segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Emerging Markets Face $111 Billion Refinancing Backlog, FT Says

By Haris Anwar
Sept. 22 (Bloomberg) -- Banks and companies in emerging markets may struggle to refinance $111 billion of bonds maturing over the next year because of the credit crisis, the Financial Times reported, citing ING Wholesale Banking.
``Many corporates and banks in the emerging markets are highly levered without cash to fall back on,'' said David Spegel, global head of emerging markets strategy at ING, according to the report. ``These will struggle should they need to raise money in the markets.''

América Latina gasta mais com frete que nações desenvolvidas, diz BID

Folha Online

22/09/2008

Ao mesmo tempo que a América Latina se destaca como exportadora de produtos minerais e agrícolas, a região enfrenta o desafio de ter custos de transporte mais elevados que as nações desenvolvidas, segundo estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre o impacto dos custos de transporte nos negócios da América Latina e Caribe, divulgado nesta segunda-feira.
"A região, lar dos maiores exportadores de minério de ferro e de suco de laranja do mundo e dos maiores produtores de cobre e prata, tem custos de transporte mais elevados do que as nações desenvolvidas", diz o estudo.
Em relação aos Estados Unidos, a região gasta quase o dobro para importar seus produtos, de acordo com o estudo, que analisou dados de nove países latino-americanos. A Argentina, por exemplo, gasta 22% mais que os Estados Unidos para importar seus produtos, o Chile, duas vezes mais e o Paraguai, mais do que o quádruplo.
As exportações latino-americanas e caribenhas para os Estados Unidos pagam taxas de frete oceânico que são, em média, 70% mais altas do que as taxas pagas por exportações da Holanda, um país reconhecido pela eficiência de seus portos.
Pelo ar, os custos de frete aumentaram muito mais rápido na região do que na China e no resto do mundo. As taxas de frete aéreo em 2006 no Caribe, por exemplo, eram 36% mais altas do que em 1995. Enquanto isso, a China manteve seus custos abaixo da marca de 1995, apesar da elevação dos preços do petróleo.

Varejo pensa em reduzir encomendas para fim do ano

Com alta do dólar, fabricantes sinalizam alta de preços.Crise internacional não deve estragar a festa de fim de ano.

Agência Estado
22/09/2008
A crise financeira internacional fez acender o sinal amarelo nas negociações entre o comércio e a indústria para as encomendas de fim de ano. Os pedidos para compra de equipamentos eletrônicos, eletrodomésticos e produtos de informática, por exemplo, estão praticamente fechados.

Mas, com a recente valorização do dólar, de 2,80% somente na semana passada, já há fabricantes que sinalizaram com uma possível elevação de preços, caso a moeda americana continue em trajetória ascendente e os custos de componentes importados desses produtos fiquem pressionados.

Preocupado com um aperto ainda maior no crédito para o consumidor, o varejo também está em estado de alerta e considera a possibilidade de reduzir as quantidades encomendadas, se o quadro piorar. "Todo mundo está de orelha em pé", resume a situação um executivo de uma grande rede varejista.

Indústria e comércio começam a rever planos para fim do ano

Mesmo com a crise global afetando o crédito, analistas falam em crescimento de 6% das vendas em dezembro
Estado de São Paulo
22/09/2008
Embalados pela expansão do mercado doméstico, vários setores da economia já vêem necessidade de ajustar os planos para enfrentar as conseqüências da crise financeira internacional. Indústria e comércio estudam a revisão de pedidos para o fim do ano, de um lado preocupados com a alta do dólar e de outro com a possibilidade de redução das encomendas. Isso porque o crédito ao consumidor deve ficar mais escasso, com prazos mais curtos e juros maiores. No setor imobiliário, a turbulência não deve comprometer as operações, já que as principais fontes de crédito são internas, mas a alta dos juros pode produzir reflexos no futuro.No front do agronegócio, além da possível redução na demanda mundial por alimentos, analistas acreditam que o financiamento privado para o plantio das lavouras em 2009 se tornará mais criterioso, trazendo mais dificuldades aos produtores.A possibilidade de aperto no crédito ao consumidor preocupa o varejo, mas, apesar das incertezas, a crise internacional não deve estragar a festa de fim de ano, na visão de empresários do comércio e da indústria e de economistas. A expectativa é de que o volume de vendas em dezembro cresça 6% ante igual período de 2007, calcula o diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, com base na Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro de 2007, houve alta de 9,5% em relação a 2006.Mas não há dúvida de que o crédito será afetado. Embora a expectativa de crescimento dos empréstimos bancários continue em alta - ao menos até dezembro -, as condições devem ficar menos favoráveis, com prazos mais curtos e juros maiores. "Empréstimos de 80 e 90 meses terão as parcelas reduzidas para 48 e 60 meses", diz o vice-presidente do Bradesco, Norberto Barbedo.O problema dos bancos, neste momento, não é falta de dinheiro para emprestar aos consumidores, mas incerteza em relação ao futuro, destaca o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira."O aumento dos juros é algo que pode ocorrer com a crise", diz Luís Antonio França, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A preocupação do setor imobiliário também é com o futuro. Segundo previsões da Abecip, os recursos da poupança - que hoje alimentam o crédito imobiliário, junto com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - devem se esgotar em dois anos. A dificuldade de crédito também deve tirar o sono dos proprietários agrícolas. Além de uma possível redução na demanda mundial por alimentos, como reflexo do desaquecimento da economia global, bancos e tradings terão mais dificuldades para captar recursos no exterior, o que tornará o repasse de dinheiro aos produtores brasileiros mais seletivo."Para a safra que está sendo plantada, a crise americana não piora o que já estava ruim", diz André Pessoa, sócio-diretor da Agroconsult. "A safra deste ano está sendo plantada com recursos próprios dos produtores, que tiveram lucro no passado e resolveram investir. Mas não há certeza de lucro com a safra do ano que vem", comenta Pessoa.

Novo regime tributário deve beneficiar até 5 mil exportadores no 1º ano, diz MDIC

G1
22/09/2008
O chamado "drawback" verde-amarelo, novo regime tributário pelo qual as empresas exportadoras poderão contar com suspensão da cobrança do PIS, da Cofins e do IPI na compra de insumos nacionais, deverá beneficiar até 5 mil empresas no primeiro ano de vigência, avaliou nesta quinta-feira (18) o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.
"Em tese, temos 22 mil empresas exportadoras no país que poderiam se beneficiar da medida. Mas de 2,2 mil a 5 mil empresas devem se beneficiar em um primeiro momento", avaliou Barral. Segundo ele, as empresas que mais serão beneficiadas são aquelas que se concentram mais nas vendas ao exterior. "Têxteis, calçados e máquinas e equipamentos devem se beneficiar", acrescentou.
Competitividade O novo sistema começa a vigorar a partir de outubro e, segundo o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, vai permitir a redução do custo de produção das empresas brasileiras. "Seremos mais competitivos. É a medida mais importante que tomamos nos últimos meses", disse o ministro.
A instituição do regime é um pedido antigo de empresas exportadoras brasileiras, que, muitas vezes, tinham de buscar os insumos no mercado externo - pois as importações já estavam isentas do PIS, da Cofins e do IPI.
"O produto importado ficava mais barato e o fornecedor local [de insumos] tinha desvantagem em relação ao importado", explicou a secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola, acrescentando que os procedimentos do novo regime podem ser feitos todos pela internet.
A nova secretária da Receita Federal, Lina Vieira, por sua vez, estimou que o PIS, a Cofins e o IPI representem cerca de 17% do preço do insumo nacional - valor que deixará de ser cobrado com o novo regime, desde que o objetivo seja exportar a produção.
Impactos da medida O secretário Barral avaliou que a instituição do drawback verde-amarelo poderá ter um impacto nas importações, diminuindo-as uma vez que os insumos nacionais ficarão mais atrativos e poderão substituir os importados. "Do total de importações brasileiras, 50% são insumos", explicou ele, sem fornecer, entretanto, uma previsão.
Também se espera que o novo regime aumente a criação de empregos no país, mas não há uma estimativa oficial para isso. "Não dá para saber esse impacto", disse o ministro Miguel Jorge.

Produção global de aço cresce 2,9%

Gazeta Mercantil / Caderno C / Luciana Collet
22/09/2008
A produção de aço bruto somou 112,2 milhões de toneladas em todo o mundo no mês de agosto, o que representa um aumento de apenas 2,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Com isso, a produção mundial agora soma 112,23 milhões de toneladas em oito meses e apresenta um crescimento de 5,6%, abaixo do patamar de 6% registrado até agora.

A China, que vinha puxando o crescimento mundial, no mês passado elevou a produção em 1,3%, ante igual período do ano anterior. Em julho a alta foi de 7,5%. De acordo com a Nanjing Iron & Steel United Co, as siderúrgicas do país cortaram a produção devido à demanda mais fraca e aos preços mais altos dos insumos. Semana passada a Associação Chinesa do Ferro e Aço informou que a procura por aço subiu 6% em agosto, abaixo dos 13% de alta registrados nos sete meses do ano até julho, em relação a igual período de 2007.

O corte de produção de aço tem sido discutido entre os grandes grupos siderúrgicos internacionais. A ArcelorMittal, maior produtora mundial, afirmou que poderá cortar a produção em 15% na Europa e nos Estados Unidos para manter o preço do aço, diante da desaceleração nas taxas de crescimento da economia mundial, em meio a crise do mercado financeiro.

Já as siderúrgicas japonesas descartaram na sexta-feira a possibilidade de cortes de produção uma vez que estaleiros e fabricantes de máquinas para a construção mantêm a demanda, afirmou um representante da associação do setor. "Não está claro que a demanda global por aço comece a declinar", disse Shoji Muneoka, presidente da Federação de Ferro e Aço do Japão. "Entretanto, não podemos excluir a possibilidade de que o arrocho no crédito produza algum impacto negativo nos gastos dos consumidores e no investimento corporativo", afirmou o executivo, que também é presidente da Nippon Steel.

Brazil's Inflation Rate May Ease to Six-Month Low: Week Ahead

By Andre Soliani
Sept. 22 (Bloomberg) -- Brazil's mid-month inflation rate may drop to the lowest in six months in September, adding to bets that the central bank will slow the pace of interest-rate increases in the months ahead.
Consumer price increases in the 30 days through mid- September, as measured by the benchmark IPCA-15 index, eased to 0.25 percent from 0.35 percent a month earlier, according to the median forecast in a Bloomberg survey of 15 analysts. That would be the third consecutive monthly decline.
``The IPCA-15 will further reinforce expectations that policy makers will slow the pace of monetary tightening,'' Jankiel Santos, chief economist for Brazil at Banco Espirito Santo de Investimento SA, said in a telephone interview from Sao Paulo. ``Inflation won't slow just because of food prices, and this will be an improvement.''
A drop in commodity prices and slower global economic growth may help rein in inflation in Brazil, the central bank said in the minutes of its Sept. 9-10 meeting. Annual inflation, running at 6.17 percent through the end of August, has been above the bank's 4.5 percent target since January.
Last week, Banco Central do Brasil had to sell dollars in local markets for the first time since February 2003 after the U.S. financial crisis caused a global credit crunch, sending the Brazilian real to the lowest in a year.
Finance Minister Guido Mantega said Sept. 17 the federal government will have state-run banks help boost lending for exports, investments and agriculture should the U.S. crisis be prolonged.
The monetary policy committee led by central bank President Henrique Meirelles voted 5-3 to raise the so-called Selic rate for a fourth time since April to 13.75 percent from 13 percent at its most recent meeting. The dissenters voted to raise rates by a half-point to 13.5 percent.
Focus on Growth
The dissenters said economic growth in developed nations would slow, justifying a smaller rate increase. The meeting took place before Lehman Brothers Holdings Inc.'s record bankruptcy and the U.S. government takeover of American International Group Inc.
``The central bank is moving, gradually, its focus away from inflation to growth,'' Alexandre Lintz, chief strategist in Brazil with BNP Paribas, said in a Sept. 19 emailed report.
Lintz lowered the bank's year-end forecast for the Selic rate to 14.75 percent from 15 percent.
Santos from Banco Espirito Santos predicts the bank will raise the rate to 14.25 percent in October and to 14.50 percent in December, before halting increases in January.
Markets
Last week, the real fell for the fourth week in a row, losing 2.7 percent to 1.8298 per dollar. The yield on the government's zero-coupon bond due January 2010 rose 62 basis points, or 0.62 percentage point, to 15.33 percent.
The benchmark Bovespa index rose 1.3 percent to 53055.38. Gafisa SA, Brazil's second-biggest real estate developer, gained the most, advancing 11 percent. Cosan SA Industria & Comercio, the world's biggest sugarcane producer, fell the most, dropping 17 percent.

Event Date
Brazil Current Account 09/23
IPCA-15 09/24
Unemployment Rate 09/25