sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 13

O Tríplice Nó Empresarial - O Oráculo de Varuna

PIB do Reino Unido permanece estagnado no 2º trimestre

Rodrigo Postigo
22/08/2008
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido não registrou nenhuma alteração no segundo trimestre de 2008, segundo informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas, que previamente estimou por um crescimento de 0,2%. O resultado revisado veio abaixo do esperado pelos economistas. Desta maneira, a economia do Reino Unido permaneceu estagnada entre abril e junho deste ano, em comparação com o trimestre anterior. Em termos anuais, o crescimento do PIB foi de 1,4%, registrando a menor taxa de expansão observada desde 1992.

PIB do Reino Unido permanece estagnado no 2º trimestre

Rodrigo Postigo
22/08/2008
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido não registrou nenhuma alteração no segundo trimestre de 2008, segundo informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas, que previamente estimou por um crescimento de 0,2%. O resultado revisado veio abaixo do esperado pelos economistas. Desta maneira, a economia do Reino Unido permaneceu estagnada entre abril e junho deste ano, em comparação com o trimestre anterior. Em termos anuais, o crescimento do PIB foi de 1,4%, registrando a menor taxa de expansão observada desde 1992.

Ministro uruguaio critica "falta de visão" do Brasil no Mercosul

Rodrigo Postigo
22/08/2008

O ministro da Economia uruguaio, Danilo Astori, próximo de anunciar sua pré-candidatura à presidência pelo Frente Ampla, criticou o "bilateralismo" da Argentina e do Brasil no Mercosul. As informações são da agência Ansa.
"Falta visão para Argentina e Brasil sobre como se exerce uma liderança, em particular para o Brasil", afirmou o ministro da Economia, que deixará o cargo dia 15 de setembro para ingressar na campanha política das eleições presidenciais do próximo ano.
Brasil e Argentina, as duas economias mais fortes do Mercosul, "atuam estrategicamente muito juntas" e "têm colocado em prática medidas de apoio mútuo que prejudicam o Mercosul", afirmou Astori ao jornal uruguaio Ultimas Noticias.
Brasil, com consentimento federal, "convive com políticas estaduais que prejudicam notoriamente o Uruguai", disse Astori, que usou como exemplo as políticas aplicadas por Rio Grande do Sul.
"Temos assimetrias naturais, de tamanho, de disponibilidade de recursos, de população, mas existem assimetrias políticas", afirmou Astori, que reivindicou o Mercosul como "um projeto estratégico".

Gastos com TI vão superar US$ 3,4 tri em 2008, prevê Gartner

Consultoria estima aumento de 8% em relação a 2007. Desvalorização do dólar contribui para avanço
COMPUTERWORLD
22/08/2008
Apesar das atuais preocupações econômicas, os gastos globais com TI vão superar 3,4 trilhões de dólares em 2008, um aumento de 8% em relação a 2007, de acordo com o Gartner. Muito deste crescimento, segundo a consultoria, deve-se à desvalorização do dólar. A estimativa de crescimento desconsiderando-se a queda da moeda americana é de aproximadamente 4,5%. No início do ano, a Forrester reduziu a previsão de gastos com TI.
De acordo com Jim Tully, vice-presidente e analista do Gartner, a recessão nos EUA não parece causar impacto nos gastos com TI. Segundo ele, nos próximos anos, haverá redução no crescimento, mas os fundamentos permanecerão fotes. Regiões emergentes, substituição de sistemas obsoletos e algumas tecnologias vão guiar o crescimento.
A análise do Gartner indica que as empresas estão mudando a forma de consumir tecnologia, passando de proprietárias de ativos de hardware e software para o modelo de utilização por serviço. Em julho, o Gartner previu que software como serviço vai dominar o comércio eletrônico.
Tully afirma que a mudança para cloud computing resultará no crescimento nas vendas de alguns produtos de TI e em redução de outros. Em geral, informa ele, os ativos serão usados com maior eficiência e resultado no crescimento do mercado será neutro. O analista também indica que há um considerável espaço para crescimento.
Gastos com software, em nível mundial, terão taxa de crescimento superior a 10% em 2008. O setor de serviços avançará mais de 9,4%. Para analistas, o segmento é beneficiado pela contínua inovação em software, já que novas soluções de software exigem força de trabalho para implementá-las.
Software como serviço (SaaS)/cloud computing, arquitetura orientada a serviço (SOA)/Web 2.0 e open source estão provocando grandes mudanças no mercado de software, de acordo com Joanne Correia, vice-presidente de gerenciamento do Gartner.
Os gastos com TI são dominados mais por serviços do que por produtos. Juntos, serviços de TI e telecom respondem por 70% do total das despesas. De acordo com o Gartner, o setor de telecom teve um grande impacto sobre o resultado, respondendo por quase 2 trilhões de dólares em 2008.
Na área de hardware, PCs respondem por 60% do total dos gastos e o crescimento na venda de equipamentos é maior do que o esperado.

Ex-CVM defende internacionalização de empresas do País

Agência Brasil
22/08/2008
O ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e atual conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais Roberto Teixeira da Costa afirmou nesta quinta-feira que o processo de internacionalização das empresas brasileiras é irreversível e constitui uma exigência da globalização.
"Nos últimos dez anos, essa talvez tenha sido uma das modificações mais marcantes no contexto empresarial brasileiro", disse ele, em entrevista, depois de participar do 20º Congresso da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), no Rio de Janeiro.
Segundo Costa, a globalização obrigou algumas empresas brasileiras de grande porte a olhar não apenas o mercado local, mas também o internacional. "Quando o mercado se globaliza, surge um fator novo, que é a produção em escala, e mesmo um produtor eficiente tem que aumentar substancialmente sua escala para ser competitivo".
Costa disse que a empresa que busca o exterior tem de apresentar vantagens comparativas e competitivas e passar por um processo cultural de adaptação e ajustamento aos países onde vai operar. A entrada no mercado externo, explicou, pode ocorrer de várias formas, como abertura de uma filial no exterior, compra de uma empresa ou estabelecimento de parcerias.
Ele apontou o fator cambial como um dos motivos que despertaram o interesse de algumas companhias pelo mercado externo. "Elas (empresas) poderiam fazer investimentos com taxa de conversão bastante favorável para investimentos no exterior. O real está bem valorizado, o que estimulou a participação das empresas no exterior".
De acordo com Costa, que foi o primeiro presidente da CVM, há ganhos também no processo de governança corporativa, porque a empresa aprende técnicas de operação no exterior e se familiariza com o cenário externo. Tudo isso, disse ele, levou o empresariado brasileiro a mudar de atitude.
Ele rebateu críticas ao processo de internacionalização das empresas brasileiras, afirmando que o fato de investirem no exterior não exclui o investimento no Brasil. "Isso é um falso dilema." Sobre a perda de postos de trabalho com a internacionalização.
Costa admitiu que isso pode ocorrer no início do processo, mas ressaltou que mais tarde haverá benefícios e o País sairá ganhando. "Isso vai gerar divisas para o País".

Déficit em conta corrente no ano é o pior da série, diz BC

Agência Estado
22/08/2008
O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, informou nesta quinta-feira que o déficit em conta corrente no acumulado do ano até julho, de US$ 19,512 bilhões, é o pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1947. Ele também afirmou que o déficit em transações correntes de julho, de US$ 2,111 bilhões, é o pior resultado para os meses de julho desde 1997, quando a conta corrente ficou negativa em US$ 3,073 bilhões.
Mesmo assim, Altamir disse que há uma tendência de desaceleração do déficit em conta corrente, que já foi verificada no resultado de julho (US$ 2,111 bilhões) que, apesar de elevado, foi menor do que o registrado no mês anterior (US$ 2,596 bilhões em junho).Altamir espera nos próximos meses uma redução no ritmo de despesas com serviços, assim como no de remessas de lucros e dividendos enviadas pelas empresas multinacionais com sede no Brasil.
Ele disse que a desaceleração das remessas nos próximos meses deve ocorrer porque "há limite para o envio", que costuma ser mais concentrado nos primeiros meses do ano. Por outro lado, ele prevê um comportamento mais favorável da balança comercial brasileira.
"O déficit em conta corrente vem decrescendo e nós esperamos uma desaceleração ao longo do ano", disse. Altamir destacou ainda que a conta corrente vem sendo financiada com recursos duradouros, como o Investimento Estrangeiro Direto (IED), que em julho somou US$ 3,24 bilhões. No acumulado do ano de janeiro a julho, o IED soma US$ 19,942 bilhões, valor correspondente a 2,46% do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto até hoje, segundo Altamir, o fluxo de IED foi de US$ 4,5 bilhões e prevê para o fim deste mês um fluxo total de US$ 5,2 bilhões.

Carga tributária deve atingir 36,16% em 2008, com destaque para IOF

InfoMoney
22/08/2008
A arrecadação tributária deve atingir 36,16% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, proporção 0,84 ponto percentual superior à registrada em 2007, quando foi de 35,32% do PIB. A estimativa foi elaborada pelo mestre em finanças públicas pela FGV (Fundação Getulio Vargas), Amir Khair, que projetou os ganhos do Governo em suas três esferas: federal, estadual e municipal.
"O que explica o aumento da arrecadação é fundamentalmente o crescimento econômico, que eleva o faturamento e o lucro das empresas, e a massa salarial acima do crescimento do PIB. O setor público pega carona nos tributos, que são proporcionais a essas elevações", justificou o especialista.
A estimativa leva em consideração as arrecadações realizadas até julho pela União, que é responsável por 70% da arrecadação total, e até junho para Estados e Municípios.
TributosO grande pressionador para a elevação da carga tributária, nas projeções de Khair, é o IOF (Imposto sobre as Operações Financeiras). Em 2007, este tributo correspondia a 0,30% do PIB, enquanto, em 2008, a proporção será de 0,73%, o maior crescimento registrado entre todos os tributos analisados.
A análise destaca que, caso não fosse extinta a CPMF ( Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), a proporção da arrecadação tributária sobre o PIB seria 1,41 ponto percentual superior.
No bolsoSegundo as previsões, dentre os tributos pagos diretamente pelos brasileiros, o que mais pesará em 2008, na comparação com 2007, será o Imposto de Renda, com 6,65%, em relação ao PIB.

UPDATE 2-Lula undecided on new Brazil state oil company

Wed Aug 20, 2008 3:11pm EDT
(Recasts, adds Mantega comments, details)
By Denise Luna
SAO GONCALO DO AMARANTE, Brazil, Aug 20 (Reuters) - President Luiz Inacio Lula da Silva said on Wednesday he had not decided whether to create a new state-run oil company to manage oil production from Brazil's new subsalt reserves, dampening speculation that his government favors that option.
Since state energy company Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(PBR.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) announced last year that it had discovered massive light oil reserves off Brazil's southern coast, talk has swirled that the government would take greater control over the oil wealth.
Energy Minister Edison Lobao and other leaders in the ruling coalition have said they favor creating a 100 percent state-owned company to manage the promising subsalt oil reserves, which probably will take years to develop.
One of Brazil's most influential newspapers, Folha de Sao Paulo, reported on Wednesday that Lula also favored creating a new state oil company, citing unnamed government sources.
But Lula, who has asked a ministerial committee to draw up proposals on how to change Brazil's petroleum law, said he remained undecided.
"No new state company exists. I am not against it, or in favor," he told reporters at a Petrobras event in northeastern Brazil. "I'm only going to receive proposals on Sept. 19. When I see them, we will make a decision that will be made known to the Brazilian public."
Petrobras shook the oil world last November when it said it had found 5 billion to 8 billion barrels of recoverable light crude in its Tupi field in the Santos basin, the largest deep-water find in history.
Other reserves thought to exist in the area -- which some analysts say could total between 50 billion and 70 billion barrels -- could vault Brazil to 10th from 17th among world oil producers.
SOME FUNDS TO BE INVESTED ABROAD
Some government officials have said they favor shifting to a production-sharing model similar to the one used by Norway to extract oil from the North Sea. That would give the government the right to sell the oil and pay companies a share. Currently, oil companies own the oil they produce and pay the government royalties and taxes.
Petrobras Chief Executive Jose Sergio Gabrielli has said he opposes the creation of rival state oil company.
But another major newspaper, O Globo, quoted unnamed company sources on Wednesday as saying Petrobras would not be opposed to a new state firm, as long as Petrobras had the rights to explore the nine "megafields" already discovered and their contiguous areas.
Government officials, including Lula, have said that the country's health and education should benefit from the oil wealth. Finance Minister Guido Mantega said on Wednesday the government also intended to invest part of the new income abroad to prevent inflation and the currency from appreciating.
"Brazil will do as other countries have done, and won't place all the dollars it receives (from the sub-salt reserves) in the country," Mantega told reporters in Brasilia.
"Part of the sub-salt (money) will go to the sovereign wealth fund," he said.
A bill creating the sovereign wealth fund, financed by Brazil's growing primary budget surplus, which could raise $7 billion this year, is making its way through Congress. (Additional reporting by Isabel Versiani in Brasilia; Writing by Stuart Grudgings; Editing by Walter Bagley)

U.S. wants push to revive Doha trade talks: report

Thu Aug 21, 2008 7:16am EDT
By Jonathan Lynn
GENEVA (Reuters) - The United States wants officials to resume international trade talks in September after a meeting of ministers collapsed without a breakthrough last month, U.S. trade chief Susan Schwab was quoted as saying.
She said in an interview with specialist newsletter Inside U.S. Trade on Wednesday that senior officials from a small group of countries should meet next month to explore the possibility of restarting the Doha round negotiations at the World Trade Organization (WTO).
"We need to come to the table in September at the senior official level to test the seriousness of going forward, to bring forward new ideas to overcome some of the problems that we encountered in July that we were not able to overcome at that time, and quite frankly to stop the deterioration and the erosion of what was on the table in July," Schwab said.
Schwab was speaking ahead of a visit to Washington on Thursday and Friday by WTO Director-General Pascal Lamy, who also visited India last week.
Schwab's comments, reported in the newsletter's online edition, reinforce those made by several countries, notably Brazil. World Bank President Robert Zoellick has also backed the suggestion that WTO members should resume the talks soon to capitalize on the momentum gained last month.
That meeting saw progress on the headline areas of agricultural and industrial tariffs and subsidies.
STUMBLING BLOCK
But it ultimately foundered on differences between the United States and India over a proposed safeguard to protect farmers in developing countries from a surge in imports.
Zoellick and others have sketched out compromises over the safeguard that would reconcile the needs of developing countries to protect their subsistence farmers from floods of imports with those of food exporters -- rich and poor -- who fear such measures could be used to block normal trade.
Inside U.S. Trade said Schwab had expressed the hope that senior officials in September could "clear the way, conceivably, for another round of ministerial engagement".
But Schwab also highlighted U.S. concerns about the wording of a report on the industrial goods negotiations, and warned that a compromise floated by Lamy in the talks "has unraveled in large measure", the newsletter said.
The United States says that the report's summary of discussions on proposals to open up individual industrial sectors like textiles or chemicals uses language that Washington never agreed to, reducing pressure on big emerging countries like China and India to take part in such sectoral deals.
U.S. business lobbies argue that such deals -- provided countries like China take part -- offer the best hopes of increased markets for U.S. exporters from a Doha deal.
(Editing by Mark Trevelyan)