terça-feira, 7 de outubro de 2008
Mercado apóia regra da CVM para transparência em fusão
Gazeta Mercantil
07/10/2008
Executivos e agentes do mercado financeiro receberam com alívio as novas regras e recomendações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que tratam de fusões e aquisições. O simples fato de estabelecer responsabilidades aos administradores e responsáveis pelas operações de compra e venda de empresas já torna simpático o parecer 35 da autarquia aos olhos dos analistas e acionistas de companhias de capital aberto.
Na mesa redonda "Parecer de Orientação CVM nº 35 - Deveres legais dos administradores nas incorporações de controladas", a diretora financeira da LLX Logística, Eliane Lustosa, defendeu o estabelecimento de deveres por parte dos responsáveis pelas fusões e aquisições. "Antes deste parecer, podia-se dizer que uma sala é azul mesmo sendo verde, pois a responsabilidade era transferida para terceiros", explica.
No documento, a CVM estabelece que "as deliberações e negociações devem ser devidamente documentadas, para posterior averiguação" e "todos os documentos que embasaram a decisão dos administradores devem ser colocados à disposição dos acionistas".
Para o coordenador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) no Rio, João Laudo de Camargo, o parecer da CVM é um avanço para os acionistas, porque define que a operação deve ser boa para todos os envolvidos, inclusive os minoritários. As regras impõem limites aos controladores, bem como transparência nos processos de compra. "O início das negociações deve ser divulgado ao mercado imediatamente, como fato relevante, a menos que o interesse social exija que a operação seja mantida em sigilo", diz o parecer.
Tanto Camargo como Lustosa avaliam que o ponto polêmico do documento é a recomendação de criação de um comitê independente para acompanhar a avaliação e o processo de fusão. "Um comitê especial independente seja constituído para negociar a operação e submeter suas recomendações ao Conselho de Administração, observando as orientações contidas no parágrafo anterior", podendo o comitê ser constituído de administradores das empresas envolvidas ou de profissionais do mercado, fora da empresa. "Como saberemos se esses assessores são independentes ou não?", questionou Lustosa.
O diretor da CVM Marcos Pinto respondeu que não há definição para o conceito de independência. "Fomos criticados por tentar definir o que é ser independente porque, pelos critérios que adotamos inicialmente, bons assessores nunca poderiam ser independentes, e somente os inexperientes. Então ficamos sem meios para definir", afirmou. Mas, em seguida, ele descartou pelo menos uma figura do conceito de independência. "O banqueiro da operação (de fusão ou aquisição) definitivamente não é independente."
O parecer da CVM requer idoneidade dos controladores nas operações de compra de empresas. Quando houver conflito de interesse, o profissional ou administador não pode participar do processo.
Participantes do evento lembraram que os processos de fusão envolvendo a Nossa Caixa e o Banco do Brasil, bem como a Aracruz e a Votorantim Celulose, deverão passar pelo crivo das novas regras da CVM. Representando investidores, o sócio da Leblon Equities, Pedro Rudge, disse que as normas darão mais segurança aos investidores e as companhias serão melhor avaliadas a partir das práticas sugeridas pela CVM.
Publicado por Agência de Notícias às 7.10.08
Marcadores: Governança
Medidas anunciadas pelo governo podem não ser suficientes
Terra / Denise Campos de Toledo
07/10/2008
As medidas anunciadas pelo governo vão no sentido certo, tentam trazer liquidez para o mercado brasileiro, também prejudicado pelo aperto do crédito no exterior. Faltam linhas para os exportadores e falta crédito até para bancos menores, que dependiam muito de captações no exterior. Banco Central e BNDES vão viabilizar maior oferta tanto de dólares como de reais. Mas só isso pode não ser suficiente para tranqüilizar o mercado.
Primeiro, é preciso ver como vão funcionar as novas linhas. Se vão chegar a quem precisa e no montante necessário. Depois tem o cenário internacional também muito pesado.
Os pacotes de socorro financeiro lançados pelos governos dos Estados Unidos e da Europa vão levar um tempo para serem implementados. Novos casos de quebra de bancos ou boatos quanto a essa possibilidade continuam atingindo o mercado e abalando a confiança. Ninguém sabe ao certo até onde vai a crise. E o temor de novos problemas estrangula ainda mais o crédito. Enquanto não houver um alívio também dessa situação lá fora, o mercado aqui não tem condições de estabelecer um comportamento mais equilibrado. Principalmente quando atingido por ondas de pânico.
Sempre é possível contar com nuvens mais claras, mas o céu ainda está mais para tempestades. É sempre bom lembrar que o Brasil não está com fundamentos abalados e tem munição para gastar, medidas a serem lançadas até com o colchão de liquidez que conseguiu formar nos últimos anos. Isso deixa o País em condições muito melhores do que das economias mais ricas, que já convivem com os sinais de recessão.
Crise econômica cruza fronteiras, diz NYT
New York Times / Floyd Norris
07/10/2008
Os países europeus estavam trabalhando urgentemente na noite de domingo para impedir que a crescente crise de crédito derrubasse grandes bancos e alarmasse os correntistas quanto às suas economias, à medida que os problemas nos mercados financeiros se espalham pelo mundo, acelerando a desaceleração econômica em grandes economias dos três continentes.
O governo alemão agiu para garantir todas as contas de poupança do país, no domingo, na esperança de ressegurar os investidores nervosos diante do fracasso dos esforços de resgate a uma empresa alemã de crédito imobiliário e a uma grande empresa financeira européia.
Na noite de domingo, surgiu o anúncio de que novos resgates haviam sido organizados para ambas as empresas, a Hypo Real Estate, uma empresa alemã de crédito imobiliário, e ao grupo belga Fortis, que opera como banco e seguradora em boa parte do continente.
As preocupações cada vez mais sérias surgiram dias depois que o Congresso dos Estados Unidos aprovou um pacote de resgate de US$ 700 bilhões que funcionários de governos de diversos países esperavam servisse para acalmar os mercados financeiros em todo o mundo.
As medidas surgem enquanto autoridades regulatórias federais tentavam ajudar a resolver uma disputa sobre fusões nos Estados Unidos que poderia tornar os investidores menos seguros. Audiências judiciais estavam em curso em Nova York no domingo quanto aos esforços rivais do Citigrouo e do Wells Fargo para adquirir o Wachovia, um grande banco que pediu concordata uma semana atrás.
Na Europa, enquanto isso, a crise parece ser a mais séria que o continente enfrenta desde a criação da moeda comum da União Européia, em 1999. Jean Pisani-Ferry, diretor do grupo de pesquisa Bruegel, em Bruxelas, disse que a Europa estava enfrentando "nossa primeira crise financeira real, e ela não é uma crise qualquer. É uma crise séria".
O Banco Central Europeu (BCE) vem emprestando dinheiro aos bancos agressivamente, à medida que a crise se agrava. A instituição resistiu a pressões por um corte nos juros, mas sinalizou na quinta-feira que poderia fazê-lo em breve. O dinheiro adicional, cujo objetivo é garantir que os bancos mantenham seu acesso a dinheiro e capital, não serviu para ressegurar os investidores ou correntistas, e as bolsas de valores européias se saíram ainda pior do que os mercados americanos.
Na Islândia, funcionários do governo e dirigentes de bancos estavam discutindo um possível plano de resgate aos bancos comerciais do país.
Em Berlim, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel e seu ministro das Finanças, Peer Steinbrück, foram à televisão para prometer que todos os depósitos bancários seriam protegidos, ainda que não estivesse claro se era ou não necessário de lei que garantisse o cumprimento dessa promessa.
Ciente da crescente ira do público quanto ao uso de dinheiro público para escorar os negócios dos bancos e de seus executivos regiamente remunerados, Merkel prometeu que eles também teriam um preço a pagar. "Nós declaramos também que aqueles que se envolveram em comportamento irresponsável serão responsabilizados", ela afirmou. "o governo garantirá que isso aconteça. É nossa obrigação diante dos contribuintes".
Os mercados de ações caíram acentuadamente na abertura dos pregões asiáticos na segunda-feira, devido aos crescentes temores quanto à saúde dos bancos europeus e à capacidade de resistência da economia mundial.
O índice Nikkei 225 caiu em 3,4% em Tóquio na segunda-feira; o índice Kospi da bolsa de Seul caiu em 3,7% e o índice Standard and Poor's/Australian Stock Exchange 200 caiu em 3,8%.
Os acontecimentos em Berlim e Bruxelas sublinharam o fracasso da abordagem caso a caso adotada pela Europa para restaurar a confiança do setor bancário cada vez mais combalido do continente. Uma conferência de cúpula européia na noite de sábado pouco fez para acalmar os temores.
O presidente francês Nicolas Sarkozy e seus colegas da Alemanha, Reino Unido e Itália prometeram que impediriam a ocorrência na Europa de um colapso como o do Lehman Brothers nos Estados Unidos, mas não ofereceram um pacote de resgate abrangente ao estilo americano.
A crescente crise colocou em destaque as dificuldades envolvidas em conduzir ações coordenadas nas Europa, porque as economias das nações do continente estão muito mais integradas do que as atividades de seus governos.
"Não somos uma federação política", disse Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, depois da reunião. "Não temos um orçamento federal".
Na semana passada a Irlanda tomou medidas para garantir tanto os depósitos quanto os demais passivos de seis grandes bancos do país. Houve queixas em Londres e Berlim sobre a possibilidade de que a decisão oferecesse vantagens desleais a esses bancos. Mas a Alemanha propôs sua medida de garantia a depósitos bancários no domingo, depois que o Reino Unido elevou sua garantia a depósitos de 35 mil libras para 50 mil libras, o equivalente a US$ 90 mil.
Ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde os depósitos de até US$ 250 mil estão garantidos plenamente agora - ante um limite de US$ 100 mil antes do pacote -, na maioria dos países europeus os depósitos estão garantidos apenas parcialmente, ocasionalmente por grupos de bancos e não pelos governos. Na Alemanha, os 90% iniciais dos depósitos de até 20 mil euros, ou cerca de US$ 27 mil, estão garantidos.
A conferência de Paris produziu uma promessa de que os líderes europeus trabalhariam juntos para deter a crise financeira e ressegurar os investidores nervosos, mas ainda antes que a reunião começasse estava se tornando claro que os dois grandes resgates anunciados na semana anterior não haviam obtido sucesso, e que um grande banco italiano poderia estar com problemas. O banco Unicredit anunciou no domingo planos para levantar até 6,6 bilhões de euros em capital.
O Fortis, que apenas uma semana atrás recebeu 11,2 bilhões de euros dos governos da Holanda, Bélgica e Luxemburgo, não conseguiu manter suas operações. Na sexta-feira, o governo holandês tomou o controle das operações do banco no país, e tarde na noite do domingo o governo belga intercedeu para conseguir que o banco francês BNP-Paribas assumisse o controle do que restava da companhia.
Em Berlim, o governo organizou uma semana atrás um empréstimos de 35 bilhões de euros ao Hypo por grandes bancos do país, mas a transação fracassou quando os bancos concluíram que seria necessário mais dinheiro. Na noite de domingo, o governo anunciou que um pacote de 50 bilhões de euros havia sido organizado, com participação das autoridades e de outros bancos.
A crise de crédito começou nos Estados Unidos, fato que levou muitos políticos europeus a alegar superioridade por parte dos sistemas financeiros de seu país, em contraste com aquilo que o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi designou "capitalismo especulativo" dos Estados Unidos. No sábado, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, declarou que a crise "veio dos Estados Unidos", e Berlusconi lamentou a falta de ética empresarial que a crise expôs.
Muitos dos problemas dos bancos europeus derivam de maus empréstimos feitos na Europa, e o Fortis se envolveu em problemas em parte ao tomar dinheiro emprestado para realizar uma grande aquisição. Bancos europeus informaram que a necessidade adicional de fundos do Hypo estava relacionada a garantias que a instituição concedeu a títulos municipais norte-americanos vendidos a investidores.
As preocupações do mercado de crédito vêm se somar à preocupação quanto ao crescimento econômico na Europa e nos Estados Unidos. Muitos economistas acreditam que já existam recessões em ambas as áreas, e o mesmo também pode valer para o Japão, onde o jornal Nikkei reportou na segunda-feira que uma pesquisa entre executivos do país constatou que 94% deles acreditavam que a economia estivesse se deteriorando.
"A menos que exista um relaxamento concreto das condições de crédito", disse Bob Elliott, da Bridgewater Associates, uma empresa norte-americana de administração de fundos, depois do anúncio dos números quanto ao desempenho do varejo, "é improvável que a demanda retorne em curto prazo".
Quase despercebido em função da aprovação do pacote de resgate financeiro de US$ 700 bilhões pelo Congresso norte-americano, os legisladores também aprovaram US$ 25 bilhões em empréstimos às montadoras de automóveis do país, que enfrentam dificuldades. As montadoras de automóveis da Europa anunciaram que solicitariam assistência semelhante à Comissão Européia.
Henry Paulson, o secretário do Tesouro norte-americano, esperava que a aprovação do resgate em seu país, que envolve aquisição de títulos aos bancos por valor superior ao seu atual preço de mercado, liberaria crédito ao tornar mais dinheiro disponível para que os bancos concedam empréstimos, e ao reassegurar os participantes dos mercados de crédito.
Mas isso não aconteceu na semana passada. Em lugar disso, o crédito se tornou mais caro e mais difícil de obter, e os investidores passaram a hesitar ainda mais quanto à compra de commercial papers, essencialmente empréstimos de curto prazo a empresas. As taxas de juros sobre esses empréstimos subiram tão rápido que havia quem temesse que o mercado poderia fechar, em termos práticos, o que deixaria aos bancos, já distendidos, a tarefa de fornecer empréstimos de curto prazo a empresas.
A Altria, holding que controla a fabricante de cigarros Philip Morris, disse que os bancos queriam que ela adiasse sua aquisição da UST, outra companhia de tabaco, em uma transação de US$ 10,3 bilhões, até 2009, mas prometeu que concluiria o negócio este ano.
A necessidade de que a Europa se apresse é devida em parte ao legado da decisão de estabelecer o euro, usado hoje por 15 países como moeda unificada, mas sem criar um sistema paralelo de regulamentação fiscalização transnacional dos bancos privados.
"Primeiro tivemos a integração econômica, e em seguida a integração monetária", disse Sylvester Eijffinger, membro do painel de consultoria monetária do Parlamento Europeu. "Mas jamais desenvolvemos a integração política e regulatória paralela que nos permitiria enfrentar uma crise como a atual", acrescentou.
Em Bruxelas, Daniel Gros, diretor do Centro de Estudos Políticos europeus, concorda. "Talvez o choque os leve a pensar mais em termos estratégicos, em lugar de correr atrás dos acontecimentos", ele afirmou. "Quanto mais tarde se age, maior o preço".
Embora o BCE tenha poderes sobre as taxas de juros e a política monetárias mais ampla, não tem poderes de fiscalização sobre os bancos privados, o que deixa essa tarefa a dezenas de agências diferentes de fiscalização espalhadas pelo continente.
O sistema improvisado inclui bancos centrais nacionais em cada um dos 15 membros da zona do euro que continuam a reter poderes amplos nos limites de seus países, o que complica ainda mais a solução regional de problemas.
A paisagem econômica européia atual se assemelha pouco à dos anos 90, quando as bases euro foram estabelecidas. Então, aponta Pisani-Ferry, poucos bancos europeus tinham operações transnacionais em escala significativa.
Foi uma onda de fusões na década passada que criou gigantes como o HSBC e o Deutsche Bank, que operam em múltiplos países e continentes e apresentam grande exposição ao mercado dos Estados Unidos.
"A paisagem bancária européia se transformou, nos últimos anos", disse Pisani-Ferry. "Quando o euro foi lançado, a questão da regulamentação transnacional não era relevante".
Os otimistas dizem que um potencial benefício de longo prazo que o tumulto atual pode gerar está relacionado ao fato de que muitas vezes é necessária uma crise para promover novos avanços na integração européia.
"O progresso na Europa em geral resulta de crises", disse Eijffinger. "E podemos estar vivendo um desses raros momentos na história da União Européia".
Crise 'apaga' bons prospectos para emergentes, diz 'WSJ'
BBC Brasil
07/10/2008
Uma reportagem publicada nesta terça-feira no Wall Street Journal afirma que "os prospectos para os mercados emergentes estão se apagando" diante da crise mundial, que já se espalha por economias industrializadas e em desenvolvimento.
O artigo expressa uma leitura amplamente divulgada nos principais jornais europeus e americanos - a de que os países emergentes, até então considerados mais preparados para enfrentar um futuro de instabilidade, "não estão imunes à crise".
"Embora muitos mercados emergentes ainda tenham prospectos mais cor-de-rosa que os Estados Unidos ou a Europa, eles agora enfrentam um ambiente drasticamente diferente daquele de alguns meses atrás", escrevem os repórteres do WSJ.
"Os preços das commodities, uma importante fonte de exportações das economias em desenvolvimento, tombaram. Ao mesmo tempo, os custos de empréstimos para as companhias aumentaram como parte da crise de crédito, dificultando seu acesso a capital", disse o jornal.
O diário financeiro americano destaca a queda de 5,4% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em um dia em que as ações chegaram a cair 15% e o sistema de contenção de perdas foi acionado duas vezes. A queda de 19% da Bolsa de Moscou também foi destaque nas reportagens desta terça-feira.
Ao mesmo tempo, as moedas de países como o Brasil, a Turquia, a Coréia do Sul e o México, se desvalorizaram em relação ao dólar americano, à medida que investidores se desfaziam de ativos considerados de maior risco.
Nova contribuição para a atividade rural onera produtor e compromete uso de tecnologia
Agência CNA
07/10/2008
O produtor rural pessoa física terá mais um ônus tributário com a cobrança de 2,3% da contribuição previdenciária rural, destinada à seguridade social, sobre a comercialização de embriões e sêmens, ovos galados, sementes, mudas e animais destinados à reprodução e criação, como bovinos, caprinos, ovinos e cavalos ou atividade granjeira.
A incidência deste tributo, que já está em vigor, foi incluída na Medida Provisória 410, convertida na Lei 11.718, que trata da criação do contrato de trabalho de curto prazo no meio rural.
Com a inserção deste dispositivo, foi revogada a isenção da cobrança desta contribuição, prevista na Lei 8212, de 1991, que dispõe sobre a organização da seguridade social. Para Luciano Carvalho, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esta medida gera aumento de carga tributária e do custo de produção, além de desestimular investimentos e o uso de tecnologia no setor agropecuário.
“Esta cobrança penaliza vários setores e compromete ainda mais a baixa rentabilidade do produtor. É o equivalente a você onerar um bem de capital usado na fabricação de máquinas”, justifica.
Segundo ele, a incidência desta contribuição é injusta pelo fato destas etapas da cadeia produtiva não utilizarem mão-de-obra intensiva e terem uma carga fiscal superior à cobrança do imposto sobre a folha de pagamentos. Ele exemplifica que, no caso da pecuária, a incidência de 2% sobre a produção de um pecuarista com faturamento anual bruto de R$ 453 mil geraria um recolhimento de R$ 9.066,00 pelo INSS, enquanto que uma cobrança de 20% sobre a folha de pagamento deste mesmo montante totalizaria uma contribuição de R$ 2.340,00.
Segundo Luciano Carvalho, o setor rural defende o restabelecimento da isenção da base de cálculo desta contribuição previdenciária na mesma lei onde o dispositivo foi revogado, a 8212, para reduzir o impacto fiscal na cadeia produtiva e nos custos de produção.
Atualmente, há duas emendas propondo a volta desta isenção, apresentadas pelos deputados Marcos Montes (DEM/MG) e Alfredo Kaefer (PSDB/PR) à Medida Provisória 438, que trata de medidas tributárias aplicáveis às doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela União e destinadas às ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas brasileiras. A matéria já está pronta para ser votada pelo plenário da Câmara Federal.
Publicado por Agência de Notícias às 7.10.08
Marcadores: Agricultura, Tributária
Financial Crises Spread in Europe
The New York Times
By CARTER DOUGHERTY, NELSON SCHWARTZ and FLOYD NORRIS
Published: October 5, 2008
This article was reported by Carter Dougherty, Nelson Schwartz and Floyd Norris and written by Mr. Norris.
The German government moved to guarantee all private savings accounts in the country on Sunday, hoping to reassure depositors who had grown nervous as efforts to bail out a large German lender and a major European financial company failed.
Late Sunday, it was disclosed that new bailouts had been arranged for both of those companies, Hypo Real Estate, the German lender, and Fortis, a large banking and insurance company based in Belgium but active across much of the Continent.
The spreading worries came days after the United States Congress approved a $700 billion bailout package that officials had hoped would calm financial markets globally.
The moves came as federal regulators were trying to help resolve a merger fight in the United States that could make investors more uneasy. Court hearings were under way in New York on Sunday over competing efforts by Citigroup and Wells Fargo to acquire Wachovia, a large bank that nearly failed a week ago.
In Europe, meanwhile, the crisis appears to be the most serious one to face the Continent since a common currency, the euro, was created in 1999. Jean Pisani-Ferry, director of the Bruegel research group in Brussels, said Europe confronted “our first real financial crisis, and it’s not just any crisis. It’s a big one.”
The European Central Bank has aggressively lent money to banks as the crisis has grown. It had resisted lowering interest rates, but signaled on Thursday that it might cut rates soon. The extra money, aimed at ensuring that banks would have adequate access to cash, has not reassured savers or investors, and European stock markets have performed even worse than the American markets.
In Iceland, government officials and banking chiefs were discussing a possible rescue plan for the country's commercial banks. In Berlin, Chancellor Angela Merkel and her finance minister, Peer Steinbrück, appeared before television cameras to promise that all bank deposits would be protected, although it was not clear whether legislation would be needed to make that promise good.
Mindful of the rising public anger at the use of public money to buttress the business of high-earning bankers, Mrs. Merkel promised a day of reckoning for them as well. “We are also saying that those who engaged in irresponsible behavior will be held responsible,” she said. “The government will ensure that. We owe it to taxpayers.”
Stock markets fell sharply in early trading on Monday in Asia on growing fears about the health of European banks and the resilience of the global economy.
The Nikkei 225 index dropped 3.4 percent in Tokyo on Monday, the Kospi index in Seoul fell 3.7 percent and the Standard and Poor’s/Australian Stock Exchange 200 index in Sydney declined 3.3 percent. The events in Berlin and Brussels underscored the failure of Europe’s case-by-case approach to restoring confidence in the Continent’s increasingly jittery banking sector. A European summit meeting Saturday did little to calm worries.
President Nicolas Sarkozy of France and his counterparts from Germany, Britain and Italy vowed to prevent a Lehman-like bankruptcy in Europe but they did not offer an American-style bailout package.
The crisis has underlined the difficulty of taking concerted action in Europe because its economies are far more integrated than its governing structures.
“We are not a political federation,” Jean-Claude Trichet, the president of the European Central Bank, said. “We do not have a federal budget.”
Last week, Ireland moved to guarantee both deposits and other liabilities at six major banks. There was grumbling in London and Berlin about the move giving those banks an unfair advantage. But Germany proposed its deposit guarantee Sunday after Britain raised its guarantee to £50,000, or almost $90,000, from £35,000.
Unlike in the United States, where deposits are fully guaranteed up to a limit of $250,000 — a figure that was raised from $100,000 last week — deposits in most European countries have been only partially guaranteed, sometimes by groups of banks rather than governments. In Germany, the first 90 percent of deposits up to 20,000 euros, or about $27,000, was guaranteed.
The Paris meeting produced a promise that European leaders would work together to halt the financial crisis and reassure nervous investors, but even before the meeting began it was becoming clear that two bailouts announced the week before had not succeeded and that a major Italian bank might be in trouble. That bank, Unicredit, announced plans on Sunday to raise as much as 6.6 billion euros, or $9 billion, in capital.
Fortis, which only a week ago received 11.2 billion euros from the governments of the Netherlands, Belgium and Luxembourg, was unable to continue its operations. On Friday, the Dutch government seized its operations in that country, and Sunday night the Belgian government helped to arrange for BNP-Paribas, the French bank, to take over what was left of the company.
In Berlin, the government arranged a week ago for major banks to lend 35 billion euros to Hypo, but that fell apart when the banks concluded that more money would be needed. Late Sunday, the government said a 50 billion euro package had been arranged, with the government and other banks participating.
Many of the European banks’ problems have stemmed from bad loans in Europe, and Fortis got into trouble in part by borrowing money to make a major acquisition. But activities in the United States have played a role. Bankers said Sunday that the additional need for funds at Hypo came from newly discovered guarantees it had issued to back American municipal bonds that it had sold to investors.
The credit market worries came on top of heightening concerns about economic growth in Europe and the United States. Many economists think there are recessions in both areas, and one also appears to have started in Japan, where the Nikkei newspaper reported Monday that a poll of corporate executives found that 94 percent thought the country’s economy was deteriorating.
“Unless there is a material easing of credit conditions,” said Bob Elliott of Bridgewater Associates, an American money management firm, after the retail sales figures were announced, “it is unlikely that demand will turn around soon.”
Almost unnoticed as the United States Congress approved a $700 billion bailout for banks last week, it also agreed to guarantee $25 billion in loans for America’s troubled automakers. European automakers said Sunday they would seek similar aid from the European Commission.
Henry M. Paulson Jr., the United States Treasury secretary, hoped that approval of the American bailout, which will involve buying securities from banks at more than their current market value, would free up credit by making cash available for banks to lend and by reassuring participants in the credit markets.
But that did not happen last week. Instead, credit grew more expensive and harder to get as investors became more skittish about buying commercial paper, essentially short-term loans to companies. Rates on such loans rose so fast that some feared the market could essentially close, leaving it to already-stressed banks to provide short-term corporate loans.
Altria, the parent company of the cigarette maker Philip Morris, said lenders wanted it to delay its planned $10.3 billion acquisition of UST, another tobacco maker, until 2009, but promised it would complete the deal.
Europe’s need to scramble is in part the legacy of a decision to establish the euro, which 15 countries now use, but not follow up with a parallel system of cross-border regulation and oversight of private banks.
“First we had economic integration, then we had monetary integration,” said Sylvester Eijffinger, a member of the monetary expert panel advising the European parliament. “But we never developed the parallel political and regulatory integration that would allow us to face a crisis like the one we are facing today,” he added.
In Brussels, Daniel Gros, director of the Center for European Policy Studies, agreed. “Maybe they will be shocked into thinking more strategically instead of running behind events,” he said. “The later you come, the higher the bill.”
While the European Central Bank has power over interest rates and broader monetary policy, it was never granted parallel oversight of private banks, leaving that task to dozens of regulators across the Continent.
This patchwork system includes national central banks in each of the euro-zone’s 15 members and they still retain broad powers within their own borders, further complicating any regional approach to problem-solving.
The European economic landscape today bears little resemblance to the 1990s, when the groundwork for the euro was laid. Back then, Mr. Pisani-Ferry recalled, few banks in Europe had cross-border operations on a significant scale.
A wave of mergers over the last decade created giants like HSBC and Deutsche Bank, which straddle continents and have major American exposure.
“The European banking landscape was transformed fairly recently,” Mr. Pisani-Ferry said. “When the euro was first introduced, the question of cross-border regulation didn’t really arise.”
Optimists say one potential long-term benefit from the current turmoil is that it often takes a crisis to propel European integration forward.
“Progress in Europe is usually the result of a crisis,” Mr. Eijffinger said. “This could be one of those rare moments in E.U. history.”
Publicado por Agência de Notícias às 7.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Emerging Markets Find They Aren’t Insulated From the Tumult
The New York Times
By ALEXEI BARRIONUEVO
Published: October 6, 2008
RIO DE JANEIRO — Emerging markets took one of their biggest collective tumbles in a decade Monday as stock markets from Mexico to Indonesia to Russia were gripped by fears of a collapse of Europe’s banking system and concern that a global recession could drag down the price of commodities, forcing a steep slowdown in emerging-market growth.
Many of the world’s fastest-growing economies thought they had insulated themselves from problems in the developed world. But economists said that simultaneous turmoil in Europe and the United States was too much to bear. “The potential of a global recession is awakening emerging markets that they will be hit stronger than we thought before,” said Alfredo Coutiño, a senior economist at Moody’s, the credit rating agency.
At the beginning of the global trading day, Asian markets were hit by fears that weakening economies in the United States and Europe would increase the chances of a downturn in Asian exports. The Standard & Poor’s/Australian Stock Exchange 200 index in Sydney declined 3.3 percent, the Nikkei 225 index dropped 4 percent in Tokyo, and the Hang Seng in Hong Kong fell 5 percent.
But Indonesian markets fell 10 percent — as did some of the largest European markets later. Unlike many emerging markets, Indonesia has been running a trade deficit, which means that it needs a constant flow of foreign capital. But capital has been seeking safe havens, and the emerging markets with large current-account deficits are being penalized.
That includes India, and many of the Baltic states, as well as Turkey and Kazakhstan.
Nicholas Bibby, an economist in the Singapore office of Barclays Capital, said that falling share prices across the region showed that many investors were still worried that banking difficulties might spread even after Congress passed a $700 billion economic bailout plan in Washington.
“It’s a fear of contagion,” Mr. Bibby said, while adding that Asian banks were better positioned than most to withstand the current problems because the region’s high savings rates tends to mean that Asian banks are net lenders in international money markets.
Similarly, many economists expect that the regulatory reforms Latin America took to shore up its banking sector in the wake of previous crises will make them more resistant to failure than their American or European banks. But that relative health is inspiring little faith in the markets.
Brazil’s stock market, the Ibovespa, closed down 5.4 percent, after trading was suspended twice, at one point when the market plunged 15 percent. Argentina’s Bolsa de Buenos Aires fell 6 percent. Even Chile, the region’s most stable economy, had one of its largest one-day drops in years. The country’s IPSA exchange dropped 6.02 percent; its IGPA exchange fell 4.89 percent.
For Latin America, nightmarish memories of previous financial crises are still fresh. Mexico struggled at the end of 1994 and was saved from default only by a $50 billion bailout by the United States in concert with international organizations. After the Southeast Asian crisis, Brazil watched its currency, the real, tumble 43 percent in early 1999 after the government abandoned its policy of defending it.
This time, the region was thought to be more resilient. This decade, Brazil, Mexico and Chile, in particular, have saved wisely during a broad-based commodity boom. They have reformed their financial institutions with stronger regulations and, in the case of Brazil especially, diversified their trade to be less reliant on the United States economy and more on Asia’s.
“Latin America is in a much better macroeconomic position now,” Mr. Coutiño said. “But in the past few weeks the movie has changed, and now Europe is involved. Two of the three main global locomotives for growth are now suffering. If we face a global recession nobody can escape.”
To varying degrees, Latin American countries have said they will tap reserves and stabilization funds to try to ensure that the higher cost of borrowing does not affect exporters. The governments of Brazil and Chile have said in recent days that they will free funds for key industries this year.
Other countries — such as Venezuela, Ecuador and Argentina — which saved less, will not have as much flexibility. In Argentina, the global credit tightening could make it more difficult for the country to renegotiate billions of dollars in outstanding debt and stave off a fiscal crisis next year, Mr. Coutiño said. But because it has been shunned by international investors, capital flight is less of a concern.
“Capital is not leaving Argentina because it never entered Argentina,” said Dante Sica, an economist at Abeceb, an economic consulting firm in Buenos Aires.
Russia: A 19% Drop
Russia led the global sell-off Monday, its stock market falling 19.1 percent, its worst day since the end of the Soviet Union and the return of capitalism. Russia’s RTS index dropped about a tenth of a percent farther than during the previous worst day — Oct. 28, 1997, during the emerging-market financial crisis of the late 1990s.
Three halts in trading through the day failed to slow the drop. The other main stock exchange, the Micex, was down 18.6 percent. And some big companies fared even worse.
Gazprom, Russia’s largest company, fell 24.4 percent, and Norilsk Nickel, a blue-chip mining enterprise, lost 37.7 percent. Brokers once giddy about the rapid rise of the oil-fueled market said they expect worse to come.
“Nobody has to own the market,” Kingsmill Bond, the chief strategist at Troika Dialog brokerage, said of Russia stocks. And nobody, apparently, wants to, as investors closed positions to move to treasury securities.
The problem is, even against a backdrop of global uncertainty, the Russian stock market looks especially vulnerable.
Falling commodity prices is one reason: as the threat of global recession looms, oil and other resources that fueled Russia’s boom are retreating. The Russian market was also weakened by investors divesting in the wake of the war in Georgia, which raised the specter of a return to cold war hostilities with the West. As stocks fell, other investors were forced to sell on margin calls, in a spiral that revealed the Russian stock market was more leveraged than most analysts had believed. A Kremlin bailout plan, meanwhile, has not had much effect.
On Monday alone, the stock market drop represented a paper loss of $102 billion for Russian companies.
Gazprom executives once boasted, Khrushchev-like, that their company would bury its biggest competitor, Exxon Mobil, on the strength of their seemingly limitless reserves of natural gas in the Siberian wilderness. But Gazprom has fallen 66 percent since its peak in May; the company’s market capitalization was $123 billion Monday.
Exxon Mobil, which is also vulnerable to oil price declines, has fallen less, 21.1 percent since its May peak.
In another example of Russia’s woes, the price of Norilsk Nickel collapsed Monday after a big shareholder, the metals tycoon Oleg V. Deripaska, the nation’s richest man, was forced to hand over his shares in the Canadian auto parts maker Magna in a margin call by creditors.
That raised the question of whether his recently purchased Norilsk shares could also soon be seized by the consortium of Western banks that financed the deal. A spokesman for Mr. Deripaska’s conglomerate, Basic Element, said the company faced no liquidity crisis. Norilsk shares are down 78.2 percent from their peak this year.
Such losses in Russia’s mighty mining, oil and gas companies have now raised the specter of defaults by the wealthy but secretive coterie of Russian businessmen known as the oligarchs. Peering into their finances has always been a guessing game.
The Russian stock market is now about where it was on Aug. 17, when authorities halted trading for two days and announced a more than $150 billion stimulus package of loans to banks and tax cuts, which the market has largely shrugged off. On Monday, Vladimir V. Putin, the prime minister, said he would set up a committee to study new responses to the crisis. A deputy minister of economy said Russia plans additional, unspecified stimulus measures.
ANDREW E. KRAMER
Iceland: Seeking Capital
Iceland’s banks were celebrated not long ago for transforming an island of fishing villages into an economic dynamo by lending money to the world. But now the global credit squeeze is threatening to swamp those overleveraged banks, and the country with it.
The position of Iceland’s banks had deteriorated greatly over the last 24 hours, Prime Minister Geir H. Haarde said in a television address from Reykjavik on Monday. So much so that the country passed legislation Monday allowing the government to take wide-ranging powers over its banks.
Mr. Haarde said all bank deposits would be guaranteed by the country — following Ireland, France, Germany, Austria, the Netherlands and others.
The prime minister had already asked the country’s pension funds and its two biggest banks, Kaupthing Bank and Landsbanki Islands, to sell some foreign assets and repatriate the proceeds so the country would get an infusion of capital. With the new legislation, the government is now able to decide whether to merge pension funds and banks or declare some bankrupt.
The steps were also desperately needed to stop the tailspin of the country’s currency, which only destabilized the economy further. The Icelandic krona fell 43 percent against the euro this year mainly because investors feared the government will be forced to step in and support the banks — something it could not afford to do on its own.
Assets held by the country’s main banks are nine times the size of the entire economy.
Iceland’s problems are deeply rooted in the history of its financial services industry, which grew out of proportion to the country’s 319,355 population ever since the sector was privatized and deregulated about eight years ago. The banks tapped capital markets to finance their rapid expansion into Britain and as far as China and set off an investment boom that created a whole league of new billionaires.
But it also left the country with a large current-account deficit and its economy and financial market vulnerable to a credit markets squeeze. Iceland had its first warning in April when the krona fell 26 percent in four months as traders started to doubt the ability of the government to sustain the stability of its inflated banking sector.
The fear was that Iceland’s banks could default on their foreign loans. A month later, the central banks of Sweden, Denmark and Norway came to its rescue and offered an emergency loan. Back then, it helped to reinstate some trust in the country’s financial system and economy but other Europeans have their own problems this time.
JULIA WERDIGIER
Mexico: Watching the U.S.
Two weeks ago, President Felipe Calderón of Mexico, during a visit to the New York Times offices in Manhattan, noted that in previous decades when the United States would catch a cold Latin America would catch pneumonia. Nowadays, he said that day, when America catches pneumonia, Latin America catches only a cold.
That might have been wishful thinking. With some 85 percent of Mexican exports going to the United States, and half of its foreign investment flowing from there, Mexico is likely to be the Latin American country most affected by the financial woes on Wall Street when all is said and done. Remittances, the second-biggest source of foreign exchange for Mexico, are flat and falling, said Leonardo Martinez-Diaz, a Mexico expert and political fellow at the Brookings Institute. And Mexico’s peso fell 6.4 percent in September, its worst month since August of 1998.
Mexico’s banking sector could present a bigger challenge. Some 82 percent of Mexican banking assets are foreign-owned, of which about one-third are in American hands, about one-third owned by Spanish banks and the rest owned by other European banks, Mr. Martinez-Diaz said.
“The crisis could be transmitted to Mexico through those banking connections,” he said. “If there is a crisis in the Spanish market they may retrench and stop lending to Mexico for some time.”
As companies postpone big investments until at least next year, regular Mexicans will most likely tighten their belts, stay home more and perhaps put off large expenditures. “The whole economy will go into a wait-and-see mode, to see which way the U.S. economy goes,” he said.
ALEXEI BARRIONUEVO
Brazil: Markets Down 45%
With Monday’s drop, Brazil’s stock markets has plunged 45 percent this year. But the country continues to grow at more than 5 percent a year.
It has done more than any country in Latin America to set aside money during the commodity boom. The last two governments have accumulated more than $200 billion in foreign reserves and billions more in stabilization funds. Brazil has diversified its economy and lowered its exposure to the United States, which accounts for only 15 percent of Brazil’s exports now, down from about 50 percent at the beginning of the decade.
But while household spending has driven much of the recent growth in the economy, Brazil remains highly sensitive to commodity prices. On Monday, government officials sought to play down the effect of the market’s fall and broad concerns about emerging markets.
One silver lining in the sell-off may be the effect the crisis is having on the Brazilian real, which lost 17 percent of its value in September, its worst performance since September of 2002. While that will sap buying power for consumers, it provides welcome relief for industrialists in the country that were warning that Brazil’s exports were becoming too expensive.
Publicado por Agência de Notícias às 7.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
UPDATE 2-Brazil unveils measures to insulate banking system
Mon Oct 6, 2008 8:48pm EDT
(Recasts with new measures, adds comment, details)
By Isabel Versiani
BRASILIA, Oct 6 (Reuters) - Brazil's government unveiled a flurry of new economic measures on Monday, the latest in a series of steps aimed at insulating the country's financial system from the global credit crisis.
The government will issue a decree allowing the central bank to acquire loan portfolios of small and mid-sized local banks if needed. It also will give the central bank authority to extend credit lines in foreign currencies to local financial institutions.
"Prudent planning says it is important for a country to have a lender of last resort with significant resources," Central Bank President Henrique Meirelles said at a news conference in Brasilia, adding that he did not see any reason to use the authority to acquire loan portfolios at the moment.
Earlier on Monday, Meirelles gave a joint news conference with Finance Minister Guido Mantega to announce that the central bank will buy dollar-denominated bonds from Brazilian banks to increase credit lines in dollars for exporters.
Although Brazil's national monetary council still has to determine which bonds are eligible for the program, Meirelles stressed that the central bank will sell them back to the firms that held them at future dates.
The central bank has taken a series of measures in recent weeks to help alleviate a liquidity crunch in the foreign exchange market and the Brazilian banking system, which has so far only felt limited impact from the credit crisis that is battering banks in the United States in Europe.
Last month, the central bank resumed offering dollar repurchase agreements for the first time since February 2003, selling a total of $1 billion in repos in two auctions. It also relaxed mandatory reserve requirements for banks to increase liquidity and to allow large banks to acquire loan portfolios from small and mid-sized peers.
And on Monday, the central bank offered dollar swaps for the first time in more than two years, selling $1.47 billion of $2.1 billion on offer in an auction to quench surging demand for greenbacks in the foreign exchange market.
NO SOLVENCY PROBLEMS
The new measures were unveiled on the same day that Brazil's benchmark stock index plunged as much as 15 percent in early trading and the national currency posted its biggest loss in nine years as crisis-wary investors dumped emerging market assets around the globe.
Despite the market turmoil, Mantega said Brazil's financial system does not face the same solvency problems afflicting markets in Europe and the United States.
"There are no toxic assets here," Mantega said in the news conference with Meirelles. "We are working together, monitoring markets daily. Assets in Brazil are solid."
Nevertheless, Mantega acknowledged that Brazil's economy is not immune to the global crisis and urged governments around the world to act jointly to contain the turmoil.
Meirelles said a decline in foreign trade and the banking crisis in the United States and Europe was affecting liquidity of dollars in Brazil. The bank has some $23 billion available in dollar futures contracts it can offer without tapping the country's foreign exchange reserves, he said.
"The central bank is prepared to take additional measures if needed," Meirelles said. (Writing by Todd Benson; editing by Carol Bishopric)
Publicado por Agência de Notícias às 7.10.08
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