quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sistema financeiro brasileiro está entre piores do mundo, diz Fórum Mundial

Brasil ficou na 40ª posição entre 52 analisados por relatório.Mesmo em crise, EUA e Reino Unido seguem na liderança.
Agência Estado
10/09/2008
O sistema financeiro brasileiro está entre os menos desenvolvidos do mundo, segundo o ranking do Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta terça-feira (9) em Genebra. Entre 52 países analisados, o Brasil ficou com a 40ª posição do novo ranking "Financial Development Report 2008".

O estudo avalia sete quesitos: ambiente institucional, ambiente de negócios, estabilidade financeira, bancos, instituições não bancárias, mercados financeiros e disponibilidade de capital. O que mais pesou contra o país foi o tamanho dos bancos, na comparação com as outras nações, assim como a falta de eficiência das instituições. "As notas relativamente fortes de suas instituições não bancárias e o mercado financeiro contrastam com a fraca posição de seus bancos", diz o relatório.

Os bancos receberam a pior pontuação, ficando em último lugar entre os 52 países. Dentro desse parâmetro, foram avaliados o tamanho, a eficiência e a abertura de informações ao mercado. A entidade também aponta que o país recebeu notas baixas em razão do elevado ônus regulatório e fiscal, além de um ambiente político ineficiente.

A nota mais elevada foi alcançada pelas instituições não bancárias, no posto de 21ª. Dentro desse quesito, o destaque foi a atividade das ofertas iniciais de ações (IPOs, da sigla em inglês). Os outros pontos - securitização, seguros e atividade de fusões e aquisições - também tiveram colocações acima da posição geral do país.

Os benefícios da padronização

Redução de custos e melhores resultados operacionais são algumas vantagens trazidas pelo uso de padrões na área de TI
CIO / José Luiz Barboza
10/09/2008
Reduzir custos é palavra de ordem nas áreas de informática da maioria das empresas. E a padronização pode ser um dos caminhos para se atingir esse objetivo.
Esta idéia, ao mesmo tempo em que gera alívio para alguns – os que pensam: “agora sim vamos economizar!” –, pode significar temor para outros – “vamos ser engessados!”. Mas, se bem administrada, a padronização pode ir além da redução de custos, refletindo também em ganhos com produtividade e qualidade de produtos e serviços, segurança de todo ambiente computacional, além do aumento do nível de satisfação dos usuários.
As companhias aéreas, por exemplo, ao reduzirem o número de modelos de aeronaves que utilizam, ganham não apenas na negociação da ampliação da frota, mas também com a padronização do treinamento de pessoal, nos aspectos relacionados a manutenção e excelência dos serviços.
No mundo da tecnologia da informação, a padronização contribui para a redução de custos em todas as principais atividades da área: na infra-estrutura, já que os equipamentos têm rápida obsolescência; nos sistemas, e nas versões dos mesmos, pois reduz o número de interfaces e tamanho da equipe, e nas áreas de operação, atendimento, treinamento e suporte, via a padronização de processos.
Um ambiente de informática enxuto, homogêneo e simples, baseado em poucas tecnologias e parceiros, é o ingrediente básico para se alcançar a esperada padronização. Cabe destacar que a padronização é também uma maneira simples e eficiente de melhorar os controles, as auditorias e o estabelecimento de indicadores para os ‘clientes’ da informática.
Na realidade, a padronização contribui em toda a cadeia de atividades da TI. Consideremos como exemplo o complicado e doloroso processo de instalação e substituição de PCs em empresas com elevada quantidade de equipamentos. Se existem poucos fabricantes/modelos/configurações homologados e um critério definido de troca, torna-se possível simplificar os contatos com os fornecedores e estabelecer uma logística que permita aperfeiçoar processos. A vida com certeza será mais fácil também para as áreas de compras, finanças e jurídica, normalmente envolvidas nesse processo.
Mas como “não existe almoço grátis”, não é possível implantar um ambiente de TI padronizado sem o forte apoio, engajamento e determinação da diretoria da empresa. Outro detalhe muito importante, no caso de empresas multinacionais, é considerar que os parceiros globais devem garantir condições de replicar em todas as regiões as mesmas soluções e serviços. Nesse caso, é muito importante a participação das regiões na definição dos padrões.
Os resultados de um ambiente padronizado podem ser facilmente medidos por meio de vários indicadores (orçamento, número de chamados ao helpdesk, custos com pessoal, gastos com manutenção e treinamento, etc.).
Em resumo, o ‘pulo do gato’ é tornar as coisas simples na área de informática, contrapondo as complexidades técnicas dela mesma. Pense nisso, vá em frente e a vida tenderá a ser mais fácil.

Mercosul e sonhos de poder

Estado de São Paulo
10/09/2008
Um convênio sobre comércio em reais e pesos, sem recurso direto ao dólar, foi o resultado mais tangível da primeira visita oficial da presidente argentina, Cristina Kirchner, ao Brasil. Exportadores de cada país poderão usar a moeda nacional para fixar preços e para receber o valor da venda. O uso do sistema será voluntário. Suas vantagens principais serão, provavelmente, a simplificação dos cálculos, alguma segurança em relação às oscilações cambiais e uma economia estimada em até 4% na comparação com as transações em moeda americana. Além desse acordo, a visita rendeu promessas de maior cooperação - algumas imprudentes - e de fortalecimento do Mercosul, principalmente da parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não se avançou na solução de nenhum problema bilateral importante. Não se tentou remover nenhuma barreira comercial entre os dois países nem se eliminaram as divergências em relação à Rodada Doha de negociações comerciais. A persistência desses problemas, apesar da importância do comércio bilateral e do volume de investimentos brasileiros na Argentina, dá uma boa idéia das limitações do Mercosul. A maior parte dos benefícios proporcionados pela cooperação entre Brasil e Argentina poderia ser obtida numa zona de livre-comércio. O status de união aduaneira não resultou, até agora, em benefícios proporcionais aos compromissos, complicações e restrições de uma associação desse tipo. Esse quadro não será alterado com o convênio sobre comércio em moedas locais. Essa inovação poderá produzir resultados positivos. Talvez facilite, como se anunciou, a participação de mais empresas pequenas e médias no intercâmbio bilateral. Tudo isso será muito bom. Mas não será - ao contrário do proclamado pelo presidente Lula - o primeiro passo para a integração monetária regional. Para chegar à moeda única, Argentina e Brasil teriam de percorrer um longo e difícil caminho de convergência em suas políticas fiscais, cambiais e comerciais. Hoje, a convergência não basta sequer para sustentar um intercâmbio bilateral sem barreiras, sem desconfianças mútuas e sem surtos de protecionismo.Do lado argentino, as dificuldades da integração regional são habitualmente lançadas na conta das "assimetrias" econômicas. O conceito de assimetria tem sido usado com amplitude suficiente para sustentar tanto os argumentos mais sérios quanto as alegações mais frágeis a favor do protecionismo. Do lado brasileiro, o governo tem-se mostrado pouco disposto a discutir de forma conseqüente os entraves à liberalização comercial. Prefere contemporizar e mostrar-se cooperativo, tanto por motivo ideológico, a integração Sul-Sul, como pela ambição de afirmar uma liderança regional inexistente. Só nesse mundo de fantasia política pode ter sentido a promessa de usar o fundo soberano brasileiro, por enquanto imaginário, para financiar companhias argentinas - intenção declarada pelo presidente Lula numa entrevista, segundo o jornal Clarín, de Buenos Aires. O BNDES, acrescentou, será reformado para abrigar uma carteira destinada a empréstimos a empresas estrangeiras. Mas o presidente não se limitou a envolver o fundo soberano e o BNDES nas suas promessas e propostas. Convidou a indústria argentina para fornecer equipamentos necessários à exploração do petróleo do pré-sal. Pode dar certo, mas falta saber se as encomendas, nesse caso, serão realizadas segundo critérios comerciais ou com base em decisões de política regional. Em se tratando do presidente Lula, a segunda hipótese é perfeitamente plausível. Mas ele decidiu envolver também a indústria aeronáutica - leia-se Embraer - em sua política de cooperação bilateral. A idéia é converter uma velha e quase esquecida empresa argentina em fornecedora de peças. E se a Embraer não aceitar? A resposta foi dada pelo assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia: o governo tem poder sobre a Embraer, porque detém uma golden share, com poder de veto em questões consideradas estratégicas. Poder de veto não é poder para definir políticas. Se o assessor presidencial sabe disso, o que significa a referência à golden share? Algum tipo de ameaça? A fantasia, nesse caso, entra no perigoso terreno da truculência e da irresponsabilidade.

Global auto industry bets big on red-hot Brazil

Tue Sep 9, 2008 10:44am EDT
By Todd Benson - Analysis
SAO PAULO (Reuters) - Just a few years ago, most car manufacturers in Brazil were losing money and laying off workers in droves as the huge market they anticipated had not materialized.
But these days, business is so good that automakers are adding shifts and spending billions of dollars to increase capacity to keep up with demand in the South American country, which is riding its biggest economic boom in decades.
After three years of torrid growth, Brazil's car market is showing signs of cooling as rising interest rates start to crimp consumer demand. But analysts and industry players say the slowdown is unlikely to snowball into a slump because there is so much pent-up demand for cars in this vast country.
"Brazil is definitely a major part of the global chess game for the automotive industry," said analyst Guido Vildozo of U.S.-based consulting firm Global Insight. "And that's clearly reflected in the amount of investment that Brazil is getting."
With sales lagging in traditional markets like the United States, Europe and Japan, and even once-promising regions like China and India not living up to expectations, car makers are pouring money into Brazil.
The auto industry here is set to attract a whopping $23 billion in investments in the next four years, lifting overall capacity by 2.5 million vehicles to 6 million a year, according to the National Automakers' Association, or Anfavea.
U.S. and European manufacturers, which have long dominated the Brazilian market, are leading the spending spree.
General Motors Corp (GM.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) expects to invest about $3 billion over the next five years as Brazil has become an important engineering hub for the U.S. automaker as well as its third-largest market.
Ford Motor Co (F.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), which not long ago considered pulling out of Brazil altogether, plans to spend more than $1.6 billion in the next four years on product development and to double capacity at its engine factory. And Volkswagen AG (VOWG.DE: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) will invest about $1.86 billion through 2011 in Brazil, where it now sells more cars than in Germany.
"Today, Brazil ranks second only to China among our most important markets," said Flavio Padovan, vice president for sales and marketing at Volkswagen's Brazilian unit.
Asian automakers are also looking to get in on the action. Toyota Motor Corp (7203.T: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(TM.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) plans to build a $700 million plant in the state of Sao Paulo to boost its presence in Brazil, where its market share is just 2 percent. Nissan Motor Co (7201.T: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) said last month that it would start building passenger cars in the country for the first time. And Suzuki Motor Corp (7269.T: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) is set to reenter the Brazilian market in October.
ROADBLOCKS AHEAD?
The rush to invest in Brazil comes just as the market appears to be cooling. Car and truck sales slumped 15.1 percent in August from an all-time high in July, suggesting that a recent spike in interest rates to curb resurgent inflation is starting to hit the economy.
But even with the drop in August, sales are up a hefty 26.4 percent this year and are expected to finish 2008 with growth of 24.2 percent, according to Anfavea. Last year, sales jumped 29 percent, driven by rising wages and a credit boom that allowed many Brazilians to buy cars for the first time.
After such a long run of breakneck growth, automakers say a slowdown is to be expected. Consulting firm Global Insight forecasts sales growth of just 8 percent in 2009 and said it might taper off even further after that.
"Frankly, we don't see it as a big concern," said Jaime Ardila, GM's chief executive in Brazil. "The new rate of growth is much more sustainable long term, so we actually see this as a healthy process."
Still, other roadblocks may lie ahead. Last week, workers at eight auto plants briefly walked off the job to demand a pay raise. And union leaders warn that more strikes are likely if automakers don't agree to share more of their profits.
With interest rates poised to keep climbing and the economy losing some steam, some analysts also worry that automobile financing -- a key ingredient in the industry's revival in Brazil -- may start to shrink. Others fear that those who already financed a car may struggle to make payments.
While default rates on automobile financing have crept higher in recent months, at 3.7 percent they are still much lower than the 7.3 percent average rate for other consumer loans in Brazil, according to central bank data.
Lenders do not seem too worried about a spike in defaults. All the big private-sector banks in Brazil are expanding their auto financing businesses. And state-run Banco do Brasil (BBAS3.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) is teaming up with South African financial group FirstRand (FSRJ.J: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) in a joint venture to provide car loans.
"The fears about credit are a little overblown," said Rogelio Golfarb, director of corporate affairs for Ford South America. "Banks are realizing that automobile financing in Brazil is a great business to be in."
(Editing by Lisa Von Ahn)

Brazil to create mining regulator, limit terms

Tue Sep 9, 2008 11:01am EDT
SAO PAULO, Sept 9 (Reuters) - Brazil plans to create a new regulatory agency for the mining sector that will likely raise royalties, impose concessionary term limits and define companies' management and use of mineral resources, a local newspaper reported on Tuesday.
The director general of National Department of Mineral Production, Miguel Nery, said, "We are defending that the state has more powers and mechanisms to exercise them without implying a break with the constitutional bases," in the Gazeta Mercantil financial daily.
Nery added that his department has submitted the project to Mines and Energy Minister Edison Lobao but offered no more details. The ministry declined to comment on the report.
The paper also cited governors from Minas Gerais and Para, two important mining states, who are in favor of the mining reform and are involved in the process of setting new guidelines for sector.
The regulatory reforms would likely create an agency in the spirit of the National Petroleum Agency (ANP) governing the oil and gas sector in Brazil, which requires concession holders to publish geological data, define exploration and development schedules and pay royalties on productive fields.
The regulatory reform for the mining sector will likely also raise royalties paid on productive mines and redistribute how royalties are used, the paper said.
"I think the current system is absurd as Brazil is the country that has the lowest royalties for mineral exploration," said Para Governor Ana Julia Carepa, whose state has large iron ore deposits including Vale's (RIO.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(VALE5.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) large Carajas mine.
Support from governors is important for getting new legislation passed in Congress due to their sway of state representatives and senators.
Today, companies holding rights to explore mining resources in Brazil can hold the concession indefinitely.
Concession holders of phosphate and potassium deposits, which if developed would reduce the country's need to import fertilizers, have come under fire recently in the government for not developing the mines. Minister Lobao has threatened on several occasions to strip the companies of their concessions if they fail to develop them.
"The law today does not provide effective mechanisms to stop companies from sitting on top of areas perpetually," the paper cited an unnamed member of the group proposing the regulatory reform as saying. (Reporting by Reese Ewing, editing by Matthew Lewis)

Brazil May Lift Rate to Two-Year High as Prices Threaten Target

By Joshua Goodman and Andre Soliani
Sept. 10 (Bloomberg) -- Brazil's central bank probably will raise its interest rate to the highest in two years today, betting that falling commodity prices and slowing economic growth won't be enough to rein in inflation.
Policy makers led by President Henrique Meirelles will lift the overnight rate to 13.75 percent from 13 percent, the fourth increase since April, according to 40 of 41 economists surveyed by Bloomberg. One analyst forecast the bank will raise the so- called Selic rate to 13.5 percent.
While Brazil's fastest economic expansion since 1995 is showing signs of moderating, inflation still threatens to exceed the upper limit of the central bank's target range and policy makers are concerned rising domestic demand and credit growth will further stoke price increases.
``When you look at core inflation, excluding food, the situation remains risky,'' Arthur Carvalho, chief economist for Ativa Corretora in Rio de Janeiro, said in an interview. ``Policy makers are playing tough to make sure the market understands they're serious about bringing down inflation.''
Inflation as measured by the benchmark IPCA index eased to 6.17 percent last month from a three-year high of 6.37 percent in July after food and beverage costs fell for the first time in more than two years. Price increases this year have exceeded the central bank's 4.5 percent target with a leeway of plus or minus 2 percentage points.
World's Highest Rate
Today's increase in the Selic to 13.75 percent would rank Brazil's real interest rate as the highest among 54 countries tracked by Bloomberg. Brazil's real rate, which is the benchmark rate minus inflation, stands at 6.83 percent, the second-highest after Turkey's 7.55 percent.
Policy makers, after raising rates by a more-than-expected 0.75 percentage point on July 23, promised they would act in a ``timely fashion'' to bring inflation back to their target. The central bank also expressed concern that demand growth continues to outpace supply.
The central bank will raise the benchmark rate further to 14.75 percent by year-end, according to a central bank weekly survey.
The rate increases are beginning to cool the economy and a separate report today may show quarterly economic growth eased for a second straight time through June 30.
`Excessive'
Vehicle sales grew 4 percent in August from a year ago, the slowest pace in almost two years, after car loan costs jumped, the industry association said Sept. 4.
Gross domestic product growth in the second quarter may have also slowed to 5.5 percent, from 5.8 percent in the first quarter, according to the median estimate in a Bloomberg survey of 33 economists. The GDP report will be released today at 8 a.m. New York time.
Carlos Thadeu de Freitas, who served as central bank director between 1988 and 1989, said the rate increases may hurt growth unnecessarily. He said ``market paranoia,'' in a country that as recently as 1994 experienced annual inflation of 5,000 percent, was forcing Meirelles' hand.
``To maintain its credibility, the central bank wants to be consistent with its last outlook and give the market what it's looking for,'' said Thadeu de Freitas, now chief economist with Brazil's National Confederation of Commerce. ``This could prove excessive when new credit concessions are already slowing.''
A sharp drop in prices for major commodity exports like soy, beef and orange juice may also be easing pressure on the central bank, said Alfredo Coutino, a Latin America economist at Moody's Economy.com in West Chester, Pennsylvania.
Currency Decline
Since the central bank's last meeting, the Reuters/Jeffries CRB Index of 19 raw materials has fallen 12.7 percent. Commodities make up about two-thirds of Brazil's exports, according to the Brazilian Foreign Trade Association in Rio de Janeiro.
``There's no justification for further tightening when you already have some of the highest rates in the world,'' Coutino said.
Meirelles should follow the lead of Mexican central bank Governor Guillermo Ortiz, Coutino said. After raising the Mexican overnight rate on Aug. 15 to 8.25 percent, Ortiz signaled inflation pressures may be easing, reducing the need for further tightening.
Brazil's real fell to the lowest in seven months yesterday after Finance Minister Guido Mantega said the currency would continue to weaken on reduced foreign investments and a narrowing trade surplus. The benchmark Bovespa stock index dropped to the lowest in a year after commodity prices declined.
Mantega, who criticized central bank rate increases in the past, said this week in Brasilia that economic expansion wasn't stoking inflation, adding supply ``was growing in line with demand.''
One reason for caution is that some industries remain heated. Manufacturers operated at 83.5 percent capacity in July, a record, the National Industrial Confederation said Sept. 3. Industrial output grew 8.5 percent that month, more than economists expected, according to a Sept. 2 government report.

Brasil e Argentina firmam acordo para construir navios

Rodrigo Postigo
10/09/2008

A ministra de Defesa da Argentina, Nilda Garré, apresentou nesta terça-feira uma série de acordos firmados com o Brasil na área de defesa, que prevêem a construção de navios, equipamentos e veículos de uso conjunto, nos âmbitos civil - também para a exploração do petróleo - e militar. As informações são da Ansa.
Entre os principais pontos da parceria - selada ontem, durante a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, em Brasília -, Garré antecipou que a Argentina poderá fabricar parte das 130 embarcações que o Brasil deve encomendar para funções de apoio na exploração de suas jazidas de petróleo no mar.
Segundo a ministra, que qualificou como "ótimas" as relações entre os dois países em assuntos relacionados à segurança regional, o Brasil já encomendou 37 navios patrulheiros de alto-mar, que serão fabricados pelo estaleiro Rio Santiago, de propriedade do Estado argentino, e por indústrias da iniciativa privada.
Em uma entrevista coletiva, Garré informou também que, durante a reunião de segunda-feira, foi acordada a constituição de um grupo de trabalho binacional para assuntos de defesa, composto por três subcomissões: uma para questões terrestres, uma para navais e outra para aeronáuticas.
Ainda no âmbito naval, serão construídos também navios "polares", que poderão ser usados pelos dois países para projetos de pesquisa na Antártida, e embarcações para salvamento em caso de catástrofes naturais.
Outros acordos estabelecem a produção de motores, o intercâmbio de sistemas de informática, a modernização de motores para mísseis, a compra de peças e a produção, já no ano que vem, de 1,2 mil veículos "Gaucho", usado para transporte aéreo de cargas leves. Também se prevê a fabricação de um avião de treinamento militar, que posteriormente poderá ser adaptado para uso civil.

BNDES receberá estudos para corredor ferroviário

Agência Estado
10/09/2008
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realiza hoje chamada pública para a realização de estudos de viabilidade para a implantação do Corredor Ferroviário entre o Atlântico e o Pacífico na América do Sul. O objetivo é ligar por ferrovia os portos do Sul e do Sudeste do País aos do Chile. De acordo com o banco, a conexão das rotas de comércio internacional entre os dois oceanos é o principal desafio para ampliar os intercâmbios comerciais entre os países da América do Sul.
O BNDES vai usar recursos do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP) para contratar uma instituição brasileira que faça os estudos técnicos. Nesse caso, eles devem incluir: mapeamento e análise das alternativas de traçado; avaliação da integração das ferrovias com rodovias, hidrovias e portos; levantamento completo da demanda; avaliação econômico-financeira preliminar dos diferentes traçados, com estimativa de projeções de receita, do orçamento dos investimentos e dos custos operacionais; e avaliação institucional e regulatória dos países que poderão integrar o corredor.
Os interessados devem apresentar a proposta, na forma de carta-consulta à instituição, até o próximo dia 24. Depois, quem for selecionado deve apresentar um projeto detalhado dos estudos técnicos. Se for aprovada nessa segunda fase, o proponente terá até 10 meses para desenvolver os estudos e apresentar os resultados, que serão disponibilizados na Internet.
O BNDES reconhece que há dificuldades para que uma ligação ferroviária entre Atlântico e Pacífico se torne realidade, já que será necessário tratar com países diferentes e com variadas legislações sobre o assunto, além das respectivas condições ferroviárias já existentes e a construir.

Jornal Economia em Notícia - Edição 24