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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Governo quer investir na Petrobras para ajudar exploração do pré-sal

Especialistas apontam que faltam detalhes ao projeto de lei apresentado.
Investimento ainda depende de cálculos; mudança pode afetar minoritários.
G1 / Ligia Guimarães
21/09/2009
A exploração do petróleo da camada pré-sal, localizada em águas ultraprofundas, é mais cara e difícil do que a dos poços tradicionais. Tirar o óleo e a riqueza "escondidos" a até 7 mil metros de profundidade exige dinheiro. Muito dinheiro. Por isso, um dos projetos do marco regulatório do pré-sal se dedica justamente a isso: aumentar a capacidade de investimento da companhia petrolífera.
O projeto de lei nº 5.941, um dos quatro que compõem o marco regulatório idealizado por uma equipe de ministros do governo Lula, define que será necessário que o governo injete dinheiro na Petrobras para que a empresa tenha capacidade de fazer frente aos gastos para retirar petróleo do fundo do mar. A proposta ainda depende de aprovação do Congresso Nacional.
Em linhas gerais, o governo federal irá capitalizar a empresa com o dinheiro equivalente a, no máximo, cerca de 5 bilhões de barris de petróleo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Opep vai focar estímulo econômico e não apenas produção

Reuters
08/09/2009
Ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que se reúnem nesta semana em Viena, devem manter as cotas de produção do cartel intactas, mas com a expectativa de que o crescimento econômico sustente os preços do petróleo.
Os contratos futuros de petróleo subiam para perto de 69 dólares o barril nesta segunda-feira no pregão eletrônico em Nova York (onde o pregão regular está fechado por feriado), após o G-20 ter dito, em encontro no final de semana, que não deve interromper programas de estímulo econômico até que a recuperação se estabeleça.
Traders avaliaram que a extensão do suporte financeiro deve se traduzir em maior demanda por combustíveis.
"Há um consenso geral de que não haverá novos cortes (de produção)", disse a jornalistas o ministro do Petróleo do Kuweit, o xeique Ahmad al-Abdullah al-Sabah, antes de embarcar em um voo para Viena.
Delegados que já estão em Viena para o encontro da Opep, na quarta-feira, também previram que não haverá anúncio de mudança nos níveis de produção.
"Não há necessidade de mudanças", disse um deles à Reuters.
Delegados disseram que membros do cartel estão satisfeitos com os preços do petróleo, mesmo que os níveis de estoques estejam muito acima do que a Opep considera apropriado.
"Imagino que o nível atual de preços do petróleo não seja um problema para a maior parte dos membros da Opep", afirmou outro delegado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Petrobras deve investir US$ 111 bilhões no pré-sal até 2020, diz Gabrielli

Presidente da estatal falou em entrevista exclusiva à Globo News.
Segundo ele, reservas não são 'vaca leiteira' em termos de dinheiro.
G1 / Globo News
04/09/2009
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse em entrevista que foi ao ar na noite desta quinta-feira (3) pela Globo News que que o petróleo existente na camada do pré-sal, em águas ultraprofundas, não é uma “vaca leiteira” em termos de geração de dinheiro. Durante o programa “Espaço Aberto”, apresentado pelo jornalista Carlos Alberto Sardenberg, o executivo disse que a grande vantagem das áreas do pré-sal é que elas são gigantescas e têm “enormes potenciais” de exploração do óleo com baixo risco. Segundo Gabrielli, a previsão de investimentos da estatal só na exploração do pré-sal é de US$ 111 bilhões até 2020, o que deve gerar uma produção de 1,8 milhão de barris por dia até a data.
Perguntado se a margem de ganho da estatal não seria baixa com o petróleo cotado em torno de US$ 65 no mercado internacional, Gabrielli disse que o projeto é viável. “O pré-sal não é uma vaca leiteira, gerador de caixa, mas é um projeto viável”, afirmou o executivo. Volume de petróleo
Segundo ele, o custo para exploração das reservas de Tupi, área do pré-sal em que os testes de produção estão mais adiantados, fica abaixo de US$ 45 por barril. Segundo ele, a estimativa é de que apenas em três dos campos do pré-sal – Tupi, Iara e Parque das Baleias – a produção seja de algo entre 9,5 e 14 bilhões de barris. Volume que, segundo ele, representa o dobro das reservas brasileiras em produção atualmente.
“A expectativa do mercado é que (o pré-sal) é um enorme quantidade de reservatório e é verdade. [...] A grande vantagem do pré sal é que é uma gigantesca área para o desenvolvimento de novas atividades com enormes potenciais exploratórios com baixo risco exploratório”, disse.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Investimento no pré-sal deve subir em US$ 10 bilhões, diz diretor da Petrobras

Dinheiro 'extra' representaria um aumento de 30% nos investimentos.
Atualmente, valor a ser investido até 2013 é de US$ 28,9 bilhões.
Valor OnLine
02/09/2009
O diretor de finanças e relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, estima que nos próximos cinco anos pode haver um aumento de cerca de US$ 10 bilhões nos investimentos da companhia no pré-sal, devido à expectativa de uma cessão onerosa, por parte da União, de até 5 bilhões de barris para a companhia. A expectativa do executivo é de um aumento de cerca de 30% dos investimentos no pré-sal, em relação aos US$ 28,9 bilhões previstos no plano de negócios 2009-2013. "Se nós adquirirmos mais esses US$ 5 bilhões, deve representar 30% a mais, mais US$ 10 bilhões. Nos próximos cinco anos não tem um impacto significativo. O impacto maior virá no futuro, mas no futuro já teremos uma produção muito diferente da de hoje, um fluxo de caixa maior, um rebalanceamento do conjunto de projetos", disse Barbassa.
Cessão onerosa
O diretor ressaltou que a expectativa é de que a cessão onerosa seja feita em campos com possibilidade de unitização com áreas já licitadas no pré-sal, já que os reservatórios da região são mais conhecidos, o que torna mais fácil determinar os volumes existentes. A avaliação dos reservatórios e do valor do óleo será feita por empresas especializadas, mas o diretor não revelou que companhias poderão fazer esse serviço. Em relação aos royalties, o diretor destacou que, nos campos em que haverá partilha de produção, os royalties serão pagos pelas empresas exploradoras e esses pagamentos serão contabilizados como custo de produção. "Os royalties ficam em cima da produção total e na partilha não se modifica isso", disse Barbassa.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

'NYT': novas regras para o petróleo são "virada nacionalista"

BBC Brasil
01/09/2009
O novo marco regulatório para a exploração do petróleo no Brasil, anunciado na segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa "uma virada nacionalista" para o Brasil, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal americano The New York Times.
"O governo brasileiro propôs mudanças às leis existentes na segunda-feira para dar o papel principal no desenvolvimento das reservas-chave de petróleo em águas profundas para a gigante estatal da energia, a Petrobras, em detrimento das rivais estrangeiras", observa o diário.
"O novo marco regulatório do País representa uma virada nacionalista para o Brasil", diz a reportagem, que comenta que os campos descobertos nos últimos dois anos podem transformar o Brasil em uma grande potência mundial de energia.
A reportagem comenta que as novas regras, que ainda dependem de aprovação do Congresso, "confinariam as empresas estrangeiras a papéis mais subservientes à Petrobras e a uma nova estatal do petróleo ainda a ser criada".
Divisão social
Já o diário econômico americano The Wall Street Journal destaca que, para cumprir sua promessa de financiar o desenvolvimento do País com os recursos provenientes do petróleo, Lula "terá que ter sucesso onde gerações de governos latino-americanos, do México à Bolívia, falharam: transformar a riqueza de vastos recursos naturais no motor do desenvolvimento".
"O Brasil, com alguns dos maiores estoques do mundo de minério de ferro e prata, tem uma das maiores diferenças entre os ricos e os pobres", diz a reportagem.
O jornal comenta que para superar os desafios tecnológicos para explorar os novos campos, a quilômetros de profundidade sob uma camada de rocha e sal, o País precisará de ajuda, mas "poderá não atrair a colaboração de que necessita a menos que ofereça aos parceiros termos mais lucrativos".
A reportagem do Wall Street Journal observa ainda que as ações da Petrobras "caíram na segunda-feira, em parte por causa da preocupação de que o governo terá uma participação maior na companhia".
O jornal lembra ainda que "alguns observadores questionam a suposição básica de que a extração do petróleo é certa", já que a britânica BG Group e a americana Exxon anunciaram no mês passado não terem encontrado petróleo em suas áreas de concessão, apesar de a Petrobras ter dito que a maioria de suas perfurações de teste encontraram petróleo.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Governo recua e estados produtores poderão receber mais recursos do pré-sal

Presidente Lula se reuniu com os governadores de RJ, SP e ES.
Governo decidiu ainda retirar a urgência do projeto do marco regulatório.
G1 / Eduardo Bresciani
31/08/2009
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou na madrugada desta segunda-feira (31) que o governo cedeu aos governadores de RJ, SP e ES, que foram a Brasília, e não alterará o regime de participação especial no projeto que cria o marco regulatório da exploração do petróleo na camada pré-sal. A participação especial é uma das formas de compensar os estados produtores com recursos da exploração. Foi retirada também a urgência constitucional e o projeto não terá mais prazo para ser votado no Congresso. O recuo do governo acontece depois de uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ), José Serra (PSDB-SP) e Paulo Hartung (PMDB-ES), que representam os estados com maior produção de petróleo. Em evento na tarde desta segunda, em Brasília, o governo vai apresentar oficialmente as regras para a exploração.
Segundo o ministro, foram condensadas em apenas um projeto as alterações que serão feitas neste momento no marco regulatório do pré-sal. O projeto tratará da criação da estatal que vai gerir os recursos, a formação de um fundo social para investimento em educação e tecnologia e sobre a adoção do sistema de partilha de produção. A questão da participação especial, que permite à União, estados e municípios cobrar 40% do valor da produção do campo petrolífero, ficará como está até que se chegue a um acordo sobre o tema. O projeto trará apenas "ligeiras alterações" em relação aos royalties, que representam até 10% da produção. "No que diz respeito à participação dos estados produtores de petróleo ficou decidido que nós introduziremos um dispositivo na lei até que o governo federal envie uma nova mensagem. Por enquanto continuará vigendo a lei atual", disse Lobão. Lobão revelou o nome da nova estatal que vai coordenar a exploração do pré-sal. "O nome é Petrosal". Com as concessões, o ministro afirmou que os três governadores estarão presentes no evento desta segunda-feira (31). O ministro afirmou ainda que a pedido de Serra será retirada a urgência constitucional do projeto do marco regulatório do pré-sal. Com a urgência, a proposta passaria a trancar a pauta da Câmara 45 dias após o envio. Ele destacou que a urgência poderá ser pedida pelo Executivo em um momento posterior. Ele garantiu que o projeto será aprovado ainda no governo Lula. "Houve uma reivindicação do governador Serra, que foi acatada por todos de dar tempo ao Congresso Nacional para analisar com vagar esse assunto, que é fundamental para o povo brasileiro", afirmou o ministro de Minas e Energia.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Coutinho pede isonomia tributária brasileiras no pré-sal

Valor Online
27/08/2009
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que, se o Brasil quiser competir com as companhias estrangeiras na exploração do pré-sal, terá que fazer mudanças nas formas de tributação e financiamento das empresas e indústrias ligadas ao setor. "Se quisermos desenvolver aqui uma cadeia produtiva, vamos ter que criar condições mínimas de isonomia", disse Coutinho. Segundo ele, as empresas da China, da Coreia, de Cingapura, do Japão e da Inglaterra são as mais competitivas nessa área e trabalham com carga tributária e acesso a crédito muito melhores do que as empresas brasileiras.
Ele destacou que o estímulo à cadeia produtiva não está ligado ao marco regulatório do pré-sal que será enviado ao Congresso Nacional e que essa foi uma orientação do presidente Lula. "O presidente sempre defendeu a indústria naval brasileira. Ele vê que o Brasil pode ser um grande exportador nessa área", afirmou o presidente do BNDES. Os setores que deverão receber investimentos para a exploração do pré-sal incluem desde a parte industrial, como construção de navios, plataformas, estaleiros, siderurgia, mecânica e caldeiraria até a formação de engenheiros e empresas de serviços. "Os índices de nacionalidade [de equipamentos e serviços usados na exploração] têm que ter uma curva ascendente, que permita o aprendizado", afirmou Coutinho, durante a posse da nova diretoria da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento.
Também presente ao evento, o secretário de Desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, criticou a espera de um marco regulatório para iniciar a exploração do petróleo da camada pré-sal. "Falta bom senso. Do nosso ponto de vista, a discussão é irracional. Nós temos uma legislação absolutamente apropriada. O governo já poderia se apropriar da renda do pré-sal com um simples decreto presidencial", afirmou Bueno.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Consumo de combustíveis sobe 0,3% no 1º semestre no Brasil

Rodrigo Postigo
11/08/2009
O consumo de combustíveis no Brasil subiu 0,3% no primeiro semestre comparado a igual período do ano passado, revelaram dados divulgados nesta segunda-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O consumo de óleo diesel correspondeu a 54,6% da matriz veicular no período e caiu 4,8% na comparação com o primeiro semestre de 2008, período em que houve forte aceleração econômica no país quando o Produto Interno Bruto (PIB) subia 6% sobre os seis primeiros meses de 2007.
O diesel, largamente usado nas indústrias e no agronegócio, teve seu uso reduzido não apenas pela crise econômica como pelo aumento de 2% para 3% da mistura com o biodiesel. De janeiro a junho, o Brasil consumiu mais 42,7% de biodiesel, informou a ANP.
Segundo a ANP, o consumo de gasolina C, que pela primeira vez no ano passado ficou abaixo do de álcool, continua praticamente estável e registrou no primeiro semestre alta de 0,1% contra igual período de 2008.
Já o etanol teve alta de vendas de 17,7%, sendo 26,5% no hidratado e 0,1% no anidro.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lobão diz que modelo de distribuição de ‘royalties’ do pré-sal vai mudar

Modelo de percentuais continua valendo para os blocos já licitados, disse. Segundo ministro, que esteve no Rio, ‘nada será feito às escondidas’.
G1
10/08/2009
O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou neste sábado (8), que o modelo de percentuais de royalties continuará valendo para os blocos já licitados do pré-sal, mas a partir de agora a distribuição vai mudar. Segundo o ministro, as decisões legais a serem adotadas no novo marco regulatório dirão respeito apenas aos 75% da área do pré-sal ainda não licitados. As informações são da Agência Brasil.
“O pré-sal é uma nova história que hoje ainda não existe. Portanto, não se trata de tirar de ninguém, até porque nos 25% do pré-sal já existentes [descobertos, em fase de exploração] o direito está garantido”, disse, em reunião com prefeitos dos municípios produtores de petróleo, em Búzios (RJ).
O ministro afirmou que o governo, no novo marco regulatório, vai respeitar o modelo atual que prevê que 50% dos royalties e participações especiais sejam recolhidos para a União, 40% aos estados produtores e 10% aos municípios.
O ministro confirmou que a Petrobras, no modelo proposto ao governo federal, será a única empresa operadora do pré-sal e que mesmo havendo licitações, as empresas vencedoras terão a estatal brasileira como sócia.
Lobão garantiu que “nada será feito às escondidas, mas rigorosamente às claras e com amplas possibilidades de intervenção”.
Lobão lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se posicionou sobre os três anteprojetos de lei encaminhados pela Comissão Mista criada para a sua elaboração, e afirmou que a Constituicão é clara ao estabelecer que o subsolo pertence à União. “E é por isso mesmo que a distribuição será feita entre todos os entes da Federação, até porque os argumentos utilizados pelos estados e municípios que não são beneficiados pelos royalties é de que eles também são filhos de Deus.”

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

terça-feira, 30 de junho de 2009

Agência de energia reduz previsão para demanda mundial de petróleo

Valor Online
30/06/2009
A Agência Internacional de Energia (AIE) rebaixou suas projeções para o consumo mundial de petróleo até 2014. Em relatório anual, o organismo espera que, em nenhum caso, se repita a situação do ano passado, quando a capacidade de produção de petróleo superava em 3,1% a demanda. Isto fez com que o barril de cru alcançasse níveis históricos de alta, perto de US$ 150.
Para 2009, a agência aguarda uma demanda de 83,21 milhões de barris diários, abaixo dos 85,76 milhões de 2008. Mais para frente, a previsão é de uma recuperação lenta.
A AIE trabalha com dois cenários sobre o comportamento do mercado de petróleo para o intervalo 2008-2014. No primeiro deles, estima uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 5% anuais; no outro, espera um crescimento de 3%, devido à grande incerteza que persiste sobre a recuperação da economia internacional.
Com base em um quadro de crescimento econômico maior, o organismo projeta que a demanda por petróleo deve avançar 0,6%, ou 540 mil barris, em média, entre 2008 e 2014, levando a demanda de 85,8 milhões de barris por dia para 89 milhões de barris por dia.
O prognóstico anterior, apresentado em dezembro do ano passado, era de uma elevação de 1 milhão de barris por dia no intervalo 2008 a 2013.

Agência de energia reduz previsão para demanda mundial de petróleo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pré-sal terá sistema de partilha e fundo social

Valor Econômico / Daniel Rittner e Cristiano Romero
09/06/2009
Regras para exploração de blocos gigantes de petróleo no pré-sal serão distribuídas em três projetos de lei
Três projetos de lei com redação praticamente definida serão encaminhados pelo governo ao Congresso como ponto de partida para as novas normas de exploração de petróleo na camada pré-sal. Eles terão pedido de tramitação em regime de urgência constitucional, com prazo de 45 dias para votação na Câmara e outros 45 no Senado.
O primeiro prevê a criação de uma nova estatal para administrar as reservas do pré-sal - a ideia de que fosse uma autarquia federal ficou para trás. A empresa será vinculada ao Ministério das Minas e Energia e terá sede em Brasília.
O segundo projeto sugere a criação de um fundo social que absorverá os recursos obtidos com a venda do petróleo e seus derivados. Esse dinheiro será destinado exclusivamente a projetos nas áreas de educação, saúde e habitação popular. O terceiro projeto propõe mudanças na Lei do Petróleo, de 1997, introduzindo um sistema misto: de partilha da produção para os novos blocos do pré-sal e de concessão para o restante, onde o risco exploratório é maior.
A nova estatal fará licitações para contratar a operadora dos blocos. Ganhará quem oferecer a maior parcela da produção. Um bônus a ser pago na contratação, de valor "fixo" e "mínimo", quase simbólico, irá diretamente para o Tesouro e não pesará na definição do vencedor, segundo um ministro. Para proteger a Petrobras e livrá-la de seguidas derrotas nas disputas com empresas estrangeiras, o governo incluirá cláusula para contratar, sem licitação, operadores no pré-sal.
Para evitar desgaste político, o governo decidiu não mexer agora nas regras de distribuição dos royalties cobrados nos blocos de petróleo em operação ou já licitados. Também ficaram para uma segunda etapa a capitalização da Petrobras e o aumento da tributação (royalties e participações especiais) dos campos de pré-sal com alta produtividade já leiloados. "É possível e legal aumentar as participações, afinal, 30% do filé mignon já foi distribuído", disse um ministro.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Gabrielli: etanol reduzirá mercado de gasolina a 17% até 2020

Reuters / Roberto Samora
03/06/2009
O mercado de gasolina para veículos leves no Brasil encolherá para 17 por cento até 2020, ante pouco menos de 50 por cento do total registrado atualmente, com o avanço do etanol decorrente do crescimento esperado da frota de carros "flex fuel" no país, previu nesta terça-feira o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.
Ao mesmo tempo, o etanol utilizado nos veículos flexíveis (hidratado) atingirá 75 por cento do mercado total de combustíveis até 2020, enquanto o diesel responderá por 7 por cento das vendas e o álcool anidro, por apenas 1 por cento, de acordo com dados apresentados durante palestra no Ethanol Summit.
"O etanol no Brasil cresce por decisão do consumidor, a existência do carro flex fuel mudou o panorama... Os postos de gasolina deveriam ser chamados de postos de etanol", declarou Gabrielli.
Segundo o presidente da Petrobras, o crescimento da frota "flex fuel" --atualmente, cerca de 90 por cento dos carros novos são flexíveis-- só é e será possível porque o Brasil é um país "único" em termos de disponibilidade do biocombustível.
Em função dessa característica do mercado brasileiro de combustíveis, e também da ampla infraestrutura que o Brasil tem para distribuir o etanol, Gabrielli afirmou que "dificilmente teremos no mercado global o que teremos no Brasil".
Mesmo assim, ele avalia que o uso de etanol no mercado mundial crescerá de 5 a 15 por cento nos próximos dez anos.
"Estamos prevendo um aumento de dez vezes no fluxo de comércio mundial (de etanol). Isso vai modificar a posição do Brasil e dos países do Sudeste Asiático (como fornecedores)", acrescentou.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Petrobras bate recorde de produção de petróleo em março

Petrobras bate recorde de produção de petróleo em março

Folha Online / Cirilo Junior
27/04/2009
A Petrobras registrou em março produção doméstica média recorde em um mês. Foram extraídos 1,992 milhão de barris/dia dos campos nacionais, alta de 2,68% frente aos 1,940 milhão de barris/dia observados em fevereiro.
Trata-se da terceira vez consecutiva que a estatal estabelece recorde na produção brasileira de petróleo. No primeiro trimestre, a produção média de petróleo da companhia foi de 1,952 milhão de barris/dia.
Segundo a Petrobras, o volume recorde na produção de petróleo no Brasil foi obtido em função, principalmente, da entrada de poços nas plataformas Cidade de Niterói, P-53 e P-54, situadas na bacia de Campos.
Somada a produção internacional de 126 mil barris/dia no exterior, a produção de petróleo da Petrobras em março foi de 2,118 milhões de barris/dia.
Já a produção de gás natural no Brasil cresceu 5,2% na comparação com o mês anterior, ficando em 51,407 milhões de metros cúbicos/dia. Segundo a Petrobras, essa variação é decorrente de flutuações de demanda do mercado.
No exterior, a produção de gás natural caiu 3%, ficando em 16,378 milhões de metros cúbicos/dia. A queda, segundo a Petrobras, ocorreu pela menor demanda pelo gás boliviano.
Ao todo, a produção de petróleo e gás da companhia, somados os campos nacionais e internacionais, chegou a 2,538 milhões de boe/dia (barris de óleo equivalente/dia), 2,54% acima dos 2,474 milhões de boe/dia registrados em fevereiro.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Governo quer ficar com ganho no petróleo

Último Segundo
22/04/2009
A equipe econômica quer aproveitar a queda do preço do petróleo no mercado internacional para melhorar a arrecadação de tributos, em queda com a crise financeira, e elevar as transferências aos governos estaduais. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”.
A ideia é aumentar o imposto cobrado na gasolina sem, no entanto, elevar o preço ao consumidor. Para isso, o valor de venda da Petrobras na refinaria terá que cair, num movimento oposto ao que o governo fez no ano passado.
O mesmo deve ocorrer com o diesel, mas nesse caso parte do ganho será dividida com o consumidor via redução de preço.
A mudança em discussão tem como argumento a queda no preço do petróleo no mercado internacional. O barril do produto, que chegou perto de US$ 150 na metade de 2008, gira hoje em torno de US$ 50.
A decisão, no entanto, não deve ser rápida. Há dúvidas técnicas, como a alta oscilação nas projeções de preço do petróleo. Mas os maiores impedimentos são políticos.
Um deles é a Petrobras, que resiste a abrir mão de receitas e de parte do lucro. Se o governo baixar o preço dos combustíveis na refinaria, o custo da medida será da estatal, que receberá menos por suas vendas.
Uma queda no preço dos combustíveis também afeta a arrecadação dos Estados. A Folha apurou que uma das principais resistências vem da Bahia. O governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT) já avisou a Lula que a arrecadação do Estado seria muito afetada pela medida. O setor petroquímico responde por 25% do ICMS recolhido no Estado.