sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Exportação de etanol brasileiro deve crescer 18%
Rodrigo Postigo
05/09/2008
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que até o fim do ano sejam enviados a outros países 4,17 bilhões de litros de etanol, crescimento de 18,21% a mais do que os 3,53 bilhões de litros de 2007, segundo um estudo da estatal.
A projeção é de que em 2011 os embarques cheguem a 6,10 bilhões, aumento de 72,85% sobre o resultado do ano passado. Os Estados Unidos e Caribe continuam liderando as importações de álcool do Brasil, com participação de 59% do álcool exportado em 2007, segundo a Conab.
"O Caribe é um ponto importante, pois o álcool hidratado que é transformado lá em anidro não paga a sobre taxa de US$ 150 por metro cúbico", diz o presidente da estatal, Wagner Rossi.
A Holanda e o Japão representam 28% e 3%, respectivamente, das exportações brasileiras. Rossi explica que os holandeses aparecem com destaque, pois o porto de Roterdã, na Holanda, é o hub do produto na Europa. "Isso não quer dizer que não vá para outros países", explicou.
O volume de cana-de-açúcar da safra 2008 destinado para a fabricação de álcool também cresce e será de 317,8 milhões de toneladas, 17,3% maior do que o da safra anterior, segundo levantamento da companhia.
O Centro-Sul responde por 285,3 milhões de toneladas, crescimento de 17,5% em relação a safra passada, e o Norte/Nordeste apresenta 32,5 milhões de toneladas, 15,8% maior. "O crescimento do álcool é bem maior e bem mais firme do que o do açúcar", diz o presidente da Conab, Wagner Rossi.
A produção brasileira de álcool total (anidro e hidratado) está estimada em 27,1 bilhões de litros, crescimento de 17,7% em relação a safra anterior. O Centro-Sul participa com uma produção de 24,5 bilhões de litros.
A região Norte/Nordeste responde por 2,6 bilhões de litros. A produção de álcool anidro é estimada em 9,8 bilhões, elevação de 13,6%, sendo 8,6 bilhões do Centro-Sul e 1,2 bilhão do Norte/Nordeste. A produção de álcool hidratado deve ser de cerca de 17,3 bilhões de litros, aumento de 20,1% frente a safra passada. Desse total, 15,9 bilhões de litros são do Centro-Sul e 1,4 bilhão, do Norte/Nordeste.
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EUA irão promover acordo comercial com o Mercosul
Rodrigo Postigo
05/09/2008
Os Estados Unidos promoverão nos próximos meses uma aproximação comercial com o Mercosul que poderá ocasionar um Tratado de Livre Comércio (TLC) ou um acordo semelhante, informou ao jornal semanal Búsqueda o subsecretário americano para a América Latina, Thomas Shannon. As informações são da agência Ansa.
"Um dos desafios que os Estados Unidos encontrarão é começar a explorar a possibilidade de um acordo ou caminhos para aprofundar o comércio com o Mercosul", disse Shannon, que afirmou que esse plano de Washington terá como exemplo a relação mantida com o Uruguai, país com o qual foi firmado o Acordo Marco de Comércio e Investimentos (Tifa, na sigla em inglês).
Shannon falou dos laços entre seu governo e o do socialista Tabaré Vázquez e considerou como "muito próxima" a relação de George W. Bush com seu colega uruguaio, o que permitiu um "diálogo frutífero, não apenas na área comercial".
"Estamos orgulhosos de ter o Uruguai como amigo e parceiro" e valorizamos sua "vontade de ter um papel importante na região e no mundo", acrescentou Shannon.
O secretário também comentou ao jornal a decisão da Argentina - onde esteve recentemente antes de ir ao Paraguai - de quitar a dívida com o Clube de Paris que, segundo ele, "abre um espaço nos mercados de capitais internacionais que irá ajudar" o governo de Cristina Kirchner.
Anfavea anuncia aumento de US$ 1,7 bilhão nos investimentos do setor
Valor Online
05/09/2008
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) atualizou nesta quinta-feira os valores referentes aos investimentos do setor para os próximos três anos. De acordo com a entidade, as montadoras e fabricantes de autopeças irão desembolsar agora US$ 22,7 bilhões até 2011, contra US$ 21 bilhões anunciados anteriormente.
Com os aportes, a Anfavea acredita que o parque automobilístico nacional chegue a 2013 com a capacidade de produzir 6 milhões de veículos por ano, um salto de 56% sobre a capacidade atual. No entanto, a produção efetiva para 2013 é projetada pela associação em 5 milhões de unidades.Apesar de atualizar o valor total do setor, a Anfavea não especificou as empresas donas do investimento adicional. O diretor-técnico da entidade, Aurélio Santana, garantiu apenas que, entre outras coisas, estão incluídos nos US$ 22,7 bilhões os investimentos referentes à nova fábrica da Toyota, em Sorocaba (SP), cujos valores ainda não foram revelados oficialmente pela montadora japonesa.O executivo, entretanto, fez questão de salientar que não é correto atribuir à Toyota o US$ 1,7 bilhão que foi adicionado ao investimento total do setor até 2011.
Brazil may press WTO on US ethanol tariffs
The Associated Press
Published: September 3, 2008
RIO DE JANEIRO, Brazil: Brazil's foreign minister says his country is likely to press the World Trade Organization to take action against U.S. tariffs on ethanol imports.
Foreign Minister Celso Amorim says Brazil "has a very strong case and there is a good chance" that the nation will urge the WTO to take action against the U.S.
The U.S. places a 54 cents-a-gallon tariff on ethanol imported from Brazil, where the fuel is made from sugarcane.
American producers mostly use the more costly corn to make the fuel.
In June Brazil got a big win when the WTO ruled against the U.S. and its cotton subsidies, allowing Brazil to seek US$4 billion in retaliation.
Amorim spoke to foreign correspondents in Rio de Janeiro on Tuesday.
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Brazil auto sales fall in August after record
Thu Sep 4, 2008 11:33am EDT
SAO PAULO, Sept 4 (Reuters) - Auto production and sales in Brazil fell sharply in August, the automakers' association Anfavea said on Thursday, as rising interest rates began to affect consumer demand.
Higher incomes and cheaper credit had driven car demand and made Brazil a major market for several international manufacturers in recent years.
Car sales fell 15.1 percent from July to 244,800 units, but were still up 4 percent over the same month last year, Anfavea said.
Rising car exports partially offset the slump in domestic sales. Manufacturers sold 67,900 units abroad in August, up 7.9 percent over July.
Production was down 1 percent from July at 314,700 units, but still up 12.6 percent year-on-year.
In August, 86.7 percent of all new cars sold were equipped with flex-fuel engines, which run on either gasoline or cane-based ethanol, or any combination of the two.
The central bank has increased its benchmark lending rate by 175 basis points since April and some analysts say could increase it by as much again this year.
The country's car market is dominated by global automakers such as Italy's Fiat (FIA_p.MI: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Germany's Volkswagen AG (VOWG.DE: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), U.S.-based General Motors Corp (GM.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and Ford Motor Co (F.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), followed by Japanese and French manufacturers.
Metalworkers at Volkswagen, Renault and Nissan voted on Thursday to continue a four-day strike, which they said was partially affecting production. (Reporting by Vanessa Stelzer, writing by Raymond Colitt, editing by Maureen Bavdek)
Publicado por Agência de Notícias às 5.9.08
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Agricultural Prices to Stay High, U.S. Official Says (Update1)
By William Bi
Sept. 5 (Bloomberg) -- Global agricultural prices will probably remain higher than in the previous decade as strong demand from China and other developing nations outstrips gains in production, a U.S. agriculture official said.
A growing middle class in emerging markets, rising energy costs and biofuel production will keep prices above ``historic levels'' even after recent declines, Mark Petry, agricultural attaché at the U.S. embassy in China, said in a speech prepared for delivery today.
Soybeans, corn, rice and wheat have slumped after climbing to records this year as declining crude oil prices and higher farm production spurred speculation that the rally was over.
An expanding middle class ``should keep demand firm,'' Petry said in the remarks for a conference in Chengdu. The number of middle class households globally, or those with a combined annual income exceeding $20,000 after adjusting for real purchasing power, will double by 2020 from 2004, Petry said, citing data from Global Insight. China and India will lead the advance, he said.
China's spending power is fueling imports of soybeans, poultry and other products, while its own production is failing to keep pace because of water shortages, limited use of genetically modified crops and a shift to cash crops from bulk commodities, Petry said.
China Growth
``China's soybean consumption should grow at least 8 percent a year,'' Petry said. While above-normal imports have created a glut, that will be drawn down and normal buying will resume later this year, he said.
Soybean imports in the first seven months rose 23 percent from year ago to 20.7 million tons, according to customs data. That jump helped create oversupply that pushed China's soybean oil prices to the lowest this year on Aug. 13, forcing the country's biggest cooking oil bottlers, including Wilmar International Ltd. and Cofco Ltd., to cut prices.
In the 2008-09 marketing year beginning in October, ending stockpiles of U.S. corn will be tighter than last year, while the gain in soybean output will help compensate for low ending stocks from the previous year, Petry said.
''I'd be surprised if soybeans fall'' below the level of about $10-$11 a bushel, because of higher costs of production, especially in South America, Petry said. Further declines in returns may prompt farmers to scale back planting, he said.
Soybeans traded at $12.1350 a bushel in Chicago at 1 p.m. Singapore time today.
Global wheat production will rebound this year, he said. World rice supplies are adequate to meet demand and ending stocks are expected to increase, he said.
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Fundos de investimento perdem R$ 10,7 bilhões em agosto
Rodrigo Postigo
05/09/2008
O ano de 2008 é de perdas para a indústria de fundos de investimento. Só em agosto, o setor registrou R$ 10,7 bilhões em retiradas líquidas (diferença entre entradas e saídas). No ano, a captação está negativa em R$ 19,2 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).
Surpreendentemente, a renda fixa registra o maior volume de saídas em agosto, com R$ 5,7 bilhões; seguida pelos Fundos em Direitos Creditórios (FIDC) e pelos multimercados, com R$ 2,3 bilhões e R$ 2,1 bilhões em saídas, respectivamente.
No acumulado de 2008, até agosto, os multimercados são os que mais perderam recursos com R$ 29,4 bilhões em retiradas. Nesta mesma base de comparação a renda fixa está em segundo lugar com captação negativa de R$ 23,1 bilhões.
Em agosto, as categorias com maior captação foram previdência com R$ 300 milhões e cambial com R$ 100 milhões. Dados da Anbid mostram que a movimentação do mês de agosto representou 0,92% do patrimônio líquido total do mercado doméstico, hoje em R$ 1,1 trilhão.
Lula dá sinal verde para privatizar aeroportos de Galeão e Viracopos
Estudos deverão ser incluídos nos planos do governo para reformular a infra-estrutura aeroportuária do País
O Estado de São Paulo / Tânia Monteiro
05/09/2008
O Ministério da Defesa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão antecipar os planos para a reformulação da infra-estrutura aeroportuária do País e incluir nos estudos, por ordem do presidente da República, a possibilidade de privatizar os aeroportos do Galeão (Rio) e de Viracopos (Campinas/SP). O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pressiona abertamente em favor da idéia da privatização do Galeão, mas os estudos também avaliam a proposta de uma parte considerável do governo, que sugere como melhor alternativa a abertura do capital da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).A Infraero teme perder mais de 20% da receita da empresa, se os dois aeroportos forem mesmo privatizados - no primeiro semestre deste ano, o resultado operacional alcançou R$ 350 milhões, sendo R$ 60 milhões provenientes do Galeão (R$ 12 milhões) e de Viracopos (R$ 48 milhões).São dois dos aeroportos mais rentáveis da infra-estrutura administrada pela estatal pelo País afora. "Será uma perda de receita muito grande", admitiu ontem o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, depois de uma reunião com o ministro Jobim, na pasta da Defesa.A pressão em torno da privatização do Galeão e Viracopos, entre outros motivos, tem a ver com a necessidade de acelerar os investimentos para aprontar a infra-estrutura de aeroportos para a Copa de 2014. No caso do Rio, o governador Cabral avalia que a Infraero não tem orçamento para fazer as reformas necessárias no decadente Galeão, e ainda construir os novos terminais.Depois do anúncio do governador Cabral, feito em Londres, o ministro Nelson Jobim (Defesa) confirmou no final da tarde, em Brasília, que o presidente Lula autorizou os estudos para fazer as privatizações do Galeão e de Viracopos. "Uma coisa parece certa: será uma concessão da União ao setor privado", disse Jobim. Em seguida o ministro demonstrou que a decisão ainda não está fechada em um modelo só: "O presidente pediu para examinar a conveniência da concessão do Galeão e Viracopos".Ao ser questionado especificamente sobre a privatização, Jobim acrescentou: "É uma possibilidade. Mas tem de ver a formatação, e é isso que vamos discutir ainda".Gaudenzi disse que não vai brigar. "Os aeroportos são do Estado, são da União, não são de propriedade da Infraero". Sua posição é que a proposta de abertura de capital da empresa "é uma opção mais segura". Ele costuma fazer uma pergunta para se contrapor à privatização: "Se a privatização der errado, quem terá de retomar os aeroportos e administrá-los?". Ele mesmo responde: "O ônus caberá, claro, ao governo".Ontem, Gaudenzi disse que as obras que estão sendo realizadas nos dois aeroportos pela Infraero não deverão ser interrompidas por conta da nova orientação em relação às concessões.
Publicado por Agência de Notícias às 5.9.08
Marcadores: Economia, Infra-estrutura