segunda-feira, 20 de abril de 2009

Teste de resistência de bancos está quase concluído, diz Obama

AFP
20/04/2009
O presidente Barack Obama indicou neste domingo que o teste de resistência a que foram submetidos os 19 principais estabelecimentos financeiros americanos apra avaliar sua solidez e suas eventuais necessidades estava quase concluído.
"Estou certo de que teremos algo mais a dizer nos próximos dias", afirmou, ao fim da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, destacando que "a situação da economia ainda é difícil".
"Ainda há uma contração do crédito e os bancos não estão emprestando em seus níveis anteriores", explicou.
Os primeiros indicadores econômicos de abril publicados nos Estados Unidos não foram tão ruins como os dos meses anteriores, o que faz esperar a volta de uma conjuntura normal.
Mesmo assim, Obama foi pragmático: "Os Estados Unidos não estão a salvo".
No mesmo sentido, o principal assessor econômico de Obama, Lawrence Summers, afirmou neste domingo que a economia americana ainda corre riscos importantes, apesar dos sinais positivos. Ele recomendou prudência.
"Devemos ser prudentes, já que o caminho da recuperação é longo, persistem riscos importantes e devemos estar prontos para enfrentar os imprevistos", afirmou Summers ao canal NBC.

Parecer da CVM pode levar a mudança nos estatutos

Valor Econômico / Silvia Fregoni Graziella Valenti e Catherine Vieira
20/04/2009
As companhias que experimentaram o veneno de estar amarradas a um estatuto que impediu uma capitalização ou a venda no meio da crise já conseguiram um antídoto.
O parecer de orientação que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em audiência pública na quinta-feira pode ser o suficiente para as empresas decidirem se livrar desse problema.
O regulador manifestou seu entendimento de que os artigos de estatuto que impedem a retirada das chamadas pílulas de veneno não têm validade.
As pílulas de veneno são mecanismos que protegem a dispersão acionária de uma empresa e se difundiram no país, com várias peculiaridades, na febre das aberturas de capital. Na prática, encarecem compras de controle ou de fatia relevante nas empresas, podendo até inviabilizar negócios.
A redação de muitas dessas pílulas tinha uma barreira adicional para os interessados: o acionista que votasse pela eliminação dessa cláusula teria de fazer uma oferta pública aos demais nas condições previstas. Essa barreira ficou conhecida como "cláusula pétrea" e é o alvo da CVM.
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 84 companhias do Novo Mercado e dos níveis de governança da bolsa têm algum tipo de cláusula de proteção à dispersão acionária. Dessas, 22 têm a cláusula pétrea
Erica Gorga, professora de direito societário da FGV e responsável pelo estudo, concorda com a iniciativa da CVM. "As cláusulas pétreas são ilegais, pois ferem a Lei das Sociedades por Ações."
Esse é o principal argumento da autarquia. O regulador acredita que esse mecanismo contraria a soberania da assembleia de acionistas e limita o direito de voto.
Marcos Rafael Flesch, sócio do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados, acredita que as companhias que possuem essa barreira no estatuto poderão se sentir motivadas a sugerir sua retirada, em função do entendimento da CVM. E os acionistas poderão ficar mais confortáveis em votar favoravelmente à eliminação dessa barreira.
O parecer do regulador, porém, não significa a completa a eliminação do risco sobre a questão. "Os acionistas e as empresas continuarão podendo recorrer à arbitragem ou à Justiça para cobrar o cumprimento do estatuto", disse o advogado Rodrigo Nascimento, do escritório Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga.

Lucro das 500 maiores empresas recua 85% em 2008

InvestNews
20/04/2009
O lucro das 500 maiores empresas norte-americanas despencaram 85% em 2008, registrando seu pior resultado em mais de meio século, conforme mostrou a revista Fortune (que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos). "Os lucros caíram 84,7% desde o ano anterior, passando de US$ 645 bilhões para US$ 98,9 bilhões, supondo o pior desempenho em 55 anos de história da revista", conforme ressaltou.De acordo com o levantamentos, os setores mais atingidos foram o financeira e o automotivo, com perdas de US$ 214,3 bilhões para o primeiro segmento, sendo US$ 99,3 bilhões somente da seguradora AIG.

Intermodal: Empresas atuam na contramão da crise e investem

O profissional de logística leva para as empresas a visão sistêmica de todo o conjunto de processos que, implantados, devem culminar na otimização do uso dos recursos e na redução de custos das empresas
Jornal do Comércio - RS
20/04/2009
O termo logística tem se tornado o centro das discussões em reuniões de trabalho e encontros de executivos. Em tempos de crise econômica, a preocupação com a necessidade de excelência ao longo de toda a cadeia produtiva se torna ainda maior. E é através da eficiência na execução dos processos que iniciam com o fornecimento de insumos, passam pela produção e terminam na venda e distribuição do produto acabado, que a logística torna-se um importante diferencial competitivo.
O profissional de logística leva para as empresas a visão sistêmica de todo o conjunto de processos que, implantados, devem culminar na otimização do uso dos recursos e na redução de custos das empresas. Dados da Associação Brasileira de Logística (Aslog) indicam que a logística é responsável pela geração de cerca de 20% do PIB no País. Deste total, 12% correspondem a transporte e 8% a armazenagem, que envolve a administração de pedidos e a estocagem, seja ela de matérias-primas ou da produção final.
Em um cenário econômico adverso como o atual, a logística ganha um papel de destaque no planejamento estratégico das organizações para driblar a crise. Não apenas como forma de reduzir custos, mas também como alternativa para aumentar a competitividade. É neste contexto que está sendo realizada a Intermodal South America 2009, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Maior feira das Américas dos setores de logística, transporte e comércio internacional, a Intermodal conseguiu concretizar o que hoje é considerado o maior desafio do mercado: em um único espaço, está integrando 450 expositores dos modais aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo.
No evento que iniciou na terça-feira, dia 14, e se encerra hoje, o visitante poderá descobrir o que as principais empresas do setor de logística do País estão fazendo de novo, como a chegada de operadores logísticos internacionais que se fundem com empresas nacionais; também oferece a oportunidade de conhecer novos softwares de armazenagem, além de os investimentos previstos pelas empresas para este ano. “O evento é um pólo de informações sobre as melhores práticas que estão acontecendo no setor de logística”, afirma o diretor da UBM, promotora da Intermodal. Na edição do ano passado, o evento recebeu 45 mil profissionais do setor.
Mescladas entre os expositores e contrariando as previsões mais pessimistas, estão algumas empresas com atuação no Rio Grande do Sul que, na contramão da crise, anunciam investimentos e apostam em novos negócios. A Capital Realty definiu para o biênio 2009-2010 investimentos de R$ 20 milhões para a construção de 17 mil m2 de armazéns no Mega Intermodal, condomínio logístico situado em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. O local possui, atualmente, 30 mil m2 de área construída. Esta área já inclui um prédio de 6 mil m2, recentemente inaugurado. “Há uma carência enorme por áreas com infraestrutura adequada. Existem negociações para construção de novas estruturas para atender operadores logísticos nos três estados da Região Sul e em São Paulo”, afirma o diretor da empresa, Rodrigo Demeterco. “Nosso molde de investimento evidencia a relação custo-benefício e também desmistifica as vantagens de se ter sede própria, ou seja, deixa o empresário livre para investir na sua atividade principal”.
Os rendimentos da Capital Realty com a locação de áreas no condomínio somaram R$ 35 milhões em 2008 com um aumento nominal de 30% sobre o ano anterior. A meta fixada para 2009 é um crescimento entre 20% e 25%.

Fundos na berlinda

Valor Econômico / Angelo Pavini
20/04/2009
Na semana que vem, dias 28 e 29 de abril, o Copom se reúne e pode baixar o juro básico da economia dos atuais 11,25% para perto de 10% ao ano. Além de reduzir os ganhos de toda a cadeia de investimentos de renda fixa, a medida deverá acentuar a vantagem da caderneta de poupança em relação aos fundos de investimento de renda fixa, DI e curto prazo. Será também o sinal para o governo mudar as regras da caderneta, para tentar evitar uma fuga de recursos dos fundos de investimento, o que traria problemas para a rolagem da dívida pública, já que cerca de 70% do patrimônio de R$ 1,2 trilhão em fundos estão em títulos do Tesouro, lembra Marcia Dessen, da consultoria BankRisk.
Cálculos feitos pela Luz Engenharia Financeira mostram que hoje, considerando um rendimento para a poupança próximo do registrado nos últimos 12 meses, de 8% líquidos, os fundos renda fixa, DI ou curto prazo com taxa de administração maior que 0,75% ao ano já perderiam para a caderneta em aplicações inferiores a seis meses, onde alíquota de imposto de renda é maior, de 22,5%. O estudo foi feito com os fundos de cotas, que em geral são as carteiras oferecidas no varejo e onde as taxas de administração são maiores. Isso significa que 310 fundos com um patrimônio de R$ 185 bilhões seriam afetados pela concorrência.
Considerando o prazo de um ano, onde o imposto cai para 20%, estariam em situação delicada os fundos com taxa de administração maior que 1%, o que atingiria 225 carteiras com patrimônio de R$ 101 bilhões. Se a taxa básica cair para 10%, nenhum dos 477 fundos pesquisados ganharia da poupança em aplicações até seis meses. Levariam vantagem ante a poupança apenas os fundos com taxa de administração de 0,5% e isso para períodos acima de dois anos. "A queda da Selic vai ser boa para a economia, mas péssima para fundos de pensão e de investimentos", diz Edivar Vilela de Queiroz Filho, sócio da Luz Engenharia.

Brazil Seeks More IMF Influence After Loan Promise: Week Ahead

By Andre Soliani
April 20 (Bloomberg) -- Brazil will try to convert a promise to lend more money to the International Monetary Fund into more say on how the agency spends as much as $750 billion to rescue crisis-stricken nations, a former IMF official said.
“The fact you become a potential creditor makes your voice stronger,” Claudio Loser, head of the IMF’s Western Hemisphere Department from 1994 to 2002, said in a telephone interview from Washington. “Brazil has been pushing very hard, together with countries such as India, China and Mexico, for the fund to better reflect the importance of emerging economies.”
Finance ministers and central bank governors from the IMF’s 185 member-nations will meet this week in Washington to carry out recommendations by the Group of 20 to increase lending as the global crisis deepens. The IMF is leading global efforts to assist developing countries hurt by falling commodity prices, capital flight and vanishing credit.
Brazil, which owed the fund $33.9 billion just five years ago, was included this month in a list of 47 countries that are ready to support the IMF. Brazil pledged to advance up to $4.5 billion to the international lender.
President Luiz Inacio Lula da Silva’s administration is carrying out a “deliberate” effort to increase its influence, Loser said. Among the country’s goals is to push for the IMF’s first managing director from a developing nation.
More Lending
Romania agreed to a 20 billion-euro ($26 billion) IMF-led financing package last month to help stimulate growth and finance its current-account and budget deficits, while Ukraine asked for a $16.4 billion loan. Latvia, Serbia and Iceland have also sought help from the IMF to shore up their finances.
In response to demands from members, including Brazil, the IMF relaxed loan conditions in March for emerging nations in need of short term assistance.
“Isn’t it chic that Brazil is lending money to the IMF,” Lula said on April 2.
The stance by Latin America’s biggest economy contrasts with Mexico, the second-largest in the region. Mexico said on April 1 it’s seeking a $47 billion credit line from the IMF and will tap a $30 billion swap line with the Federal Reserve to shore up investor confidence.
Room to Lend
“Brazil is one of the few countries that in the middle of the world economic crisis has the room to become an IMF creditor,” Rogerio Oliveira, head of emerging-markets quantitative research at Barclays Capital, said in a telephone interview from New York. “The move certainly increases the country’s bargaining power.”
The IMF has been headed by Europeans since it was created after the end of World War II. In 63 years, four Frenchmen, two Swedes, a Dutchman, a Spaniard, a German and a Belgian have been elected as managing director of the institution originally founded to ensure exchange rate stability.
“The Europeans will fight like a mad dog to keep the job,” Loser said. “But today I can see a non-European winning the position easily.”
Brazil Markets Last Week
Last week, the real weakened to 2.1952 per dollar, from 2.1740 on April 10. The yield on the government’s zero-coupon bond due January 2010 rose to 9.92 percent from 9.76 percent the previous week.
The benchmark Bovespa index gained to 0.5 percent last week with Tim Participacoes SA, Brazil’s third-largest wireless carrier, leading the gain after jumping 14 percent. Goldman Sachs Group Inc. analysts recommended buying the stock in an April 13 note that said its shares were undervalued.
Cosan SA Industria & Comercio, the world’s biggest sugar- cane processor, dropped 17 percent on speculation the government may cut diesel and gasoline prices, reducing demand for the company’s ethanol.

UPDATE 1-Petrobras seeks 240 oil vessels in next 6 yrs-CFO

Mon Apr 20, 2009 1:42am EDT
SEOUL, April 20 (Reuters) - Brazil's Petrobras is seeking around 240 offshore oil development vessels in the next five to six years, its chief financial officer said on Monday, deals that could bring new life to the stagnant global shipbuilding sector.
"In the next five to six years, we are looking for 240 different vessels... (including) drillships, storage units, supply vessels, transportation vessels and others," Petrobras CFO Almir Barbassa told Reuters on the sidelines of a seminar held in Seoul.
Barbassa said that Petrobras (PETR4.SA) (PBR.N) would also issue tenders for eight floating product storage and offloading units (FPSO) and seven drill ships "soon."
A drillship costs about $800 million on average, while FPSOs cost about $1 billion, according to shipping sources.
"South Korean shipbuilders are among the best (in the world) with new technology and ways to reduce costs. They are very competitive in area of drillships and platforms and we welcome their participation," Barbassa said."
Petrobras executives, including Barbassa, held individual meetings with the top South Korean shipbuilders -- Hyundai Heavy Industries (009540.KS), Samsung Heavy Industries (010140.KS), Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (042660.KS) and STX Shipbuilding (067250.KS) -- on vessel orders worth $25 billion-$30 billion in total, of which $15 billion would be for drillships and semi-submersibles to be awarded this year. The firm already awarded 12 drillship orders to South Korean companies last year.
"The amount of deals to be discussed solely on this trip is about $28 billion," an official at Korea Export Insurance Corp (KEIC), the host of the seminar, said.
"Awards could begin as early as May."
Petrobras produces almost all of Brazil's 2 million barrels per day (bpd) of crude output and aims to boost its domestic output to 2.7 million bpd by 2013 through an ambitious $174.4 billion investment plan. [ID:nSP411918]
South Korea is home to the world's four biggest shipyards and has dominated orders for lucrative drillships and other types of sophisticated energy-related vessels. But they have seen orders dry up amid the global shipping downturn and collapsing refinery projects.
(Reporting by Angela Moon; Editing by Jonathan Hopfner)