sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Crédito bate novo recorde e atinge 38% do PIB

Terra / Laryssa Borges
26/09/2008
O volume do crédito ofertado pelos bancos aumentou 2,3 pontos percentuais em agosto, em comparação ao mês anterior, chegando à marca de R$ 1,11 trilhão. O valor corresponde a 38% do Produto Interno Bruto (PIB) e representa novo recorde histórico. Em junho, a relação entre crédito e PIB já havia atingido a marca de 37,2%, o então melhor patamar desde janeiro de 1995, quando a cifra chegou a 36,8%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Banco Central.
No acumulado de janeiro a agosto, o crédito cresceu 18,6%. Nos últimos 12 meses até agosto de 2008, o crédito bancário subiu 31,8%, a despeito das recentes elevações da taxa básica de juros, a Selic, e da decisão do governo no início do ano de também elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Estamos observando um aumento forte do crédito para pessoa jurídica. A pessoa jurídica cresce a 3,4% ao mês, impulsionada pelo capital de giro. No que diz respeito à pessoa física, você tem uma acomodação e tem alguma desaceleração", comentou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Segundo ele, a acomodação e tendência de queda para crédito para pessoa física justificam-se, basicamente, por força do crédito consignado, que tem desconto diretamente na folha de pagamento.
"As taxas (cobradas para a pessoa que adquiria o empréstimo) foram bastante elevadas e agora estão mais baixas. Hoje já não se faz mais isso (tanto volume de crédito consignado) porque as taxas são bem mais baixas. Aquela ênfase não tem mais", avaliou.

Jornal Economia em Notícia - Edição 35

Setor investirá US$ 600 milhões em capacidade produtiva e logística

Gazeta Mercantil/Caderno C / Luciana Collet
26/09/2008
O setor de higiene pessoal e beleza deve investir US$ 600 milhões neste ano na ampliação da capacidade produtiva e do sistema logístico, informou ontem João Carlos Basilio da Silva, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). O volume corresponde a um crescimento de 35% em relação aos cerca de US$ 480 milhões aplicados em 2007. "É um patamar que vem crescendo anualmente. Há três ou quatro anos investíamos entre US$ 300 milhões e US$ 350 milhões por ano", disse.
O crescimento se deve ao aumento do consumo no mercado interno, o que exige um incremento na produção de 9% por ano, disse o executivo. Segundo ele, já existem máquinas trabalhando 24 horas por dia para atender os pedidos.
De acordo com levantamento realizado pela entidade, no primeiro semestre deste ano, o setor obteve uma receita de R$ 7,75 bilhões, preço de fábrica, sem contar impostos. O valor é 7,7% maior em relação ao apurado em igual período do ano passado. Para 2008, a previsão é alcançar R$ 21,2 bilhões, o que representaria alta de 8,7%. O percentual é inferior à média de 10,9% (índice deflacionado) registrada nos últimos 12 anos.
Segundo Basilio, em fevereiro foi implementada no Estado de São Paulo a substituição tributária que elevou em cerca de 70% o total de carga tributária que incide sobre os produtos de higiene pessoal e cosméticos. "Isso prejudicou o nosso desempenho em fevereiro e março", disse Basilio. São Paulo responde por aproximadamente 40% do mercado nacional de higiene pessoal e beleza. De acordo com Basilio, outros estados também estão avaliando a alteração.
Perfumaria
Com esse percalço, o segmento que mais se destacou no primeiro semestre foi o de perfumaria, com crescimento de 13,8% no período, para R$ 1,12 bilhão. "A venda direta e as franquias respondem por 90% da comercialização de perfumes e colônias e esses canais não foram afetados pela substituição tarifária", explicou.
Segundo o executivo, as vendas ao varejo caíram 3,35% em fevereiro, enquanto as vendas diretas, que já tinham substituição tarifária, cresceram 27,07% no mesmo mês.
O segmento de cosméticos cresceu apenas 2,4% nos primeiros seis meses deste ano, para R$ 1,86 bilhão, enquanto as vendas de higiene pessoal somaram R$ 4,76 milhões, o que representa alta de 8,5%, ante o primeiro semestre de 2007.
Basilio afirmou que em 2009 a taxa de crescimento deve voltar ao mesmo patamar dos anos anteriores. A depender do câmbio, tal ritmo de expansão pode dar ao País a segunda colocação entre os principais mercados mundiais em 2010. Desde 2006, o Brasil é o terceiro maior mercado mundial de higiene pessoal e beleza, apenas atrás dos Estados Unidos e do Japão, que têm registrado aumento abaixo de 2%. O mercado brasileiro movimentou US$ 22,2 bilhões em 2007, alta de 22,6% ante o ano anterior.
Entre os mercados em que o Brasil mais cresce está o de protetores solares, que 2007 movimentou US$ 570 milhões, 31,2% do apurado um ano antes. Com isso, o País já responde por 8,2% do mercado mundial, de US$ 6,95 bilhões e passou da quinta para a terceira colocação no ranking de principais países consumidores.

Plano de ajuda financeira enfrenta impasse nos EUA

Acordo preliminar no Congresso não teve continuidade na Casa Branca.
Segundo Obama, acordo será alcançado 'no devido tempo'.
G1
26/09/2008
Após o anúncio de um acordo preliminar entre os partidos democrata e republicano durante a tarde desta quinta-feira (25), o plano de socorro de US$ 700 bilhões do governo americano para o setor financeiro enfrenta um impasse. Uma reunião realizada no fim da tarde na Casa Branca que contou com a presença do presidente George W. Bush, dos pré-candidatos Barack Obama e John McCain e de líderes dos dois principais partidos não conseguiu obter um consenso sobre o pacote econômico. Os líderes dos partidos se mantêm reunidos com os principais especialistas econômicos do governo, na esperança de alcançar um acordo antes do recesso parlamentar americano. A interrupção deveria começar na sexta-feira (26), mas poderá ser adiada devido às negociações. Falta de consenso
Após participar da reunião, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, afirmou que o acordo virá "no devido tempo", mas que são necessárias novas reuniões para que se chegue a um consenso.
"Ainda são necessárias discussões entre o presidente George W. Bush e seus aliados republicanos - incluindo John McCain, o candidato do partido - para que eles definam "o que querem exatamente", afirmou o senador à rede de TV "CNN".
Segundo ele, do ponto de vista democrata, o programa de ajuda não pode ser um "socorro aos CEOs" (executivos de bancos), mas sim ter o objetivo de evitar problemas sérios para o contribuinte americano, incluindo a desvalorização dos planos de aposentadoria. Por sua vez, McCain também se disse otimista. "Tenho confiança que conseguiremos um acordo que agrade à maioria dos colegas do meu lado, assim como a maioria do outro lado", declarou em entrevista à rede de TV "CBS". O candidato republicano negou que um acordo teria sido alcançado anteriormente: "eu sabia, ao entrar, porque já havia estado com meus colegas republicanos na Câmara, que nunca houve um acordo. Mas eu acredito que a reunião foi importante para fazer o processo avançar", afirmou McCain. Esperança
"Minha esperança é de que a gente consiga um acordo", disse o senador democrata Christopher Dodd, presidente do comitê bancário do Senado dos EUA, na noite desta quinta-feira. Mais cedo, ainda no Capitólio, ele comemorava por ter chegado a um entendimento com líderes republicanos sobre as diretrizes do pacote.
Segundo agências internacionais, Dodd reclamou que alguns deputados republicanos estão tentando usar o episódio para fazer um "plano de resgate de John McCain", e não do sistema financeiro. Visão de Bush
No fim da tarde, o presidente George W. Bush disse que tinha a expectativa de chegar "muito rapidamente" a um acordo com os parlamentares sobre o plano de resgate do sistema bancário, cujo custo é estimado em US$ 700 bilhões.
"Minha esperança é que possamos chegar a um acordo muito em breve", declarou Bush durante uma reunião com membros do Congresso da qual também participaram os candidatos à eleição presidencial de 4 de novembro, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain. Os líderes da Casa Branca e do Congresso dos EUA prometeram após a reunião que vão continuar trabalhando juntos para finalizar o plano, afirmou a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. "Existe um claro senso de urgência e concordância sobre a necessidade de estabilizar os mercados financeiros e evitar que uma massiva crise financeira afete todos na América", disse Perino.
Pacote
Segundo notícias divulgadas por agências de notícias, o pacote incluiria algumas exigências dos deputados, como a limitação da concessão de bônus a executivos dos bancos ajudados pelo dinheiro oficial e também a liberação da ajuda em parcelas, sendo a primeira delas de US$ 250 bilhões. Nesta quinta-feira, o otimismo geral sobre um acordo foi suficiente para alavancar uma baixa do dólar, que fechou com baixa de 1,62%, e uma alta de 3,98% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As bolsas européias e norte-americanas também tiveram um dia positivo. Acordo
Nesta tarde, o senador democrata Chris Dodd, ao lado de legisladores republicanos, havia anunciado que os congressistas dos dois principais partidos dos EUA chegaram a um acordo básico sobre as diretrizes do plano. Segundo o senador republicano Barney Frank o congresso estava "a caminho" da aprovação do pacote.
Dodd declarou que, depois de três horas de discussão, os negociadores dos dois partidos resolveram submeter o texto de seu acordo aos responsáveis do departamento do Tesouro. Na seqüencia, eles se encontraram com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, para detalhar as medidas. O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, também disse que as lideranças partidárias no Congresso "fizeram progressos" na negociação do pacote de resgate financeiro e "parecem estar perto de um acordo". Tanto Obama quanto o candidato republicano John McCain fizeram um manifesto em favor da aprovação do pacote na quarta-feira.

IOF pode ser revisto se economia continuar a crescer

Agência Estado
26/09/2008
O novo secretário-adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, avaliou hoje que "é possível" uma redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) se a economia brasileira continuar crescendo. As alíquotas do IOF foram elevadas no início do ano para compensar a perda de arrecadação do governo com o fim da CPMF.
"É possível que ele (ministro Guido Mantega) venha a rever (as alíquotas)", disse o secretário, acrescentando que essa é uma decisão de política econômica que não diz respeito à Receita. "É da competência do ministro", disse.
De janeiro a agosto, a arrecadação do IOF já cresceu 151,72% acima da inflação medida pelo IPCA, com um aumento de R$ 8,1 bilhões sobre a arrecadação registrada no mesmo período do ano passado. Faltando ainda quatro meses para o fim do ano, o valor arrecadado a mais já está próximo ao previsto pelo governo de aumento das receitas este ano de R$ 8,5 bilhões com a elevação das alíquotas do IOF.
Questionado se o governo teria "pesado a mão" no valor das alíquotas, o secretário respondeu: "Você quer uma justificativa econômica que eu não posso dar." Dos R$ 8,1 bilhões arrecadados a mais com o IOF, R$ 3,262 bilhões são referentes a operações de crédito com pessoa física. Outros R$ 2,852 bilhões são referentes a operações com empresas.
O secretário também avaliou que é possível "sonhar" com uma redução da carga tributária do País. "Se a economia continuar crescendo, talvez seja possível", disse.

Empréstimos de bancos atingem recorde nos EUA, diz FED

Reuters
26/09/2008
O valor dos empréstimos tomados por instituições financeiras dos Estados Unidos atingiu um recorde de US$ 187,75 bilhões ao dia, em média, na última semana, em meio ao aprofundamento da crise financeira em Wall Street, informou o Federal Reserve nesta quinta-feira.
A quantia total emprestada é quase quatro vezes o recorde anterior, batido uma semana antes.
O FED anunciou na última sexta-feira as medidas para ajudar os mercados, incluindo a abertura de sua janela de desconto para instituições financeiras para que elas possam comprar ativos.
As medidas fazem parte de um pacote do governo para acalmar os mercados após a falência do Lehman Brothers Holding e o resgate pelos Estados Unidos da seguradora AIG.

Crise mundial 'pode beneficiar Brasil', diz jornal

BBC Brasil
26/09/2008
Duas reportagens do jornal Financial Times sugerem nesta quinta-feira que a crise econômica mundial pode, paradoxalmente, terminar sendo benéfica para o Brasil. Os artigos, assinados pelo correspondente do jornal em São Paulo, afirmam que a crise pode funcionar como um controle para o crescimento econômico cujo vigor vinha criando pressões inflacionárias.
Diferentemente de outras épocas, o País está mais preparado para enfrentar as turbulências, dizem as reportagens, que no entanto alertam para os fatores - domésticos - com potencial de criar problemas no futuro.
"Desta vez é diferente. Pelo menos até agora", diz a reportagem "Brasil espera um resfriado leve, mas nada sério", publicada na versão impressa do diário financeiro britânico.
O título faz referência ao tradicional dito segundo o qual "quando os mercados financeiros americanos espirram, a América Latina pega uma gripe".
A matéria diz que, embora não tenha conseguido se descolar do resto do mundo, o Brasil está otimista em que seu nível de reservas - em torno de US$ 200 bilhões - seja capaz de conter uma turbulenta saída de capitais como a que se seguiu à crise asiática em 1997 e a crise da Rússia em 1998.
"Mais que isso, a crise de crédito pode ter vindo em boa hora, num momento em que a atividade econômica paresenta indicadores que apontam para uma curva de superaquecimento. Assim, a crise, potencialmente, pode ajudar o País a desaquecer sua economia sem derrubar o crescimento abaixo do potencial do país", escreve o FT.
Economistas ouvidos pelo jornal crêem que o aumento do Prodito Interno Bruto (PIB) passe de 5,4% este ano para 3,5% no ano que vem - bem melhor que o 1% estimado para o resto do mundo, mas capaz de trazer a inflação, que já superou os 6% ao ano, para o centro da meta de 4,5%.
Com isso, o Banco Central (BC) também poderia rever a quantidade de vezes em que deve aplicar um aumento de juros, diz o jornal.
Mas o FT também faz um alerta para o futuro, afirmando que "preocupações antigas permanecem e podem interferir no (curso da economia do) Brasil". A principal delas é o gasto do governo, capaz de gerar demanda e assim criar novas pressões inflacionárias.
Com o governo usando os gastos como motor do crescimento, "o papel da política fiscal, que continua sendo altamente expansionista, tem sido ignorado", diz o diário britânico, na reportagem "Confiança do Brasil acumula problemas para o futuro", publicada em sua versão online.
Um economista citado na matéria afirma que, mesmo com o BC aplicando arrochos monetários para frear o aumento dos preços, "no final, as expectativas de inflação a longo prazo são determinadas pela política fiscal, não pela política monetária".

Arrecadação cresce 10,33%, chega a R$ 452 bi e bate recorde em agosto

Folha Online / Eduardo Cucolo

26/09/2008
A arrecadação de impostos e contribuições cresceu 10,33% nos oito primeiros meses de 2008 e atingiu novo recorde. Mesmo com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a Receita Federal arrecadou R$ 452 bilhões entre janeiro e agosto.
Somente no mês passado, foram R$ 53,93 bilhões, aumento de 4,27% em relação ao mesmo mês de 2007 e valor recorde para meses de agosto, considerando dados corrigidos pelo índice oficial de inflação (IPCA).
Em termos relativos, o imposto cuja arrecadação mais cresceu no ano foi o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que teve suas alíquotas elevadas para compensar o fim da CPMF. A arrecadação subiu 152% e chegou a R$ 13,45 bilhões no acumulado do ano. A maior parte desse valor (R$ 4,7 bilhões) foi pago pelas pessoas físicas que fizeram empréstimos no período.
Em valores absolutos, o principal responsável pela arrecadação recorde foi o Imposto de Renda (pessoa física, empresas e retido na fonte), que respondeu por 28,6% do total. Foram arrecadados R$ 129,3 bilhões, sendo R$ 61 bilhões somente das empresas.
A Receita vem justificando os sucessivos recordes alcançados neste ano com base no aumento do lucro das empresas e no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
A segunda maior arrecadação ficou com a Cofins (R$ 79,9 bilhões), aumento de 17,7% sobre o ano passado.
CPMF
Nesse ano, já foram arrecadados mais de R$ 40 bilhões a mais em relação ao mesmo período de 2007. Esse valor equivale à previsão de receitas da CPMF para este ano, caso ela não tivesse sido extinta pelo Congresso.
Nos oito meses do ano, o governo deixou de arrecadar R$ 25 bilhões de CPMF. Em compensação, houve um aumento de R$ 20 bilhões em pagamento de Imposto de Renda, R$ 9 bilhões em Cofins, R$ 7 bilhões em CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido) e cerca de R$ 8 bilhões em IOF.
Desaceleração
Apesar de recorde, o dado de agosto representa uma desaceleração em relação aos valores arrecadados até julho, quando a arrecadação estava crescendo a uma taxa de 11,2%.
A Receita também divulga os dados sem correção pela inflação. Nesse caso, a taxa de crescimento acumulada até agosto é de 9,5%, abaixo dos 10,4% verificados até julho.
Houve também desaceleração em relação ao primeiro quadrimestre do ano (janeiro-abril), quando a arrecadação crescia a taxas entre 20% e 12%. Entre maio e agosto, os percentuais ficaram entre 10,6% e 9,5%.
Carga tributária
A Receita também atribui a arrecadação recorde à cobrança judicial de dívidas tributárias e às ações de fiscalização realizadas no ano. Foram R$ 11,9 bilhões em multas e juros, um aumento de 35% no ano. O Fisco também estima mais R$ 10 bilhões, pelo menos, em impostos atrasados relacionados a essas cobranças.
O governo também cita a unificação da Receita com a arrecadação previdenciária, como responsável pela melhora. As receitas da Previdência, que respondem por cerca de 25% da arrecadação, cresceram 11,6% no ano e chegaram a R$ 113,8 bilhões.
A Receita sempre nega que haja aumento da carga tributária, apesar da elevação das alíquotas do IOF e também da CSLL para instituições financeiras neste ano.
Segundo o Fisco, o governo já promoveu quase R$ 60 bilhões em desonerações tributárias neste ano, além da perda estimada de cerca de R$ 40 bilhões na CPMF, que no ano passado respondia por cerca de 6% da arrecadação.
A Receita cita também a redução na alíquota da Cide (tributo dos combustíveis) para compensar o aumento da gasolina e do diesel. Houve uma queda de 20,44% na arrecadação desse tributo neste ano, para R$ 4,45 bilhões.

Financial Chill May Hit Developing Countries

The New York Times
By MARK LANDLER
Published: September 25, 2008
WASHINGTON — As Europe and Asia play down the need for an American-style bailout for their banks, the crisis may threaten a different class of countries: those in Eastern Europe, Latin America and Africa that depend on foreign capital and shoulder American-style trade deficits.
Alarmed by the threat, the managing director of the International Monetary Fund, Dominique Strauss-Kahn, is calling for a multilateral consultation — involving the United States, Europe, China and other financial powers — to develop a coordinated response to the crisis.
“We’re facing a systemic crisis, and it needs a systemic response,” Mr. Strauss-Kahn said in an interview on Wednesday. “The I.M.F. is the right place to organize a global response to weaknesses in the global financial system.”
His initiative is an attempt to thrust the fund back into the thick of world events — a role it played in previous financial crises in Asia, Russia and Latin America, but has not played in the current turmoil.
Whether or not he succeeds, economists agree that Mr. Strauss-Kahn, a former French finance minister, has identified a risk. The crisis, by squeezing the flow of capital, threatens countries from the Baltic to Africa that depend on foreign money to finance their deficits.
“There are a number of countries where you can get quite worried if capital flows stop,” said Thomas Mayer, the chief European economist at Deutsche Bank in London. “When you look at their high current-account deficits, Central and Eastern Europe seem particularly vulnerable.”
A second category of countries are those who export oil or other commodities, and are vulnerable to a decline in prices — something that economists said would happen if the crisis hobbled growth. Oil plunged last week as Wall Street teetered, but it bounced back as hope rose for a bailout.
“If the world economy does experience something like a global recession next year, those countries will be at risk,” said Michael Mussa, a senior fellow at the Peterson Institute for International Economics.
There are more than 20 countries with current-account deficits that exceed 5 percent of their economic output, Mr. Strauss-Kahn said, putting them in what the fund considers the endangered category.
Mr. Strauss-Kahn declined to name names, but outside economists listed Bulgaria, Estonia, Romania and Turkey as among the red flags in Europe. In Africa, they said, South Africa and Nigeria were worrisome; and in Latin America, Venezuela and Ecuador.
The list, Mr. Strauss-Kahn said, does not include the four largest emerging-market countries — China, Russia, Brazil and India — which are running healthy trade surpluses or have hundreds of billions in foreign exchange reserves, though Russia is vulnerable to a drop in oil prices.
Western Europe, economists say, is unlikely to be seriously affected, despite having banks that hold mortgage-related assets. This has made European officials reluctant to heed the Treasury Department’s call for them to undertake their own efforts to bolster the financial system.
Treasury Secretary Henry M. Paulson Jr. has resisted efforts by Congress to make foreign banks ineligible for the plan. But administration officials said they planned to set priorities on which ones to help, based on whether their governments were willing to help with the cleanup process.
Two of the most threatened countries lie on Europe’s eastern frontier: Bulgaria and Romania, which have racked up high current account deficits and are running overheated economies.
“These countries have been growing too fast or borrowing too much,” said Peter Akos Bod, a former president of the Hungarian central bank. “Should there be a sudden stop in capital, they would be in deep trouble.”
Latin America is a perennial source of worry, given its history of troubled fiscal policy. For the moment, several countries, notably Venezuela, are benefiting from the soaring price of oil.
But if oil and other commodities were to decline, said John Williamson, a senior fellow at the Peterson Institute who specializes in the region, “South America would be less comfortably placed.”
Mr. Strauss-Kahn said he recognized that the monetary fund would be largely a bystander in this crisis, given that the problems began in the United States and remain largely a domestic banking issue.
But he said the fund could play a role in giving advice. Among its suggestions: rather than buy distressed mortgage-related securities from banks, the Treasury should swap them for bonds, which Mr. Strauss-Kahn said would be cheaper and leave some of the risk with the banks.
Mr. Strauss-Kahn said he also planned to confront one of the most politically charged issues at the fund: strengthening its pressure on China to allow its currency, the renminbi, to rise.
Critics in the Bush administration and Congress say the fund has not pushed China hard enough on its currency. Mr. Strauss-Kahn acknowledged the difficulty of being tougher, given the politics of the fund.
The fund’s last multilateral consultation, to discuss global imbalances, was held in 2006. It included China, Japan, the European Union, Saudi Arabia, and the United States. Mr. Strauss-Kahn did not say which countries would be invited to take part this time, though other officials said it would probably include those countries and emerging markets like Brazil and Russia.

Wrangling holds up US rescue

Financial Times
By Daniel Dombey, Krishna Guha and James Politi in Washington and Andrew Jack and Michael Mackenzie in New York
Published: September 25 2008 19:18 Last updated: September 26 2008 04:23
An unprecedented White House emergency meeting broke up on Thursday night after failing to reach full agreement on the Bush administration’s financial rescue package after another day of intense stress on the money markets.
In an outbreak of political wrangling, a hard core of Republicans on Capitol Hill maintained their resistance to a deal, even as John McCain and Barack Obama, the leading candidates in November’s presidential elections, met President George W. Bush and congressional leaders to hammer out a compromise.
The setback in the talks forced Hank Paulson, US Treasury secretary, and Ben Bernanke, chairman of the Federal Reserve, to return to Capitol Hill late on Thursday for a new round of discussions with legislators.
Further talks were expected to resume on Friday.
Earlier in the day, hopes for a bail-out deal rose after senior politicians from both parties endorsed principles granting the administration the the full $700bn (£380bn) it sought, but with a first tranche of just $250bn and a further $100bn available without further congressional approval. Congress would get a chance to vote on the remaining $350bn at a later date.
The proposed compromise also modified the administration’s original proposals so as to prevent “inappropriate executive compensation for participating companies”. It would allow the federal government to take stakes in the companies assisted under the plan and establish a powerful oversight board.
But by mid-afternoon, progress had stalled, after a group of House Republicans circulated an alternative plan that would set up an emergency insurance fund for financial institutions instead of the proposal to purchase troubled mortgage assets presented by the Bush administration.
The disarray in the bail-out negotiations became even more apparent after the White House meeting, which one congressional aide described as having been extremely fraught.
“We haven’t gotten agreement,” said Richard Shelby, the senior Republican member of the senate banking committee, after emerging from the White House meeting. “There’s still a lot of different opinions. Mine is it’s flawed from the beginning.”
Mr Obama steered clear of criticising Mr McCain after the White House meeting, saying “eventually there will be a deal” and placing blame on the dissident Republicans for the hold-up in the deal. Although Democrats hold a majority in the House, Nancy Pelosi, the speaker, has made it clear she wants the unpopular bail-out legislation to be agreed on a bipartisan basis.
After the White House meeting, Mr Paulson knelt down in front of Ms Pelosi, imploring for her help in passing the legislation
Before Mr Paulson headed up to Capitol Hill on Thursday to revive the talks, a Treasury spokeswoman issued a statement urging members of “both parties” to complete the legislation quickly. “There are still open issues to be resolved, and we are committed to resolving them,” she said.
The S&P 500 finished up nearly 2 per cent and had shrugged off a profits warning from General Electric amid hopes that Congress would pass the plan. The dollar was broadly firmer and Treasury yields had risen.
But conditions in the money markets remained deeply distressed, with short-term rates rising further and lending beyond overnight largely paralysed.
Hans Jorg Rudloff, Barclays Capital chairman, said: “Anyone looking at the money markets would come to the conclusion that we are one minute before a terminal heart attack. Therefore the rescue package will pass. There is no choice.”
Weekly data on commercial paper from the Federal Reserve showed a fall of $61bn in outstanding volume, the biggest weekly dip since August 2007.
Three-month dollar Libor rose 29 basis points to 3.77 per cent.
If this key borrowing rate does not soon ease, the Fed may be forced to attack it directly with three-month liquidity operations.
Meanwhile, data revealed the massive increase in Fed liquidity support over the past week, including $73bn in indirect loans to money market funds and a near doubling of its direct lending to investment banks and other primary dealers.
The talks followed an announcement the day before by Mr McCain to suspend his presidential campaign. But the Obama camp resisted Mr McCain’s calls to delay the first presidential debate, scheduled for Friday.
“Now that we’re on the verge of making a deal, John McCain drops himself in to make a deal,” said Barney Frank, chairman of the House financial service committee. “I worry about this politicisation of it.”

US ‘will lose financial superpower status’

By Bertrand Benoit in Berlin
Financial Times
Published: September 25 2008 11:55 Last updated: September 25 2008 20:28

The US will lose its role as a global financial “superpower” in the wake of the financial crisis, Peer Steinbrück, the German finance minister, said on Thursday, blaming Washington for failing to take the regulatory steps that might have averted the crisis.
“The US will lose its status as the superpower of the world financial system. This world will become multi¬polar” with the emergence of stronger, better capitalised centres in Asia and Europe, Mr Steinbrück told the German parliament. “The world will never be the same again.”
His were the most out¬spoken comments by a senior European government figure since Wall Street fell into chaos two weeks ago.
He later told journalists: “When we look back 10 years from now, we will see 2008 as a fundamental rupture. I am not saying the dollar will lose its reserve currency status, but it will become relative.”
The minister, who has spearheaded German efforts to rein in financial markets in the past two years, attacked the US government for opposing stricter regulations even after the subprime crisis had broken out last summer.
The US notion that markets should remain as free as possible from regulatory shackles “was as simplistic as it was dangerous”, he said.
But Mr Steinbrück had warm words for the US’s crisis management in the past fortnight, including the government’s planned $700bn rescue package for the financial sector. Washington, he said, had earned credit for acting not just in the US interest but also in the interest of other nations.
Yet he repeated Germany’s refusal to mount a similar rescue operation using taxpayers’ money to acquire toxic assets. “This crisis originated in the US and is mainly hitting the US,” he said. In Europe and Germany, such a package would be “neither sensible nor -necessary”.
The US, Mr Steinbrück said, had failed in its oversight of investment banks, adding that the crisis was an indictment of the US two-tier banking system and its “weak, divided financial oversight”.
He blamed Washington for refusing to consider proposals Berlin had made as it chaired the Group of Eight industrial nations last year. These proposals, he said, “elicited mockery at best or were seen as a typical example of Germans’ penchant for over-regulation”.
His comments followed calls this week by Nicolas Sarkozy, the French president and current holder of the European Union presidency, for an emergency G8 meeting on the crisis.
Mr Steinbrück’s proposals include a ban on “purely speculative short selling”; a crackdown on variable pay for bank managers, which had encouraged reckless risk-taking; a ban on banks securitising more than 80 per cent of the debt they hold; international standards making bank managers personally responsible for the consequences of their trades; and increased co-operation between European super¬visors.
Following a meeting with Christine Lagarde, his French counterpart, in Berlin, he said France and Germany would set up a working group of treasury, central bank and supervisory authority officials that would consider tougher regulation of short selling.