quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Número global de vôos sofrerá queda de 7% no último trimestre

EFE
06/08/2008
A oferta de vôos de companhias aéreas em todo o mundo cairá 7% no último trimestre do ano, informou hoje a empresa de estatísticas aéreas Official Airline Guide (OAG), que ressaltou ainda que o setor enfrenta sua pior crise.
Segundo a OAG, a queda constitui um "retrocesso internacional sem precedentes".
As linhas aéreas - completou a firma especializada - oferecerão 59,7 milhões de assentos a menos nos próximos meses de outubro, novembro e dezembro, em comparação com o mesmo trimestre de 2007.
Além disso, as companhias aéreas, prejudicadas pela escalada dos preços do petróleo e a desaceleração global da economia, deixarão de operar rotas em 275 aeroportos nos últimos três meses do ano.
Nesse período, o mercado doméstico americano será a principal "vítima" da crise, com prejuízo de quase 20 milhões de assentos de avião.
As estatísticas refletem a hipótese de a indústria da aviação poder estar enfrentando uma "desaceleração internacional muito mais grave" que sofrida no passado, afirmou Steve Casley, diretor da OAG.
"A força do setor - ressaltou Casley - será colocada a toda prova nos próximos meses, com companhias aéreas, aeroportos e passageiros esperando um raio de luz no fim do túnel", completou.

Mais mil empresas terão que emitir nota eletrônica neste ano

DCI
06/08/2008
Foi publicada no último sábado, no Diário Oficial do Estado de São Paulo, uma lista com mil empresas obrigadas a emitir nota fiscal eletrônica (Nf-e), a partir de 1º de dezembro. As empresas são dos setores automotivo, bebidas, carnes, cimento, medicamentos, energia e siderurgia. Embora tenham sido selecionadas mil empresas inicialmente, todas as outras que atuam nesses segmentos devem também aderir ao padrão, por enquanto de maneira voluntária. Inicialmente, estava previsto o início da obrigatoriedade da emissão das notas eletrônicas a partir de 1º de setembro, mas a data foi transferida para 1º de dezembro deste ano.
Segundo Newton Oller, diretor-adjunto da área de fiscalização da Secretaria da Fazenda de São Paulo e líder no Estado do projeto de Nf-e, foi na última reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em julho, que ocorreu a decisão de se alterar a data da entrada em vigor da obrigatoriedade de emissão de Nf-e nesta etapa do projeto. O motivo, explica ele, é o de aprimorar o modelo de autorização.
Hoje, os sistemas de informação da Sefaz de cada Estado estão incumbidos de validar cada nota fiscal eletrônica. Essa autorização ocorre em questão de segundos, para que então a empresa possa efetivamente emitir a nota sobre suas mercadorias. Todas as notas são depois remetidas para o ambiente nacional, na Receita Federal. Até dezembro, o projeto de NF-e prevê um modelo de contingência, de maneira que o Fisco assuma o processo de autorização caso os computadores de alguma Secretaria da Fazenda não possam fazê-lo. Hoje, quando há parada de manutenção de sistemas, a empresa emitente é solicitada a imprimir um formulário em papel, o Danfe. A idéia é que com a contingência eletrônica esse procedimento seja eliminado.

In Argentina, Chávez Makes a Dialogue a Conference

By AGENCE FRANCE-PRESSE
Published: August 5, 2008
BUENOS AIRES (Agence France-Presse) — The presidents of Argentina, Brazil and Venezuela held an impromptu summit meeting late Monday in Buenos Aires to bolster what the Venezuelan president, Hugo Chávez, said was “the main axis of South America.”
Mr. Chávez was an unexpected addition to what was meant to be a bilateral meeting scheduled between Argentina’s president, Cristina Fernández de Kirchner, and Brazil’s president, Luiz Inácio Lula da Silva.
After the brief meeting, Mr. Chávez said at a news conference that he had suggested to his counterparts that a plan to build a gas pipeline across South America be revived.
“I think it is the moment to bring that back,” he said of the project, which would involve building a 5,000-mile pipeline at an estimated cost of $23 billion.
He added that the three agreed that joint state companies should be created in the oil and energy sectors.
The Venezuelan president said the three heads of state would meet again in the Brazilian state of Pernambuco on Sept. 6.
Argentina’s state news agency, Telam, announced Mr. Chávez’s presence only on Monday, as Mr. da Silva was halfway through his official visit to Buenos Aires.
As Mr. Chávez was arriving, Mr. da Silva was addressing a conference of Argentine and Brazilian business leaders, telling them that the strategic alliance between their countries constituted “the backbone” of South America.
Such a partnership between the countries, run by center-left governments, should form the nucleus of a “South American Union of Nations,” he argued.
Mr. Chávez, speaking to reporters on his arrival at Buenos Aires airport, portrayed his nation, a member of the Organization of Petroleum Exporting Countries that is governed by his hard-left administration, as having an equal place in that nucleus.
“We have revived the process of forming a tripartite alliance that is based on what we have for several years been calling the main axis of South America: Caracas-Brasilia-Buenos Aires,” he said.
Mr. Chávez added that his country “already felt part of Mercosur,” the South American trade bloc made up of Argentina, Brazil, Paraguay and Uruguay, even though approval for Venezuela’s membership was still pending from the Brazilian and Paraguayan Parliaments.
Telam said Mrs. Kirchner and Mr. Chávez were to fly together to Bolivia on Tuesday to hold talks with that country’s president, Evo Morales, in the southern town of Tarija.

Empresas priorizam acordos para reduzir passivos em seus balanços

Valor Online / Josette Goulart
06/08/2008
A cada dez meses, a carteira de processos judiciais ou administrativos propostos aos milhares diariamente por consumidores dobra de tamanho se as empresas nada fizerem. A estatística não é exatamente a mesma para todas as companhias, mas dá uma mostra do porquê as companhias começaram a se preocupar em reduzir seus passivos e conseqüentemente os valores de suas provisões em balanços. A tática que tem sido mais usada é a criação de políticas de acordo para não só reduzir o número de processos como preveni-los. O resultado é que advogados constatam que mesmo com o grande crescimento do consumo nos últimos anos, o número de processos não cresce na mesma proporção.
Esta é uma realidade que começa a ser retratada no dia-a-dia dos escritórios de advocacia especializados em contencioso de massa, que fazem a gerência da imensidão de processos de pequenos valores originados das relações de consumo. Um cliente do escritório Fragata e Antunes, por exemplo, estabeleceu neste mês uma política de acordo para reduzir seu passivo em 25% nos próximos três meses. "Temos no escritório o que chamamos de uma célula de acordo, há seis anos, e a quantidade de clientes que usa hoje o grupo que compõe essa célula aumentou muito", diz Francisco Fragata Junior, sócio do escritório que administra o contencioso de importantes empresas como a C&A, a rede nordestina Insinuante, Credicard, entre outros.
A estatística apresentada no começa desta reportagem foi feita pelo advogado Solano de Camargo, do escritório Dantas, Lee, Brock & Camargo, em um parecer elaborado para um cliente. O mesmo estudo mostra que se o processo é levado até o fim e a empresa perde, os gastos podem ser 16 vezes maiores levando em consideração os custos administrativos, o valor da condenação, as eventuais multas aplicadas pelo Procon. Até mesmo quando a empresa tem razão, o custo para levar um processo adiante pode ser maior, dependendo do valor do produto, afirma Camargo. Um processo levado até o fim num juizado especial tem um custo 60% maior para a empresa.
Mas ao deixar de enfrentar uma ação na Justiça, da qual a empresa acredita ter inquestionável razão, para priorizar acordos, a companhia pode incorrer no risco do que Camargo chama de "efeito paradoxo". Este é o efeito que a notícia do acordo, que pode ser espalhada boca-a-boca, pode ter sobre outros consumidores que passam a se sentir estimulados a acionar a empresa e, com isso, inflar os números.
Uma das formas de evitar esse efeito paradoxo é manter o completo sigilo das políticas de acordos fixadas pelas empresas, como sugere o coordenador de contencioso cível de escala do escritório Siqueira Castro, Gustavo Gonçalves Gomes. "As grandes empresas começaram a mudar suas políticas para evitar processos e começaram a estimular acordos", diz Gomes. "Mas precisam manter o sigilo dessas políticas".
O Siqueira Castro administra hoje 50 mil processos de suas clientes e o advogado Gomes notou que o uso frequente de acordos pelas empresas fez com que o número de processos não crescesse na mesma proporção que o volume do consumo. O advogado lembra que as empresas não querem encabeçar as listas do Judiciário de campeãs de processo. "Fazer acordo e evitar o Judiciário é também muito bom para a imagem da empresa", diz Gomes. A advogada Catarina Costa do escritório Danneman Siemsen, especializado em propriedade intelectual, mas que entrou no filão do contencioso de massa há dois anos, diz ainda que muitas empresas usam política de acordos para manter o consumidor como cliente. Camargo, do escritório Dantas, Lee, Brock & Camargo, diz que uma enquete com consumidores mostra que pelo menos 40% quer apenas trocar o produto e não receber o dinheiro de volta, o que demonstra a confiança deles nas empresas.

Eixo do Sul já nasce com fissuras, diz 'La Nacion'

BBC Brasil / Marcia Carmo
06/08/2008
O "Eixo central do sul", que une Brasil, Argentina e Venezuela, já nasceu com fissuras, segundo análise publicada nesta terça-feira pelo jornal argentino La Nacion, um dia depois do fim da visita do presidente Luis Inácio Lula da Silva a Buenos Aires.
Segundo o jornal, as fissuras se dão, sobretudo, no Mercosul, que é criticado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, que ao mesmo tempo pretende ingressar no bloco.
O diário comenta que, no bloco, o "Brasil estabeleceu um precedente arriscado por ter votado por sua conta e risco na OMC (Organização Mundial do Comércio)".
"Um por todos e todos por um, como pareceram expressar Cristina (Kirchner), Lula e Chávez com seus braços cruzados como as espadas dos mosqueteiros de Alexandre Dumas. Na realidade, cada um está sujeito aos seus próprios interesses".
Para o La Nacion, no entanto, mais do que promover o eixo central do Sul, Lula foi a Buenos Aires "com a missão de recompor a relação bilateral, depois de ter apoiado, na Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio, a liberalização das barreiras industriais na região sem a revisão dos subsídios agrícolas".
A visita de Lula foi coberta com grande destaque pela imprensa argentina. Ainda no La Nacion, uma reportagem diz que a presidente argentina Cristina Kirchner "aproveitou a visita de Lula para repreender a posição do Brasil na Rodada de Doha".
O Página/12 afirma que "Lula apelou a seu carisma e ganhou aplausos" durante o seminário para empresários dos dois países.
Segundo o jornal, poucos dias depois das diferenças com a Argentina na Rodada de Doha, "o presidente Lula da Silva vestiu sua ''cara de jogador de pôquer'' e fez um discurso a favor da integração regional como se nada tivesse acontecido".
O Página/12 ainda comenta que Lula foi aplaudido de pé pelos empresários "deixando claro que, além de suas políticas, o carisma segue intacto".
E o Clarin destaca que, em um encontro a sós, Lula escutou as queixas de Cristina Kirchner sobre as negociações da Rodada de Doha e os setores da indústria argentina que sofrem com a competição brasileira.

Clubes de investimento somam R$ 17,6 bi em julho

Rodrigo Postigo
06/08/2008
No mês de julho foram criados 79 clubes de investimento. Em 2008, foram criadas 617 novas carteiras. No total, 2.650 clubes são listados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com patrimônio líquido de R$ 17,60 bilhões e o número de cotistas, 153.434, segundo os últimos dados disponíveis, de junho de 2008.
No Banco de Títulos da CBLC (BTC), o volume financeiro das operações com empréstimos de ações alcançou R$ 32,52 bilhões em julho, ante R$ 37,66 bilhões em junho. Foram realizadas 56.759 operações, ante 55.842 no mês anterior, que envolveram 255 ativos, o mesmo número verificado em junho.
De acordo com a Bovespa, no mês passado três debêntures e um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) iniciaram negociação nos mercados de renda fixa. O volume financeiro do mercado secundário totalizou R$ 118.865.442,53, ante R$ 13.172.407,31 em junho, somados os negócios no Bovespa Fix e Soma Fix. Desse total, R$ 33.339.577,73 referem-se a FIDC e R$ 85.525.864,80 a debêntures.

Brazil mulls sugar cane limit to protect wetland

Tue Aug 5, 2008 6:31pm EDT
By Inae Riveras
SAO PAULO (Reuters) - Brazil would restrict sugar cane planting in one of the world's largest wetland areas if the government approves a proposal to protect the Pantanal area's ecology, the Environment Ministry said on Tuesday.
The agriculture ministry has been working for a year with state-run agencies on a law to restrict cane planting in the Latin American nation amid concern about the environmental impact of the crop's rapid expansion.
Agriculture Minister Reinhold Stephanes and Environment Minister Carlos Minc met on Monday, and both support the proposal. The final decision rests with President Luiz Inacio Lula da Silva.
"Since it preserves the Amazon and the Pantanal, clearly defining where it can be planted in the latter region, and without cutting existing production, it seems to me that the agreement is good for everyone," Minc said in a statement.
The Pantanal, south of the Amazon basin and east of the Andes mountains, is in a vast river delta where floodwaters rise and fall several meters each year.
The area is "one of our planet's most spectacular wetland systems" containing endangered jaguars, rare Hyacinthine macaws and giant river otters, among other plants and animals, the World Conference on Preservation and Sustainable Development in the Pantanal says on its Web site (http://www.pantanal.org).
No new ethanol plants, which produce biofuel for Brazil's fast-growing fleet of ethanol-powered cars and for export, will be allowed in Pantanal's plains under the proposal, but it will permit restricted planting in the region's highlands.
The proposal would require planters in this region, where cane has been cultivated for more than 10 years, to use direct, or no-till planting methods, eliminating the use of machinery and agrochemicals, the ministry's statement said.
No new mills would be allowed in the Amazon biome, but three plants that already had permits will be allowed to operate.
Stephanes said it was vital the two ministries agree on all aspects of the proposal so it could become law more easily.
Brazil has about 30 million hectares of useable land suited to cane planting, according to the government, adding it would require about 7 million hectares to double Brazil's current ethanol output of around 20 billion liters per year.
About 90 percent of Brazil's sugarcane is produced in the center-south region, which includes Pantanal. But the main producing areas are about 2,000 kilometers (1,250 miles) from the Amazon forest.
(Reporting by Inae Riveras; Editing by Peter Murphy and David Gregorio)

Brasil e EUA discutem comercialização do etanol como commodity

Agência Safras
06/08/2008
O interesse comum para que o etanol possa ser comercializado como uma commodity foi um dos temas discutidos ontem (5) entre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o subsecretário de Energia dos Estados Unidos, Jeffrey Kupfer. As commodities são produtos primários negociados no mercado internacional.
Lobão lembrou que, assim como o Brasil, os Estados Unidos pretendem manter uma política cada vez mais intensa na produção de biocombustíveis. Segundo ele, os Estados Unidos deverão produzir cerca de 34 bilhões de litros de etanol a base de milho este ano e a produção brasileira deve chegar a 23 bilhões de litros, extraídos de cana-de-açúcar.
"Os dois países têm interesse de que essa política sirva a todos os países. Daqui para frente, os contatos serão cada vez mais estreitos, para que possamos afinar as duas políticas na medida em que essa convergência atenda aos interesses dos dois lados", afirmou o ministro.
Kupfer ressaltou que tanto os Estados Unidos como o Brasil têm interesse que o etanol se torne uma commodity. Para tanto, os dois países estão investindo também na produção de biocombustíveis de segunda e terceira gerações, que não é baseada em alimentos como matéria-prima. "É importante que essa produção continue se expandido em todo o mundo", acrescentou.
No entanto, o subsecretário não sinalizou a possibilidade de o governo americano reduzir ou eliminar as tarifas para importação do etanol brasileiro, mas disse que o assunto está sendo discutido internamente e com outros países.
Segundo ele, a cobrança da tarifa foi prorrogada pelo Congresso americano até 2010, apesar de o orçamento apresentado pelo presidente George Bush não prever essa prorrogação.
"Temos uma defesa forte dos biocombustíveis, temos metas ambiciosas e estamos estudando como cumprir essas metas no futuro. As tarifas do etanol e suas implicações vão continuar a ser discutidas no nosso país", assegurou.
O encontro dos ministros foi uma primeira conversa para que os dois países estabeleçam uma política de troca de experiências no setor energético. Kupfer disse que o Brasil é considerado um líder em muitas áreas no setor energético.
"Nós temos muito a aprender com as experiências brasileiras e há muitas áreas nas quais podemos aprender um com o outro", afirmou o subsecretário.
Uma dessas áreas é a produção de energia nuclear. O ministro brasileiro ressaltou que os Estados Unidos são "madrugadores" na utilização dessa energia e, por isso, tiveram avanços significativos, tanto na produção da tecnologia como no armazenamento do lixo tóxico.
"É necessário expandir o entendimento entre os países que utilizam a energia nuclear para que se encontre a melhor solução para todos", avaliou.
Kupfer. Ele disse os Estados Unidos estão construindo novos reatores e, por isso, precisam pesquisar novas tecnologias. As informações são da Agência Brasil.

UPDATE 1-Brazil exports past worst of real's rise -minister

Tue Aug 5, 2008 3:53pm EDT
(Adds detail, context)
BRASILIA, Aug 5 (Reuters) - Brazil's exports have passed the worst impact of a soaring domestic currency and will grow by 31 percent through 2010, the country's trade and industry minister said on Tuesday.
But Miguel Jorge also told Reuters that he expected imports to continue to outpace export increases.
"The worst impact from the foreign exchange has already happened," Jorge said in reference to exports, which he expected to grow by 31 percent through 2010.
"I think there won't be such a big impact on exports, but (there will be) on imports," he said.
The real BRBY has strengthened about 13 percent against the U.S. dollar so far this year and more than 100 percent since 2002. Critics said the strong currency appreciation would bring export growth to a standstill.
But strong demand for commodities helped secure 27.2 percent growth in exports for the period between January and July this year compared to the same time-frame last year. Imports grew 52.1 percent during the same period. (Reporting by Raymond Colitt, Isabel Versiani and Ana Nicolaci da Costa; Editing by James Dalgleish)