terça-feira, 30 de setembro de 2008

Prospecção de clientes ou de oportunidades de negócios?

Ivan Postigo

Imaginar que uma empresa desenvolve relações no mercado para captação de clientes revendedores, mas ao mesmo tempo perde outros, devido a um atendimento inadequado, pode soar um pouco estranho não ?
Uma resposta rápida a essa pergunta seria sim, mas isso é um fato tão comum que profissionais que trabalham com gestão comercial já tem números referenciais para essa questão.
Um dos referenciais diz que 70% do clientes, que trocam seus fornecedores, o fazem porque consideram que a empresa não se importa com eles.
Outra referencia é que, dos clientes que figuram no cadastro das empresas, apenas 35% fazem reposições com freqüência, e os gestores pouco conhecimento têm dos motivos que levam os outros clientes a não efetuarem compras.
Temos, ainda, uma veia industrial que se sobressai à mercadológica. Organizações são administradas com os olhos de seus gestores voltados para dentro e as costas para o mercado.
Hoje, não importa onde o produto é fabricado e por quem, mas onde é vendido, como é vendido, quem compra, por que compra.
Qualidade excedente, aquela exigida pelo fabricante, mas não identificada e reconhecida pelo consumidor, não tem valor comercial.
A imagem, a marca, o atendimento a moda, às necessidades imediatas, são muito mais importantes, num mercado em constante mutação, que torna produtos, recursos e serviços obsoletos do dia para a noite.
Entender e dar respostas rápidas a essas necessidades é que faz toda a diferença.
Cada dia mais, com os avanços tecnológicos, os produtos estão mais parecidos e suas diferenças estruturais imperceptíveis.
Um amigo, gestor de recursos humanos, ao ter como incumbência a contratação de um gerente comercial, pediu-me que o ajudasse a entender o que estava acontecendo com a área mercadológica da empresa.
Dessa forma poderia formatar melhor o perfil do profissional a ser procurado.
Já desenvolvemos vários trabalhos e ele se identifica com os conceitos que defendo; em diversas oportunidade pudemos testar os referencias que comentei acima e sempre chegamos a números bem próximos.
Nessa análise, constatamos que a empresa, há cinco anos, estava trabalhando naquilo que definimos como “área de conforto”: A mesma quantidade de clientes ativos, preços médios bem próximos, pequenas variações de mix de produtos e volume médio por ponto de venda praticamente inalterado.
Algumas mudanças ocorreram na organização e as vendas tiveram uma queda importante, com isso os gestores iniciaram um processo de reestruturação e estão em busca de um gestor para dinamizar o trabalho comercial.
A primeira reação é de se fazer forte prospecção no mercado, contatando novos revendedores, afinal se as vendas caíram é porque os clientes estão comprando menos.
Um minuto para reflexão:
Antes de qualquer ação é importante entender porque as vendas caíram, procurando respostas para perguntas óbvias.
Quais revendedores continuam comprando e quais deixaram de comprar?
O volume por ponto de revenda, daqueles que fizeram reposição, é o mesmo?
Que mudanças aconteceram e porque, no perfil das vendas?
Fizemos mais 5 perguntas, bastante simples, e rapidamente pudemos identificar que da carteira de clientes “cadastrados” 50% haviam comprado nos últimos 5 anos, observando os dados até 2.007.
Neste ano de 2.008, apenas 59% dos clientes que compraram nos anos anteriores fizeram reposição.
Para quem gosta de matemática , isso significa pouco menos de 30% da carteira de clientes cadastrados.
Ao tomar o preço médio, o numero médio de peças por ponto de revenda, multiplicando-os pela quantidade de pontos que não fizeram reposição chegamos ao volume perdido de faturamento.
Não vamos nos aprofundar nas demais análises efetuadas, este ponto já e suficiente para colocação de uma pergunta: Prospectar mais revendedores para que, se há um volume significativo que deixou de comprar e não há ciência do fato?
Nossas empresas, mais do que sair oferecendo seus produtos no mercado, atendendo de forma inadequada seus revendedores, precisam aprender a prospectar oportunidades de negócios e sustentá-las, o que não quer dizer abertura de novos clientes.
O revendedor abriu um negócio para vender e não para comprar produtos, portanto quando não se sente confortável ou não observa rentabilidade redireciona seus esforços e atenção.
Como diz a velha máxima : Ao descobrir ouro, escave a montanha.
Só após realizar essa tarefa procure oportunidades em outros lugares.
Sem isso estaremos apenas espalhando a nossa gestão inadequada e abrindo espaço para os concorrentes.

Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Autor do livro: Por que não ? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
www.postigoconsultoria.com.br

Jornal Economia em Notícia - Edição 37

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 36

O aumento da arrecadação federal

O Estado de São Paulo
29/09/2008
A arrecadação de tributos federais em agosto teve um aumento de 3,58%, em termos reais, em relação a agosto de 2007. Foi menor do que nos meses anteriores (em julho, pelo mesmo critério, foi de 12,85%). Assim, aparentemente, a receita estaria caindo; visão negada pelo próprio Fisco, que prevê alta real de cerca de 10% neste ano, com a arrecadação total, inclusive previdenciária, chegando a cerca de R$ 700 bilhões, ante R$ 642,6 bilhões no ano passado.As receitas correntes, de R$ 52,5 bilhões em agosto e de R$ 443,5 bilhões nos primeiros oito meses (+9,49% sobre 2007), mostraram que o Fisco é hábil em repor o nível da receita tributária quando há mudança legal. Acabou a receita de R$ 24 bilhões da CPMF, obtida entre janeiro e agosto de 2007, mas ela foi substituída pela alta de 151,7% na receita do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de R$ 5,3 bilhões para R$ 13,4 bilhões, e pelo aumento do crédito, assegurando mais consumo, emprego e lucros. Já foi largamente superada a projeção de receita do IOF de R$ 8,4 bilhões no ano.Os lucros permitiram elevar o Imposto de Renda (IR) das empresas em 23,7% reais, no ano, e o peso na receita total passou de 12,07% para 13,53%. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aumentou 28,2%, mais R$ 5,8 bilhões.Mais emprego formal e melhores salários contribuíram para a alta da receita do IR na fonte sobre os rendimentos do trabalho, de 18,8% reais (+R$ 5,3 bilhões).Níveis recordes foram alcançados no IPI de automóveis, que aumentou 20,9% reais, e no Imposto de Importação (+26,3%).Assim foi compensada a diminuição, desde maio, das receitas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre combustíveis, da arrecadação do Refis e do Imposto sobre Ganhos de Capital. Com a queda das cotações das ações, o IR sobre ganhos em operações em bolsa diminuiu de R$ 856 milhões para R$ 680 milhões entre os primeiros oito meses de 2007 e 2008.Ainda que o ritmo da atividade econômica seja menos intenso, em razão da crise externa, a arrecadação real só cairia em caso de recessão no País. Hoje, quando muito, se admite desaceleração do crescimento do PIB, de 5,1%, neste ano, para 3,6%, em 2009.Os ganhos da arrecadação federal são de tal ordem que o governo adia a divulgação da carga tributária em relação ao PIB no ano passado, provavelmente superior à registrada em 2006.

Normas internacionais sinalizam avanço para contabilidade do País

DCI
29/09/2008
A área contábil, com a mudança para a normatização internacional, vislumbra avanços significativos para o Brasil, devido à quebra de paradigmas que deverá fazer com que o investidor estrangeiro entenda as peças contábeis, colocando o setor em sintonia fina com o resto do mundo. O assunto está sendo discutido por empresários e especialistas do ramo contábil, reunidos ontem e hoje, em Atibaia, interior de São Paulo, no 21º Encontro das Empresas de Serviço Contábeis do Estado de São Paulo (Eescon).O evento recebeu cerca de mil pessoas interessadas em discutir os melhores rumos para a contabilidade no Brasil. De acordo com José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), o cenário de mudanças com a normatização de enfoque internacional é o começo da redução burocrática no mercado, que também acontece em meio a uma mudança no perfil dos especialistas no setor."Os avanços tecnológicos, a internacionalização da contabilidade, a nova lei contábil e a concorrência do mundo globalizado estão imprimindo um novo contorno à nossa atividade", destacou, lembrando também as tradicionais lutas contra a alta carga tributária. Durante o encontro em Atibaia, o presidente da entidade ressaltou que o setor "deve estar preparado para oferecer serviços de excelência aos empresários, e à nação. Por isso, idealizamos este Eescon com o intuito de proporcionar conhecimentos, reciclagem e troca de experiências entre os empresários contábeis", enfatizou.Quanto aos negócios do setor contabilista no Brasil, Chapina é dos mais otimistas e faz um discurso que vai totalmente contra a corrente de outros segmentos, que, mais voláteis, começam a acender a luz de alerta de olho no impacto da crise internacional, como o mercado imobiliário e o de itens importados, por conta da crise dos bancos externos.Para ele, felizmente o setor por enquanto só tem a comemorar. "Vejo o mercado aquecido como nunca esteve antes, para os bons profissionais, os profissionais de excelência. Temos um avanço de mercado, com a geração de novos segmentos econômicos, das empresas estrangeiras vindas ao Brasil pelas novas normas de contabilidade. Nunca o profissional foi tão respeitado e valorizado como é agora. Temos carência de profissionais habilitados e com formação técnica."

Governo britânico pode nacionalizar banco e tentar vender ativos

Ministro das Finanças deve emitir comunicado nesta segunda (29).Tesouro busca 'resgate' do Bradford e Bingley por outras instituições.

Reuters
29/09/2008

O governo britânico deve nacionalizar a instituição concessora de hipotecas Bradford & Bingley e discute a venda de seus ativos e filiais, segundo a agência Reuters, que atribuiu a informação a "fontes do setor bancário".
O Tesouro está conduzindo negociações sobre o resgate do banco e informou neste domingo que as discussões continuam. Um comunicado completo será feito pelo ministro das Finanças, Alistair Darling, antes da abertura do mercado na segunda-feira.
O Tesouro gostaria de um resgaste pelo setor privado para a nona maior concessora de hipotecas da Grã-Bretanha, mas as concorrentes parecem não querer se tornar o "cavaleiro branco" em meio à crise de crédito global e o enfraquecimento do mercado imobiliário britânico.
A BBC informou que o B&B será nacionalizado e seus ativos de hipotecas serão fundidos com a Northern Rock, concessora de empréstimos nacionalizada em fevereiro.
O governo intermediou neste mês a aquisição do HBOS, o maior concessor de hipotecas da Grã-Bretanha, pelo concorrente Lloyds TSB e está intervindo novamente.
"Temos muito claro que os poupadores e correntistas comuns devem ser protegidos adequadamente e que eles serão parte do acordo que vamos determinar", disse à BBC o ministro do Tesouro, Yvette Cooper.
Cooper disse que as negociações ainda estão sendo encaminhadas, mas que o objetivo do governo é sustentar a estabilidade financeira do sistema bancário.
O B&B é o último banco atingido pela crise financeira global, que foi disseminada pelas perdas sobre hipotecas de má qualidade nos Estados Unidos e já fez vítimas instituições dos Estados Unidos e da Europa.

Crise mostra estouro de mais uma bolha especulativa

The New York Times / David Leonhardt
Tradução / Amy Traduções
29/09/2008

Sob todos os aspectos, este mês foi incomum para a economia dos Estados Unidos e seu sistema financeiro. A Merrill Lynch foi comprada por uma barganha, enquanto a Lehman Brothers simplesmente sucumbiu.
O governo federal americano pretende comprar centenas de bilhões de dólares em papéis que nenhum banco deseja. Essa parece ser a maior intervenção fiscal do governo desde a grande depressão, e tem o intuito de reativar os mercados financeiros e evitar que o congelamento de crédito jogue a economia em recessão profunda.
No entanto, mesmo se a economia não entrar em queda livre, os próximos anos provavelmente não serão de prosperidade. O período de excessos foi longo e a ressaca também poderá ser. Para o futuro próximo, o cenário mais provável será um crescimento econômico lento, aumento escasso da renda da maioria dos trabalhadores e, para os investidores, retornos decepcionantes de ações e imóveis. Se os consumidores começarem a cortar seus gastos devido às dívidas, as coisas poderão piorar.
Ainda assim, mesmo tendo sido um mês histórico, há algo familiar no que está acontecendo. Mais uma vez, testemunhamos o estouro da bolha especulativa, resultado do aumento radical dos preços de ativos, muito acima de seu verdadeiro valor. As bolhas se formam desde que os mercados existem. E sempre que uma dessas bolhas começa a vazar, passam anos até que se esvazie, causando enormes estragos econômicos.
Somente agora, por exemplo, as bolhas de uma década e meia passada, primeiro no mercado de ações e depois no imobiliário, começam a ir embora. É fácil pensar no caos dos últimos 13 meses sem relacioná-lo com a bolha de ações dos anos 1990, que pareceu ter terminado com a crise do setor de Internet em 2000 e 2001. A crise reduziu o mercado de ações em mais de um terço, a pior queda desde a crise do petróleo dos anos 1970. Gastos corporativos em novos equipamentos entraram em declínio e o desemprego aumentou durante três anos consecutivos.
Embora dramática, a crise do setor de Internet não chegou a apagar os excessos dos anos 1990. Na verdade, através de medidas bastante significativas, Wall Street após a crise pareceu continuar dentro da bolha.
Em 2004, firmas de serviços financeiros ficaram com 28,3% dos lucros totais do mundo corporativo americano, segundo a Moody's Economy.com. Foi um resultado inferior ao de anos anteriores, mas mesmo assim, quase o dobro da parcela média de lucros do setor nos anos 1970 e 1980. Em 2007, essa fatia dos lucros caiu apenas modestamente para 27,4%.
Enquanto isso, os salários dos funcionários de financeiras continuaram subindo, atingindo seu ápice no ano passado. Para cada dólar pago ao mercado de trabalho americano em 2008, 10 centavos foram para os funcionários de bancos de investimentos e outras companhias financeiras, em comparação aos seis, sete centavos pagos nos anos 1970 e 1980.
Como isso aconteceu? Primeiro, a população dos Estados Unidos (e da maior parte do mundo industrializado) envelheceu e criou poupanças. Isso gerou um aumento na demanda por serviços financeiros. Além disso, a ascensão econômica da Ásia - e, nos últimos anos, a alta do petróleo - deram aos governos estrangeiros mais dinheiro para investir. Muitos deles investiram em Wall Street.
No entanto, parte significativa da prosperidade financeira não parece ter relação com o desempenho econômico, não sendo, portanto, sustentável. Benjamin M. Friedman, autor do "The Moral Consequences of Economic Growth," (As Conseqüências Morais do Crescimento Econômico), lembra que quando trabalhava na Morgan Stanley no início dos anos 1970, os relatórios anuais da firma eram recheados de fotografias de fábricas e outros negócios tangíveis. Mais recentemente, os relatórios anuais de Wall Street tendem a enfatizar não tanto os negócios que as firmas aconselhavam, mas finanças pelas finanças, com gráficos oscilantes e fotografias de negociantes.
"Tenho a impressão de que em muitas dessas firmas," Friedman disse, "sua atividade se tornou cada vez mais divorciada da verdadeira atividade econômica."
Isso pode ser um sumário de como a crise atual transcorreu. Negociantes de Wall Street começaram a acreditar que os valores aplicados a todos os tipos de ativos foram racionais porque, bem, eram o que eles haviam determinado.
Os negociantes fatiaram as hipotecas em pedaços tão pequenos que se esqueceram do que estavam negociando: contratos baseados em empréstimos crescentemente instáveis. Com a propagação da crise, outros empréstimos passaram a ir mal. Hyun Song Shin, economista de Princeton, estima que os bancos absorveram até o momento apenas cerca de um terço à metade das perdas com as quais acabarão tendo que lidar.
Uma das poucas boas notícias é que Wall Street finalmente parece enfrentar com seriedade seus problemas. Isso pode ser observado mais claramente, talvez, nos preços das ações, que enfim caíram de seus níves estratosféricos da década passada.
A incomum ascensão acelerada do consumo ao longo das últimas duas décadas é, questionavelmente, a terceira bolha que confronta a economia. Isso aconteceu devido, em parte, ao grande aumento no endividamento, que pode agora estar chegando ao seu final, ao passo que a relação amorosa de Wall Street com as dívidas parece também terminar.
Mesmo se a economia tiver um desempenho melhor que o esperado, os investidores podem ainda cair no pessimismo. "Tendemos a agir como pêndulos," disse Joel Seligman, presidente da Universidade de Rochester, um observador de Wall Street. Existem longos períodos de muita prosperidade, nos quais investidores se preocupam somente em não perder o próximo grande negócio, seguidos de crises que fazem os mesmos investidores temerem que o mundo esteja chegando ao fim.
As bolhas inevitavelmente produzem insanidade, tanto na prosperidade quanto na crise. Por isso, o antigo governo laissez-faire de Bush, bem como o FED (banco central americano), anunciaram que a única maneira de restaurar a sanidade dos mercados seria por meio da compra de enormes pilhas de papéis relacionados a hipotecas. Na teoria, o governo poderia lucrar com esses papéis se for possível vendê-los por preços maiores quando as coisas retornarem à normalidade.
Mas poucos acreditam que isso ocorrerá. O senador Richard Shelby, do Alabama, republicano do Comitê Bancário do Senado, estima que o preço derradeiro a ser pago pelos contribuintes poderá chegar a cerca de US$ 1 trilhão, ou duas vezes e meia maior que o déficit orçamentário federal deste ano.
Um princípio norteador da política econômica dos anos recentes preconiza que ninguém é esperto o bastante para diagnosticar a bolha antes dela estourar. Esse foi um dos mantras de Alan Greenspan durante sua presidência no Fed. Seu sucessor, Ben Bernanke, afirmou basicamente o mesmo quando assumiu o cargo em 2006. Sob seus pontos de vista, não importava o quanto os preços das ações subissem em relação ao lucro, ou o quanto os preços das casas subissem em relação aos aluguéis, os reguladores acabavam cedendo à sabedoria coletiva do mercado.
O mercado geralmente está certo no final das contas. Mesmo quando não está, Greenspan reiterou, estourar uma bolha antes de seu crescimento máximo poderia reprimir a inovação e prejudicar outras partes da economia. Limpar as seqüelas causadas pelo estouro da bolha é mais fácil e menos caro, ele argumentou. Estamos vivendo o momento da limpeza.

Congresso dos EUA muda pacote para proteger contribuinte

Rodrigo Postigo
29/09/2008
Os congressistas americanos conseguiram incluir medidas importantes no pacote de resgate do sistema financeiro dos Estados Unidos que não constavam no plano original. O objetivo foi dar mais transparência e controle sobre o andamento do pacote, além de proteger os contribuintes.
Uma das alterações relevantes foi o parcelamento dos US$ 700 bilhões em três vezes, ao contrário da proposta inicial do secretário do Tesouro Henry Paulson. A primeira será liberada imediatamente, a segunda deverá ser requerida pelo presidente Gerge W. Bush e a terceira dependerá de novas movimentações do Congresso, que vai avaliar a condução do pacote e os efeitos no sistema financeiro.
Outra conquista dos negociadores foi a imposição de limites nas compensações dos executivos de instituições que serão socorridas pelo pacote. Além disso, o plano prevê a possibilidade de o governo elevar os impostos para companhias que paguem seus executivos acima de US$ 500 mil por ano.

Bubblenomics

The New York Times
By DAVID LEONHARDT
Published: September 20, 2008
The past week, by any standard, has been an extraordinary one for America’s economy and its financial system. Merrill Lynch, which was founded during Woodrow Wilson’s administration, agreed to be bought for a bargain-basement price, while Lehman Brothers, which dates back to John Tyler’s presidency, simply collapsed.
By the end of the week, the federal government was preparing to buy hundreds of billions of dollars in securities that no bank wanted. It appears to be the government’s biggest fiscal intervention since the Great Depression, designed to get the financial markets working again and keep a credit freeze from sending the economy into a deep recession.
The announcement of the plan changed the mood on Wall Street and sent stocks soaring at the end of the week. But even if the economy avoids a tailspin, the next couple of years aren’t likely to feel especially good. It’s been a long period of excess, and the hangover could be long, as well. For the near future, the most likely outcome remains slow economic growth, scant income gains for most workers and, for investors, disappointing returns from stocks and real estate. If consumers begin to cut back on their debt-fueled spending things could get worse.
On Friday morning, the economists at Lehman Brothers sent out their usual weekly roundup of the news, but it came this time with a short, italicized note, explaining that the report would be the final one to appear under the Lehman banner. That bit of understatement preceded some more: “This episode of financial crisis,” Lehman’s economists explained, “appears to be much deeper and more serious than we and most observers thought it likely to be. And it is by no means clear that it is over.”
Yet, historic though this week has been, there is something familiar about what is happening. Once again, we are seeing the puncturing of a speculative bubble that was the result of asset prices soaring high above the underlying value of the assets. For as long as markets have existed, bubbles have formed. And whenever one of those bubbles begins to leak, it typically needs years to deflate, causing enormous economic damage as it does.
Only now, for instance, are the bubbles of the past decade and a half, first in the stock market and then in real estate, starting to go away. It’s easy to think of the turmoil of the past 13 months as being unconnected to the stock bubble of the 1990s, which appeared to end with the dot-com crash of 2000 and 2001. That crash brought down the overall stock market by more than a third, its worst drop since the 1970s oil crisis. Corporate spending on new equipment then plunged and employment fell for three straight years.
But dramatic though it was, the dot-com crash did not actually come close to erasing the excesses of the 1990s. Indeed, by some of the most meaningful measures, Wall Street after the crash looked a lot more like it was in a bubble than a bust.
As late as 2004, financial services firms earned 28.3 percent of corporate America’s total profits, according to Moody’s Economy.com. That was somewhat lower than it had been over the previous few years, but still almost double the financial sector’s average share of profits throughout the 1970s and ’80s. By 2007, the share had fallen only marginally, to 27.4 percent.
Meanwhile, the share of wages and salaries earned by employees of financial services firms continued to climb and reached a peak last year. Of every dollar paid to the American work force in 2008, almost 10 cents went to people working at investment banks and other finance companies, up from about 6 cents or 7 cents throughout the 1970s and ’80s.
How did this happen? For one thing, the population of the United States (and most of the industrialized world) was aging and had built up savings. This created greater need for financial services. In addition, the economic rise of Asia — and, in recent years, the increase in oil prices — gave overseas governments more money to invest. Many turned to Wall Street.
Nonetheless, a significant portion of the finance boom also seems to have been unrelated to economic performance and thus unsustainable. Benjamin M. Friedman, author of “The Moral Consequences of Economic Growth,” recalled that when he worked at Morgan Stanley in the early 1970s, the firm’s annual reports were filled with photographs of factories and other tangible businesses. More recently, Wall Street’s annual reports tend to highlight not the businesses that firms were advising so much as finance for the sake of finance, showing upward-sloping graphs and photographs of traders.
“I have the sense that in many of these firms,” Mr. Friedman said, “the activity has become further and further divorced from actual economic activity.”
Which might serve as a summary of how the current crisis came to pass. Wall Street traders began to believe that the values they had assigned to all sorts of assets were rational because, well, they had assigned them.
Traders sliced mortgages into so many little pieces that they forgot what they were really trading: contracts based on increasingly shaky loans. As the crisis has spread, other loans have started going bad as well. Hyun Song Shin, an economist at Princeton, estimates that banks have thus far absorbed only about one-third to one-half of the losses they will eventually be forced to take.
One of the few pieces of good news is that Wall Street finally seems to be coming to grips with the depth of its problems. You can see that most clearly, perhaps, in stock prices, which have at long last fallen from the stratospheric levels of the past decade.
The classic measure of whether the stock market is overvalued is the price-earnings ratio, which divides stock prices by annual corporate earnings. At the height of the bubble, in 2000, companies in the Standard & Poor’s 500 Index were trading at 36 times their average earnings over the previous five years. It was the highest valuation since at least the 1880s, according to the economist Robert Shiller.
By 2004, surprisingly enough, the ratio had dropped only to about 26, still higher than at any point since the 1930s. At the start of last year, it was still 26.
But after the market closed on Friday, the ratio was down to roughly 17, which happens to be about its post-World War II average. At least by this one measure, stocks are no longer blatantly overvalued.
This doesn’t necessarily mean they are done falling. For one thing, corporate profits could decline, particularly if households begin pulling back on spending. The unusually rapid rise of consumer spending over the past two decades is arguably the third bubble confronting the economy. It has happened thanks in part to a huge increase in debt, which may now be coming to an end, just as Wall Street’s love affair with debt appears to be ending as well.
And even if the economy does better than expected, investors may still turn pessimistic. “We tend to go through pendulum swings,” said Joel Seligman, the president of the University of Rochester, a longtime Wall Street observer. There are long periods of overexuberance, in which investors worry that they are missing the next great thing, followed by crises that make those same investors fear that the world as they know it is coming to an end.
That seemed to be the case last Wednesday, when share prices of Goldman Sachs and Morgan Stanley plunged even though the firms were still making money. Glenn Schorr, a UBS analyst, wrote an e-mail message to clients saying, “Stop the Insanity.”
But bubbles inevitably produce insanity, both on the way up and the way down. On Friday, the formerly laissez-faire Bush administration, along with the Federal Reserve, announced that the only way to restore sanity to the markets was for the government to buy an enormous pile of mortgage-related securities. Theoretically, the government could turn a profit on the securities if they can be sold for higher prices when normal conditions return.
But few expect that outcome. Senator Richard Shelby of Alabama, the ranking Republican on the Senate Banking Committee, estimated that the ultimate cost to taxpayers could be in the range of $1 trillion, or about two-and-a-half times as large as this year’s federal budget deficit.
A guiding principle of economic policy in recent years has been that nobody is smart enough to diagnose a bubble until it has already deflated. This was one of Alan Greenspan’s mantras during his tenure as the chairman of the Fed. His successor, Ben Bernanke, said much the same thing when he took office in 2006. As they saw it, no matter how high stock prices rose relative to profits, or no matter how high house prices rose relative to rents, regulators deferred to the collective wisdom of the market.
The market is usually right, after all. Even when it isn’t, Mr. Greenspan maintained, pricking a bubble before it grew too large could stifle innovation and hurt other parts of the economy. Cleaning up the aftermath of a bubble is easier and less expensive, he argued. We’re living through that cleanup now.

Brazil firms with derivatives hit by credit crisis

Fri Sep 26, 2008 3:40pm EDT
By Elzio Barreto
SAO PAULO, Sept 26 (Reuters) - The financial crisis battering global equity and bond markets looks closer to spilling over into the real economy in Brazil, where two large exporters disclosed massive trading losses this week.
Pulp producer Aracruz (ARCZ6.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (ARA.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and meat processor Sadia (SDIA4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (SDA.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) became the first companies to take hits late on Thursday, when they revealed losses on derivatives. Sadia fired its chief financial officer and Aracruz said its finance chief asked to step down.
"The issue with derivatives is that it's an interesting hedging tool, but if it's employed the wrong way it can be like a razor in the hands of a child," said Carlos Daniel Coradi, the head of Brazilian consulting firm Engenheiros Financeiros & Consultores.
Large exporters use derivatives to lock in exchange rates so they can better plan their operations.
Sadia, Brazil's largest poultry and pork producer, booked 760 million reais ($411.5 million) in losses from foreign exchange positions and Lehman Brothers Holdings Inc (LEHMQ.PK: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) bonds. The company's stock plunged as much as 37 percent on Friday.
Aracruz said its exposure to so-called "target forward" agreements that lock in the price of a currency against the real at a specified date was strongly influenced by volatility in global financial markets.
The company said losses with the contracts exceeded limits set by management, without disclosing details. Its shares sank as much as 21 percent.
The announcements capped two weeks of wild swings in Brazil's currency, the real BRBY, and raised concerns of losses in foreign exchange derivatives at other companies, mostly exporters.
The real, which weakened 12 percent in September, had days in the past weeks when it gained 5 percent and others when it plunged 4 percent, creating havoc on the balance sheets of companies with the derivatives.
"Our understanding is that this is focused on exporters who lock in at a certain exchange rate going forward," said Alexander Carpenter, chief credit officer for Latin America at ratings agency Moody's Investors Service. "We're looking into the situation right now. Not all the exporters -- some did, some didn't."
Brazilian meatpacker Marfrig (MRFG3.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) issued a statement on Friday saying the company has no leveraged positions in derivatives.
Rogerio Zarpao, a pulp and paper analyst at Unibanco, said clients are calling to ask the bank to map out companies with derivatives that may fall victim to the trading losses.
"Investors are right to be worried. It's a red flag," said Lucy Sousa, president of Brazil's Association of Capital Markets Analysts. "We will all look at companies that have businesses abroad and that are used to doing transactions in derivatives." (Additional reporting by Reese Ewing and Alberto Alerigi in Sao Paulo; Editing by Brian Moss)

O outro lado da ajuda de US$ 700 bilhões do governo dos Estados Unidos a Wall Street

Infomoney
29/09/2008

Não é todo dia que se vê o governo dos EUA comprando US$ 700 bilhões de ativos deteriorados das principais instituições financeiras de Wall Street. Embora ainda carente de devida aprovação do Congresso, a medida é um marco no sistema financeiro não somente norte-americano, mas global. Em pleno século XXI, o intervencionismo estatal é amplamente presente sobre os mercados.
É fato que em tempos prósperos, a mão do Estado quase nunca é bem-vinda. Mas em momentos de crise como o atual, investidores e CEOs (Chief Executive Officers) enxergam o governo como uma tábua de salvação. O subprime não foge à regra. Contudo, a atuação do Fed, do Tesouro e de outras entidades da Casa Branca vêm se mostrando ativa como há muito não se via.
Se aprovado, o pacote deve promover uma antecipação do fim da crise. "É o começo do término das turbulências", chegaram a afirmar analistas na semana passada. Não à toa, os mercados reagiram com ganhos históricos. Todavia, a operação tem também seus efeitos sobre a macroeconomia norte-americana. E nem todos eles são benéficos.
Arcando com o pacote
Os dispêndios com a manobra impressionam. Para se ter uma idéia do que são US$ 700 bilhões, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no quarto trimestre do ano passado somou US$ 679,583 bilhões. Isto para não falar nas injeções de liquidez e nas aquisições da Fannie Mae, Freddie Mac e AIG, entre outras medidas paliativas.
Tamanho montante não se cria de um dia para outro. De acordo com projeções do mercado, os contribuintes norte-americanos deverão arcar com até US$ 200 bilhões dos US$ 700 bilhões previstos no pacote, um peso considerável. Se as instituições de Wall Street, com todo o seu poder financeiro, já se encontram em apuros, que dirá do norte-americano de classe baixa ou média.
A situação é particularmente complexa quando colocada em seu contexto político: a iminência das eleições presidenciais. O pacote pode abalar ainda mais a já desgastada imagem de George W. Bush e, conseqüentemente, impactar a campanha do candidato republicado, John McCain.
Rombo fiscal
Há ainda os US$ 500 bilhões restantes. Ainda que o Tesouro dos EUA amplie a oferta de títulos no mercado a fim de angariar recursos para financiar o plano de socorro às instituições financeiras, cortes deverão ser conduzidos no orçamento governamental, especialmente em áreas sociais. Mais um ponto negativo para a imagem dos republicanos à véspera das eleições.
Paralelamente, as intervenções cada vez mais freqüentes do governo tendem a agravar ainda mais a situação fiscal norte-americana. No acumulado do ano fiscal de 2008, iniciado em outubro do ano passado, as contas públicas do país apresentam um rombo de US$ 483,354 bilhões até agosto. No mesmo período de 2007, o déficit foi consideravelmente menor, de US$ 274,393 bilhões.
Isto para não falar no chamado "risco moral". Quais os critérios para determinar qual ativo deve ser resgatado e qual não? Ademais, instituições financeiras até então resistentes à crise, com boas gestões e times administrativos, ficariam a ver navios, enquanto que firmas que tomaram mais riscos do que deviam receberão bilhões do governo. Algo, no mínimo, um tanto quanto injusto.
Cenário desastroso
Ainda assim, os defensores do plano orquestrado por Henry Paulson e Ben Bernanke acreditam que as conseqüências de uma passividade por parte do Federal Reserve e do governo norte-americano frente à crise seriam muito maiores e mais graves do que os custos do socorro a ser prestado, principalmente por conta da perspectiva de uma crescente falta de liquidez no mercado.
Sem conseguir efetuar suas captações regulares, companhias poderiam suspender pagamento de dívidas, contas e até mesmo de suas folhas de pagamentos. Sem salário, norte-americanos suspenderiam a prestação de impostos e tributos, deteriorando ainda mais a situação fiscal dos EUA, que paralelamente, teria que arcar com uma brusca elevação nos pedidos de ajuda financeiro, como os auxílio-desemprego.
Um cenário desastroso, marcado por uma profunda crise de confiança entre as instituições muito mais complexa de ser posteriormente revertida. Ademais, analistas acreditam que o montante de US$ 700 bilhões talvez nem venha a ser gasto inteiramente pelo governo, uma vez que mais de US$ 600 bilhões já foram reportados por instituições na forma de baixas contábeis.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Crédito bate novo recorde e atinge 38% do PIB

Terra / Laryssa Borges
26/09/2008
O volume do crédito ofertado pelos bancos aumentou 2,3 pontos percentuais em agosto, em comparação ao mês anterior, chegando à marca de R$ 1,11 trilhão. O valor corresponde a 38% do Produto Interno Bruto (PIB) e representa novo recorde histórico. Em junho, a relação entre crédito e PIB já havia atingido a marca de 37,2%, o então melhor patamar desde janeiro de 1995, quando a cifra chegou a 36,8%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Banco Central.
No acumulado de janeiro a agosto, o crédito cresceu 18,6%. Nos últimos 12 meses até agosto de 2008, o crédito bancário subiu 31,8%, a despeito das recentes elevações da taxa básica de juros, a Selic, e da decisão do governo no início do ano de também elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Estamos observando um aumento forte do crédito para pessoa jurídica. A pessoa jurídica cresce a 3,4% ao mês, impulsionada pelo capital de giro. No que diz respeito à pessoa física, você tem uma acomodação e tem alguma desaceleração", comentou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Segundo ele, a acomodação e tendência de queda para crédito para pessoa física justificam-se, basicamente, por força do crédito consignado, que tem desconto diretamente na folha de pagamento.
"As taxas (cobradas para a pessoa que adquiria o empréstimo) foram bastante elevadas e agora estão mais baixas. Hoje já não se faz mais isso (tanto volume de crédito consignado) porque as taxas são bem mais baixas. Aquela ênfase não tem mais", avaliou.

Jornal Economia em Notícia - Edição 35

Setor investirá US$ 600 milhões em capacidade produtiva e logística

Gazeta Mercantil/Caderno C / Luciana Collet
26/09/2008
O setor de higiene pessoal e beleza deve investir US$ 600 milhões neste ano na ampliação da capacidade produtiva e do sistema logístico, informou ontem João Carlos Basilio da Silva, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). O volume corresponde a um crescimento de 35% em relação aos cerca de US$ 480 milhões aplicados em 2007. "É um patamar que vem crescendo anualmente. Há três ou quatro anos investíamos entre US$ 300 milhões e US$ 350 milhões por ano", disse.
O crescimento se deve ao aumento do consumo no mercado interno, o que exige um incremento na produção de 9% por ano, disse o executivo. Segundo ele, já existem máquinas trabalhando 24 horas por dia para atender os pedidos.
De acordo com levantamento realizado pela entidade, no primeiro semestre deste ano, o setor obteve uma receita de R$ 7,75 bilhões, preço de fábrica, sem contar impostos. O valor é 7,7% maior em relação ao apurado em igual período do ano passado. Para 2008, a previsão é alcançar R$ 21,2 bilhões, o que representaria alta de 8,7%. O percentual é inferior à média de 10,9% (índice deflacionado) registrada nos últimos 12 anos.
Segundo Basilio, em fevereiro foi implementada no Estado de São Paulo a substituição tributária que elevou em cerca de 70% o total de carga tributária que incide sobre os produtos de higiene pessoal e cosméticos. "Isso prejudicou o nosso desempenho em fevereiro e março", disse Basilio. São Paulo responde por aproximadamente 40% do mercado nacional de higiene pessoal e beleza. De acordo com Basilio, outros estados também estão avaliando a alteração.
Perfumaria
Com esse percalço, o segmento que mais se destacou no primeiro semestre foi o de perfumaria, com crescimento de 13,8% no período, para R$ 1,12 bilhão. "A venda direta e as franquias respondem por 90% da comercialização de perfumes e colônias e esses canais não foram afetados pela substituição tarifária", explicou.
Segundo o executivo, as vendas ao varejo caíram 3,35% em fevereiro, enquanto as vendas diretas, que já tinham substituição tarifária, cresceram 27,07% no mesmo mês.
O segmento de cosméticos cresceu apenas 2,4% nos primeiros seis meses deste ano, para R$ 1,86 bilhão, enquanto as vendas de higiene pessoal somaram R$ 4,76 milhões, o que representa alta de 8,5%, ante o primeiro semestre de 2007.
Basilio afirmou que em 2009 a taxa de crescimento deve voltar ao mesmo patamar dos anos anteriores. A depender do câmbio, tal ritmo de expansão pode dar ao País a segunda colocação entre os principais mercados mundiais em 2010. Desde 2006, o Brasil é o terceiro maior mercado mundial de higiene pessoal e beleza, apenas atrás dos Estados Unidos e do Japão, que têm registrado aumento abaixo de 2%. O mercado brasileiro movimentou US$ 22,2 bilhões em 2007, alta de 22,6% ante o ano anterior.
Entre os mercados em que o Brasil mais cresce está o de protetores solares, que 2007 movimentou US$ 570 milhões, 31,2% do apurado um ano antes. Com isso, o País já responde por 8,2% do mercado mundial, de US$ 6,95 bilhões e passou da quinta para a terceira colocação no ranking de principais países consumidores.

Plano de ajuda financeira enfrenta impasse nos EUA

Acordo preliminar no Congresso não teve continuidade na Casa Branca.
Segundo Obama, acordo será alcançado 'no devido tempo'.
G1
26/09/2008
Após o anúncio de um acordo preliminar entre os partidos democrata e republicano durante a tarde desta quinta-feira (25), o plano de socorro de US$ 700 bilhões do governo americano para o setor financeiro enfrenta um impasse. Uma reunião realizada no fim da tarde na Casa Branca que contou com a presença do presidente George W. Bush, dos pré-candidatos Barack Obama e John McCain e de líderes dos dois principais partidos não conseguiu obter um consenso sobre o pacote econômico. Os líderes dos partidos se mantêm reunidos com os principais especialistas econômicos do governo, na esperança de alcançar um acordo antes do recesso parlamentar americano. A interrupção deveria começar na sexta-feira (26), mas poderá ser adiada devido às negociações. Falta de consenso
Após participar da reunião, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, afirmou que o acordo virá "no devido tempo", mas que são necessárias novas reuniões para que se chegue a um consenso.
"Ainda são necessárias discussões entre o presidente George W. Bush e seus aliados republicanos - incluindo John McCain, o candidato do partido - para que eles definam "o que querem exatamente", afirmou o senador à rede de TV "CNN".
Segundo ele, do ponto de vista democrata, o programa de ajuda não pode ser um "socorro aos CEOs" (executivos de bancos), mas sim ter o objetivo de evitar problemas sérios para o contribuinte americano, incluindo a desvalorização dos planos de aposentadoria. Por sua vez, McCain também se disse otimista. "Tenho confiança que conseguiremos um acordo que agrade à maioria dos colegas do meu lado, assim como a maioria do outro lado", declarou em entrevista à rede de TV "CBS". O candidato republicano negou que um acordo teria sido alcançado anteriormente: "eu sabia, ao entrar, porque já havia estado com meus colegas republicanos na Câmara, que nunca houve um acordo. Mas eu acredito que a reunião foi importante para fazer o processo avançar", afirmou McCain. Esperança
"Minha esperança é de que a gente consiga um acordo", disse o senador democrata Christopher Dodd, presidente do comitê bancário do Senado dos EUA, na noite desta quinta-feira. Mais cedo, ainda no Capitólio, ele comemorava por ter chegado a um entendimento com líderes republicanos sobre as diretrizes do pacote.
Segundo agências internacionais, Dodd reclamou que alguns deputados republicanos estão tentando usar o episódio para fazer um "plano de resgate de John McCain", e não do sistema financeiro. Visão de Bush
No fim da tarde, o presidente George W. Bush disse que tinha a expectativa de chegar "muito rapidamente" a um acordo com os parlamentares sobre o plano de resgate do sistema bancário, cujo custo é estimado em US$ 700 bilhões.
"Minha esperança é que possamos chegar a um acordo muito em breve", declarou Bush durante uma reunião com membros do Congresso da qual também participaram os candidatos à eleição presidencial de 4 de novembro, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain. Os líderes da Casa Branca e do Congresso dos EUA prometeram após a reunião que vão continuar trabalhando juntos para finalizar o plano, afirmou a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. "Existe um claro senso de urgência e concordância sobre a necessidade de estabilizar os mercados financeiros e evitar que uma massiva crise financeira afete todos na América", disse Perino.
Pacote
Segundo notícias divulgadas por agências de notícias, o pacote incluiria algumas exigências dos deputados, como a limitação da concessão de bônus a executivos dos bancos ajudados pelo dinheiro oficial e também a liberação da ajuda em parcelas, sendo a primeira delas de US$ 250 bilhões. Nesta quinta-feira, o otimismo geral sobre um acordo foi suficiente para alavancar uma baixa do dólar, que fechou com baixa de 1,62%, e uma alta de 3,98% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As bolsas européias e norte-americanas também tiveram um dia positivo. Acordo
Nesta tarde, o senador democrata Chris Dodd, ao lado de legisladores republicanos, havia anunciado que os congressistas dos dois principais partidos dos EUA chegaram a um acordo básico sobre as diretrizes do plano. Segundo o senador republicano Barney Frank o congresso estava "a caminho" da aprovação do pacote.
Dodd declarou que, depois de três horas de discussão, os negociadores dos dois partidos resolveram submeter o texto de seu acordo aos responsáveis do departamento do Tesouro. Na seqüencia, eles se encontraram com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, para detalhar as medidas. O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, também disse que as lideranças partidárias no Congresso "fizeram progressos" na negociação do pacote de resgate financeiro e "parecem estar perto de um acordo". Tanto Obama quanto o candidato republicano John McCain fizeram um manifesto em favor da aprovação do pacote na quarta-feira.

IOF pode ser revisto se economia continuar a crescer

Agência Estado
26/09/2008
O novo secretário-adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, avaliou hoje que "é possível" uma redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) se a economia brasileira continuar crescendo. As alíquotas do IOF foram elevadas no início do ano para compensar a perda de arrecadação do governo com o fim da CPMF.
"É possível que ele (ministro Guido Mantega) venha a rever (as alíquotas)", disse o secretário, acrescentando que essa é uma decisão de política econômica que não diz respeito à Receita. "É da competência do ministro", disse.
De janeiro a agosto, a arrecadação do IOF já cresceu 151,72% acima da inflação medida pelo IPCA, com um aumento de R$ 8,1 bilhões sobre a arrecadação registrada no mesmo período do ano passado. Faltando ainda quatro meses para o fim do ano, o valor arrecadado a mais já está próximo ao previsto pelo governo de aumento das receitas este ano de R$ 8,5 bilhões com a elevação das alíquotas do IOF.
Questionado se o governo teria "pesado a mão" no valor das alíquotas, o secretário respondeu: "Você quer uma justificativa econômica que eu não posso dar." Dos R$ 8,1 bilhões arrecadados a mais com o IOF, R$ 3,262 bilhões são referentes a operações de crédito com pessoa física. Outros R$ 2,852 bilhões são referentes a operações com empresas.
O secretário também avaliou que é possível "sonhar" com uma redução da carga tributária do País. "Se a economia continuar crescendo, talvez seja possível", disse.

Empréstimos de bancos atingem recorde nos EUA, diz FED

Reuters
26/09/2008
O valor dos empréstimos tomados por instituições financeiras dos Estados Unidos atingiu um recorde de US$ 187,75 bilhões ao dia, em média, na última semana, em meio ao aprofundamento da crise financeira em Wall Street, informou o Federal Reserve nesta quinta-feira.
A quantia total emprestada é quase quatro vezes o recorde anterior, batido uma semana antes.
O FED anunciou na última sexta-feira as medidas para ajudar os mercados, incluindo a abertura de sua janela de desconto para instituições financeiras para que elas possam comprar ativos.
As medidas fazem parte de um pacote do governo para acalmar os mercados após a falência do Lehman Brothers Holding e o resgate pelos Estados Unidos da seguradora AIG.

Crise mundial 'pode beneficiar Brasil', diz jornal

BBC Brasil
26/09/2008
Duas reportagens do jornal Financial Times sugerem nesta quinta-feira que a crise econômica mundial pode, paradoxalmente, terminar sendo benéfica para o Brasil. Os artigos, assinados pelo correspondente do jornal em São Paulo, afirmam que a crise pode funcionar como um controle para o crescimento econômico cujo vigor vinha criando pressões inflacionárias.
Diferentemente de outras épocas, o País está mais preparado para enfrentar as turbulências, dizem as reportagens, que no entanto alertam para os fatores - domésticos - com potencial de criar problemas no futuro.
"Desta vez é diferente. Pelo menos até agora", diz a reportagem "Brasil espera um resfriado leve, mas nada sério", publicada na versão impressa do diário financeiro britânico.
O título faz referência ao tradicional dito segundo o qual "quando os mercados financeiros americanos espirram, a América Latina pega uma gripe".
A matéria diz que, embora não tenha conseguido se descolar do resto do mundo, o Brasil está otimista em que seu nível de reservas - em torno de US$ 200 bilhões - seja capaz de conter uma turbulenta saída de capitais como a que se seguiu à crise asiática em 1997 e a crise da Rússia em 1998.
"Mais que isso, a crise de crédito pode ter vindo em boa hora, num momento em que a atividade econômica paresenta indicadores que apontam para uma curva de superaquecimento. Assim, a crise, potencialmente, pode ajudar o País a desaquecer sua economia sem derrubar o crescimento abaixo do potencial do país", escreve o FT.
Economistas ouvidos pelo jornal crêem que o aumento do Prodito Interno Bruto (PIB) passe de 5,4% este ano para 3,5% no ano que vem - bem melhor que o 1% estimado para o resto do mundo, mas capaz de trazer a inflação, que já superou os 6% ao ano, para o centro da meta de 4,5%.
Com isso, o Banco Central (BC) também poderia rever a quantidade de vezes em que deve aplicar um aumento de juros, diz o jornal.
Mas o FT também faz um alerta para o futuro, afirmando que "preocupações antigas permanecem e podem interferir no (curso da economia do) Brasil". A principal delas é o gasto do governo, capaz de gerar demanda e assim criar novas pressões inflacionárias.
Com o governo usando os gastos como motor do crescimento, "o papel da política fiscal, que continua sendo altamente expansionista, tem sido ignorado", diz o diário britânico, na reportagem "Confiança do Brasil acumula problemas para o futuro", publicada em sua versão online.
Um economista citado na matéria afirma que, mesmo com o BC aplicando arrochos monetários para frear o aumento dos preços, "no final, as expectativas de inflação a longo prazo são determinadas pela política fiscal, não pela política monetária".

Arrecadação cresce 10,33%, chega a R$ 452 bi e bate recorde em agosto

Folha Online / Eduardo Cucolo

26/09/2008
A arrecadação de impostos e contribuições cresceu 10,33% nos oito primeiros meses de 2008 e atingiu novo recorde. Mesmo com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a Receita Federal arrecadou R$ 452 bilhões entre janeiro e agosto.
Somente no mês passado, foram R$ 53,93 bilhões, aumento de 4,27% em relação ao mesmo mês de 2007 e valor recorde para meses de agosto, considerando dados corrigidos pelo índice oficial de inflação (IPCA).
Em termos relativos, o imposto cuja arrecadação mais cresceu no ano foi o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que teve suas alíquotas elevadas para compensar o fim da CPMF. A arrecadação subiu 152% e chegou a R$ 13,45 bilhões no acumulado do ano. A maior parte desse valor (R$ 4,7 bilhões) foi pago pelas pessoas físicas que fizeram empréstimos no período.
Em valores absolutos, o principal responsável pela arrecadação recorde foi o Imposto de Renda (pessoa física, empresas e retido na fonte), que respondeu por 28,6% do total. Foram arrecadados R$ 129,3 bilhões, sendo R$ 61 bilhões somente das empresas.
A Receita vem justificando os sucessivos recordes alcançados neste ano com base no aumento do lucro das empresas e no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
A segunda maior arrecadação ficou com a Cofins (R$ 79,9 bilhões), aumento de 17,7% sobre o ano passado.
CPMF
Nesse ano, já foram arrecadados mais de R$ 40 bilhões a mais em relação ao mesmo período de 2007. Esse valor equivale à previsão de receitas da CPMF para este ano, caso ela não tivesse sido extinta pelo Congresso.
Nos oito meses do ano, o governo deixou de arrecadar R$ 25 bilhões de CPMF. Em compensação, houve um aumento de R$ 20 bilhões em pagamento de Imposto de Renda, R$ 9 bilhões em Cofins, R$ 7 bilhões em CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido) e cerca de R$ 8 bilhões em IOF.
Desaceleração
Apesar de recorde, o dado de agosto representa uma desaceleração em relação aos valores arrecadados até julho, quando a arrecadação estava crescendo a uma taxa de 11,2%.
A Receita também divulga os dados sem correção pela inflação. Nesse caso, a taxa de crescimento acumulada até agosto é de 9,5%, abaixo dos 10,4% verificados até julho.
Houve também desaceleração em relação ao primeiro quadrimestre do ano (janeiro-abril), quando a arrecadação crescia a taxas entre 20% e 12%. Entre maio e agosto, os percentuais ficaram entre 10,6% e 9,5%.
Carga tributária
A Receita também atribui a arrecadação recorde à cobrança judicial de dívidas tributárias e às ações de fiscalização realizadas no ano. Foram R$ 11,9 bilhões em multas e juros, um aumento de 35% no ano. O Fisco também estima mais R$ 10 bilhões, pelo menos, em impostos atrasados relacionados a essas cobranças.
O governo também cita a unificação da Receita com a arrecadação previdenciária, como responsável pela melhora. As receitas da Previdência, que respondem por cerca de 25% da arrecadação, cresceram 11,6% no ano e chegaram a R$ 113,8 bilhões.
A Receita sempre nega que haja aumento da carga tributária, apesar da elevação das alíquotas do IOF e também da CSLL para instituições financeiras neste ano.
Segundo o Fisco, o governo já promoveu quase R$ 60 bilhões em desonerações tributárias neste ano, além da perda estimada de cerca de R$ 40 bilhões na CPMF, que no ano passado respondia por cerca de 6% da arrecadação.
A Receita cita também a redução na alíquota da Cide (tributo dos combustíveis) para compensar o aumento da gasolina e do diesel. Houve uma queda de 20,44% na arrecadação desse tributo neste ano, para R$ 4,45 bilhões.

Financial Chill May Hit Developing Countries

The New York Times
By MARK LANDLER
Published: September 25, 2008
WASHINGTON — As Europe and Asia play down the need for an American-style bailout for their banks, the crisis may threaten a different class of countries: those in Eastern Europe, Latin America and Africa that depend on foreign capital and shoulder American-style trade deficits.
Alarmed by the threat, the managing director of the International Monetary Fund, Dominique Strauss-Kahn, is calling for a multilateral consultation — involving the United States, Europe, China and other financial powers — to develop a coordinated response to the crisis.
“We’re facing a systemic crisis, and it needs a systemic response,” Mr. Strauss-Kahn said in an interview on Wednesday. “The I.M.F. is the right place to organize a global response to weaknesses in the global financial system.”
His initiative is an attempt to thrust the fund back into the thick of world events — a role it played in previous financial crises in Asia, Russia and Latin America, but has not played in the current turmoil.
Whether or not he succeeds, economists agree that Mr. Strauss-Kahn, a former French finance minister, has identified a risk. The crisis, by squeezing the flow of capital, threatens countries from the Baltic to Africa that depend on foreign money to finance their deficits.
“There are a number of countries where you can get quite worried if capital flows stop,” said Thomas Mayer, the chief European economist at Deutsche Bank in London. “When you look at their high current-account deficits, Central and Eastern Europe seem particularly vulnerable.”
A second category of countries are those who export oil or other commodities, and are vulnerable to a decline in prices — something that economists said would happen if the crisis hobbled growth. Oil plunged last week as Wall Street teetered, but it bounced back as hope rose for a bailout.
“If the world economy does experience something like a global recession next year, those countries will be at risk,” said Michael Mussa, a senior fellow at the Peterson Institute for International Economics.
There are more than 20 countries with current-account deficits that exceed 5 percent of their economic output, Mr. Strauss-Kahn said, putting them in what the fund considers the endangered category.
Mr. Strauss-Kahn declined to name names, but outside economists listed Bulgaria, Estonia, Romania and Turkey as among the red flags in Europe. In Africa, they said, South Africa and Nigeria were worrisome; and in Latin America, Venezuela and Ecuador.
The list, Mr. Strauss-Kahn said, does not include the four largest emerging-market countries — China, Russia, Brazil and India — which are running healthy trade surpluses or have hundreds of billions in foreign exchange reserves, though Russia is vulnerable to a drop in oil prices.
Western Europe, economists say, is unlikely to be seriously affected, despite having banks that hold mortgage-related assets. This has made European officials reluctant to heed the Treasury Department’s call for them to undertake their own efforts to bolster the financial system.
Treasury Secretary Henry M. Paulson Jr. has resisted efforts by Congress to make foreign banks ineligible for the plan. But administration officials said they planned to set priorities on which ones to help, based on whether their governments were willing to help with the cleanup process.
Two of the most threatened countries lie on Europe’s eastern frontier: Bulgaria and Romania, which have racked up high current account deficits and are running overheated economies.
“These countries have been growing too fast or borrowing too much,” said Peter Akos Bod, a former president of the Hungarian central bank. “Should there be a sudden stop in capital, they would be in deep trouble.”
Latin America is a perennial source of worry, given its history of troubled fiscal policy. For the moment, several countries, notably Venezuela, are benefiting from the soaring price of oil.
But if oil and other commodities were to decline, said John Williamson, a senior fellow at the Peterson Institute who specializes in the region, “South America would be less comfortably placed.”
Mr. Strauss-Kahn said he recognized that the monetary fund would be largely a bystander in this crisis, given that the problems began in the United States and remain largely a domestic banking issue.
But he said the fund could play a role in giving advice. Among its suggestions: rather than buy distressed mortgage-related securities from banks, the Treasury should swap them for bonds, which Mr. Strauss-Kahn said would be cheaper and leave some of the risk with the banks.
Mr. Strauss-Kahn said he also planned to confront one of the most politically charged issues at the fund: strengthening its pressure on China to allow its currency, the renminbi, to rise.
Critics in the Bush administration and Congress say the fund has not pushed China hard enough on its currency. Mr. Strauss-Kahn acknowledged the difficulty of being tougher, given the politics of the fund.
The fund’s last multilateral consultation, to discuss global imbalances, was held in 2006. It included China, Japan, the European Union, Saudi Arabia, and the United States. Mr. Strauss-Kahn did not say which countries would be invited to take part this time, though other officials said it would probably include those countries and emerging markets like Brazil and Russia.

Wrangling holds up US rescue

Financial Times
By Daniel Dombey, Krishna Guha and James Politi in Washington and Andrew Jack and Michael Mackenzie in New York
Published: September 25 2008 19:18 Last updated: September 26 2008 04:23
An unprecedented White House emergency meeting broke up on Thursday night after failing to reach full agreement on the Bush administration’s financial rescue package after another day of intense stress on the money markets.
In an outbreak of political wrangling, a hard core of Republicans on Capitol Hill maintained their resistance to a deal, even as John McCain and Barack Obama, the leading candidates in November’s presidential elections, met President George W. Bush and congressional leaders to hammer out a compromise.
The setback in the talks forced Hank Paulson, US Treasury secretary, and Ben Bernanke, chairman of the Federal Reserve, to return to Capitol Hill late on Thursday for a new round of discussions with legislators.
Further talks were expected to resume on Friday.
Earlier in the day, hopes for a bail-out deal rose after senior politicians from both parties endorsed principles granting the administration the the full $700bn (£380bn) it sought, but with a first tranche of just $250bn and a further $100bn available without further congressional approval. Congress would get a chance to vote on the remaining $350bn at a later date.
The proposed compromise also modified the administration’s original proposals so as to prevent “inappropriate executive compensation for participating companies”. It would allow the federal government to take stakes in the companies assisted under the plan and establish a powerful oversight board.
But by mid-afternoon, progress had stalled, after a group of House Republicans circulated an alternative plan that would set up an emergency insurance fund for financial institutions instead of the proposal to purchase troubled mortgage assets presented by the Bush administration.
The disarray in the bail-out negotiations became even more apparent after the White House meeting, which one congressional aide described as having been extremely fraught.
“We haven’t gotten agreement,” said Richard Shelby, the senior Republican member of the senate banking committee, after emerging from the White House meeting. “There’s still a lot of different opinions. Mine is it’s flawed from the beginning.”
Mr Obama steered clear of criticising Mr McCain after the White House meeting, saying “eventually there will be a deal” and placing blame on the dissident Republicans for the hold-up in the deal. Although Democrats hold a majority in the House, Nancy Pelosi, the speaker, has made it clear she wants the unpopular bail-out legislation to be agreed on a bipartisan basis.
After the White House meeting, Mr Paulson knelt down in front of Ms Pelosi, imploring for her help in passing the legislation
Before Mr Paulson headed up to Capitol Hill on Thursday to revive the talks, a Treasury spokeswoman issued a statement urging members of “both parties” to complete the legislation quickly. “There are still open issues to be resolved, and we are committed to resolving them,” she said.
The S&P 500 finished up nearly 2 per cent and had shrugged off a profits warning from General Electric amid hopes that Congress would pass the plan. The dollar was broadly firmer and Treasury yields had risen.
But conditions in the money markets remained deeply distressed, with short-term rates rising further and lending beyond overnight largely paralysed.
Hans Jorg Rudloff, Barclays Capital chairman, said: “Anyone looking at the money markets would come to the conclusion that we are one minute before a terminal heart attack. Therefore the rescue package will pass. There is no choice.”
Weekly data on commercial paper from the Federal Reserve showed a fall of $61bn in outstanding volume, the biggest weekly dip since August 2007.
Three-month dollar Libor rose 29 basis points to 3.77 per cent.
If this key borrowing rate does not soon ease, the Fed may be forced to attack it directly with three-month liquidity operations.
Meanwhile, data revealed the massive increase in Fed liquidity support over the past week, including $73bn in indirect loans to money market funds and a near doubling of its direct lending to investment banks and other primary dealers.
The talks followed an announcement the day before by Mr McCain to suspend his presidential campaign. But the Obama camp resisted Mr McCain’s calls to delay the first presidential debate, scheduled for Friday.
“Now that we’re on the verge of making a deal, John McCain drops himself in to make a deal,” said Barney Frank, chairman of the House financial service committee. “I worry about this politicisation of it.”

US ‘will lose financial superpower status’

By Bertrand Benoit in Berlin
Financial Times
Published: September 25 2008 11:55 Last updated: September 25 2008 20:28

The US will lose its role as a global financial “superpower” in the wake of the financial crisis, Peer Steinbrück, the German finance minister, said on Thursday, blaming Washington for failing to take the regulatory steps that might have averted the crisis.
“The US will lose its status as the superpower of the world financial system. This world will become multi¬polar” with the emergence of stronger, better capitalised centres in Asia and Europe, Mr Steinbrück told the German parliament. “The world will never be the same again.”
His were the most out¬spoken comments by a senior European government figure since Wall Street fell into chaos two weeks ago.
He later told journalists: “When we look back 10 years from now, we will see 2008 as a fundamental rupture. I am not saying the dollar will lose its reserve currency status, but it will become relative.”
The minister, who has spearheaded German efforts to rein in financial markets in the past two years, attacked the US government for opposing stricter regulations even after the subprime crisis had broken out last summer.
The US notion that markets should remain as free as possible from regulatory shackles “was as simplistic as it was dangerous”, he said.
But Mr Steinbrück had warm words for the US’s crisis management in the past fortnight, including the government’s planned $700bn rescue package for the financial sector. Washington, he said, had earned credit for acting not just in the US interest but also in the interest of other nations.
Yet he repeated Germany’s refusal to mount a similar rescue operation using taxpayers’ money to acquire toxic assets. “This crisis originated in the US and is mainly hitting the US,” he said. In Europe and Germany, such a package would be “neither sensible nor -necessary”.
The US, Mr Steinbrück said, had failed in its oversight of investment banks, adding that the crisis was an indictment of the US two-tier banking system and its “weak, divided financial oversight”.
He blamed Washington for refusing to consider proposals Berlin had made as it chaired the Group of Eight industrial nations last year. These proposals, he said, “elicited mockery at best or were seen as a typical example of Germans’ penchant for over-regulation”.
His comments followed calls this week by Nicolas Sarkozy, the French president and current holder of the European Union presidency, for an emergency G8 meeting on the crisis.
Mr Steinbrück’s proposals include a ban on “purely speculative short selling”; a crackdown on variable pay for bank managers, which had encouraged reckless risk-taking; a ban on banks securitising more than 80 per cent of the debt they hold; international standards making bank managers personally responsible for the consequences of their trades; and increased co-operation between European super¬visors.
Following a meeting with Christine Lagarde, his French counterpart, in Berlin, he said France and Germany would set up a working group of treasury, central bank and supervisory authority officials that would consider tougher regulation of short selling.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 34

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 33

Jornal Economia em Notícia - Edição 32

Para Febraban, crise dos EUA reduzirá alta do crédito no país

Entidade mostra que expectativa de crescimento para 2007 foi reduzida. Risco de redução do crescimento econômico é 'médio', segundo bancos.
G1 / Laura Naime
24/09/2008
A crise dos mercados financeiros deve se refletir no mercado de crédito do Brasil, segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), feita com 26 instituições brasileiras.
Segundo o levantamento, as operações de crédito devem crescer 23,94% no ano. Em julho, a expectativa dos bancos era de um crescimento de 24,97% de janeiro a dezembro.Para o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, as instituições podem demonstrar preocupação quanto à obtenção de crédito no mercado internaiconal. Em consequência, podem reduzir a oferta interna de crédito.
"O cenário é de um pouco mais de cautela, com redução do crescimento dessas operações", disse Sardenberg. Ao mesmo tempo, apontou ele, é preciso considerar que a esperada redução do crescimento econômico vai diminuir a demanda pelo crédito. "O movimento é de ajuste nas carteiras, mas a situação ainda é bastante positiva", apontou.
O levantamento mostra que a expectativa de crescimento recuou mais para o crédito pessoal para pessoa física. Enquanto em julho a alta esperada para o ano era de 27,07%; e, setembro, a projeção de alta passou para 24,33%.
Contágio
De acordo com o levantamento, 56% dos bancos acreditam que o risco de contágio da crise na economia brasileira é "médio", estando mais ligado ao crescimento da economia como um todo do que especificamente ao setor bancário.
"O sistema financeiro brasileiro é completamente diferente do que você tem lá fora, menos alavancado, com volume de crédito imobiliário muito menor. Por outro lado, há um certo receio de que os desdobramentos vão levar a uma desacelaração da economia, com redução da liquidez e enxugamento de linhas de crédito", afirmou o economista.
Apesar do aumento do aperto econômico, com a elevação da taxa básica de juros da economia para 13,75%, a expectativa de crescimento do PIB de 2008 foi elevada em em setembro, para 5,15%, ante 4,79% em julho. Para 2009, no entanto, os bancos esperam crescimento de 3,75% - há três meses, o crescimento esperado para o ano que vem era de 3,90%.
Inflação, dólar e juros
Os bancos participantes da pesquisa mantiveram a previsão de que a taxa Selic chegue ao final do ano em 14,75%, com duas altas de 0,50 ponto percentual até dezembro.
Com a queda esperada no crescimento do PIB, no entanto, as instituições acreditam em uma redução no aperto, com o recuo da taxa para 13,75% ao final de 2009. "A expectativa de redução da atividade econômica pode facilitar o trabalho do BC", apontou Sardenberg.
A recente elevação do dólar, que chegou a ultrapassar os US$ 1,90 na semana passada, também alterou as expectativas dos bancos para a taxa de câmbio. Em julho, as instituições acreditavam que a moeda norte-americana encerraria o ano cotada a R$ 1,63. Na pesquisa atual, esse valor sobe para R$ 1,74. A expectativa para 2009 é de mais alta, com o dólar fechando dezembro a R$ 1,82.
“Essa mudança reflete um cenário internacional um pouco mais complicado, de ajuste. Mas no Brasil, um cenário bastante positivo, se a gente considerar o conjunto", comentou o economista da Febraban.
A pesquisa mostrou ainda uma expectitiva de redução nas taxas de inflação, também provocada pela desaceleração do crescimento. Para 2008, os bancos acreditam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 6,19%, ante 6,48% da pesquisa anterior. Já para 2009, os bancos esperam taxa de 4,94%.

FBI investiga gigantes financeiros dos EUA por fraude

Investigação envolve Lehman Brothers, Fannie Mae e Freddie Mac.26 companhias estariam sob investigação.
G1
24/09/2008
O FBI está investigando denúncias de fraude contra quatro instituições financeiras cujo colapso estimulou a elaboração do plano de resgate de US$ 700 bilhões pelo governo Bush.
Duas fontes oficiais disseram à reportagem da AP nesta terça-feira (23) que o FBI está investigando fraude potencial nos gigantes hipotecários Fannie Mae e Freddie Mac, e na seguradora AIG.
Além disso, um outro oficial disse que o banco de investimentos Lehman Brothers também está sob investigação.
As investigações terão foco nas instituições financeiras e nos indivíduos que as administravam, disse uma fonte oficial que não quis se identificar, porque as investigações estão em andamento em estágios iniciais.
Os oficiais disseram que as novas análises aumentam para 26 o número de companhias sob investigação desde o ano passado.
A reportagem entrou em contato com as quatro empresas, mas não tiveram retorno imediato. Um porta-voz do Lehman Brothers não quis se pronunciar sobre o tema.

É hora da evolução da SOX

Mais que apenas apresentar relatórios, empresas precisam ter visão dos riscos. E o CIO tem papel fundamental neste processo

CIO/ Marina Pita

24/09/2008

Está na hora das empresas evoluírem em relação aos controles internos e demonstração contábil, avalia Alfred John Bacon, consultor-sênior de finanças corporativas e controles internos da Petrobras. Especialista em controle contábil e prestação de contas de empresas de capital aberto, Bacon defende, no entanto, que está na hora das companhias irem além dos parâmetros estabelecidos pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e evoluírem para o Enterprise Risk Management (ERM) - COSO II.
De acordo com Bacon, essa é uma forma eficiente de não apenas garantir que o relatório contábil da companhia seja um espelho de sua condição e administração, mas também uma forma de ganhar uma visão estratégica dos riscos da companhia. "É partindo do conhecimento acumulado com SOX que as empresas podem evoluir para uma visão mais abrangente do processo", sentencia o consultor-sênior da Petrobras, maior companhia brasileira de capital aberto.
Nesse sentido, ele explica, a Petrobras vem tomando uma série de medidas para fazer o mapeamento de riscos e controles nos processos de negócio, para ter uma visão gráfica de tudo. "Como os auditores querem compreender os processos de negócio de forma clara, adotamos uma ferramenta para ter essa visão", afirma Bacon.
As agências de classificação de risco, tais como a Fitch e a Moody, estão se preparando para incluir a análise de ERM em seus relatórios. A Standard & Poor's já começa a analisar o risco das companhias incluindo como critério a adoção de políticas de Enterprise Management Risk – ou a falta delas.
Em paralelo, as maiores fornecedoras de ERP – SAP e Oracle – apresentam ao mercado suas versões de plataforma para ERM. A própria Petrobras esta adotando a solução da multinacional alemã, de GRC (Governance, Risk e Compliance), já que usa o ERP da SAP.
"Observamos que empresas que adotaram ERM apresentam melhorias nos processos. Na Petrobras, por exemplo, realinhamos as áreas de finanças e contábil. Mudamos para uma estrutura centralizada e corporativa que garante que todos usem os mesmos processos", explica Bacon. Segundo o consultor, esse tipo de medida reduz ainda o prêmio do seguro da companhia.
Entre os vários passos em direção ao ERM, Bacon evidencia a gestão de mudanças e controles de acessos (CCM). Segundo ele, não é a toa que os auditores mantêm boa parte da atenção aí. A segregação de funções, controles configuráveis e transações de dados mestres merecem atenção especial dos CIOs.
Obviamente, diz ele, a Petrobras esta adaptando sua solução de GRC, já que existe diferença entre as regras vendidas pela SAP e aquelas usadas pela companhia de petróleo. "É preciso fazer alguns ajustes", avalia Bacon, "mas o relatório de exceções gerados pelo sistema otimiza muito o trabalho do gestor".
Segundo ele, há cinco coisas imprescindíveis que os CIOs devem saber sobre GRC se quiserem acompanhar o negócio na globalização, o que implica em maior necessidade de padronização e controles. São elas:
1- Muitos controles manuais ainda podem ser automatizados.2- Os controles automáticos só são validos quando os controles gerais da TI forem confiáveis (especialmente no que diz respeito ao controle de acesso e gestão de mudança)3- Os controles internos devem ser monitorados automaticamente.4- É cada vez mais importante para o negócio ter uma resposta sobre os riscos da companhia antes dos auditores.5- GRC permite a geração de um dashboard executivo de riscos, com dados gerais do negócio, gerados em tempo real.

Decreto fixa novas alíquotas de PIS/Pasep e Cofins para o álcool

Valor OnLine
24/09/2008

O governo divulgou as novas alíquotas de tributação do PIS/Pasep e da Cofins para o álcool anidro adicionado à gasolina. De acordo com a Super Receita, um novo regime de tributação foi definido para o setor na lei 11.727, de junho último. Assim, o decreto 6.573, de 19 de setembro, especifica as alíquotas e regulamenta a legislação, que entrará em vigor a partir de 1º de outubro.
Com a mudança de apuração para o álcool, que passa a ser tributado no regime não-cumulativo das contribuições, a alíquota do PIS/Pasep nas vendas de produtores e importadores foi fixada em R$ 8,57. A da Cofins ficou em R$ 39,43. Para o distribuidor, a taxação ficou em R$ 21,43 no caso do PIS/Pasep, e R$ 98,57 da Cofins.
O regime de apuração não-cumulativa permite a apuração de créditos tributários em todo o processo produtivo e de distribuição. Esses créditos tributários foram fixados pelo decreto, por metro cúbico de álcool. Se adquirido de produtor ou importador, o crédito da contribuição para o PIS/Pasep será de R$ 3,21, e o da Cofins de R$ 14,79. Caso a aquisição seja pelo distribuidor, os créditos serão, respectivamente, de R$ 16,07 e R$ 73,93, de acordo com nota divulgada pelo Fisco.
A tributação anterior era cumulativa, com a aplicação de alíquotas percentuais sobre cada receita de venda: do produtor, importador ou distribuidor.

Arrecadação em SP cresce 14,2% e atinge R$ 37,2 bilhões no ano

Infomoney

24/09/2008

A receita tributária do estado de São Paulo alcançou R$ 37,279 bilhões de janeiro a julho de 2008. Descontando-se os efeitos da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampo), o valor é 14,2% superior ao do mesmo período do ano passado.

De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, o ICMS foi responsável por 85,3% da receita tributária acumulada no ano, enquanto o IPVA, as Taxas e o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) responderam, respectivamente, por 9%, 4,8% e 0,9%, nesta ordem.

IPVA e ICMS

A receita do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) atingiu R$ 3,370 bilhões entre janeiro e julho deste ano, apresentando alta real de 11,9% na comparação com o resultado acumulado um ano antes.

No mês de julho ocorreu o vencimento da segunda parcela relativa ao pagamento do imposto incidente sobre caminhões, o que explica a queda de 8,9% na arrecadação de IPVA no sétimo mês do ano em relação a junho. O pagamento da terceira, e última, parcela ocorre neste mês de setembro.

A arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por sua vez, alcançou R$ 31,805 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, apontando um acréscimo real de 14,7% em relação ao mesmo período de 2007.
Números mensais

No sétimo mês de 2008, a arrecadação com o IPVA no estado de São Paulo atingiu 140,7 milhões, o que representa queda de 8,9%, frente a junho, e 27,2% de acréscimo frente a julho do ano anterior. O imposto respondeu por 2,6% do total do mês.

Já a receita do ICMS, responsável por 89,9% do total arrecadado em julho, chegou a R$ 4,840 bilhões. Em relação ao sexto mês, a alta foi de 0,9% e, frente a julho de 2008, de 18,5%.

Confident Brazil not immune to credit crisis fallout

Tue Sep 23, 2008 3:23pm EDT
By Stuart Grudgings and Ana Nicolaci da Costa - Analysis
RIO DE JANEIRO/BRASILIA (Reuters) - "What crisis?" was Brazil President Luiz Inacio Lula da Silva's dismissive response to questions last week about the country's vulnerability to the global financial meltdown.
It succinctly expressed the new-found economic confidence of a country scarred by previous crises.
With more than $200 billion in foreign reserves and a commodity-rich economy that has thrust millions into the middle class in recent years, Brazil feels far better prepared to weather this storm than previous ones in 1999 and 2002.
Lula, a leftist whose own ascent to the presidency caused panic among foreign investors in 2002, felt relaxed enough to poke fun at the big U.S. banks that have hit the rocks.
"It's sad to see these know-alls going broke and filing for bankruptcy," he told reporters in Brasilia last week.
But analysts do see serious risks from the crisis that could at least put a brake on Latin America's largest economy, whose recent boom has been driven by surging consumer credit backed by high prices for the country's commodity exports.
With commodity prices now sliding and U.S. dollar inflows drying up, two important props for the economy have been weakened.
The central bank raised its 2008 current account deficit forecast to $28.8 billion from $21 billion on Tuesday, and saw the deficit widening to $33.1 billion next year, reversing a $1.7 billion surplus in 2007.
Imports have been growing faster than exports, putting pressure on the trade surplus. The latest central bank survey shows analysts expect the trade balance will ease to $13 billion in 2009 from an expected $23.7 billion this year.
"Depending on the severity of the crisis, global demand for Brazilian products could be affected," said Rubens Ricupero, a former finance minister, noting that the United States represented just 15 percent of Brazil's exports last year.
"Everything suggests that this crisis is already spreading to Europe, Japan and other countries."
Jose Augusto de Castro, vice-president of the Brazilian Foreign Trade Association, said exports could fall both in terms of quantity and price in 2009.
NO PANIC
U.S. bank Morgan Stanley sees the real weakening to below 2.0 per dollar next year, from around 1.8 now, with GDP growth falling to 3.0 percent from its expected pace of 4.3 percent this year. The economy grew a hefty 6.1 percent in the second quarter from a year earlier.
"It's not a meltdown scenario at all. We're not going to see a repeat of 2002, but we do think that Brazil is more sensitive to global conditions than most observers realize," said Marcelo Carvalho, an economist at Morgan Stanley.
Alexandre Schwartsman, chief Brazil economist at Banco Santander, said falling commodity prices would put more pressure on the balance of payments and push the central bank to dampen domestic demand. The global credit crisis could also prompt Brazilian banks to tighten their lending through higher borrowing rates, he said.
"Whichever way you look at it, borrowing has become more expensive," said Schwartsman, a former central bank official.
The president of state-run oil firm Petrobras, Jose Sergio Gabrielli, voiced concern last week that tight global credit could make it more difficult to raise the funds needed to tap huge new oil finds off Brazil's coast.
Brazil's relative stability is a sharp contrast to 1999, when it was forced to devalue its currency in response to a collapse in international confidence. That vulnerability was shown again in 2002, when fears that Lula would introduce socialist policies sparked frenzied selling of Brazil assets.
Brazil's high-flying stock market and currency have been battered in recent weeks as investors yanked money from emerging markets.
The Sao Paulo Stock Exchange .BVSP has fallen 32 percent from its high in June and the real is about 15 percent weaker that its peak early in 2008 against the dollar.
But this time there is no panic that the crisis could uncover deeper weaknesses in Latin America's largest economy, which this year won upgrades to coveted investment rating.
Brazil also became a net creditor this year for the first time, meaning it amassed more reserves than all of its foreign debt.
"It's a completely different story this time," said Zeina Latif, chief Brazil economist at ING in Sao Paulo.
"Now we have a floating exchange regime, we have reserves, lower debt, fiscal policy has improved a lot, and the central bank has de-facto autonomy."
Latif said while the crisis could hit Brazil's exports, it could equally have a positive impact by cooling a credit boom that has been threatening to get out of control as Brazilians buy cars and take out mortgages at unprecedented rates.
Credit grew by more than 30 percent in July from a year earlier, a pace Latif said was unsustainable.

UPDATE 2-Brazil external accounts worsen, foreign funding up

Tue Sep 23, 2008 1:04pm EDT
(Recasts, adds detail and comments, byline)
By Raymond Colitt and Elzio Barreto
BRASILIA, Sept 23 (Reuters) - Brazil's external accounts are deteriorating more rapidly among a deepening global financial crisis but Latin America's largest country will still attract record amounts of foreign direct investment this year, the central bank said on Tuesday.
The bank expects the 2008 current account deficit to reach $28.8 billion, up from a previous estimate of $21 billion. Next year it sees the deficit widening to $33.1 billion.
Turmoil on global financial markets has diminished Brazil's trade surplus and increased capital outflows, while companies operating in the country remitted more profits abroad in August, said Altamir Lopes, head of the central bank's economic research department.
The impact of the global crisis has so far mostly been in the equity market, helping net dollar outflows total $1.96 billion in the Sept. 1-19 period, Lopes said. Taking foreign trade into account, net inflows to Brazil reached $3.46 billion during the same period.
Banks were betting against the real, with dollar long positions jumping to $7.2 billion on Sept. 19 from $3.76 in August.
Next year a weaker global economy will reduce Brazil's trade surplus to $17 billion from $25 billion this year, the central bank said.
"We're reducing the 2009 trade surplus - obviously that's related to the crisis," Lopes told a news conference.
In August, Brazil posted a current account deficit of $1.1 billion, compared with a $1.35 billion surplus in the same month of 2007 and a $2.11 billion deficit in July. The bank forecasts a $1.7 billion deficit in September.
The country had been expected to post an August deficit of $1.4 billion, according to the median forecast of 21 analysts surveyed by Reuters. The forecasts for the deficit ranged from $2.9 billion to $400 million.
In the 12 months through August, the deficit was equal to 1.45 percent of gross domestic product, compared with a deficit of 1.31 percent of GDP in the 12 months through July.
Economists said worsening external accounts were still manageable.
"The external accounts have deteriorated very rapidly, but that's not enough to create a lot of concern," said Eduardo Moreira, an economist at BNY Mellon Arx Investimentos in Rio de Janeiro.
The current account of the balance of payments tracks a country's net flow of external transactions, including foreign trade, interest payments and services such as tourism. It is used to gauge a country's dependence on foreign capital.
FOREIGN DIRECT INVESTMENT
Amid prospects of a slowing global economy, Brazil's strong domestic market should continue to attract record foreign direct investment this year, Lopes said.
The central bank forecasts FDI of $5.8 billion in September, which could help push the year-end total above its estimate of $35 billion, an all-time high.
"You have an economy that continues to grow here. FDI is sufficient to finance the current account deficit," said Lopes.
FDI in Brazil rose to $4.63 billion in August from $1.98 billion in the same month in 2007.
That was lower than the $5.2 billion median estimate of 13 analysts in a Reuters survey but the highest figure since August 2004.
The sectors that drew most FDI were those facing most difficulties abroad and included the automobile, banking and steel industries, said Lopes.
FDI comes under the capital account of the balance of payments. Inflows help offset current account deficits. (For central bank details on Brazil's current account figures, see: www.bcb.gov.br/?ECOIMPEXT) (Editing by Dan Grebler)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Emerging Markets Face $111 Billion Refinancing Backlog, FT Says

By Haris Anwar
Sept. 22 (Bloomberg) -- Banks and companies in emerging markets may struggle to refinance $111 billion of bonds maturing over the next year because of the credit crisis, the Financial Times reported, citing ING Wholesale Banking.
``Many corporates and banks in the emerging markets are highly levered without cash to fall back on,'' said David Spegel, global head of emerging markets strategy at ING, according to the report. ``These will struggle should they need to raise money in the markets.''

América Latina gasta mais com frete que nações desenvolvidas, diz BID

Folha Online

22/09/2008

Ao mesmo tempo que a América Latina se destaca como exportadora de produtos minerais e agrícolas, a região enfrenta o desafio de ter custos de transporte mais elevados que as nações desenvolvidas, segundo estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre o impacto dos custos de transporte nos negócios da América Latina e Caribe, divulgado nesta segunda-feira.
"A região, lar dos maiores exportadores de minério de ferro e de suco de laranja do mundo e dos maiores produtores de cobre e prata, tem custos de transporte mais elevados do que as nações desenvolvidas", diz o estudo.
Em relação aos Estados Unidos, a região gasta quase o dobro para importar seus produtos, de acordo com o estudo, que analisou dados de nove países latino-americanos. A Argentina, por exemplo, gasta 22% mais que os Estados Unidos para importar seus produtos, o Chile, duas vezes mais e o Paraguai, mais do que o quádruplo.
As exportações latino-americanas e caribenhas para os Estados Unidos pagam taxas de frete oceânico que são, em média, 70% mais altas do que as taxas pagas por exportações da Holanda, um país reconhecido pela eficiência de seus portos.
Pelo ar, os custos de frete aumentaram muito mais rápido na região do que na China e no resto do mundo. As taxas de frete aéreo em 2006 no Caribe, por exemplo, eram 36% mais altas do que em 1995. Enquanto isso, a China manteve seus custos abaixo da marca de 1995, apesar da elevação dos preços do petróleo.

Varejo pensa em reduzir encomendas para fim do ano

Com alta do dólar, fabricantes sinalizam alta de preços.Crise internacional não deve estragar a festa de fim de ano.

Agência Estado
22/09/2008
A crise financeira internacional fez acender o sinal amarelo nas negociações entre o comércio e a indústria para as encomendas de fim de ano. Os pedidos para compra de equipamentos eletrônicos, eletrodomésticos e produtos de informática, por exemplo, estão praticamente fechados.

Mas, com a recente valorização do dólar, de 2,80% somente na semana passada, já há fabricantes que sinalizaram com uma possível elevação de preços, caso a moeda americana continue em trajetória ascendente e os custos de componentes importados desses produtos fiquem pressionados.

Preocupado com um aperto ainda maior no crédito para o consumidor, o varejo também está em estado de alerta e considera a possibilidade de reduzir as quantidades encomendadas, se o quadro piorar. "Todo mundo está de orelha em pé", resume a situação um executivo de uma grande rede varejista.