sexta-feira, 16 de maio de 2008

O inferno de um deus

Ivan Postigo

Nós queremos todas as bênçãos do céu, do Olimpo, mas de uma forma que não interfira nas nossas ações. A questão é como isso pode ser possível?
Ser independente, saber tudo que se passa, e ainda, ver tudo acontecer da forma como gostaríamos.
Três palavras definiriam esse conjunto de poderes ou capacidades:
Onisciência: Poder ou capacidade de saber tudo;
Onipresença: Poder ou capacidade de estar em todo lugar;
Onipotência: Poder absoluto sobre todas as coisas.
Para isso, grosso modo, eu teria que criar o meu mundo, com as minhas regras, dentro da minha visão, com a missão que eu determinasse. Como levar esse empreendimento adiante?
Empreender......, empresa........ é isso!
Com esse pensamento constitui uma empresa, pequena, que se tornou média, estando presente o tempo todo. É verdade, trabalhava 16 horas por dia ou mais, mas no começo é sempre assim.
As pessoas que trabalhavam comigo, eram poucas, escolhidas por mim, me informavam tudo o tempo todo. Tudo eu sabia.
Regras? Eu as tinha estabelecido. O que fazer, quando fazer, como fazer, era simples, todos seguiam minhas determinações.
Ao menor desvio, as pessoas, mesmo em tom de brincadeira, não tinham dúvidas, diziam: procure deus, ele irá ajudá-lo. E eu os ajudava!
Os produtos que fazíamos sofriam uma pequena concorrência, era uma novidade, então rapidamente demos um grande salto, entramos em novos mercados com novos produtos.
Já não consigo contratar pessoalmente cada funcionário, nem conversar com todos. Aliás, muitos nem conheço. Não consigo admitir isso no meu mundo!
Todos os dias acontecem coisas a minha volta e não sou informado! Antes bastava ir ao local do café e obtinha todas as informações, hoje temos mais de 50 pontos por toda a empresa.
Continuo trabalhando mais de 16 horas por dia e mal consigo sair de minha sala, tenho uma agenda enorme de compromissos a cumprir. Todos praticamente têm a ver com situações além dos muros de minha empresa.
Vejo portas fechadas, grupos de pessoas tomando decisões das quais sequer sou comunicado. Não consigo admitir isso no meu mundo!
Muitas regras que determino são contestadas e sugestões me são enviadas. Não consigo admitir isso no meu mundo!
Estamos crescendo, ganhando dinheiro, mas sinto que o meu mundo me foge às mãos.
Dia desses fui a uma palestra onde muito se falou sobre delegação como forma de se manter a qualidade da gestão empresarial.
Ao delegar entendi que devo encontrar uma pessoa com conhecimentos técnicos, capacidade de liderança, disposição para assumir riscos e investi-la de poder para decidir sobre determinadas situações. Ah, no meu mundo, não!
Os problemas cada dia são maiores, perdemos alguns clientes, mais isso é passageiro...
Assim que eu encontrar uma forma de escrever procedimentos para que cada funcionário faça exatamente aquilo que quero, e que voltem a me informar sobre tudo o que acontece, as coisas voltarão a ficar bem. O processo de condução é o mesmo, quem fazia com 30 pode fazer com 1.500 pessoas.
É só encontrar uma forma. As coisas do meu jeito sempre deram melhores resultados.
Intromissão? No meu mundo não!



Ivan Postigo
Economista, Contador , Pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Tel./fax (11) 4526 1197
Tel. (11) 9645 4652
Ipostigo@terra.com.br

Venda de PCs no País cresceu 25% no 1º trimestre

Agência Estado / Milton F. Da Rocha Filho
16/05/2008
O mercado brasileiro de computadores pessoais (PCs) negociou 2,5 milhões de novas unidades no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 25,6% sobre o mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte de um estudo contratado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) junto à consultoria IT Data. A previsão é de que o setor termine o ano com um crescimento de 17% sobre o ano passado.
O estudo da entidade aponta que as vendas de PCs atingirão 11,7 milhões de unidades em 2008. Tanto o segmento doméstico, principalmente as classes B e C, que ainda estão adquirindo o seu primeiro PC, quanto o mercado corporativo, que deverá renovar sua base instalada, apresentarão um bom desempenho em 2008, explicou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
A associação estima ainda que o mercado de desktops (computadores de mesa) cairá 2% este ano, enquanto que o de notebooks (computadores portáteis) crescerá 98%. Dados do Ministério do Trabalho indicam que nos primeiros três meses deste ano foram criados mais de 550 mil postos de trabalho com carteira assinada. E, a cada 2,7 empregos gerados, as empresas adquirem um PC, segundo a IT Data.
O estudo do mercado de PCs mostra que as vendas de desktops alcançaram 1,8 milhão de unidades no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 5,8% sobre o primeiro trimestre de 2007. Comprovando a tendência de migração, o mercado de notebooks alcançou 664 mil unidades de janeiro a março, 165% superior ao mesmo período de 2007, passando a representar 26% do mercado de PCs. A estimativa da Abinee para 2008 é que, até o final do ano, este porcentual atingirá 32,4%.
A participação do mercado ilegal de desktops cresceu de 29%, no quarto trimestre de 2007, para 32%, no primeiro trimestre do ano. Para o presidente da Abinee, a greve dos auditores da Receita Federal favoreceu este crescimento, em razão da retenção de componentes oficiais nas alfândegas. Já o mercado ilegal de notebooks apresentou redução de 37%, no quarto trimestre de 2007, para 34%, nos primeiros três meses do ano.

Brasil e Venezuela acertam construção de siderúrgica no território venezuelano

France Presse
16/05/2008
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, firmou nesta quinta-feira (15) uma carta de intenções com o grupo brasileiro Andrade Gutiérrez para a construção de uma siderúrgica no estado de Bolívar, no sudeste venezuelano.
O acordo se refere ao desenvolvimento de um complexo siderúrgico com a participação do grupo brasileiro e da recém-nacionalizada companhia Ternium-Sidor, para produzir bobinas laminadas a quente e chapas grossas para a indústria venezuelana.
O investimento total é estimado em 4 bilhões de dólares, cabendo à Andrade Gutiérrez cerca de 1,5 bilhão.
O início das operações da siderúrgica, que terá uma capacidade instalada anual de 1.550 toneladas de aço, está previsto para o quarto trimestre de 2011.
No Brasil, a indústria siderúrgica anunciou nesta quinta-feira que a capacidade instalada do setor poderá dobrar até 2015, acompanhando o ritmo crescente do consumo interno, que crescerá em proporção semelhante nesse tempo.
A estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) prevê que o parque produtivo tem possibilidades de chegar a 80,6 milhões de toneladas na metade da próxima década. Atualmente, tal capacidade é de 41 milhões de toneladas.

Etanol atrai líderes europeus para Brasil, diz jornal

BBC Brasil
16/05/2008

Em sua edição desta sexta-feira, o diário argentino Página/12 destaca a vista de quatro premiês europeus ao Brasil, a caminho da Cúpula de Lima, afirmando que o "Brasil é o destino latino-americano mais desejado para os mandatários europeus".
Nos últimos dias, os líderes da Áustria, Finlândia, Alemanha e Espanha estiveram no País. Segundo o jornal, "os europeus estavam interessados somente em uma coisa: biocombustíveis".
Segundo o diário, enquanto a relação com a Espanha, e especialmente com Zapatero, já data de algum tempo, o interesse do resto da Europa é mais recente. "A conjunção das tragédias dos últimos meses e a crise alimentar parecem ter posto o Brasil no centro da cena política mundial", afirma o diário argentino.
"Suas amplas pradarias, perfeitas para semear soja, arroz e feijão, e os extraordinários recursos petroleiros descobertos recentemente tornaram o país a área mais cobiçada pelas grandes potências."
O Página/12 destaca o número de carros bicombustíveis vendidos no Brasil, além da inclusão de etanol em toda a gasolina vendida nos postos.
"Como se o pacote não fosse suficientemente tentador", afirma o jornal, "o país mais extenso da América Latina conta com uma das tecnologias mais avançadas do mundo para produzir etanol e biodiesel, os dois combustíveis mais desenvolvidos até o momento."
O Página/12 destaca que, assim que chegou ao Brasil, a chanceler alemã, Ângela Merkel - que foi ministra do Meio Ambiente e impulsionou a meta de 20% de etanol para todos os carros da comunidade européia - foi discutir os avanços na produção local e assinar quatro convênios de cooperação.
"Mas a visita de Merkel teve seus momentos incômodos para Lula", diz o jornal. "Durante a entrevista coletiva dada pelos dois mandatários antes do fim da visita, a premiê alemã tocou no delicado tema da preservação da Amazônia e na recente renúncia da ministra do Meio Ambiente Marina Silva."
Segundo o Página/12, fontes da comitiva de Angela Merkel confirmaram que não estão contentes com a saída da ministra, que era admirada pela chanceler.

FMI elogia criação do fundo soberano brasileiro

Rodrigo Postigo
16/05/2008
O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Fajgenbaum, elogiou nesta quinta-feira a iniciativa do governo de instituir o fundo soberano com os recursos do superávit primário (economia do setor público para pagar os juros da dívida) que ficarem acima da meta.
Para ele é positivo que o País institua uma poupança que sirva como segurança em momentos de crise.
"O fundo soberano é uma poupança muito importante para o País, que poderá usar os recursos em situações de necessidade", destacou o representante do FMI, que nesta tarde participou de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Fajgenbaum afirmou ainda que o Banco Central (BC) está tomando medidas adequadas para conter a inflação ao ter elevado os juros básicos no mês passado. Ele, no entanto, evitou opinar se o BC deve continuar a reajustar a taxa Selic.
"A tendência é que quaisquer medidas sejam tomadas de acordo com a necessidade, dentro de um planejamento macroeconômico", declarou.
No encontro com Mantega, Fajgenbaum felicitou o ministro pela estabilidade da economia brasileira. O representante do FMI citou a classificação obtida pelo Brasil, por parte da agência internacional Standard & Poor's, como país confiável para receber investimentos. "Essa foi uma constatação internacional de que a economia interna do País vai bem".
Fajgenbaum disse esperar que outras agências "continuem fazendo também boas avaliações sobre o País".

FMI elogia criação do fundo soberano brasileiro

Rodrigo Postigo
16/05/2008
O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Fajgenbaum, elogiou nesta quinta-feira a iniciativa do governo de instituir o fundo soberano com os recursos do superávit primário (economia do setor público para pagar os juros da dívida) que ficarem acima da meta.
Para ele é positivo que o País institua uma poupança que sirva como segurança em momentos de crise.
"O fundo soberano é uma poupança muito importante para o País, que poderá usar os recursos em situações de necessidade", destacou o representante do FMI, que nesta tarde participou de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Fajgenbaum afirmou ainda que o Banco Central (BC) está tomando medidas adequadas para conter a inflação ao ter elevado os juros básicos no mês passado. Ele, no entanto, evitou opinar se o BC deve continuar a reajustar a taxa Selic.
"A tendência é que quaisquer medidas sejam tomadas de acordo com a necessidade, dentro de um planejamento macroeconômico", declarou.
No encontro com Mantega, Fajgenbaum felicitou o ministro pela estabilidade da economia brasileira. O representante do FMI citou a classificação obtida pelo Brasil, por parte da agência internacional Standard & Poor's, como país confiável para receber investimentos. "Essa foi uma constatação internacional de que a economia interna do País vai bem".
Fajgenbaum disse esperar que outras agências "continuem fazendo também boas avaliações sobre o País".

Governo amplia desoneração fiscal para produtores de biodiesel

Medida amplia tipos de matéria-prima com direito à redução de impostos.Objetivo é estimular o cultivo de outras oleaginosas para produção do combustível.
Agência Estado
16/05/2008
O governo ampliou nesta quinta-feira (15) o universo de produtores de biodiesel que têm direito à isenção de PIS/Pasep e Cofins na venda do produto. Decreto publicado no "Diário Oficial da União" determina que terão direito ao benefício fiscal os fabricantes de biodiesel que comprarem qualquer tipo de matéria-prima produzida pela agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste e do semi-árido.
A regra que estava em vigor antes do decreto previa que a isenção só poderia ser aplicada para quem adquirisse mamona ou palma desses produtores (da agricultura familiar). Ao estender o benefício aos produtores de biodiesel que usam outras sementes, o Ministério de Minas e Energia pretende estimular o cultivo das demais oleaginosas.

Time Running Out for Energy in Mexico

By Marcela Sanchez
Special to washingtonpost.com Friday, May 16, 2008; 12:00 AM
WASHINGTON -- Mexican Energy Secretary Georgina Kessel's warning to the Mexican Congress last week sounded ominous: If legislators did not approve reforms within the oil sector, the country would suffer a "severe energy crisis" within a decade.
That's probably an understatement.
Mexico's oil production is rapidly declining. The Cantarell oil field, one of the world's largest, is responsible for almost two-thirds of Mexico's production. In 2004, it brought up 2.1 million barrels a day; today it produces only half that. Unless new sources are found, Mexico -- up until last year the second-largest supplier to the United States -- will become a net oil importer by the year 2018.
For some countries, being a net oil importer is no big deal. But for Mexico, oil represents the single largest amount of revenue for the federal government -- about 40 percent. This looming "energy crisis" would be felt more than just at the pump. It would be across the board, impacting financial, social and political sectors as well.
Still, almost every expert on this issue I've interviewed or heard speak in recent months insists that it won't get that bad. They say Mexico will come to its senses and adopt the kind of overhaul that will give the country's state-run oil company, Petroleos Mexicanos -- Pemex -- enough flexibility to invest more of its profits in modernizing its operations. That way, the experts say, it could become more like Brazil's state-run Petrobras, regarded as one of Latin America's most well-run companies.
At the same time, Mexico's attitude about oil and Pemex's serious systemic flaws don't inspire much optimism. The energy proposals introduced last month by President Felipe Calderon offer some modest reforms, but probably not enough to stem the crisis. As Jeffrey Davidow, a former U.S. ambassador to Mexico, put it diplomatically, "the steps they are taking are not sufficient."
Calderon wants to allow outside investment in some areas of transportation, storage and refinement. Those steps alone would be of historic significance. Since the day in 1938 when President Lazaro Cardenas nationalized the oil industry and created Pemex, oil has become so sacrosanct that nobody outside Mexico can help get it out of the ground, refine it, or even move it. Such restrictions have led to unintended consequences -- Mexico today is a gasoline importer, with four out of every 10 gallons coming from refineries abroad.
Even if the door is cracked open for foreign investment, there may be little to attract it without fundamental changes to Pemex's business model. Pemex is weakened by mismanagement and its monopoly status. Calderon's reforms would provide some government oversight and performance reviews. Still, it seems obvious that a more fundamental shift is required for a company that "does not know how to behave in the private sector," said Jorge Pinon, president of Amoco in Latin America during the 1990s.
In particular, Pemex must learn to work collaboratively. George Baker, an energy consultant based in Houston, told me that if Mexico is to consider deep-water exploration in the Gulf of Mexico, it is going to have to have an attitude adjustment. According to Baker, it took at least 30 oil companies, sharing risks and expertise, to develop a similar area for the United States. "The validity of the one-company model is coming to an end," he said.
Pemex also needs to reform its workers' union, which historian Jonathan C. Brown in an interview called "one of the most powerful and most corrupt in Latin America." When Cardenas nationalized the oil industry, he did it largely to protect oil workers from abuse by foreign companies. But, as Jesus Silva Herzog, former Mexican ambassador to the United States, told me, "the union has abused Pemex" ever since. Union reform is not even on Calderon's reform agenda.
The common wisdom now is that Calderon's reform package will pass because it is modest and treads lightly. The hope is that deeper reforms will become possible later. Yet with Mexico holding legislative elections in July 2009, it is unclear whether there will be sufficient political will to do much more in the near term.
Oil, without a doubt, is crucial to Mexico's future. Considering the significant long-term planning and development the industry requires, Mexico seems to be running short of another important commodity -- time.

Uruguai gasta US$ 2 milhões por dia para importar energia brasileira

Rodrigo Postigo
16/05/2008
O Uruguai gasta US$ 2 milhões por dia para importar energia do Brasil, devido ao uso de uma maior extensão da rede, segundo publicou hoje a imprensa local."É uma solução cara, mas a única que podemos lançar mão por enquanto", disse uma fonte da empresa estatal uruguaia Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas (UTE) ao jornal local Ultimas Noticias.
Durante as horas de pico, o Uruguai recebe 300 MW (megawatts) do Brasil através da represa de Salto Grande, que o país divide com a Argentina, e do rio Uruguai, por onde percorre um trajeto mais longo e pelo qual paga mais pedágio do que para transportar os outros 70 MW que entram no país pela cidade de Rivera, a 501 km ao norte de Montevidéu, na fronteira com o Brasil.
Segundo o jornal, o Uruguai deverá pagar US$ 60 milhões por essa energia até que se reativem as hidrelétricas do rio Negro, no centro do país, que estão paralisadas devido à seca. O serviço meteorológico local não prevê chuvas para os próximos 15 dias.
O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, estendeu esta semana um plano de economia de energia ao setor privado, o que implica a redução de 50% da iluminação e do uso de elevadores, além da proibição de espetáculos noturnos ao ar livre, entre outras medidas.
Com essa economia energética, o governo busca evitar "apagões" programados como os aplicados durante a seca de 1989 no país.