Valor Online / Guilherme Manechini e Raymundo Costa
11/09/2009
A indústria de equipamentos quer obter melhores condições para participar dos contratos de fornecimento à Petrobras
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos pretende obter melhores condições para participar dos bilionários contratos de fornecimento à Petrobras, a operadora exclusiva do pré-sal. Por intermédio do deputado Rodrigo Rocha Lures (PMDB-PR), os empresários do setor apresentaram duas emendas ao projeto de lei nº 5938, que trata do regime de partilha da produção do petróleo.
Na primeira emenda, a indústria sugere a criação de um bônus correspondente a 30% do valor do investimento em máquinas e equipamentos. Na segunda, propõe a desoneração da produção e comercialização de equipamentos, um programa de incentivo à inovação tecnológica e linhas de financiamento específicas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A posição dos empresários nacionais encontra eco na Petrobras. "A indústria levanta uma questão muito importante, a dos custos sistêmicos. O acesso ao mercado de capitais no Brasil é diferente das condições de outros países, a estrutura tributária é diferente, a infraestrutura de produção do país é diferente", diz José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal. "Há necessidade de uma política industrial ampla para a cadeia de fornecedores da indústria de petróleo e gás". Ele acredita que o BNDES e o governo já estejam estudando o assunto.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou o regime de urgência constitucional dos quatro projetos de lei sobre o marco regulatório da exploração do petróleo na camada pré-sal em troca do compromisso da oposição de iniciar a votação das propostas no plenário da Câmara no dia 10 de novembro.
A saída, consensual, reflete o recuo do PSDB no tema. O partido, temeroso face ao apelo eleitoral do discurso nacionalista de Lula, deixou o DEM sozinho na tática do confronto, sem condições de sustentar a ameaça de obstrução. O PSDB cantou vitória, mas o fato é que o governo acabaria passando o "rolo compressor". Tem maioria para isso. Sem o acordo para a retirada da urgência, o governo teria de fazer concessões ao PMDB, que está exigindo de Lula definições políticas rápidas para assegurar a aliança com Dilma Rousseff em 2010.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Indústria nacional tenta garantir fatia no pré-sal
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Indústria brasileira dá sinais contraditórios
AE - Agencia Estado
31/08/2009
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará nesta segunda-feira (dia 31) os dados da produção industrial de julho. Tudo aponta para uma queda em relação ao mesmo mês do ano passado. Já na comparação com junho, os indicadores mostram sinais contraditórios. Há casos de queda, de alta e até de estabilidade. Os positivos, porém, predominam.
"Os sinais são contraditórios porque os setores estão reagindo de forma heterogênea aos efeitos da crise, mas estamos em recuperação, ainda que com alguns riscos", disse o ex-secretário de Política Econômica e sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros.
A tendência de alta na produção industrial parece mais forte, até mesmo pela magnitude das variações. Por um lado, a produção de veículos caiu 0,9% em julho em relação a junho, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Por outro, a produção de aço bruto cresceu 28,5% ante o mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). "Não estávamos esperando a queda na produção de automóveis, mas o aumento na produção de aço foi muito forte", disse o coordenador do Indicador Ipea de Produção Industrial Mensal, Leonardo Mello de Carvalho.
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) registrou que o fluxo de veículos pesados, basicamente caminhões, caiu 0,1% em julho em relação a junho, o que pode ser considerado estabilidade. No mesmo sentido, segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) detectou 9 mil postos de trabalho em julho a mais que em junho (0,3%) na indústria no total das seis principais regiões metropolitanas do País.
Já o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apurou crescimento de 1,9% na carga de energia em julho de 2009 ante junho. Segundo o ONS, o aumento "pode indicar uma evolução positiva com vistas à retomada do crescimento de carga de energia em alguns setores da indústria". Outro setor que costuma ser observado pelos especialistas é o de papelão ondulado, ligado às embalagens de diversos produtos. As vendas do produto no mês passado cresceram 3,78% sobre junho em volume, segundo a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Mercado interno atrai novos investimentos
Na terceira onda, coreanos e chineses terão de enfrentar concorrentes tradicionais mais preparados
Valor Online / Marli Olmos
12/08/2009
Nos dois últimos anos, o mercado brasileiro de veículos saltou cinco posições no ranking mundial. Passou do décimo para o quinto maior volume anual de vendas. É esse o principal motivo que leva as montadoras a se interessarem tanto pelo Brasil e deverá, aliado à crise nos países desenvolvidos, ser o impulso para uma nova onda de ampliações industriais do setor no país. Os investimentos dos fabricantes de veículos para o período entre 2007 e 2012 deverá ficar perto de US$ 15 bilhões. Somente os planos das empresas que já atuam no país já somam quase US$ 12 bilhões.
Ao contrário do que aconteceu em outras épocas, desta vez os fabricantes de veículos não vêm no impulso de aproveitar incentivos fiscais. As vantagens oferecidas pelos governos marcaram as ondas de investimento do setor automotivo na década de 50 e uma vez mais em meados de 90, com o regime automotivo, que ofereceu redução de impostos em troca de fábricas e promessas de exportação.
Talvez também pela falta desses atrativos fiscais, as manifestações de interesse pelo país e os programas de investimentos já em curso não vieram em conjunto. Os anúncios tem sido feito pouco a pouco. Alguns silenciosamente. Surgem à medida em que as multinacionais percebem a persistência do ritmo das linhas de montagem no país. Desta vez não há como fazer promessas em favor do aumento de divisas para o país porque a exportação de carros deixou de ser um bom negócio. O que chama a atenção agora é o mercado doméstico.
Ainda que turbinadas recentemente com a redução do IPI, as vendas de carros no Brasil esbanjam em seu histórico potencial de crescimento. Por isso, embora algumas empresas estejam segurando planos de expansão à espera de como o mercado doméstico vai reagir ao final do incentivo fiscal, no fim do ano, nenhum projeto foi cancelado.
Os olhares que se voltam com mais intensidade para o mercado brasileiro vêm agora de novas partes do mundo. Coreanos da Hyundai e chineses da Chery prometem instalar no país fábricas de onde sairão veículos que o brasileiro ainda nem conhece.
Instaladas no país há décadas, as montadoras das marcas com as quais o brasileiro já está acostumado mostram que não vão entregar esse mercado facilmente. No mês passado, a General Motors anunciou investimento de US$ 1 bilhão em Gravataí (RS). Na semana passada, uma apresentação da VW para fornecedores revelou a intenção de elevar a produção para 1 milhão de carros em 2012, um salto de 39% em relação a 2009.
As pequenas iniciativas também contam. Praticamente todas as montadoras começaram a chamar trabalhadores que haviam sido dispensados no auge do aperto no crédito. Na quinta-feira, o grupo Renault anunciou a contratação de mais 600 e a abertura do segundo turno em uma das suas duas fábricas.
A indústria automobilística está sufocada nos países de origem. Dos 20 maiores mercados de veículos do planeta, apenas cinco apresentaram crescimento na primeira metade do ano. Nesse grupo, o Brasil está acompanhado de Turquia, Índia, China e surpreendentemente pela Alemanha - que desfrutou de uma demanda atraída pelos bônus do governo.
Na disputa pelos futuros investimentos, o Brasil terá de brigar com países como Índia e China. Até aqui, a engenharia brasileira levava vantagem no desenvolvimento dos carros. Mas, com o avanço do desenvolvimento da indústria na China - que logo ultrapassará EUA em numero de vendas - esse triunfo está praticamente anulado. Para alguns, haverá espaço para o crescimento de Brasil e China, sem confrontos. Cada um está num lado do planeta e deverá servir de base de abastecimento dos países vizinhos.
Para o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o Brasil é a nova vitrine mundial. Mas, diz ele, o país tem de fazer ajustes internos em questões como logística e simplificação da tributação se quiser pleitear lugar de destaque no novo mapa de produção de veículos.
Mercado interno atrai novos investimentos
Na terceira onda, coreanos e chineses terão de enfrentar concorrentes tradicionais mais preparados
Valor Online / Marli Olmos
12/08/2009
Nos dois últimos anos, o mercado brasileiro de veículos saltou cinco posições no ranking mundial. Passou do décimo para o quinto maior volume anual de vendas. É esse o principal motivo que leva as montadoras a se interessarem tanto pelo Brasil e deverá, aliado à crise nos países desenvolvidos, ser o impulso para uma nova onda de ampliações industriais do setor no país. Os investimentos dos fabricantes de veículos para o período entre 2007 e 2012 deverá ficar perto de US$ 15 bilhões. Somente os planos das empresas que já atuam no país já somam quase US$ 12 bilhões.
Ao contrário do que aconteceu em outras épocas, desta vez os fabricantes de veículos não vêm no impulso de aproveitar incentivos fiscais. As vantagens oferecidas pelos governos marcaram as ondas de investimento do setor automotivo na década de 50 e uma vez mais em meados de 90, com o regime automotivo, que ofereceu redução de impostos em troca de fábricas e promessas de exportação.
Talvez também pela falta desses atrativos fiscais, as manifestações de interesse pelo país e os programas de investimentos já em curso não vieram em conjunto. Os anúncios tem sido feito pouco a pouco. Alguns silenciosamente. Surgem à medida em que as multinacionais percebem a persistência do ritmo das linhas de montagem no país. Desta vez não há como fazer promessas em favor do aumento de divisas para o país porque a exportação de carros deixou de ser um bom negócio. O que chama a atenção agora é o mercado doméstico.
Ainda que turbinadas recentemente com a redução do IPI, as vendas de carros no Brasil esbanjam em seu histórico potencial de crescimento. Por isso, embora algumas empresas estejam segurando planos de expansão à espera de como o mercado doméstico vai reagir ao final do incentivo fiscal, no fim do ano, nenhum projeto foi cancelado.
Os olhares que se voltam com mais intensidade para o mercado brasileiro vêm agora de novas partes do mundo. Coreanos da Hyundai e chineses da Chery prometem instalar no país fábricas de onde sairão veículos que o brasileiro ainda nem conhece.
Instaladas no país há décadas, as montadoras das marcas com as quais o brasileiro já está acostumado mostram que não vão entregar esse mercado facilmente. No mês passado, a General Motors anunciou investimento de US$ 1 bilhão em Gravataí (RS). Na semana passada, uma apresentação da VW para fornecedores revelou a intenção de elevar a produção para 1 milhão de carros em 2012, um salto de 39% em relação a 2009.
As pequenas iniciativas também contam. Praticamente todas as montadoras começaram a chamar trabalhadores que haviam sido dispensados no auge do aperto no crédito. Na quinta-feira, o grupo Renault anunciou a contratação de mais 600 e a abertura do segundo turno em uma das suas duas fábricas.
A indústria automobilística está sufocada nos países de origem. Dos 20 maiores mercados de veículos do planeta, apenas cinco apresentaram crescimento na primeira metade do ano. Nesse grupo, o Brasil está acompanhado de Turquia, Índia, China e surpreendentemente pela Alemanha - que desfrutou de uma demanda atraída pelos bônus do governo.
Na disputa pelos futuros investimentos, o Brasil terá de brigar com países como Índia e China. Até aqui, a engenharia brasileira levava vantagem no desenvolvimento dos carros. Mas, com o avanço do desenvolvimento da indústria na China - que logo ultrapassará EUA em numero de vendas - esse triunfo está praticamente anulado. Para alguns, haverá espaço para o crescimento de Brasil e China, sem confrontos. Cada um está num lado do planeta e deverá servir de base de abastecimento dos países vizinhos.
Para o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o Brasil é a nova vitrine mundial. Mas, diz ele, o país tem de fazer ajustes internos em questões como logística e simplificação da tributação se quiser pleitear lugar de destaque no novo mapa de produção de veículos.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Confiança da indústria aumenta em julho
Valor Online
30/07/2009
Com o aumento de 6,2% no índice de confiança da indústria (ICI) entre junho e julho, a leitura registrada neste mês, de 99,4 pontos, foi a mais expressiva desde outubro de 2008, quando ficou em 104,4 pontos, destacou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em nota distribuída nesta quarta-feira. Os dados respeitam ajuste sazonal.
Além disso, o indicador verificou aumento pelo sétimo mês seguido. "Em julho de 2009, embora ainda esteja abaixo dos 119,2 pontos registrados em agosto de 2008, nível antes da crise internacional, o ICI encontra-se próximo à sua média histórica desde 1995, de 99,1 pontos", observou a FGV.
As avaliações do quadro corrente e futuro melhoraram neste mês. O índice da situação atual saiu de 97,3 pontos em junho para 101,4 pontos agora. O indicador de expectativas partiu de 90 pontos para 97,4 pontos.
Sobre o ambiente atual dos negócios, 24,4% das empresas ouvidas pela FGV avaliaram a situação como boa e 24,2% como fraca. Em junho, essas parcelas corresponderam a 20,8% e 28%, na ordem.
Para o intervalo de julho a setembro, 43,2% das 1.115 empresas consultadas aguardam elevação da produção e 13%, o contrário. No mês passado, os percentuais ficaram em 34,1% e 15,3%, respectivamente.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Crise perde força e uso da capacidade sobe a 69%, diz CNI
Terra / Laryssa Borges
24/07/2009
A indústria nacional recuperou parte das perdas provocadas pela crise financeira mundial e começou a retomar o otimismo em relação à produtividade, com a capacidade subindo a 69%. A avaliação foi feita nesta quinta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mediu a atividade industrial no segundo trimestre de 2009. "Após mostrar pessimismo nos meses de janeiro e abril, empresários voltam a esperar aumento da demanda", diz a Confederação da Indústria.
O indicador da evolução do nível de atividade, em uma escala de zero a cem pontos, ficou abaixo da linha dos 50 pontos (48,1 pontos), confirmando queda da produção industrial. Apesar disso, avalia a CNI, o índice de evolução da produção cresceu 12 pontos na comparação com o primeiro trimestre.
"Esse resultado indica que a queda na produção no segundo trimestre foi menos intensa que a apurada no primeiro", pondera a CNI na Sondagem Industrial. Patamares abaixo dos 50 pontos indicam retração, iguais a 50 representam estabilidade e acima desta cifra caracterizam expansão. No último trimestre de 2008, o indicador havia registrado 36,1 pontos, o menor patamar desde o primeiro trimestre de 1999.
Quando medida a utilização efetiva da capacidade industrial, a CNI aponta que este quesito teve alta de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior, passando a 69%. A média histórica da utilização da capacidade instalada é de 74%, ao passo que o segundo trimestre de 2008 apresentou patamar de 77% de capacidade instalada.
O patamar de 69% só é comparável ao primeiro trimestre de 2009 e ao mesmo período de 2003. Em todos os outros recordes, informa a CNI, a utilização da capacidade instalada ultrapassa os 70%. "Isso confirma uma ociosidade elevada. As decisões de investimento devem começar a ser retomadas, mas com cautela", ressalta o economista Renato da Fonseca, da CNI.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Produção industrial sobe em oito de 14 regiões, aponta IBGE
Agência Brasil
07/07/2009
A produção industrial brasileira cresceu de abril para maio em oito das 14 regiões incluídas na Pesquisa Industrial Regional Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados divulgados nesta segunda-feira, mostram que as expansões mais significativas foram verificadas no Amazonas (11,7%) e na Bahia (7,5%). Também houve crescimento superior à media nacional (1,3%) em São Paulo (2,4%), na Região Nordeste (1,8%) e em Minas Gerais (1,4%).
O ritmo de alta menos intenso foi em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro (todos com expansão de 0,6%). O levantamento mostra também que em Pernambuco a produção ficou estável e que houve queda na atividade no Espírito Santo (-0,6%), em Goiás (-1,2%), no Paraná (-4,1%), no Ceará (-4,3%) e no Pará (-5,6%).
Na comparação com o mês de maio do ano passado, a produção industrial caiu em todas as 14 regiões analisadas. As quedas mais acentuadas foram em São Paulo (-11,6%), no Paraná (-11,9%), na Bahia (-12,3%), no Pará (-14,1%) em Minas Gerais (-20,0%) e no Espírito Santo (-29,0%).
O documento do IBGE destaca que no acumulado dos cinco primeiros meses do ano houve recuo em todas as áreas pesquisadas. Mas a comparação do desempenho entre primeiro quadrimestre do ano com o mês de maio mostra uma "redução no ritmo de queda da atividade industrial na maior parte (dez) das áreas pesquisadas, acompanhando o movimento do índice nacional, onde o setor passou de -14,7% de crescimento nos quatro primeiros meses do ano para -11,3% em maio".
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Produção industrial sobe pelo quinto mês consecutivo, mostra IBGE
Indústria teve expansão de 1,3% em maio na comparação com abril.
Em 12 meses, no entanto, resultado acumulado é o pior desde 1991.
G1
02/07/2009
A indústria brasileira voltou a dar sinais de recuperação em maio. A produção do setor cresceu 1,3% no mês na comparação com abril segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a quinta alta mensal consecutiva do indicador, que acumula expansão de 7,8% no período.
Em relação a maio de 2008, houve recuo de 11,3%, mantendo uma sequência de sete meses de taxas negativas nesse confronto.
Em 12 meses a taxa acumulada está negativa em 5,1%, abaixo do resultado de abril (-3,9%). A marca é a mais baixa desde o início da série histórica do IBGE, em 1991. De janeiro a junho, a queda acumulada é de 13,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Medicamentos e veículos
Na comparação entre os meses de abril e maio, os destaques de alta vieram da indústria farmacêutica, que registrou expansão de 9,7%, veículos automotores (2,0%) e metalurgia básica (3,1%). Já as principais pressões negativas vieram de borracha e plástico (-2,7%), produtos de metal (-3,0%) e fumo (-8,4%).
“Em síntese, os resultados da produção industrial de maio reforçam os sinais de recuperação no ritmo da atividade fabril. (...) Esse perfil de desempenho sugere que o fator de peso na recuperação de 2009 está associado a setores relacionados à demanda interna, enquanto os segmentos produtores de bens de capital e para exportação continuam pressionando negativamente”, diz o IBGE em nota.
Maio X maio
Na comparação o mês de maio de 2008, a maioria das atividades pesquisadas pelo IBGE apresentou resultado negativo. O setor de máquinas e equipamentos liderou as perdas, com recuo de 28% nessa comparação, seguido por veículos automotores (-17,6%) e metalurgia básica (-24,5%).
Na ponta contrária, as maiores influências de alta vieram de indústria farmacêutica (15,7%) e bebidas (6,2%).
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Governo anuncia incentivo a bens de capital na próxima semana
Publicado por
Agência de Notícias
às
19.6.09
Marcadores: indústria, Jornal, Tributária
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Construção tem projetos de R$ 500 bi
Programas de governo, investimentos estatais e Copa do Mundo transformam setor em motor do crescimento
O Estado de São Paulo / Renée Pereira
15/06/2009
A construção civil promete ser o grande motor da economia brasileira nos próximos cinco anos. De olho nas obras da Copa do Mundo, no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e num ambicioso plano de investimento das estatais Petrobrás e Eletrobrás, o setor já faz planos para iniciar um novo ciclo de crescimento, interrompido pela crise mundial no segundo semestre de 2008. O otimismo tem base nos números bilionários dos projetos, que chegam perto de R$ 500 bilhões.
A confiança dos empresários começa a ser renovada com a volta do crédito, embora com taxas ainda salgadas. Entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro deste ano, as empresas foram sufocadas pela falta de dinheiro para poder levantar lançamentos do passado. Outro ponto foi o cancelamento de projetos de expansão da indústria. Tudo isso contribuiu para uma queda de 9,8% da construção civil no primeiro trimestre.
Com a volta das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, em inglês) e do crédito no mercado internacional, o setor acredita em dias melhores a partir de agora. A aposta é que o programa habitacional e as obras de infraestrutura priorizadas pelo governo para amenizar os efeitos da crise tenham reflexos positivos a partir deste ano, já que 2010 é ano eleitoral.
No caso do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, lançado em março - que prevê subsídios do governo federal -, a expectativa é de aprovar projetos de 600 mil unidades até julho de 2010, num total de R$ 45 bilhões, segundo projeção do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady. Até o início do mês, a Caixa já havia recebido das incorporadoras 385 projetos imobiliários (65 mil unidades), mas apenas 40 deles já haviam sido aprovados.
Se o governo cumprir o compromisso de reduzir os prazos do processo, o programa poderá alavancar de forma significativa as atividades da construção. "Muitas construtoras, que não estavam nesse mercado, já se interessaram pela demanda potencial. Afinal, o déficit habitacional do País é de 7,2 milhões de unidades",disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sérgio Watanabe. Segundo ele, o programa poderá suprir o mercado de classe média, se o reaquecimento da economia demorar a ocorrer.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Governo prepara estímulo para indústria após Brasil entrar em recessão
Folha Online
10/06/2009
O governo tomará novas medidas para estimular "setores específicos" da economia e tentar garantir crescimento de 1% neste ano. Segundo reportagem de Valdo Cruz e Leandra Peres publicada na Foha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal), entre os setores beneficiados estão a produção de bens de capital, software e a indústria naval.
A economia brasileira teve retração de 1,8% no primeiro trimestre de 2009 ante igual período do ano passado, e de 0,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com dois trimestres consecutivos de encolhimento, o país entrou em recessão técnica, a primeira desde 2003.
Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), o ano deve acabar com crescimento econômico. A estimativa é de um crescimento entre 1% e 2%: não vai ser um crescimento "esfuziante", mas deve haver uma recuperação que possibilite encerrar o ano com taxas positivas.
Segundo a Folha, o governo avalia que a indústria de máquinas e equipamentos é considerada essencial no momento em que o investimento voltar a crescer, enquanto a prestação de serviços de tecnologia emprega muita mão de obra e mais qualificada. A intenção do governo é concentrar as novas medidas de estímulo em políticas que não exijam desonerações de impostos.
Ao comentar o resultado do PIB no primeiro trimestre, Mantega afirmou que o resultado veio melhor que o esperado: "Todo mundo esperava que, com aquela queda mais forte no ultimo trimestre do ano passado, houvesse um contágio mais forte [no primeiro trimestre de 2009]", afirmou. "Tenho aqui uma lista de instituições financeiras e ninguém acertou."
O presidente Lula considerou o resultado do PIB pior do que imaginava, conforme apurou a Folha (íntegra para assinantes). Esperava, no pior cenário, uma queda de 0,5%. "Fiquei triste porque a gente vinha num crescimento tão extraordinário de 5%, 6%, estava numa situação tão boa, mas de repente veio uma crise causada pelos países ricos e nos traz esse transtorno", disse Lula, em evento ontem.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Indústria de bens de consumo opera com produção ajustada
Alguns setores já conseguiram conter a alta no custo do trabalho e reduzir perda de produtividade
Valor Online / Cibele Bouças
01/06/2009
Ajustes em produção e produtividade feitos nos últimos meses para adequação ao cenário de recessão técnica no Brasil permitiram que parte das indústrias de bens de consumo iniciasse o segundo trimestre com nível de utilização da capacidade superior à média histórica e muito próximo do desempenho de setembro, antes do agravamento da crise internacional. O conjunto da indústria de transformação (17 setores) apresentou melhora no uso da capacidade instalada, mas ainda se mantém distante do nível alcançado antes da crise, revela estudo elaborado pela LCA Consultores, que comparou o nível de uso da capacidade instalada apurada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em abril com a média de 1998 a 2008.
Em abril, a indústria operou com 77,6% da capacidade instalada - 4,6 pontos percentuais abaixo da média histórica e 8,7 pontos abaixo do nível de setembro. Entre os quatro principais grupos, material de construção foi o único a registrar um uso da capacidade acima da média histórica (diferença de 0,6 ponto percentual). O grupo de bens de consumo operou 1,3 ponto abaixo da média e os grupos de intermediários e bens de capital ficaram 8,3 e 7,4 pontos abaixo da média, respectivamente.
Na divisão dos 17 setores, apenas produtos farmacêuticos e veterinários e vestuário, calçados e artefatos já operavam com capacidade acima da média histórica em abril. Na comparação com setembro, o desempenho foi muito semelhante. O setor farmacêutico ficou 0,2 ponto percentual abaixo do nível de setembro e no setor de vestuário a redução foi de 2,4 pontos. O nível de uso da capacidade da indústria química em abril ficou 0,6 ponto acima do nível de setembro, enquanto no no setor têxtil a diferença foi de 1,9 ponto.
O cruzamento de dados de ocupação de capacidade com o desempenho da produtividade (em outros estudos realizados pela LCA e pela Rosenberg & Associados) também revela que, embora a indústria geral tenha apresentado piora no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2008, alguns setores já apresentaram melhora na produtividade e no custo unitário do trabalho, sinalizando que os ajustes feitos no fim do ano foram suficientes para que a 'recessão técnica' (caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda) ficasse circunscrita ao intervalo entre setembro e março.
"Alguns setores, por serem menos sensíveis à oferta de crédito e à confiança do empresariado, conseguiram inclusive ter ganhos de produtividade já no primeiro trimestre, ou perda bem inferior à média da indústria", afirma o economista-chefe da LCA, Bráulio Borges. Pelos cálculos da consultoria, no primeiro trimestre, os setores de alimentos e bebidas (2,8%) e de fumo (4,6%) tiveram aumento de produtividade em comparação com o primeiro trimestre de 2008, enquanto a média da indústria de transformação teve queda de 10% (no quarto trimestre a queda foi de de 6,3%). Também apresentaram resultados melhores que a média os setores têxtil (-2,8%), vestuário (-5%), papel e gráfica (-7,4%) e produtos químicos (-8,9%).
A indústria geral, porém, registrou piora em relação ao quarto trimestre, com queda de 10,2% na produtividade e aumento de 16,4% no custo unitário do trabalho - resultado influenciado pelo resultados ruins da indústria extrativa.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Demanda da educação aquece mercado de PCs
Valor Online / André Borges e Talita Moreira
21/05/2009
Mais de 300 mil laptops devem ser comprados por professores da rede pública, cerca de 10% do total projetado para o ano
As indústrias de automóveis e de construção civil não são as únicas que veem no setor público um grande aliado para atravessar a crise. O governo - em seus três níveis - tem sido um dos principais motores do mercado de informática. Mas em vez de incentivar o setor por meio da redução de impostos para contornar a desaceleração na economia, como tem feito agora em outras áreas, no mercado de PCs seu papel é o de consumidor.
A demanda vem de toda parte. Um estudo realizado pela empresa de pesquisas IT Data e pelo Instituto Sem Fronteiras aponta que 33% dos órgãos públicos vão investir em programas de inclusão digital neste ano. Mas é a área de educação, entre todos os setores da máquina estatal, que mais tem estimulado os negócios dos fabricantes de PCs.
A pedido do Valor, a IT Data fez um levantamento das principais iniciativas em andamento no país e concluiu que, em 2009, mais de 300 mil laptops serão comprados por professores da rede pública. É o equivalente a quase 10% do total de vendas de portáteis projetado para o ano. Estados como São Paulo e Pernambuco, além do Distrito Federal, saíram na frente e fecharam acordos com bancos e fornecedores de equipamentos e sistemas. Em dois meses, o governo paulista entregou 24 mil PCs. No Distrito Federal, o programa - que já alcançou 22 mil professores - será estendido a 120 mil funcionários públicos. Em Pernambuco, R$ 60 milhões foram usados para entregar computadores aos 26,3 mil professores do Estado.
Paralelamente, os fabricantes de PCs acompanham os desdobramentos das iniciativas estaduais e federal para equipar os laboratórios de informática das 157 mil escolas públicas do país. Só o Proinfo, projeto liderado pelo MEC, deverá colocar no mercado um edital para aquisição de aproximadamente 100 mil computadores, enquanto governos de Estados como Rio Grande do Sul e São Paulo tocam suas próprias iniciativas.
A venda direta ao governo é um alento para a indústria de PCs, que obtém margens mais elevadas ao eliminar a participação das redes de varejo. A Positivo Informática, que tem vencido a maior parte das licitações públicas no país, retomou o terceiro turno na fábrica de Curitiba nesta semana, que havia sido interrompido em razão da queda de vendas no varejo.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Brasil sobe para 5º lugar no ranking de vendas de carros
Estadão
11/05/2009
O Brasil está no grupo de países que ganhou posições no ranking mundial do setor automotivo em 2008. Passou de sétimo a sexto maior produtor, posição que já havia alcançado na metade do ano e conseguiu segurar mesmo com a queda brusca nos negócios no último trimestre, por causa da crise. Em vendas internas, o pulo foi ainda maior. Com 2,82 milhões de veículos, saiu da oitava para a quinta colocação, desbancando Reino Unido, Itália e França.
A produção brasileira encerrou 2008 em 3,22 milhões de unidades, atrás de Japão (11,5 milhões), China (9,3 milhões), EUA (8,7 milhões), Alemanha (6 milhões) e Coreia do Sul (3,8 milhões). Neste ano, de janeiro a março, o País mantinha-se no quinto lugar, com 668 mil veículos vendidos.
Incluindo dados de abril, o mercado brasileiro soma vendas de 902,6 mil veículos, apenas 0,7% menos do que em igual período de 2008, quando não havia crise. Já a produção caiu 16,4%, para 916,2 mil veículos, pois o País enfrenta problemas similares aos de outros países: as exportações estão desabando. Nos quatro meses deste ano, foram reduzidas à metade.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, acredita que esse quadro pode atrapalhar os planos das montadoras nacionais de atingirem em 2013 produção de 5 milhões de veículos, ano em que a capacidade produtiva estaria próxima a 6 milhões de unidades. “É cedo para dizer se a meta será alcançada, pois um bom pedaço dependia das exportações.”
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Faturamento da indústria cresce 2,9% em março, diz CNI
Último Segundo / Sarah Barros
08/05/2009
Indicadores industriais divulgados nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram aumento no faturamento real do setor e na utilização da capacidade instalada (quanto do setor esteve trabalhando no período). Em março, o faturamento cresceu 2,9% em comparação com mês de fevereiro pelo critério dessazonalizado. Já a utilização da capacidade instalada passou de 78,2% para 78,7%.
Embora os números mostrem sinais de melhora, de acordo com a CNI, o início da recuperação da atividade industrial ainda não foi consolidado. Um dos motivos é a queda no indicador horas trabalhadas (menos 0,2% em março em relação a fevereiro; e 6,6% em relação ao mesmo mês do ano passado).
O indicador de emprego também caiu nas duas comparações: 0,7% em relação a fevereiro e 2,5% em relação a março do ano passado.
Estes resultados favoreceram o fechamento da massa salarial com queda de 1,8% na comparação anual. Segundo a CNI, é o único mês a apresentar queda na comparação anual, desde 2006, quando o indicador passou a ser calculado. "Este dado é de fato um indicador do impacto da crise sobre o setor", frisou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Em março, houve queda de 0,2% nas horas trabalhadas, sendo que em fevereiro havia sido apresentado indicador positivo dessazionalizado de 0,2%. O emprego caiu 0,7% em março, contra retraçào de 1,1% no mês passado na comparação com janeiro. "O aumento na produção e a queda nas horas trabalhadas mostram que, em março, o setor continuou fazendo ajuste de estoques", destacou o gerente. "O mercado de trabalho é, em geral, o último a regair", completou.