Rodrigo Postigo
11/07/2008
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (10) que a oferta de crédito no país vem crescendo aceleradamente nos últimos anos e que em 2007 atingiu 32% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo ele, o intuito do governo é continuar promovendo a expansão do crédito, mas não em nível "explosivo" e que não se sustente. "Na verdade, hoje estamos atuando para reduzir um pouco esta taxa", afirmou, durante a conferência "O Impacto do Brasil na Economia Global", promovida pela Sociedade Americana e o Conselho das Américas em conjunto com o Movimento Brasil Competitivo.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Crédito deve se expandir, mas não em nível explosivo, afirma ministro
BNDES vai aportar R$1,5 bi em fundos de agronegócio e energia
REUTERS / Rodrigo Viga Gaier
11/07/2008
O BNDES pretende aportar 1,5 bilhão de reais em Fundos de Investimento que serão criados com foco inicial em empresas que atuam nos ramos de etanol, energia, agronegócio e melhora nos níveis de governança. "Faz parte da estratégia do banco participar dessa indústria. Queremos ajudar na capilaridade, no crescimento das empresas", disse o chefe do departamento de investimentos do BNDES, Eduardo de Sá. Ele espera que os investimentos do banco alavanquem mais 5,5 a 6 bilhões de reais em investimentos privados O novo programa do BNDES prevê investimentos em 10 fundos e a participação do banco será de até 20 por cento em fundos da modalidade private equity e 25 por cento nos casos dos fundos de venture capital. O BNDES estima que dos 10 fundos que serão criados, oito deles serão de investimentos em participação (private equity) e dois em empresas emergentes (venture capital). Os recursos serão aportados nos fundos paulatinamente e Eduardo de Sá projeta que as aplicações ocorrerão ao longo de 4 ou 5 anos. "Nesse ano, temos problemas de recursos. A demanda é maior que a oferta. Estamos em busca de fontes adicionais. O dinheiro (1,5 bilhão) não sai de uma vez. É um desembolso de no mínimo 4 anos. Então, não vai impactar nosso orçamento", disse Sá a jornalistas A primeira chamada do programa do BNDES será de 3 fundos na modalidade de private equity e terá como foco investimentos no agrobusiness, cadeia produtiva de álcool, geração de energia através de biomassa e incremento da governança corporativa. "A definição dos setores foi feita com base na demanda do banco e segmentos em que enxergamos boas oportunidade", afirmou o economista. "Provavelmente, os outros sete fundos não terão o mesmo foco, mas ainda não temos clareza", acrescentou. O BNDES já tem participação em outros 31 fundos e o montante aplicado é de aproximadamente 1,5 bilhão de reais em 110 empresas de diferentes ramos. "As áreas de tecnologia da informação e energia são as com o maior número de fundos", disse Sá.
Brasil deve dobrar produção de alimentos em até dez anos, diz ministro
Folha Online / Denise de Oliveira
11/07/2008
O Brasil deve trabalhar para dobrar a produção de alimentos em até dez anos, informou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Para Bernardo, o país deverá se beneficiar da alta de preços e da demanda dos alimentos no mercado internacional.
"Se olharmos em horizonte de dez ou oito anos, acho que o Brasil tem de trabalhar para dobrar sua produção, porque de fato, vai ter demanda. Veja o que está acontecendo na China, na Ásia como um todo, e aqui no Brasil, a tendência é aumentar e consolidar demanda e portanto sempre vai haver grande procura".
O ministro descartou temores quanto à redução dos preços das commodities agrícolas e possíveis efeitos negativos aos produtores nacionais.
"Baixas [de preços] sempre acontecem, quando tem safra muito grande ou a demanda não é tão grande naquele momento, pode acontecer oscilação", disse o ministro. Ele sustenta, no entanto, que o cenário é favorável.
"É evidente que isso é uma grande oportunidade. Nós temos que nos preparar para nesse período de alta de preços e de muita demanda de alimentos, forneceremos alimentos para o mercado interno e mundial", disse Bernardo.
O ministro destacou a necessidade de um plano para sustentar essa estratégia e citou o plano safra, lançado recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá atender alguns desses pontos.
"Não temos todos os problemas resolvidos, tem que resolver problemas de infra-estrutura, de financiamento, de incorporação de tecnologia. No plano safra que o presidente Lula lançou neste mês, já estamos respondendo a uma série de pontos relativos a isso. Mas temos de avançar mais", avaliou.
Publicado por Agência de Notícias às 11.7.08
Marcadores: Agricultura, Economia, Exportação
Brasil tem carga tributária de país rico, mas juros impedem serviços de primeiro mundo
Parcela de carga tributária que pode ser destinada para investimentos, no Brasil, é de 30,5%; na Noruega é de 68,8%
InfoMoney
11/07/2008
É verdade que o Brasil tem carga tributária de primeiro mundo e serviços de terceiro, como muitos especialistas comentam. No entanto, o Brasil reverte pouca parte desta carga tributária arrecadada em investimentos, na comparação com os países desenvolvidos, devido aos juros altos praticados no País.
Levantamento realizado pelo especialista em finanças públicas Amir Khair revelou que, na comparação com países da OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico), o Brasil apresenta carga tributária útil - arrecadação de tributos menos juros - até 38,3 pontos percentuais menor.
Isso porque, quando analisada a Noruega, onde os serviços públicos são de melhor qualidade, a parcela da carga tributária que pode ser revertida em investimentos é de 68,8% e, no Brasil, o índice é de 30,5%. Isso significa que a carga tributária útil dos países desenvolvidos chega a ser mais de duas vezes maior do que a do Brasil.
Publicado por Agência de Notícias às 11.7.08
Marcadores: Tributária
Exportações podem chegar aos US$ 190 bi este ano, diz ministro
Agência Brasil
11/07/2008
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, informou nesta quinta-feira, em Hanói, capital do Vietnã, que a previsão de exportações para este ano está sendo revisada de US$ 180 bilhões para US$ 190 bilhões. A notícia foi dada durante uma coletiva em que o ministro estava presente, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Eles estiveram no Vietnã e ainda vão à Indonésia, com o objetivo de ampliar o comércio brasileiro com países da Ásia. Na ocasião, o presidente defendeu a diversificação não só dos parceiros comerciais do Brasil, mas também dos produtos comercializados. "Nós não estamos abrindo a cancela, nós estamos tirando duas madeiras para enxergar o mundo mais amplo do que o mundo com o qual o Brasil teve relação comercial até agora", disse Lula.
Perguntado sobre o crescimento também das importações, Lula afirmou que o crescimento desse fluxo é tão saudável quanto o aumento das exportações. De acordo com ele, 70% do que está sendo importado atualmente são máquinas e equipamentos, "são coisas que significam maior capacidade de oferta amanhã, maior capacidade de produção amanhã, porque as empresas estão se modernizando, inovando tecnologicamente".
O presidente também disse que, na sua opinião, uma balança comercial é boa quando há equilíbrio e não com exportações muito maiores do que as importações, gerando um superávit muito grande, "para que os outros países também se sintam felizes em negociações com o Brasil". "É essa divisão de venda e compra que consegue garantir o crescimento sustentável dos países", concluiu.
Publicado por Agência de Notícias às 11.7.08
Marcadores: Economia, Exportação
Inflação assombra a América Latina, diz 'Economist'
Rodrigo Postigo
11/07/2008
O aumento da inflação na América Latina se transformou em um teste de credibilidade para a recém-descoberta estabilidade econômica dos países da região, assim como para seus Bancos Centrais, diz uma reportagem da edição desta semana da revista britânica The Economist.
Segundo a revista, ao contrário dos países desenvolvidos, a América Latina não foi tão afetada pela crise global de crédito até agora, e muitas de suas economias continuam crescendo rapidamente, impulsionadas pela demanda por suas exportações de commodities.
No entanto, afirma a reportagem, o boom no mercado de commodities começa a ter um efeito menos desejável: o aumento nos preços dos alimentos e dos combustíveis, que está empurrando para cima os índices de inflação na região.
A Economist afirma que, de acordo com o FMI, a taxa média de inflação na região aumentou para 7,5% em abril, em comparação a 5,2% no mesmo período do ano passado. Segundo a revista, a taxa real pode ser maior, já que na Argentina, a inflação oficial de 9,1% "é provavelmente menos da metade da taxa real".
Publicado por Agência de Notícias às 11.7.08
Marcadores: Economia, Mercosul, Tributária
FEATURE-Brazil boom lifts millions into middle class
Thu Jul 10, 2008 8:03am EDT
By Stuart Grudgings
RIO DE JANEIRO, July 9 (Reuters) - Clearing a space among empty beer bottles, Paulo spreads out a glossy leaflet that envisions an urban development more reminiscent of Tokyo or Singapore than the Rio de Janeiro slum where he has lived for 50 years.
A pedestrian bridge with a sweeping arch is shown next to an azure swimming pool surrounded by palm trees. Nearby, a hospital and a sports center will rise, not far from hundreds of new apartments for residents now living in shacks perched on the hillside.
It is a different world to the daily life of the more than 1 million people living in Rio's slums, or favelas, who have long been left by government to fend for themselves, often caught between ruthless drug gangs and violent police tactics.
"We believe in it," said Paulo, a community leader in the Rocinha favela who, like many in the slums, did not want his real name used for fear of reprisals from drug gangs. He then sounded a note of skepticism about Brazil's government. "If they don't do it, then maybe they will suffer."
The Rocinha development, part of a $315 billion federal program aimed at improving the country's decrepit infrastructure, is one sign of how millions of poor are benefiting from an unprecedented period of economic growth in South America's largest economy.
The income of the poorest 10 percent of people grew by about 9 percent per year between 2001 and 2006, compared with 2 to 4 percent for richer people, according to the World Bank. The country still has some of the worst inequality in the world, but that is changing rapidly as tens of millions move out of danger of hunger and within reach of their first television, refrigerator or computer.
"It's more like it is booming up than trickling down," Deborah Wetzel, the World Bank's lead economist and head of poverty reduction and economic management for Brazil, said of the growth.
NOT FOR EVERYONE
Much of the progress has come in the past few years, helped by a family stipend program expanded by President Luiz Inacio Lula da Silva that ties welfare checks to school attendance and which is being copied around the world.
Yet for many in the remote countryside and the thousands of slums that surround big cities, the obstacles to a better life remain equally large -- terrible schools, high crime, discrimination, and skewed legal and tax systems.
A study by the government's Institute for Applied Economic Research showed that the richest 10 percent of Brazilians hold 75.4 percent of the wealth. Thanks to a regressive tax system, they only lose 22.7 percent of their incomes to tax, compared with 32.8 percent for the poorest 10 percent of Brazilians.
In Rio, only a handful of slums out of more than 600 in the city are in line for improvements under the federal program, leaving many feeling left out. Resistance from drug gangs who fear the works will threaten their trade has already led to delays.
"This growth is not for all the population," said Leriana Figueiredo, who works at a sports center funded by British group Fight For Peace in the Nova Holanda shantytown, which is not due any public works under the program.
"The majority here don't have jobs."
A short walk from the center on a recent night, armed youths were selling cocaine from street-side tables as openly as other stall owners were selling fruit.
COMPANIES MOVE IN
Rocinha, often called South America's largest slum, is in many ways the Hilton of Rio's shanty-towns with at least 8 banks and a slew of foreign aid groups. The stability is deceptive, owing more to the firm grip of one of Rio's most powerful drug gangs than the presence of the state, but the effect of the country's economic growth can be seen in its bustling streets and stores.
Mexico's Banco Azteca, owned by tycoon Ricardo Salinas, plans a branch in Rocinha after starting Brazil operations this year in the northeast targeting low-income savers. Customers can use fingerprint technology to get around literacy problems and open an account with as little as $3.
Outside a Casas Bahia store in downtown Rio, 27-year-old Nara Macedo Moreira said on a recent afternoon that her monthly income of just 600 reais ($375) had not held her back from buying a flat-screen television and a DVD player.
"I'm furnishing my whole house this way," said Moreira, who was visiting the store to pay her latest installment. Next on her shopping list was a computer.
But it is still alienation that defines much of life in the thousands of lawless slums that surround big cities, despite national unemployment near record lows.
Most children in Nova Holanda drop out of school at around 12 or 13, Figueiredo said, leaving them with little chance in the job market and vulnerable to being tempted into drug gangs that offer quick money and status. Discrimination against slum dwellers, many of whom are black, is another economic barrier. Many job seekers from poor areas give false addresses when applying for positions.
Two young workers at the boxing project, Bruno Silva and Carol Belo, both had hopes of getting to college one day but felt they had been held back by poorly-funded schools compared to the ones attended by middle-class children. They said books were often missing sections and were so scarce that students had to photocopy one chapter at a time.
"I need to take an entrance test but I don't see the point," said Belo, who wanted to take administration and social studies. "I have too many weaknesses." (For a factbox on Brazil's new middle class, click on [ID:N08299872]) (Reporting by Stuart Grudgings; Editing by Eddie Evans)
Publicado por Agência de Notícias às 11.7.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Oil Is Little Changed After Rising 4% on Concern About Supplies
By Nesa Subrahmaniyan
July 11 (Bloomberg) -- Crude oil was little changed in New York after rising 4 percent yesterday as Brazilian oil workers threatened a strike and on rising concern that supplies from the Middle East and Nigeria may be disrupted.
Brazil's Oil Workers Confederation is planning a five-day strike from July 14 against Petroleo Brasileiro SA on platforms in the offshore Campos Basin, the source of 80 percent of the country's supply, a union official said. Oil also rose after Iran test-fired more missiles in the Persian Gulf and a Nigerian militant group said it will end a cease-fire this week.
``It's a supply-focused market and trading has become very volatile,'' said Gerard Burg, energy and minerals economist at National Australia Bank Ltd. in Melbourne. ``Right now, geopolitical events are critical supply-related drivers.''
Crude oil for August delivery rose 6 cents to $141.71 a barrel on the New York Mercantile Exchange at 10:59 a.m. in Singapore. Yesterday, it soared $5.60 to settle at $141.65 a barrel, the biggest one-day increase since June 6. Prices had risen to an intra-day high of $142.13 a barrel. Nymex crude oil touched a record $145.85 on July 3. Futures are up 96 percent from a year ago.
In the last hour of floor trading in New York yesterday, prices jumped more than $5 a barrel as investors bought contracts based on technical trends indicating a rally in futures. The increase accelerated after futures broke through the July 9 high of $138.28 at 2:09 p.m. after approaching it at least five times.
About 4,500 Petrobras employees in the Campos Basin will take part in the protest to get full pay for the day they return to the mainland after a 14-day shift at sea, Jose Maria Rangel, the confederation's coordinator for the basin, said in an interview yesterday.
Iranian Tests
Iran, the second-biggest producer in the Middle East, this week tested missiles capable of reaching Israel, increasing concern that a conflict may cut supply. The Movement for the Emancipation of the Niger Delta said attacks will resume on oil facilities.
Iran's military yesterday fired the missiles during a third day of war games, Agence France-Presse reported, citing the Web site of Iranian state-run television. Missiles were also launched on July 9.
Iran has ignored United Nations efforts to halt its uranium- enrichment program and says further sanctions won't affect its plans to develop nuclear energy. The U.S. has led international efforts to force Iran to give up enrichment because of concern the technology may be used to develop nuclear weapons.
The standoff has led to concern that Iran may come under attack from the U.S. or Israel, disrupting exports from OPEC's second-biggest producer.
OPEC Secretary-General Abdalla El-Badri said at a press conference in Vienna yesterday that ``if something were to happen, it is impossible to replace the production of Iran.''
Cease-fire
The Nigerian militant group MEND will call off its unilateral cease-fire beginning midnight on July 12, the group's spokesman, Jomo Gbomo, said yesterday. MEND attacks on pipelines and other installations have cut more than 20 percent of Nigeria's oil exports since 2006.
MEND says it is fighting for a greater share of oil wealth for the impoverished inhabitants of the Niger Delta and accuses successive Nigerian governments of decades of oppression.
The group declared a cease-fire after a June 19 attack on Royal Dutch Shell Plc's Bonga deep-water oilfield, located 120 kilometers (75 miles) offshore that cut 190,000 barrels a day of oil output.
``Anything supply-related is going to keep this market boiling over,'' said Anthony Nunan, Tokyo-based assistant general manager for risk management at Mitsubishi Corp. ``Brazil's domestic disruption only adds to a bigger supply problem with MEND back in the news.''
Demand Forecast
The International Energy Agency increased its 2008 demand forecast for the first time in six months yesterday because of rising consumption in developing countries.
The Paris-based agency increased its outlook by about 0.1 percent, or 80,000 barrels a day, to 86.85 million barrels a day in its monthly report, leaving demand growth at 1 percent for this year. The IEA forecasts the same pace of growth for 2009.
The Organization of Petroleum Exporting Countries, which supplies more than 40 percent of the world's oil, cut its forecast of demand for its own crude oil through 2030, as record prices and environmental considerations encourage consumers to conserve fuel and rely more on biofuels.
OPEC lowered demand forecasts by 4.4 percent to 32.3 million barrels a day in 2015, and by 12 percent to 43.6 million a day in 2030, the group's secretariat said yesterday in its World Oil Outlook report. This means OPEC may unnecessarily commit $300 billion to new fields over the next 12 years, it said.
``This is the danger that OPEC may not invest because they are probably worried about a crash in demand and prices,'' said Mitsubishi's Nunan. ``The market now focuses on the medium to long term and if they don't invest in new capacity, that's obviously bullish.''
Brent crude oil for August settlement fell 7 cents to $141.96 a barrel at 10:57 a.m. Singapore time on London's ICE Futures Europe exchange. Yesterday, the contract gained $5.45, or 4 percent, to $142.03 a barrel. Prices climbed to a record $146.69 on July 3.
Publicado por Agência de Notícias às 11.7.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil, Petróleo e Derivados