Terra / Laryssa Borges
24/07/2009
A indústria nacional recuperou parte das perdas provocadas pela crise financeira mundial e começou a retomar o otimismo em relação à produtividade, com a capacidade subindo a 69%. A avaliação foi feita nesta quinta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mediu a atividade industrial no segundo trimestre de 2009. "Após mostrar pessimismo nos meses de janeiro e abril, empresários voltam a esperar aumento da demanda", diz a Confederação da Indústria.
O indicador da evolução do nível de atividade, em uma escala de zero a cem pontos, ficou abaixo da linha dos 50 pontos (48,1 pontos), confirmando queda da produção industrial. Apesar disso, avalia a CNI, o índice de evolução da produção cresceu 12 pontos na comparação com o primeiro trimestre.
"Esse resultado indica que a queda na produção no segundo trimestre foi menos intensa que a apurada no primeiro", pondera a CNI na Sondagem Industrial. Patamares abaixo dos 50 pontos indicam retração, iguais a 50 representam estabilidade e acima desta cifra caracterizam expansão. No último trimestre de 2008, o indicador havia registrado 36,1 pontos, o menor patamar desde o primeiro trimestre de 1999.
Quando medida a utilização efetiva da capacidade industrial, a CNI aponta que este quesito teve alta de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior, passando a 69%. A média histórica da utilização da capacidade instalada é de 74%, ao passo que o segundo trimestre de 2008 apresentou patamar de 77% de capacidade instalada.
O patamar de 69% só é comparável ao primeiro trimestre de 2009 e ao mesmo período de 2003. Em todos os outros recordes, informa a CNI, a utilização da capacidade instalada ultrapassa os 70%. "Isso confirma uma ociosidade elevada. As decisões de investimento devem começar a ser retomadas, mas com cautela", ressalta o economista Renato da Fonseca, da CNI.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Crise perde força e uso da capacidade sobe a 69%, diz CNI
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