quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Gestão empresarial e limite de competência

Ivan Postigo

Não importa a situação de mercado, sempre encontraremos alguma empresa, em algum lugar, em algum segmento de negócios, crescendo, ainda que seja um período recessivo.
Pode ser um fabricante de pílulas para dores de cabeça, mas haverá sempre alguém, em algum lugar, com um projeto dando resultados. Não podemos esquecer que em épocas de grandes crises , principalmente em períodos de guerra, grandes invenções apareceram .
Bolos passaram a ser vendidos em fatias porque ninguém os queria comprar inteiros por falta de poder aquisitivo, hoje isso se tornou pratica comum.
Preste atenção e veja que nem sempre os inventores tiraram o maior proveito financeiro de suas invenções.
Quantas patentes não são vendidas anualmente para pessoas que conseguem enxergar oportunidades e como melhor tirar proveito da invenção?
Quantas empresas não se arrastavam em meio a dificuldades financeiras e uma vez trocado o comando ou os acionistas se tornaram verdadeiras jóias empresariais?
Como empreendedores, como gestores, quanto maior for nossa percepção e aceitação de nossa limitação de competência, maior será nossa possibilidade de expandi-la, estudando, nos informando, adicionado-a com a contratação de pessoas que nos oriente ou que desenvolva essa capacidade em nossa empresa.
Quem trabalha com comprometimento, buscando resultados, promovendo negócios, está normalmente trabalhando no seu limite de competência.
Como perceber quanto estamos no limite?
Quando assuntos novos não encontram aderência nos nossos conhecimentos, quando temos dificuldades de desenvolve uma tarefa e nos faltam informações, quando as informações que temos não nos levam ao resultado desejado, às vezes sequer chegamos próximos, mas sabemos que há pessoas conseguindo, isso é sinal que estamos no limite.
Um alerta: limite de competência naquele assunto, naquela questão especificamente.
Conheço pessoas com uma capacidade de desenvolvimento de produtos extraordinária, mas um total fracasso como vendedor.
Com um deles, já rimos muito juntos, pois nunca tinha visto um profissional com tanto domínio de o assunto gaguejar tanto ao falar de sua criação. Um criador inseguro frente a sua criação.
Ele me dizia sempre: “Quer acabar de vez com o negócio, peça que eu saia sozinho a campo vender”.
Por outro lado conheço empresários com uma tremenda capacidade para desenvolvimento de negócios, fechamento de vendas, mas um verdadeiro problema quando entra na fábrica.
No primeiro caso a competência foi adicionada com a contratação de um especialista e o resultado tem sido bem favorável, no segundo a competência entra e sai, de tempos em tempos.
Vê-se claramente que no primeiro caso há a percepção da limitação de competência, no segundo, como dizemos popularmente, a ficha não caiu ainda.
Dizem os psicólogos que o que motiva muitas pessoas às mudanças é a dor, eu costumo dizer que em gestão quem não muda é porque não perdeu o suficiente.
Poderia alguém questionar: “Há um limite para essa perda?”.
Eu diria que não, já vi empresas irem à falência sem que os gestores mudassem o comportamento.
Um empreendimento não fracassa de uma hora para outra, o que leva a isso é uma série de acontecimentos, e o mais terrível do processo é a fase de agonia, que pode durar anos, onde se repete o mesmo erro seguidamente, sem que a ajuda profissional seja procurada.
Poderia resumir esse estado de espírito da seguinte forma: “Eu criei esta empresa, eu a tiro desta situação!”.
A experiência que criou a empresa era positivo, de crescimento, demandava um tipo de competência. Fazer os ajustes demanda outro tipo de ação, de conhecimentos, às vezes legais outras vezes jurídicos, e isso têm que ser adicionado.
Todos os dias encontro empresas que não alavancam seus negócios com recursos do BNDES por pura falta de conhecimento como acessá-los.
Simples, aumente seu limite de competência adicionando-a e obtenha melhores resultados.

Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

Uma lição para gestão empresarial: Pássaro com asa quebrada não voa alto

Ivan Postigo

Visitando empreendimentos com freqüência, conversando com profissionais no mercado, entrevistando pessoas, vemos que há uma quantidade significativa de empresas mal organizadas, sem um sistema de PCP (planejamento e controle de produção) eficazes, com frágeis controles de caixa, sistemas de gestão computadorizados incompletos e deficientes, gerando dificuldades para a administração dos negócios, custos desnecessários, alimentando vícios e ineficiências.
Qualquer trabalho sério de levantamento de dados e observação de ambiente vai mostrar claramente os pontos fracos, os profissionais descontentes e as pessoas dispostas a por as mãos na massa para equacionar as questões.
Coloca-se então a pergunta: Se é tão fácil perceber, porque é tão difícil resolver?
Por um fator não tão simples de entender e equacionar: vontade política. Questões técnicas , normalmente , são rapidamente solucionadas .
Não aceitar essa premissa é colocar uma pedra sobre a questão, pois a palavra chave é vontade.
Fatores como aversão ao risco da empreitada, investimento a ser feito, interesses de pessoas e grupos, facilmente inviabilizam o processo de organização.
Por uma questão de foro íntimo, muitas pessoas não aceitam serem questionadas, contestadas, terem suas idéias rejeitadas, principalmente quando já tiveram relativo sucesso na vida.
O processo de mudança muitas vezes nos coloca frente a decisões que tomamos e que geraram prejuízos. Quanto mais flexíveis e dispostos estivermos para analisar, avaliar e ouvir opiniões sobre nosso modelo de gestão menos riscos de erros corremos.
Como profissionais às vezes não buscamos especialização em determinados assuntos, mas por uma série de acontecimentos algo se especializa em nós.
Equacionamento financeiro é uma das coisas que se especializou em mim, com isso detecto com facilidade os problemas e as alternativas.
Em uma apresentação sobre o equacionamento de caixa, um empresário, sócio majoritário do empreendimento, me perguntou: Por que você como consultor acha que vai conseguir recursos mais baratos do que eu que sou um empresário conhecido?
Fazendo reuniões com os bancos com o plano preparado ficou claro que essa era uma competência que ele não tinha e precisava adicionar à sua empresa, com isso o pessoal da tesouraria foi treinado e capacitado para tanto.
Um viés de percepção estava, entre outras coisas, fazendo a empresa ter gastos financeiros desnecessários.
Infelizmente já vi casos tristes, onde o trabalho de reorganização foi sendo protelado, o filho, sócio minoritário, queria programar mudanças, mas o pai não aceitava interferências externas e achava o investimento desnecessário. Alguns meses depois vim a encontrá-los para ouvir: O que não investimos em organização, hoje gastamos com advogados para evitar a falência e tentar vender o que sobrou.
Seja você um empresário, um executivo no comando de uma organização, um analista, um auxiliar, não importa, a posição que ocupa não lhe dá a primazia do melhor entendimento, pare , desarme-se, olhe em volta e veja o quanto pode fazer para melhorar a organização em que trabalha.
Muitas vezes você vê o que está errado, não tem competência técnica para resolver, mas pode sugerir recomendar, contratar quem resolva.
Considero que a maior capacidade que um gestor pode desenvolver é a de adicionar competência. Isso não quer dizer sair contratando todo mundo , nenhuma empresa pode ser um banco de talentos sem gerar resultados.
Desenvolver sim a capacidade de adicionar recursos que melhore o fluxo de rendimentos, margens e lucros da empresa.
Prestem atenção e vejam que o processo de gestão boa parte do tempo é esforço para equacionar e programar o óbvio, contudo é importante lembrar a famosa frase: O óbvio muitas vezes é invisível. Por essa razão os mágicos se beneficiam disso para fazer o que parece impossível.
Alguma vez quando lhe mostraram como uma mágica é feita você achou o processo complexo? Claro que não!!!!!
Uma curta mensagem que faz uma diferença enorme para quem quer ter sucesso:
A sua empresa é como um pássaro.
Para voar suas asas tem que estar em perfeita ordem, fortes e ágeis, pois um pássaro com asa quebrada não voa alto.
Não sendo assim terá que tratá-lo, colocá-lo em perfeita saúde para que voe alto e seja capaz de escapar dos predadores.

Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Alavancagem da economia e financiamento das empresas via mercado de ações

Ivan Postigo da Silva

Um país como o Brasil tem a possibilidade de alavancar sua economia com suas empresas financiando seu crescimento com a abertura do capital e captação de recursos via ações.
Haveriam pessoas e empresas dentro e fora do país interessadas nisso?
Quanto a isso não há a menor dúvida, contudo algumas premissas precisam ser atendidas.
É importante lembrar que o dinheiro é esperto e covarde . Ele aparece quando vê possibilidades de lucro e foge quando percebe riscos.
O mercado internacional é e está havido para colocar sua poupança num lugar seguro e rentável.
O volume de recursos que o país tem recebido é meramente especulativo , capital usado por especuladores do mundo todo que vêm para cá se aproveitar das altas taxas de juros oferecidas no nosso mercado. Prova disso é que qualquer sinal de aumento dos juros nos mercados mais desenvolvidos leva esse capital rapidamente de volta.
Voltam por que podem receber mais , as taxas são menores que aqui, mas se sentem mais seguros.
Com um mercado acionário atrativo pelos dividendos que poderiam receber e com relativa segurança um volume muito maior de recursos migraria para cá.
Duas palavras fundamentais que servem para transformar a poupança em investimento , sejam recursos externos sejam internos, pois é disso que vivem os recursos financeiros : Segurança e lucro .
Isso faz lembra um grupo de religiosas especialista em aplicação na bolsa de valores , que quando perguntadas se achavam lógica obter lucros daquela forma , rapidamente uma delas respondeu: São os lucros que nos permitem auxiliar os menos necessitados , sem eles muitas pessoas e famílias ficariam desamparadas .
Os capitais no mundo todo vivem em busca de remuneração e vão se acumulando onde encontram maior atratividade .
Abrir as portas para recebê-los vai depender de nossa consciência social e empresarial, participando ativamente do processo político, colocando no comando pessoas de gabarito , que possam estabelecer regras para que os investimentos em processos produtivos sejam seguros e rentáveis.
As pessoas neste país precisam se sentirem motivadas a terem seus próprios negócios, sem ter que pagar juros exorbitantes , pois que lógica há quando um empresário se vê obrigado a financiar seu déficit de caixa com o cheque especial e há que se perguntar a que taxa de juros?
Essa consciência política fará com não sejamos apenas um povo , mas nos transformemos numa nação , considerando que povo é um conjunto de indivíduos que falam a mesma língua , tem costumes, tradições e hábitos idênticos , mas acrescente-se a isso politicamente organizados e seremos uma nação .
Politicamente organizados estaremos trabalhando para a independência econômica dos cidadãos , portanto não inveje a riqueza do seu vizinho, pois com isso estará sempre afastando a miséria , que tanto assusta e gera violências , do seu lado .
O mundo mais seguro não é aquele em que poucos enriquecem , mas sim aquele em que as pessoas se cercam de pessoas bem sucedidas.
A riqueza permite uma melhor educação, maior desenvolvimento tecnológico, melhor aproveitamento de recursos e mais atratividade para fazer negócios .
Você compraria um eletrodoméstico , por exemplo, se não sentisse confiança no produto ou na assistência técnica ?
Não, certamente que não, portanto o mesmo acontece com os capitais que muito ajudariam nossa economia.
Nós agimos no Brasil como se fossemos eternos e medidas para o efetivo crescimento do país passam de presidente para presidente como se não houvesse urgência .
Lembre-se sempre que com a reeleição um presidente pode ficar no comando oito anos , dessa forma o mandato de um segundo termina quando sua carreira profissional percorreu metade do caminho . O país contínua na mesma e a sua carreira ou seu empreendimento empresarial também., consumindo sua juventude , com um trabalho pessimamente remunerado .
Ah, ia me esquecendo , e pagando CPMF !!!!!!!!!


Ivan Postigo
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O caminho da pequena empresa para se tornar um grande empreendimento

Ivan Postigo da Silva

Você é um pequeno empresário e vive se perguntando o que fazer para transformar seu pequeno negócio em um grande empreendimento , não é verdade?
Encontra com frequência histórias empresariais e biografias de pessoas que conquistaram sucesso e fama com seus negócios e os lê com atenção para ver se descobre a fórmula secreta .
Refletindo um pouco não tem a impressão de que todas as oportunidades já foram aproveitadas e que no passado era mais fácil ter sucesso ?
Olhando em volta não tem a impressão que em cada esquina há um concorrente ?
Essa impressão não se desfaz sempre que surge uma nova empresa , com idéias arrojadas e diferentes e quebra o paradigma?O que fez e faz com que pessoas , empresas e nações tenham sucesso são mobilidade, capacidade de ser mais produtivo que a media dos concorrentes , a capacidade inventiva, educação e principalmente a disposição de fazer alianças e adicionar competência.
Para crescer você precisa estar próximo ou trazer perto de você pessoas com conhecimento e competência.
Foi assim que o Japão foi capaz de sair de uma economia feudal para se tornar uma potência, apesar de enfrentar escassez de tudo , menos da disposição de formar alianças.
Quando se defrontar com um profissional competente não provoque uma competição com a finalidade de supera-lo, mas torne-o aliado .
Temos um grande discurso nas nossas empresas sobre a contratação de pessoas competentes , contudo quando as integramos a equipe e estas começam a provocar mudanças rapidamente combatemos suas idéias .
Absurdamente vejo empresários tentando competir com seus contratados aos invés de tê-los como aliados .
Há pouco tempo lia sobre uma empresa que tinha em seu quadro como colaboradores duas pessoas que haviam recebido o premio Nobel.
Dá para imaginar o que duas mentes privilegiadas como essas tem a oferecer e que mudanças podem provocar ?
Todos os dias, sem exceção, pessoas com mentes privilegiadas estão fazendo contato contigo oferecendo idéias e oportunidades, aprenda a ouvi-las , seu objetivo não é supera-las , mas fazer com que seu negócio dê certo, cresça , se torne mais rentável.
Tenha certeza que cada vez que você como empresário negligenciar ou derrotar politicamente uma dessas mentes o estará transformando num potencial concorrente.
A energia investida nessa disputa poderia e deveria ser usada para o desenvolvimento de novas idéias .
Quando não estiver conseguindo enxergar alternativas para o crescimento de seus negócios saia a campo, as respostas estarão lá, converse com pessoas experientes, vai se surpreender com a infinidade de alternativas que surgirão desses contatos.
No futebol, esporte que usamos para tantas comparações, como nos negócios , muitas coisas se resolvem mais com jeito do que com força.Experiência não se despreza , se adiciona .
Para estabelecer alianças é preciso disposição para se mobilizar, absorver idéias , debater , testar , isso demanda tempo, portanto delegue tudo o que for operacional e vá em busca do futuro.
Há poucos dias estive em reunião com uma empresa de porte médio , com um desempenho econômico e financeiro muito bons, cujo fator de impedimento do crescimento é a perda de um volume substancial de vendas .
Seus produtos tem um valor considerável e precisam e podem ser financiáveis, contudo alguns aspectos burocráticos tem que ser vencidos.São apenas detalhes um tanto trabalhosos , mas plenamente viáveis de serem superados .
Não o foram até agora por falta de conhecimento de seus gestores e de seus comandados.
A empresa vem crescendo , mas a formação e educação não estão acompanhando as necessidades.
Uma empresa saudável que está financiando seu crescimento a taxas de juros inadequadas por pura falta de conhecimento das possibilidades de mercado .Perdem comercialmente e financeiramente .
No mercado há uma série bastante grande de empreendimentos médios com essas características, chegam a ter sucesso razoável , mas depois esbarram nas suas próprias limitações .
Limitações não de encontrar soluções e pessoas que as encaminhem , mas limitação na disposição de adicionar competência, estabelecer alianças para crescer de forma rentável e segura .
Limitações para aceitar e absorver os choques que uma mudança de mentalidade provoca.

Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Certificação digital deverá atingir 3 mi de MPEs até 2010, diz Sebrae

Rodrigo Postigo

08/11/07

Até 2010, o Sebrae e seus parceiros esperam que 3 milhões de micro e pequenas empresas estejam aproveitando os benefícios da certificação digital. A consultora da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Helena Rego, explica que as vantagens para as empresas são inúmeras, mas as principais são a desburocratização e a simplificação de processos, que são traduzidos em agilidade, informou o site InfoMoney. "Para resolver pendências com a Receita Federal, não será mais necessário comparecer presencialmente", exemplifica. "O relacionamento com a Receita fica mais rápido e estreito", garante.

Existem ainda outros benefícios, como a ampliação da facilidade para exportar, participar de licitações e a própria economia de tempo e materiais. "Já é comum a exigência da certificação digital para participar de pregões eletrônicos."

De acordo com a consultora do Sebrae, a certificação digital ainda torna os sites das empresas mais seguros. "Ela dá legitimidade ao site e favorece a confiabilidade do consumidor."

O Sebrae e as entidades parceiras pretendem atingir a meta por meio de algumas frentes de trabalho. A primeira é a divulgação dos benefícios aos empresários. Um segundo grupo estuda a melhoria do custo para uma empresa ser certificada. "Hoje, para uma empresa obter a certificação custa entre R$ 150 e R$ 380, o que pode ser muito aos microempresários. Além disso, a validade é de três anos", afirma Helena. "Porém, se eles pensarem nos gastos com a papelada e o motoboy, notarão que esse custo não é assim tão alto", defende.

Uma terceira frente de trabalho estuda a melhoria da logística, para viabilizar a disseminação da certificação. "Caso o programa seja bem-sucedido, ainda não sabemos ao certo o que é preciso para atender toda a demanda de empresas". Por fim, um último grupo de trabalho estuda o que poderia ser feito, em termos de marcos regulatórios, para facilitar a entrada de novas empresas certificadoras no mercado.

Pressão dos governadores será decisiva para CPMF, alerta presidente do Senado

Invertia / Maria Clara Cabral

08/11/2007

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou nesta quarta-feira, em Brasília, que a pressão dos governadores pode ser decisiva para aprovar a matéria que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.
"Acho que a pressão dos governadores será muito importante, talvez até decisiva", disse Viana referindo-se aos governadores tucanos.

Ontem, após reunião da bancada, o PSDB rejeitou proposta do governo para votar a favor da prorrogação. A principal proposta foi aumentar a taxa de isenção para contribuintes que ganham até R$ 4.340. O líder, Arthur Virgílio (AM), comunicou que faltava levar a decisão para os governadores.

A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou para Belo Horizonte nesta tarde, converse sobre o assunto ainda nesta quarta-feira com o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB).

Viana acredita ainda que o governo já negociou muito e que agora o acordo depende de discussões mais políticas do que técnicas. "Acho que o governo deixou claro que negociou e muito e agora a negociação parte para uma esfera política", afirmou.

Na semana que vem a senadora Kátia Abreu (Democratas-TO) deve apresentar seu relatório contrário a prorrogação da CPMF na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois disso, a matéria segue para apreciação em dois turnos no Plenário da Casa.

Petrobras voltará a investir em exploração de gás na Bolívia

Rodrigo Postigo

08/11/2007

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou na tarde dessa quarta-feira que a empresa voltará a fazer investimentos na Bolívia para ampliar a produção de gás natural. Porém, ele não informou quando e quanto a empresa pretende injetar na Bolívia. Segundo ele, uma nova reunião será realizada entre os dias 26 e 30 desse mês no país vizinho para tratar do assunto.
Gabrielli disse que os novos investimentos não resultarão no aumento do contrato do Gasbol e o Brasil continuará importando os 30 milhões de metros cúbicos previstos no contrato com a Bolívia. "Esses investimentos podem ser retomados agora porque há segurança jurídica na Bolívia. Os novos contratos assinados em outubro do ano passado já foram protocolizados e agora podemos fazer novos investimentos. Não estamos pensando nesse momento em aumentar o Gasbol", argumentou.

Ele disse que, para ampliar a oferta, a Petrobras pretende aumentar a produção natural e importar gás liquefeito. Segundo ele, até 2012 o País contará com cerca de 103 milhões de metros cúbicos de gás para ofertar.

O presidente da Petrobras disse que a empresa não pensa em aumentar o gás fornecido para as distribuidoras estaduais além do que está estipulado nos contratos para desestimular o aumento do consumo do insumo.

Patrimônio dos fundos de pensão cresce com boa gestão de ativos

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Lucia Rebouças

08/11/2007

O patrimônio administrados pelos fundos de pensão brasileiros atingiu a marca de R$ 416,4 bilhões este ano até agosto, valor equivalente a 17,0% do Produto Interno Bruto (PIB). Em relação ao final de 2006, a carteira de investimentos apresentou uma elevação de 18%.

"A excelência da gestão dos ativos possibilitou esta performance", disse Fernando Pimentel, presidente da Abrapp (associação que reúne 300 fundos), ontem na abertura do 28º Congresso Anual, que reuniu este ano um público recorde de mais de duas mil pessoas, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Segundo Pimentel, a gestão dos fundos soube aproveitar a elevação dos retornos da renda variável. "A rentabilidade dos investimentos em renda variável nos últimos 12 meses (52,2%) superou a um dos importantes indicadores de desempenho das ações na Bovespa, o IBrX 50 médio (48,5%)", acrescentou Pimentel.

Nos últimos 10 anos, os fundos cresceram a uma velocidade de 10% ao ano. Se essa evolução se mantiver, Pimentel acredita que os ativos dos fundos poderão atingir R$ 1,8 trilhão no ano de 2.020, o que representará cerca de 50% do PIB brasileiro. A adoção de práticas de governança corporativa tanto como critério para seus investimentos, quanto em sua própria gestão, foi fundamental para o crescimento do setor.

"A busca por transparência tem sido a tônica nos últimos anos", disse. Atualmente 67,2%, dos cerca de 300 fundos pesquisados, divulgaram seus modelos de governança no estatuto ou relatório financeiro anual em 2006; 43% deles tem Códigos de Ética e 19% já publicam seus Balanços Sociais.

Em parceria com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a Abrapp desenvolveu o Guia de Investimentos Socialmente Responsáveis, que define critérios sociais e ambientais para que os fundos de pensão possam utilizar na decisão de seus investimentos em empresas. Além disso, vários fundos de pensão, entre eles a Previ, o maior do setor, aderiram a projetos como "Carbon Disclosure Project", que é voltado ao combate ao aquecimento global.

Fluxo cambial volta a ser positivo e supera US$ 6 bi

Rodrigo Postigo

08/11/2007

O fluxo cambial ficou positivo em US$ 6,722 bilhões em outubro, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira. O dado resulta de saldo positivo nas operações comerciais de US$ 5,895 bilhão e saldo também positivo nas transações financeiras, de US$ 828 milhões.
Em setembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 3 milhões. No ano, o País acumula US$ 76,776 bilhões em entrada líquida de moeda.

O BC divulgou também a posição de câmbio dos bancos no final de outubro. As instituições financeiras mantinham US$ 2,969 bilhões em posição comprada em dólar, ante US$ 1,772 bilhão em posição comprada no final de setembro.

CVM determina mudança na forma de contabilização de ativos a partir de 2008

Valor Online / Fernando Torres

08/11/2007

A partir do ano que vem, as companhias abertas brasileiras terão de mudar a forma de contabilização de seus ativos. Em vez de registrá-los pelo valor de aquisição, como ocorre atualmente, as empresas terão que apurar e divulgar o valor recuperável dos ativos. Ou seja, se o valor efetivo de um bem for menor do que o preço de compra que estiver contabilizado no balanço, a empresa terá que registrar a diferença tanto no ativo (com uma conta redutora) como no resultado do exercício.

A determinação, que passa a valer para o exercício de 2008, consta da Deliberação No. 527 divulgada hoje pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela qual a autarquia adota o primeiro Pronunciamento divulgado pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC) - formado por diversas entidades ligadas ao setor de contabilidade e por representantes empresariais.

Conhecido como CPC 01, este é o primeiro de uma série de pronunciamentos que esse comitê deve divulgar nos próximos meses e anos e que vão alterar diversas normas contábeis no país.

A adoção dos pronunciamentos tem como objetivo alinhar as regras de contábeis brasileiras com o padrão internacional (International Financial Reporting Standards - IFRS). Estas normas são estabelecidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

A regra divulgada hoje traz detalhes de quais passos as empresas devem seguir para fazer a avaliação do valor recuperável. O conteúdo integral do pronunciamento pode ser consultado no site www.cpc.org.br.

Entre os critérios que a empresa deve usar para avaliar o valor de um ativo está a sua obsolescência, ou algum tipo de avaria que o bem tenha sofrido. Devem ser consideradas também mudanças significativas de tecnologia, no ambiente de negócios, ou na taxa de juros, por exemplo.

A partir de então, a empresa precisa comparar o valor de venda do ativo (já descontado o custo com o processo de venda) com o valor contábil. Se o valor de venda líquido (recuperável) for menor que o contábil, a companhia deve registrar a perda no ativo e no resultado daquele exercício.

Em caso de verificação do valor recuperável de um ativo reavaliado, a diferença deve ser lançada dentro do patrimônio líquido (e não no resultado).

Se houver reversão da perda, em que se verifique que um ativo que tinha sido depreciado em anos anteriores passou a ter um valor maior, pode haver reversão da diferença, havendo um ganho na demonstração de resultado do exercício.

Nos casos em que o ativo não possuir um valor de venda fácil de ser observado no mercado, a orientação é para chegar ao valor recuperável é que se calcule o fluxo de caixa esperado que aquele ativo pode gerar, aplicando uma taxa de desconto para trazer a valor presente. Por este critério, se encontra o valor em uso do ativo.

Apenas 18% dos desempregados brasileiros têm os requisitos para mão-de-obra especializada

Rodrigo Postigo

08/11/2007

Do total de desempregados brasileiros, cerca de 9,133 milhões, apenas 18% dos têm experiência ou qualificação profissional necessária para serem absorvidos pelo mercado de mão-de-obra especializada, deixande fora mais de 7,4 milhões de brasileiros de conseguir emprego, segundo informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O problema afeta principalmente a indústria e o comércio, em que a carência de mão-de-obra especializada é responsável pela sobra de vagas. O salário médio dos setores em que faltam trabalhadores qualificados é de 942,80 reais, o equivalente a 2,5 salários mínimos.
No setor de serviços, o problema se inverte. Existem 563 mil postos oferecidos, insuficientes para atender aos 618 mil trabalhadores especializados para atuar na área. A expectativa do Ipea é que, neste ano, o País crie 1,592 milhão de empregos formais.

“Estamos diante de um fenômeno novo, que é a ausência de trabalhador qualificado para a atividade econômica. Isso não acontecia há mais de duas décadas”, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, à Agência Brasil.

Para ele, o País precisa reconstruir o sistema de formação e de treinamento dos trabalhadores: “Isso exige um planejamento que diz respeito a uma transformação do nosso sistema de intermediação de mão-de-obra no Brasil”.