.
Nas reuniões com sua equipe, com méritos ele tem se tornado o centro das atenções, ouve, apresenta sugestões, resume bem o assunto, encaminha os soluções, e em alguns momentos ele tem o controle total do grupo.
Não raro você é um coadjuvante no processo.
Você aceitaria essa liderança sem qualquer contestação? Seria capaz de elogiá-la e ajudá-lo a crescer na empresa ou isso o incomodaria e seria motivo para algum rancor?
Segundo alguns amigos talvez até aceitassem, mas certamente o couro de tambor romperia .
Um, quando fizemos essa brincadeira, foi taxativo : Nem morto!
Tivemos opiniões do tipo: Isso não existe, ninguém consegue ser tão perfeito.
Uma outra opinião: Ajudaria sim, assim afastaria o perigo mais rápido.Perder meu cargo, heim?
Tivemos opiniões favoráveis, mas algumas o grupo não achou muito sinceras!
Numa contagem apertada acho que teríamos 50% dizendo que aceitaria e a outra metade se sentido extremamente desconfortável.
Para encerrar o assunto e acabar com a barulheira das conversas paralelas algum propôs a seguinte pergunta : - Liderança nas empresas, sem cargo, é possível?
Rapidamente ouvimos alto e em bom som : Depende........
Resumo da ópera ou do grupo: Teoricamente sim, mas na prática depende!
Você o que acha? Desculpe, não precisa responder, esse era nosso trato.
Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Lojas multimarcas – Um espaço cada vez mais disputado

Ivan Postigo

O mercado brasileiro sempre demonstrou grande interesse pelo consumo de marcas famosas, mas poucas aqui foram criadas com potencial para romper fronteiras. Ao se consolidarem nos mercados do mundo e serem procuradas, essas marcas adquirem valores substancias, valorizando produtos que as ostentam e as empresas que as têm sob seu domínio. As marcas que se destacam também colocam em evidência seus consumidores, razão pela qual são procuradas, independente dos valores envolvidos para sua aquisição. O mercado diferencia marca de griffe, estabelecendo classes para produtos. Grifar é destacar, no texto, uma palavra ou frase. Conta a história que a palavra, como hoje é usada, vem de um impressor alemão chamado Sebastian Gryphe, que inventou a moda na cidade de Lyon, na França, em 1528. Seu sobrenome também originou a palavra griffe, que se refere a marcas de prestígio no mercado. Diz-se que a palavra “griffe”, tinha uma definição diferente em 1951: “fita costurada no interior de uma peça de roupa, com o nome do costureiro ou estilista.” Ou, de uma forma mais simples, Griffe", em francês significa uma marca de personalidade. Fato é que nos últimos anos muitas lojas mutimarcas passaram a vender produtos com suas marcas, reduzindo o espaço para fabricantes tradicionais e novos investidores. Muitas lojas ou rede de lojas, devido ao sucesso obtido, passaram a trabalhar exclusivamente com sua marca, hoje consideradas griffes, atendendo as expectativas de um grupo seleto de consumidores. Cada vez mais os produtos chegam ao mercado com excelência em qualidade, sem que grandes diferenças sejam notadas, portanto o serviço que a marca presta é o único recursos para diferenciá-los. O número crescente de concorrentes com maior oferta de produtos encontra cada vez menos espaço para penetração nas lojas multimarcas. O revendedor ou lojista hoje pode trabalhar com o estoque das fábricas, escolher aquelas que melhor se identificam com o seu público, que desenvolvem um trabalho de parceira que lhe facilita a venda e , consequentemente, lhe dá maior retorno. Os consumidores dizem o tempo todo aos fabricantes “ nos dêem bons motivos para comprar seus produtos”, enquanto os lojistas fazem coro dizendo, “nos dêem bons motivos para colocá-los em nossas lojas”. Melhorar a comunicação com os lojistas, preparar a equipe de representantes comerciais, treinar os balconistas das lojas, informar o consumidor com cartazes no ponto de venda, em outdoor, em revistas, tem sido caminhos trilhados pelos fabricantes com maior freqüência em busca da preferência por seus produtos. É verdade que muitas empresas desenvolvem esse tipo de comunicação de forma esporádica e pouco planejada. Muitas ao obterem algum sucesso reduzem as verbas de comunicação e em pouco tempo são esquecidas, necessitando um volume maior de recursos para retomar o espaço perdido, quando o conseguem. Cada ponto percentual de espaço ocupado no mercado é resultado da conquista de um pequeno lugar na mente do consumidor, exigente, crítico, que procura os produtos nas lojas de sua preferência. Fabricante, hoje cuidar só do produto não é mais suficiente, você terá que ganhar a simpatia e interesse do publico consumidor e espaço nas lojas multimarcas, cada vez mais disputados. Ao planejar suas ações de comunicação para 2.009 é importante não só considerar novos espaços a conquistar, mas avaliar a retomada do espaço perdido em 2.008.

Ivan Postigo
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Uma velha lição de marketing que gera resultados extraordinários

Ivan Postigo

Dois irmãos, Hércules e Herculano, sócios em uma empresa, não se entendiam. Haviam tentando inúmeras formas de gestão, mas tinham idéias muito diferentes de como administrar o negócio, como viam que os choques acabavam afetando as relações familiares decidiram dividir o patrimônio.
Para evitar problemas decidiram que não falariam de negócios quando se encontrassem.
Dessa forma cada qual teria sua empresa e a administraria da forma que julgasse melhor.
Como ainda achavam que tinham que provar um para o outro quem tinha os melhores conceitos mantiveram a fabricação do mesmo produto com marcas totalmente novas.
Um procurava ser mais criativo que o outro, mantendo sempre a qualidade para satisfação dos consumidores.
Com o tempo as equipes da empresa de Hércules começaram a notar que os produtos de sua empresa eram melhores do que da empresa de Herculano, mas sem que as diferenças fossem significativas. Estas só eram percebidas pelas pessoas que tinham profundo conhecimento do assunto.
Ao mesmo tempo viam que a empresa de Herculano a superava em faturamento, ocupação de mercado, em crescimento e para espanto geral não era a que tinha o melhor produto.
Aquilo, para os puristas em gestão da empresa de Hércules, parecia um grande absurdo, principalmente quando notaram que Herculano conseguia melhores preços no mercado.
Começaram a estudar a situação e à medida que avançavam descobriam coisas surpreendentes.
Os salários da empresa de Herculano eram melhores, sua produtividade maior, as entregas mais rápidas, a satisfação dos revendedores e dos consumidores plenamente atendidas, mas como se eles não tinham os melhores produtos?
Numa pesquisa junto aos consumidores entenderam que essa empresa conhecia as necessidades e expectativas do mercado e procurava atende-las, sem excessos na qualidade, fabricando seus produtos de forma eficiente, eficaz e sem desperdícios.
Esse aspecto objetivo gerava economias substanciais que a permitia investir em comunicação, informando o consumidor, educando, persuadindo e lembrando-os dos benefícios que a empresa oferecia ao mercado e dos produtos que colocava à disposição.
Descobriram também que as pessoas compravam os produtos não só por causa do que estes faziam, mas pelo que significavam conceitualmente em qualidade, status e reputação.
À medida que pesquisavam notavam que também passavam a ter simpatia pelas ações da empresa de Heculano, recomendando muitas vezes copiar algumas de suas ações para desconforto de Hércules.
A marca cada dia mais se consolidava e tornava a equipe de vendedores adversários terríveis, difíceis de serem batidos.
Estes ocupavam cada vez mais espaço no mercado, eram recebidos com interesse pelos revendedores, faziam apresentações mais seguras, eram melhores informados e mostravam interesse e sintonia total com a empresa que representavam.
Rendendo-se as evidências, ainda aborrecido com a falta de sucesso, Hércules procurou Herculano, para conversar e procurar aprender alguns conceitos novos sobre gestão.
Herculano, disposto a ajudar o irmão, o recebeu com grande simpatia e ao ser questionado sobre o segredo do sucesso de sua empresa, lembrou Hércules de uma pequeno segredo de infância, dizendo :
-“Hércules, lembra-se quando vovó nos dizia que os ovos das patas são maiores e famosos por curarem algumas enfermidades, mas os que são procurados e largamente consumidos são os das galinhas?”
-“Quando perguntávamos por que ela nos dizia: Simplesmente porque todos sabem quando uma galinha bota um ovo, ela faz a maior barulheira!”.
- “Refletindo sobre nossa infância e nossas discussões empresariais lembrei-me dessa lição e é o que aplicamos na empresa”.
-“Quando enviamos nossos produtos no mercado fazemos a maior barulheira, isso mostra que vovó estava certa”.
-“As galinhas são especialistas em tornar público seu produto e a propagar a informação”.
-“Aplicamos em nosso negócio, apenas uma velha lição! “

Ivan Postigo
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Profissional necessário, mas não esperado

Ivan Postigo

Muitas empresas enfrentam dificuldades na produção, no controle financeiro, na gestão de marketing e necessitam passar por um processo de reorganização, contudo resistem às mudanças.
Um ponto comum entre elas é o alto turnover gerencial, profissionais entram e saem da empresa, numa quantidade e velocidade impressionantes.
Profissionais experientes parecem não conseguir encontrar formas de estabelecer e conduzir um plano que permita essas empresas a terem uma gestão mais equilibrada, resultados mais satisfatórios, melhores índices de produtividade.
Outro aspecto comum é a falta de apoio e aderência aos planos apresentados.
O histórico de alta rotatividade gera desconfiança quanto a possibilidade de continuidade do profissional, portanto os níveis menores do organograma evitam o risco de aderir a um plano que tem poucas chances.
O barco é o mesmo, é verdade, pode estar afundando, mas poucos se preocupam em ajudar a tirar a água.
Teimosia, orgulho, idéias superadas, falta de confiança, acomodação, desconhecimento de técnicas de gestão, são componentes do processo de gestão que não permitem essas empresas se desenvolverem.
Todo processo de reorganização exige mudanças importantes de conceitos, de comportamento, de atitudes, e se há algo que as pessoas resistem são as mudanças.
Mudanças como discurso provocam aderência sempre, como fato encontram ferozes adversários.
Mudanças provocam alterações de status, geram desconforto por requererem novos aprendizados, muitas vezes aumentam a carga de trabalho, incorporam novas responsabilidades, geram inseguranças, trazem novos desafios, assustam.
Velhas regras, que no passado deram certo, costumam ser utilizadas como panacéias, evitando-se mudanças radicais.
Empresas tradicionais desapareceram, não porque não tivessem mercado ou produtos adequados, mas porque o equilíbrio entre as diversas áreas não foram mantidos.
Uma empresa é tão forte quanto seu ponto mais fraco.
Para vencer a acirrada concorrência, no mundo globalizado, é importante que as empresas tenham diferenciais e os apresente.
Ter o melhor produto, mas deixá-lo totalmente desconhecido do seu público consumidor é esperar que um milagre mantenha a empresa ativa.
Temos visto nos últimos anos empresas se preocupando em consolidar suas marcas, com isso começam a desenvolver planos mais intensos de comunicação, mas a maioria ainda acha que esse aspecto é um desperdício de recursos.
O profissional contratado para mudar o panorama da empresa, ao não encontrar espaço para desenvolver seu trabalho, acaba sendo demitido ou pede demissão, seguindo para empresas onde possa ter um futuro melhor.
Qual seria o estilo profissional que os gestores dessas companhias gostariam de encontrar?
Aquele que desenvolvesse as idéias enraizadas na empresa, pudesse apanhar o modelo vigente e o tornasse um sucesso.
A probabilidade disso acontecer é pequena, mas pode haver uma acomodação no mercado que gere essa sensação e o profissional contratado com o tempo vai conseguindo implantar novas idéias.
Para isso é necessário tempo, fator que nem sempre empresas com situação financeira delicada podem se permitir.
O paradoxo é que empresas podem encontrar os profissionais necessários para efetuar as melhorias no processo de gestão, mas nem sempre são os esperados.

Ivan Postigo
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Um gato em Londres – Uma história empresarial

Ivan Postigo

Meu amigo Molto Parola, chega em casa um dia e me diz: Olha, você comanda pessoas?
Hum, mas só entre nós aqui: Já teve sobre seu comando aquele sujeito a quem você dava uma tarefa, dizia exatamente o queria, como queria, e ele ou fazia completamente diferente ou dava um toque pessoal que embolava tudo?
As idéias vinham fora de hora, de forma estranha, muitas vezes impediam o término da tarefa no prazo necessário?
Você procurava não se irritar e orientá-lo, mas mesmo assim ele tentava convencê-lo de que estava certo, não importando o que você dissesse?
O sujeito era mau? Não, claro que não!
Trabalhava muito, até demais, pois para fazer o que você pedia e mais toda a complicação que criava, tinha que se desdobrar.
Tirando esse “pequeno fator”, você podia contar com ele para tudo, era pau-para-toda-obra, mas desde que tivesse o toque pessoal!
Enviar para cursos de organização e métodos de trabalho, TWI, técnicas de supervisão, formação de equipes de alto impacto, médio impacto, baixo impacto, nenhum impacto, você já tinha feito, mas o toque pessoal continuava atazanando sua vida.
Falar com ele sobre isso?
Nossa, quantas vezes? Umas, duas vezes ?Não!
Todas as vezes, mas mesmo nessa hora havia o toque pessoal!
Ameaçar dispensá-lo ? Dispensá-lo de vez? Transferi-lo para outro departamento, mudá-lo de cargo ?
Bom, algumas dessas coisas já tinham acontecido, e ele voltou a trabalhar com você sem perder o toque pessoal!
Você, logicamente, já tinha conversado com todas as pessoas que poderiam ajudá-lo , mas não encontrava explicação
Um dia, abençoado dia, você abre um livro e encontra uma pequena história:
Gervásio, belo gato de raça, relações públicas da empresa Belos Pelos, fabricante de cosméticos para gatos, foi convidado para ir a um concurso de beleza em Londres, onde também conheceria a rainha.
Malas feitas, nosso aristocrático gato, segue para Londres e ali chegando, do alto de um telhado avista Genésio, rato malandro, esperto, conhecedor dos bons e maus lugares da cidade, zanzando despreocupadamente.
Imediatamente Gervásio dispara na direção de Genésio e ambos saem em carreira desabalada, escadas, muros e telhados afora.
Pega, não pega, pega, não pega, Genésio escapou como sempre quando era perseguido.
Cansado, roupa rota, suado, irritado, contrariado, Gervásio volta e descobre que além daqueles prejuízos e incômodos não conseguia achar mais as malas.
Restava uma só opção à Gervásio, ver o concurso de longe e esquecer o tal do encontro para conhecer a rainha. Infelizmente uma oportunidade raríssima.
Por que Gervásio que foi à Londres para ver o concurso e conhecer a rainha por alguns minutos se esqueceu de tudo e foi perseguir Genésio, um rato que não conhecia e nunca lhe havia feito nada?
Parece uma pergunta difícil de ser respondida? Não, claro que não!
Gervásio é um gato, gatos perseguem ratos, então não importa o que estejam fazendo, quando virem um rato sairão em sua perseguição, darão um toque pessoal!
Contada a história, meu amigo me diz: Quando der uma incumbência a um gato esteja preparado, se aparecer um rato ele o perseguirá, ainda que esteja em Londres para ver a rainha!

Ivan Postigo

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Meirelles reitera plano de US$ 20 bi para ajudar empresas

Inadimplência do consumidor sobe 8% em 2008, diz Serasa

China já é a terceira maior economia do Mundo

Uruguai defende mais integração para tornar Mercosul competitivo

46% das empresas vão aumentar orçamento de TI, prevê Gartner

Uruguai defende mais integração para tornar Mercosul competitivo

EFE
15/01/2009
O ministro da Indústria e Energia do Uruguai, Daniel Martínez, que está de visita a Assunção, defendeu hoje uma maior integração no Mercosul para competir e negociar em melhores condições com outros blocos regionais.
"Às vezes, há obstáculos que continuam existindo, e devemos ter muita paciência e perspectiva estratégica para saber que, acima dos obstáculos pontuais que possam haver, é um objetivo estratégico a integração latino-americana. Em particular, o Mercosul", disse Martínez.
As declarações foram feitas após o ministro uruguaio ser recebido em audiência pelo chefe de Estado paraguaio, Fernando Lugo, na sede do Governo.
"Temos complementaridades energéticas, produtivas, tudo para nos potenciar, mas não é para nos isolar do mundo. É nos potenciar para conseguir competir melhor", ressaltou, em alusão ao Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e com a Venezuela em processo de adesão.
Uma maior integração gerará um ambiente "muito mais digno que nos permita competir e fazer comércio em condições muito mais dignas das quais comerciamos individualmente", considerou o ministro.
Sobre a reunião mantida com Lugo, Martínez expressou que esta girou "em torno de conseguir os caminhos para gerar uma mudança de aprofundamento democrática" nos dois países.
Além disso, outro objetivo foi "gerar Governos que avancem em direção à igualdade de oportunidades, rumo ao desenvolvimento econômico e à justiça social".
O ministro destacou que também conversou com Lugo sobre projetos para "avançar na inclusão social" e na necessidade de fortalecer os mecanismos de Governo com base nos valores.
"Estou convencido, e Lugo também, de que a busca do lucro e do ganho às vezes fazem esquecer que a sociedade se constrói com base em valores e que devemos revitalizá-los", ressaltou.

Receita esclarece regras de pagamento do IOF

Valor Online
15/01/2009
As instituições financeiras são responsáveis pelo pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) quando forem encarregadas da cobrança do prêmio no seguro. Nessa hipótese, a obrigação não é da seguradora. Essa e outras dúvidas envolvendo o IOF levaram a Receita Federal a publicar, na edição de ontem do Diário Oficial da União, a Instrução Normativa (IN) 907.
Segundo a chefe da Divisão de Impostos do Mercado Financeiro, Maria da Consolação Silva, trata-se apenas de atualização e consolidação de normas sobre IOF em operações de crédito, câmbio, seguros e títulos ou valores mobiliários.
No âmbito do crédito, a maior dúvida era sobre os contratos de mútuo (empréstimo), o que significa contar com uma pessoa jurídica não financeira como cedente. A IN 907 esclareceu que, no crédito rotativo, a base de cálculo do IOF é a soma dos saldos devedores diários apurados mensalmente.
"No crédito rotativo, vale a mesma base de cálculo aplicada ao mercado financeiro. Essa dúvida existia até mesmo entre os auditores da Receita", revelou Consolação.
Quando o assunto é câmbio, a IN 907 deixou claro que, nas operações de arrendamento mercantil (leasing) contratadas no exterior, incide IOF (0,38%) apenas sobre os juros cobrados. Sobre o principal, a alíquota definida pelo governo é zero, o que também beneficia as remessas de recursos para a importação de bens.
A chefe da Divisão de Impostos do Mercado Financeiro explicou que a Receita teve de atualizar e consolidar as normas do IOF porque elas estavam espalhadas em várias instruções normativas e atos declaratórios.
Até o início de 2008, não havia incidência desse imposto sobre essas operações de crédito, câmbio, seguros e títulos ou valores mobiliários.
Com a retomada da carga provocada pelo fim da CPMF, normas mais antigas voltaram a ser aplicadas, o que gerou muita dúvida entre empresas e até funcionários da administração tributária.
Ela garantiu que a IN 907 apenas organiza melhor a disciplina do pagamento do IOF, sem qualquer alteração da carga tributária.

Meirelles reitera plano de US$ 20 bi para ajudar empresas

Rodrigo Postigo
15/01/2009
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reiterou nesta quarta-feira que o governo planeja emprestar cerca de US$ 20 bilhões das reservas internacionais para mais de 4 mil empresas brasileiras com problemas relacionados a dívidas no exterior.
O novo instrumento, criado para amenizar o impacto da crise de crédito global no País, estará disponível neste mês para qualquer empresa brasileira com dívidas no exterior com vencimentos a partir de setembro de 2008, quando a crise se aprofundou, até o fim de 2009, explicou Meirelles.
O presidente do BC disse que a instituição planeja usar essa estratégia para compensar o declínio da oferta de crédito estrangeiro para companhias brasileiras e consequentemente também reduzir os custos de financiamento no mercado doméstico.
"A oferta de crédito doméstico está normalizada mas o preço e as condições ainda estão muito elevados", disse Meirelles a repórteres e investidores em um evento organizado pela Brazilian-American Chamber of Commerce em Nova York.
"Uma das razões mais importantes (para os juros elevados) é que o crédito externo não está normalizado totalmente e portanto o crédito doméstico é pressionado pelas empresas que não conseguem fazer rolagem no exterior e tomam empréstimo no Brasil", acrescentou.

46% das empresas vão aumentar orçamento de TI, prevê Gartner

Ao analisar os dados da pesquisa - ainda em andamento -, o diretor de programa para executivos do Gartner para América Latina, considera que a crise deve ser menos assustadora do que se imagina
Redação CIO
15/01/2009
De acordo com pesquisa do Gartner, ainda em andamento - e que será concluída dia 20/01 -, 46% dos orçamentos de TI no mundo vão aumentar em 2009; 33% ficarão estáveis e apenas 21% serão reduzidos.
“Não há motivo para pânico”, avalia Moacyr Gomes, diretor dos programas para executivos do Gartner na América Latina. “Os níveis de corte não são tão assustadores como imaginamos lendo algumas notícias”, avalia ele.
Para Gomes, a pressão para revisão de custos deve aumentar de qualquer forma, mesmo que os orçamentos não sejam reduzidos, e é tarefa do CIO para 2009 fazer isso, mas também encontrar elementos para apoiar o negócio nesse momento que passam pela inovação.
“O executivo de TI precisa olhar e identificar quais são os objetivos da empresa, quais são os objetivos do departamento, rever o alinhamento a curto, médio e longo prazo”, conclui Gomes.

Brazil business leaders eye ways to avoid job cuts

Wed Jan 14, 2009 2:53pm EST
SAO PAULO, Jan 14 (Reuters) - Brazilian business leaders on Wednesday called for a reduction in working days and salaries and urged the central bank to cut interest rates to counter thinning consumer demand caused by a global credit crisis.
"It is indisputable that we are in a very grave crisis," said Paulo Skaf, president of the influential Sao Paulo industry federation, or Fiesp. "All alternatives must be exhausted before unemployment."
The comments came one day after business leaders met with union officials and factory workers in Sao Paulo to discuss measures such as reducing the working day and salaries and collective recesses as alternatives to lay-offs.
Some industries, like automakers and steel companies, have already begun to cut jobs in the face of an economic slowdown that is reducing consumer demand.
Data released on Tuesday showed employment in Brazil's industrial sector fell at its fastest rate in five years in November.
Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva said on Monday the government would announce economic measures this month to help combat the fallout from the global financial crisis after several industries have started to lay off workers.
The government last year granted tax breaks to banks, auto makers, construction firms and airlines and the central bank reduced banks' reserve requirements to free funds for lending.
But Labor Minister Carlos Lupi urged the government on Tuesday to link future moves to free up liquidity for struggling companies to their safeguarding or creating jobs.
Brazil's central bank is widely expected to cut interest rates by 50 basis points next week. With basic lending rates at 13.75 percent, the bank still has some monetary leeway to help stimulate economic growth and it will come under increasing pressure do so as inflation shows signs of subsiding.
(Reporting by Tais Fuoco; Writing by Ana Nicolaci da Costa; Editing by Kenneth Barry)

UPDATE 2-Brazil to lend $20 bln to co's from reserves-cenbank

Wed Jan 14, 2009 4:09pm EST
(Adds figure on interventions on the spot currency market)
By Walter Brandimarte
NEW YORK, Jan 14 (Reuters) - Brazil plans to lend some $20 billion of its international reserves to more than 4,000 domestic companies with problems rolling over their foreign obligations, the head of the central bank said on Wednesday.
The new facility, designed to ease the impact of the global credit crisis in Latin America's largest economy, will be available this month to any domestic firms with foreign debt maturing from September 2008, when the crisis deepened, until the end of 2009, he explained.
Central bank president Henrique Meirelles said the bank intends using this strategy to make up for the decline in supply of foreign credit to Brazilian companies, eventually lowering financing costs in the domestic market as well.
"The supply of domestic credit is already normal in Brazil, although rates are still high," the central bank chief told reporters and investors in a presentation organized by the Brazilian-American Chamber of Commerce in New York.
"One of the most important reasons for (high rates) is the fact that external credit lines have not returned to normal levels, so companies which cannot roll over their foreign debt are taking loans in Brazil," he added.
Before the global credit crisis took its toll on emerging markets, Brazilian companies were rolling over all of their foreign debt as well as taking on additional loans abroad, at a rate of 120 percent to 130 percent of the maturing obligations.
That rate fell to as low as 22 percent after Lehman Brothers collapsed, spreading havoc in global credit markets. It has been recovering slowly since, Meirelles said, finishing the year at 50 percent of the maturing obligations.
"In the first few days of January, that rollover rate was even higher but we are not sure if that level is sustainable" in the short term, the central bank chief said.
Brazil has more than $200 billion in foreign reserves and can also make use of a $30 billion swap line agreed with the U.S. Federal Reserve to finance local companies. But Meirelles said that "so far we decided that there is no reason to withdraw" dollars from that line.
Direct loans to Brazilian companies are the latest of a series of measures adopted by the government to keep credit flowing in Brazil, which is seeing a severe slowdown of its economy in the last couple of months.
The central bank has already lent about $13 billion to Brazilian exporters in the last quarter of 2008 and that kind of financing, available through loans to foreign trade or repo dollar auctions, will continue to be offered during 2009, Meirelles said.
It has also sold $11.6 billion on the spot foreign exchange market in the same period, according to central bank data. That strategy did not stop the real from weakening some 24 percent last year, however.