DCI / Danielle Fonseca
01/10/2009
O setor de shopping centers, que deve movimentar R$ 70 bilhões este ano, com alta de 8% sobre 2008, investe mais em arquitetura e está trazendo conceitos internacionais de design aos empreendimentos no Brasil. Para isso, são contratados até arquitetos e consultorias de varejo no exterior, o que também visa a um aumento de público e de vendas. É o caso do Shopping SP Market, do Grupo São Joaquim, que contratou arquitetos e especialistas renomados para reconfigurar-se, em um projeto que custará R$ 200 milhões e trará quatro novas áreas de lojas, complexo de cinema, bulevar de restaurantes e torres comerciais.
De acordo com Maria Eugênia Duva, gerente de Marketing do shopping, ao final da transformação, que será feita em três fases e terminará no final de 2011, é esperado um incremento de público de mais de 30%. Hoje, o shopping recebe mais de 2 milhões de pessoas por mês, principalmente de classe A e B, o que representa 70%, e 30% de classe C. Também possui 330 lojas, mas deve chegar a 450. "Todas as áreas serão reformuladas e traremos lojas que os clientes pediam, na área de moda, por exemplo. Também virão âncoras, como a Riachuelo, e mais de dez novos restaurantes."
Com o investimento, que seria suficiente para construir outro shopping, o Grupo São Joaquim, que atua no mercado de construção civil e tem um shopping na zona sul de São Paulo, o Shopping Fiesta, quer que o SP Market seja de referência em design e comunicação visual, chamando a atenção de grupos nacionais e estrangeiros. Também aposta no potencial da região, onde estudos mostram que está prevista a entrega de 40 empreendimentos imobiliários até 2011, e onde há 210 empresas, o que perfaz um mercado de cerca de 12 mil funcionários. O potencial de consumo na área de influência do mall em 2008 foi estimado em R$ 270 milhões.
Para isso, foi contratada uma equipe de seis especialistas estrangeiros, entre eles Stan Eichelbaum, presidente da Marketing Developments Inc (Flórida, EUA), com projetos em 46 países; Michael Whiteman, consultor internacional de restaurantes da Joseph Baum & Michael Whiteman Co Inc (Nova York, EUA); Thomas Butcher, especialista em tráfego e estacionamentos da Walker Parking Consultants (13 cidades dos EUA) e Kenneth Nisch, designer de lojas de varejo e arquiteto chairman da JGA Inc. (Michigan, EUA), que já fez o reposionamento de lojas das marcas Diesel, Dell, Coca-Cola e Audi, entre outras.
Segundo Nisch, em entrevista ao DCI, foi desenvolvido um guia que reúne instruções e sugestões, como escolha de material para fachadas e iluminação, para todos os lojistas, que também podem contratar seus serviços.
Ainda estão sendo utilizados conceitos como o chamado buyology (termo de Lindstrom, autor de livro hpomônimo que estuda "o que faz as pessoas comprarem"), que fará com que os corredores do mall e o mix de lojas sejam orientados e dispostos de acordo com o interesse do consumidor e a lógica de compra. Com isso, o local passará a ter nove áreas que reúnem lojas de cada segmento, como moda, casa, serviços, cultura, esportes, lazer etc. Para o consultor, o shopping também tem um formato amplo, e, com corredores largos e espaços de convivência, se assemelha ao desenho de uma cidade, diferente de shoppings comuns. Ele afirma que há "outros shoppings e varejistas no Brasil interessados nesse tipo de trabalho de consultoria, mas não podemos anunciá-los ainda".
Outros centros de compras também planejam expansões mais ousadas e que modernizem o empreendimento, como o Shopping Central Plaza, do Grupo Savoy, que acabou de completar 10 anos e estuda uma revitalização. A ideia é aproveitar o incremento de público da região advinda da expansão do metrô em São Paulo, já que próximo ao shopping, na zona leste da capital, será construída a Estação Tamanduateí - prevista para 2010. Segundo Fábio de Souza Médici, superintendente, estão sendo feitas reformas na estrutura do prédio, como nos banheiros e equipamentos, mas há estudos de fazer uma expansão mais ampla.
A Multiplan, uma das líderes do setor, também busca reformas que acrescentem novos conceitos a seus empreendimentos, como no RibeirãoShopping, no interior de São Paulo, que está revitalizando todo o mall para que tenha o mesmo padrão arquitetônico de uma nova área inaugurada no final do ano passado.
Dentre as mudanças previstas, alinham-se substituir clarabóias, trocar o mobiliário, ampliar a área de alimentação e criar lounges para promover a convivência entre os clientes e oferecer conforto. Já no BarraShopping, no Rio de Janeiro, está sendo inaugurado um Boulevard Gourmet, outra tendência nos shoppings, com uma área mais moderna voltada para alta gastronomia, ambientação externa e vidro, no qual foi investido R$ 3,5 milhões.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Shopping opta por apoio do exterior
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Serasa: comércio está confiante no Dia das Crianças
Agência Estado
30/09/2009
A confiança do comércio do Brasil no Dia das Crianças é um termômetro, para este ano, de um Natal melhor que o de 2008. A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial, divulgada hoje, mostra que 49% dos comerciantes têm esperança de acréscimo no faturamento do 12 de Outubro, o maior nível entre as datas comemorativas do ano. De acordo com a Serasa Experian, como a data é uma indicação do consumo para o 25 de Dezembro, espera-se vendas maiores nas comemorações de fim de ano, pois em 2008 o movimento foi brando em razão dos resultados da crise econômica internacional no País.
Ainda assim, o Dia das Crianças deste ano perde para o de 2008, quando 52% dos entrevistados esperavam um aumento do faturamento. A porcentagem de 2009 repete a de 2007. O levantamento foi feito com 1.011 executivos do varejo, entre os dias 4 e 17, e superou a expectativa para o Dia dos Pais. Para este ano, 37% dos varejistas apostam na manutenção do faturamento e 14%, na queda. Os que aguardam uma elevação nas vendas esperam um aumento médio de 15,4%. Os pessimistas, que preveem declínio, esperam 18,7% a menos de faturamento.
Por tamanho, as grandes empresas são as mais otimistas, com 68% dos entrevistados com a expectativa de elevação no faturamento, 24% de manutenção e somente 8% de queda. Depois, vêm as companhias médias, com 57% aguardando um aumento do faturamento, 31% prevendo estabilidade e 12%, recuo. Nas pequenas empresas, 46% esperam alta das vendas e 39% estabilidade, o mesmo quadro de 2008. Já 15% acreditam que haverá uma performance pior.
Por região, o Norte (57%), Nordeste (52%) e Centro-Oeste (55%) são as mais otimistas sobre uma possível alta no faturamento para o Dia das Crianças. Em seguida estão o Sudeste, com 49%, e o Sul, com 44%. Os varejistas indicam que os presentes mais comprados na próxima data comemorativa serão brinquedos (68%), jogos eletrônicos (11%), telefones celulares (9%), roupas, sapatos e tênis (6%), artigos eletrônicos (3%), chocolates e doces (1%), DVDs, CDs e livros (1%), computadores e equipamentos (1%) e outros (1%).
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Com a crença de que o pior já passou, varejo vive crescimento gradativo
"Mas ainda temos setores, voltados às exportações, que ainda não se recuperaram", afirmou InfoMoney / Alencar Burti
24/09/2009
"O varejo experimenta crescimento gradativo das vendas", afirmou o presidente da CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil), Alencar Burti, em entrevista concedida à Agência Sebrae.
Segundo ele, pode-se dizer que o pior da crise já passou. "O Brasil sofreu menos do que os países desenvolvidos e saiu mais rapidamente da crise, porque a economia brasileira está mais forte do que no passado, quando qualquer crise externa nos atingia por meio do balanço de pagamentos...", disse.
"Mas ainda temos setores, como o de bens de capital e de manufaturados, voltados às exportações, que ainda não se recuperaram", acrescentou.
Segundo ele, um dos motivos para a recuperação do varejo é o restabelecimento da renda e do emprego, o que favorece o consumo.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Vendas no varejo brasileiro crescem em julho, diz IBGE
Valor OnLine
16/09/2009
O volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 0,5% em julho, em relação ao mês anterior, completando três meses de crescimento. No confronto com julho de 2008, as vendas no varejo ampliaram-se em 5,9%. Nos sete primeiros meses deste ano, a alta equivaleu a 4,7%. Em 12 meses, a expansão foi de 5,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, a receita nominal de vendas também subiu 0,5% de junho para julho e aumentou 9,4% em relação ao sétimo mês do ano passado. No acumulado desde janeiro, a elevação correspondeu a 9,8%. Em 12 meses, a alta chegou a 11,4%.
O comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve queda de 6% em volume e de 4,2% em receita nominal, no confronto com junho. No comparativo com julho de 2008, as vendas avançaram 0,9% e a receita, 1%. De janeiro a julho deste calendário, houve alta de 3,4% nas vendas e de 5,1% na receita.
Entre junho e julho, na série com ajuste sazonal, quatro das dez atividades analisadas tiveram aumento no volume de vendas: Livros, jornais, revistas e papelaria (4,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%); e Móveis e eletrodomésticos (1,9%). O pior desempenho em volume ficou com o ramo de Veículos e motos, partes e peças, com queda de 10,4%.
Perante julho de 2008, o volume de vendas cresceu em seis das oito atividades do varejo pesquisadas, com destaque para a alta de 10,1% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo - explicada pela recomposição da massa salarial e pela estabilidade de preços.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Comércio teve maior crescimento do ano em agosto, diz Serasa
Alta foi de 6,3% na comparação com o mesmo mês de 2008.
Frente a julho, setor cresceu 0,7% no país.
G1
04/09/2009
O comércio varejista nacional registrou em agosto a maior anual taxa de crescimento de 2009, segundo pesquisa da Serasa. Na comparação anual (com o mesmo mês do ano anterior), o setor registrou alta de 6,3%. Em julho, o crescimento havia ficado em 5,0%.
Esse resultado confirma “a trajetória de reativação da atividade do setor varejista brasileiro”, diz a Serasa em nota.
Na comparação com o mês anterior, o varejo também teve alta, de 0,7%, mesmo ritmo de expansão verificado em julho. Nesta base, houve destaque para o crescimento de 1,4% no segmento de combustíveis e lubrificantes, seguido por 0,8% em material de construção e 0,7% em móveis, eletrônicos e informática.
Já na comparação anual, o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática avançou 13,7%, sendo o principal destaque nesta base. As temperaturas médias mais baixas deste inverno beneficiaram o setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que cresceu 11,7%. Os destaques de queda, na comparação anual, foram o segmento de material de construção (-15,4%), seguido por combustíveis e lubrificantes (-3,2%).
No acumulado do ano, o comércio registrou crescimento de 4,3%, segundo a Serasa, liderado pelo setor de móveis, eletroeletrônicos e informática, com alta de 10,1%.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Pequeno varejo opta por franquias para se expandir
DCI / Alexandre Melo
21/08/2009
Diversas pequenas e médias varejistas estão adotando o sistema de franchising como trampolim para expandir rapidamente o negócio com segurança e baixo custo, além de fortalecer a marca. Apenas no ano passado, 182 marcas estrearam no setor, e este ano o número poderá ser ultrapassado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
A Casa Santa Ifigênia - localizada na famosa rua comercial paulistana de mesmo nome -, formada por duas lojas e um showroom para clientes profissionais instalada no centro de distribuição, é uma das novatas na área. O empresário Daniel Ramos, que capitaneia a pequena rede, encerrará 2009 com quatro franquias entre a capital e o interior paulista e almeja totalizar 100 nos próximos cinco anos, meta que deve consumir investimento de R$ 35 milhões.
Depois de atuar dez anos no ramo de material elétrico e de iluminação, foram mapeados 137 municípios com potencial para receber a primeira rede de franquias desse segmento no País. No caso de Ramos, uma das razões que o levaram a optar pelo sistema foi a quantidade de comerciantes informais na região central, que diminuiu seus ganhos.
"Neste modelo [de franquia] posso levar unidades aos principais locais onde estão os clientes, e manter o mesmo preço", destacou. Para o próximo ano, a meta é abrir 30 estabelecimentos e o segundo centro de distribuição, também em São Paulo. A primeira franquia funciona desde o final de 2008, em Suzano (SP), e tem crescimento mensal de 20%. As lojas também vendem ferramentas, iluminação e ferragens.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Comércio eletrônico é a aposta das redes de varejo
DCI / Danielle Fonseca
20/08/2009
A disputa das redes de varejo no comércio eletrônico, que deve movimentar R$ 10,5 bilhões em 2009, ficará ainda mais acirrada no final do ano. Os maiores players com operações virtuais já estabelecidas já começam a se preparar para o período, com reforço de equipes, aprimoramento da logística de entrega e diversificação de produtos. O Walmart é um deles e, com uma operação de e-commerce recente, tem estratégia agressiva para aumentar sua fatia nesse mercado.
A entrada de novos players, como Casas Bahia, e os investimentos na expansão das operações de empresas como Extra.com, do Grupo Pão de Açúcar, que agora detém também o PontoFrio.com, já está ameaçando a hegemonia da B2W, resultado da fusão entre Submarino e Americanas.com. A empresa chegou a ter 50% do mercado e, hoje, detém 36%, de acordo com a e-bit, empresa especializada em comércio eletrônico. A participação das dez maiores redes também sofreu uma leve redução de 2,2% neste semestre, uma tendência de descentralização das lojas virtuais.
De acordo com Flávio Dias, diretor de e-commerce do Walmart, apesar de não revelar valores, a rede está com fortes investimentos e preocupada em se antecipar, tanto que em agosto já está se preparando para o Natal, quando afirma que não deve ter problemas de entrega porque terá o dobro da capacidade que tem hoje. "Preferimos antecipar os investimentos e ter até ociosidade. Estamos ampliando a nossa estrutura, temos um operador logístico que não para de crescer, e reforçarmos a equipe e o quadro de funcionários", explica.
Este ano o Walmart ainda deve disputar as vendas de Natal com um portfólio maior de produtos e concorrendo com todos os players, já que deve passar a vender móveis e livros, por exemplo. A rede optou pela estratégia de aos poucos oferecer mais categorias de produtos, o que ainda trará maior base de clientes. Hoje, vendem 15 categorias e, até o final de 2009, mais duas -a de livros, CDs e DVDs e a de ferramentas- devem ser oferecidas, o que fará com que o número de itens do site salte de 30 mil para 100 mil. Dias ainda destaca que a negociação para aumentar o mix e manter preços baixos é grande: "Estamos superpreparados, já temos uma negociação muito forte com os fornecedores e vamos incomodar bastante: não lançamos categorias por lançar", reforça.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Vendas pela internet aumentam 27% no 1º semestre
Valor Online
19/08/2009
O comércio eletrônico superou as expectativas no primeiro semestre deste ano e alcançou faturamento de R$ 4,8 bilhões. A expansão foi de 27% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado, conforme levantamento da e-bit e da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
Tal crescimento teve influência importante da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos, que foi determinada pelo governo como meio de incentivo ao consumo e combate aos efeitos da crise.
Com isso, os eletrodomésticos, que oscilaram entre a 4ª e a 5ª posição nos últimos estudos, avançaram para a segunda categoria de produtos mais comprados na primeira metade deste ano pela internet, respondendo por 13% do total de pedidos.
Outro efeito importante para o avanço do comércio online, segundo a e-bit, está no conforto e na segurança dos consumidores. Segundo esta edição da pesquisa, 86% dos consumidores brasileiros estão satisfeitos com o varejo virtual.
Com compras de valor mais elevado, o ticket médio das compras pela internet alcançou R$ 323, o que justificou o incremento de R$ 1 bilhão no faturamento do semestre.
Para a segunda metade de 2009, a expectativa dos agentes é de que o faturamento das vendas online alcance R$ 5,8 bilhões. O período de julho a dezembro embute não só o Dia dos Pais e o Dia das Crianças, mas principalmente o Natal, que é a data comercial campeã de vendas também nas compras pelo computador.
Em volume de compradores, a expectativa é de que 2009 termine com 2 milhões a mais de consumidores virtuais, elevando para 17 milhões o número de pessoas que já compraram pelo menos uma vez pela internet.
Ao analisar o negócio de vendas pela internet, a e-bit afirma que as pequenas e médias empresas estão aumentando a presença nesse meio.
No primeiro semestre deste ano, a participação de mercado das dez maiores varejistas tiveram uma queda de 5,5 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2008. Ao mesmo tempo, o conjunto de pequenas e médias varejistas ganhou 1,6 ponto percentual de participação no mesmo período em análise.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Vendas no varejo mantêm recuperação na primeira quinzena de agosto
Dia dos Pais e as liquidações puxaram expansão de 2,3% no número de consultas ao SCPC/Cheque
Cidade Biz
18/08/2009
As consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito, mantido pela Associação Comercial de São Paulo), que reflete as vendas a prazo no varejo, cresceram 1% na primeira quinzena de agosto, em relação ao mesmo período do ano passado.
As consultas ao SCPC/Cheque (que reflete as vendas à vista) tiveram alta de 5,7%, por causa das liquidações, inclusive de móveis e eletrodomésticos, maiores este ano do que no ano passado.
Na comparação com a primeira metade de julho deste ano, as consultas cresceram 2,3%, impulsionadas pelo Dia dos Pais e pelas fortes liquidações implementadas pelo varejo em geral.
Inadimplência – Os registros recebidos (carnês que entraram para o cadastro), na primeira quinzena de agosto, comparado com igual período em 2008, tiveram queda de 3,5%, refletindo a redução nas vendas a prazo. Os registros cancelados (carnês que saíram do cadastro) apresentaram alta de 3%, favorecidos pela recuperação do crédito, juros mais baixos e prazos mais longos.
Falências requeridas – As falências requeridas na primeira quinzena de agosto voltaram a subir, com 27 requerimentos contra 18 na primeira quinzena de julho. A pequena e a média empresa ainda sofrem o impacto da crise de crédito no País.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Corrida de lojistas faz shoppings investirem
DCI / Danielle Fonseca
17/08/2009
As administradoras de shopping centers perceberam o aumento da demanda por novas lojas e começam a retomar investimentos em projetos de expansão. É o caso da Multiplan, que prevê aplicar neste segundo semestre R$ 295 milhões, quase o dobro do que investiu na primeira metade do ano [R$ 150 milhões]. Um exemplo e aposta da companhia é o Shopping Vila Olímpia, na capital paulista, que recebeu investimentos de mais de R$ 220 milhões e cuja previsão é ser inaugurado em novembro, acirrando a concorrência com outros malls da região.
A disputa tende a aumentar, pois outras administradoras também passaram a acelerar expansões para reforçar os shoppings que já possuem. A própria Multiplan tem quatro expansões em andamento. Outros grupos como o Grupo Savoy seguem este movimento, por exemplo. No bairro da Vila Olímpia, o novo centro de compras terá participação de 30% da Multiplan, 30% do Grupo Plaza e 40% da Helfer, proprietária do terreno.
De acordo com Armando d'Almeida Neto, vice-presidente da Multiplan - dona do Shopping Morumbi - "o interesse por partes dos lojistas tem sido grande em todos os empreedimentos da companhia". O executivo diz que 92,5% das lojas do Vila Olímpia já estão locadas e, em 30 de julho, foram entregues as chaves das lojas. Serão 200 lojas satélites e 11 âncoras.
Localizado próximo a centros empresariais, o novo mall deverá fazer sucesso entre o público que trabalha nos escritórios da região, apesar de estar perto de concorrentes fortes como o Shopping Iguatemi. Outro que deve ser inaugurado nas redondezas, mas só em março de 2011, é o Shopping JK Iguatemi, também da Iguatemi Empresa de Shopping Centers (IESC), com investimento de mais de R$ 186 milhões.
Para Guilherme Baldacci, diretor de treinamento e desenvolvimento da consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza, ainda há potencial na cidade e o varejo continuará a crescer: "Os shoppings, apesar de também serem um negócio imobiliário, dependem do desempenho do varejo, que tem se saído bem. Além disso, cada empreendimento tem seu DNA e consegue ter seu público", diz.
A Multiplan também reforça outros de seus malls, com previsão de mais R$ 295 milhões em expansões, renovações e desenvolvimento de novos projetos. Das cerca de 600 novas lojas previstas com as expansões (no Ribeirão Shopping, Frontal ParkShopping, BH Shopping e ParkShoppingBarigui) e com abertura do Vila Olímpia, 91% delas já estão locadas. A empresa acaba de entregar, na zona leste da capital, a nova ala do Shopping Anália Franco, com 76 novas lojas, onde investiu R$ 62,7 milhões.
Também na zona leste, outro shopping que será renovado é o Shopping Leste Aricanduva, do Grupo Savoy, que forma um enorme complexo na capital paulista. De acordo com o superintendenteMarcos Sérgio Novaes, a expansão, que teve início em 2008, já está em sua segunda etapa, sendo que os recursos anunciados, antes de R$ 25 milhões, já alcançam R$ 40 milhões.
Com 500 lojas, cerca de 20 novas unidades serão acrescidas, e o local terá 38 mil metros quadrados a mais. Melhorias na área externa do empreendimento também estão sendo feitas, como a construção de uma passarela para facilitar o acesso dos consumidores.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Varejo cresce 1,7% em junho, mas semestre é o pior desde 2004
G1
14/08/2009
As vendas do comércio varejista nacional cresceram 1,7% em junho na comparação com maio, na segunda alta mensal consecutiva, mostrando recuperação do setor. No semestre, houve alta de 4,4% no volume de vendas – o pior resultado semestral desde 2004, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda na comparação entre os meses de maio e junho, a receita nominal do setor registrou crescimento de 2,1%. No acumulado do ano, a alta foi de 9,9%.
Na comparação entre meses de junho, o volume de vendas cresceu 5,6%, enquanto a receita teve alta de 9,6%. Nos últimos 12 meses, as expansões acumuladas foram de 6,2% e 12,2%, respectivamente.
O chamado comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção, teve crescimentos maiores: na passagem de maio para junho, o volume de vendas cresceu 6,5%, enquanto a receita teve alta de 7,4%.
Setores e regiões
Entre os setores pesquisados pelo IBGE, equipamentos e material de escritório registrou a alta mais expressiva, de 15,6%, na passagem de maio para junho. Em seguida, vieram veículos e motos (11,1%); tecidos, vestuário e calçados (10,1%); e móveis e eletrodomésticos (3,3%).
Das 27 unidades da federação, apenas três tiveram queda nas vendas do comércio varejista na comparação com junho de 2008: Espírito Santo (-2,5%), Tocantins (-2,2%) e Distrito Federal (-1,3%). Já as maiores elevações no volume de vendas ocorreram no Piauí (19,4%), Sergipe (15,2%), Ceará (11,0%), Maranhão (8,2%) e Roraima (7,9%).
Lojas "âncoras" puxam alta das vendas de shoppings da Multiplan
Valor Econômico / Claudia Facchini
14/08/2009
As lojas "âncoras" - grandes lojas de departamento, eletrônicos e livrarias - voltaram a registrar um bom desempenho nos shoppings da Multiplan, maior empresa do setor em faturamento. Com a retomada da concessão de crédito para os consumidores e os incentivos concedidos pelo governo para reativar a demanda, como a redução do IPI para os eletrodomésticos, os clientes voltaram a comprar nas grandes lojas.
Nos 12 empreendimentos da Multiplan, entre eles o Morumbi Shopping, em São Paulo, as vendas das "âncoras" cresceram 13,6% no segundo trimestre pelo critério "mesmas lojas", que só considera as unidades existentes em igual período do ano passado. As lojas "satélites" - unidades menores, como butiques - venderam 8,3% mais no segundo trimestre. Até o início do ano, essas lojas apresentavam taxas de crescimento nas vendas maiores que as âncoras, que são mais dependentes da concessão de crédito.
O faturamento total das lojas instaladas nos shoppings da Multiplan alcançou R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, o que representou um crescimento de 20,3% em comparação ao segundo trimestre do ano passado. A receita da Multiplan com a cobrança de aluguel foi 18,5% maior que segundo trimestre de 2008, totalizando R$ 81,5 milhões. Os indicadores operacionais da companhia também melhoraram.
O resultado operacional líquido, conhecido pela sigla NOI, totalizou R$ 80 milhões no segundo trimestre, o que representou um crescimento 24,8%. O lucro líquido da empresa foi de R$ 45,6 milhões no segundo trimestre, valor 258% maior que o registrado em igual período de 2008. Esse crescimento, porém, deve-se à adoção das novas regras contábeis. Se considerados os mesmos critérios, o lucro em todo o primeiro semestre, de R$ 90 milhões, seria 10% inferior ao obtido em igual período de 2008.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Cresce a concentração no comércio
Indicador de concentração de redes varejistas da Serasa Experian atingiu em 2008 o maior nível em cinco anos
O Estado de São Paulo / Marcelo Rehder
11/08/2009
A concentração de poder econômico nas grandes redes de comércio varejista brasileiro atingiu em 2008 o nível mais alto desde 2003. A informação é de uma pesquisa inédita da empresa de informações e análises econômico-financeiras Serasa Experian.
Numa escala de 0 a 1, na qual 0 significa igualdade total (todas as lojas têm a mesma participação no mercado), e 1 significa concentração total (apenas um estabelecimento detém todo o mercado), o indicador atingiu 0,931 no ano passado, ante 0,909 em 2007. Em 2003, início da série histórica da pesquisa, o índice era de 0,896.
Para calcular os níveis de concentração, a Serasa Experian usou como base dados de faturamento líquido de 9,8 mil empresas comerciais, que juntas faturaram R$ 268,9 bilhões no ano passado.
As explicações para o crescimento da concentração recorde variam de setor para setor. Mas são duas as mais importantes, ressalta o gerente de de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. A primeira, são os movimentos de fusões e aquisições que acontecem por decisões estratégicas em cada setor. A outra está ligada ao que ele chama de crédito desigual.
“A dificuldade dos pequenos e médios varejistas em oferecer crédito em condições similares aos das grandes redes os fez perder mercado nos últimos anos”, explica Rabi. A principal vantagem dos grandes, segundo ele, é a possibilidade de parcelar o preço da venda à vista em até 10 ou 12 meses sem juros, por meio do uso de cartão da própria loja, coisa que os pequenos e médios não conseguem oferecer por falta de fôlego financeiro
No Brasil, o crescimento da concorrência e da concentração a partir de meados dos anos 90 foi violenta. A abertura da economia e a estabilidade que seguiram ao Plano Real viabilizaram os investimentos estrangeiros no setor de distribuição, dando partida a um amplo e fulminante processo de fusões e aquisições, que atingiu inicialmente o setor de supermercados. Grupos estrangeiros como o português Sonae, o francês Carrefour e o holandês Royal Ahold foram às compras no mercado brasileiro.
No setor de eletroeletrônicos, o processo foi cruel. “Ele se deu muito menos por aquisições e muito mais por fechamento e falência de empresas”,conta o professor Faculdade de Administração e Economia da USP e consultor de varejo, Nelson Barrizzelli. Mais de 180 empresas desapareceram, incluindo grandes redes como a Arapuã e a Casa Centro. As que sobreviveram, no entanto, emergiram mais fortes e preparadas para a década atual.
Para Barrizzelli, o mapa do varejo brasileiro vai sofrer nova e profunda modificação em breve. Por incapacidade de adaptação às novas exigências da competitividade e às novas regras tributárias, 50% dos pequenos varejistas vão sumir ou ser engolidos pelos mais fortes nos próximos dois a três anos.
“A informalidade é que permite ao pequeno concorrer em certo nível de igualdade com o grande”, diz o consultor. “A situação começa a mudar do ponto de vista tributário por dois fenômenos chamados substituição tributária e nota fiscal eletrônica, e a única maneira do pequeno sobreviver vai ser por meio de lucro operacional.”
A tendência no mundo todo é para concentração no setor de eletroeletrônicos. Os especialistas explicam que são poucas as empresas que atuam nesse ramo, que exige margens muito baixas e grandes volumes, que vão obter escala e sobreviver. Mesmo em países como os EUA, aonde existem poucas empresas, gigantes como a Circuit City já jogaram a toalha. Segunda maior rede americana de lojas de produtos eletroeletrônicos, a Circuit City foi à falência no ano passado.
Hoje no Brasil, as cinco maiores empresas de supermercados têm cerca de 60% do mercado. Esse porcentual é maior do que as cinco maiores redes detêm nos Estados Unidos, onde a concentração está na faixa de 30%. Na Europa, dependendo do país, os cinco maiores supermercados chegam a ter 70% ou mais do mercado. Não é o caso da Itália, onde até alguns anos atrás, havia proteção oficial para o pequeno varejo.
Varejo de shopping pode estar se recuperando, indica pesquisa
Com alta de 10% em relação ao mês anterior, Belo Horizonte-MG foi o destaque do estudo, seguido por SP e RJ
InfoMoney
11/08/2009
O varejo de shopping registrou aumento de 7,5% em julho, na comparação com o mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve estabilidade, revela pesquisa do Ibope Inteligência e da Feixe Tecnologia, denominada MercadoFlux.
No acumulado do ano, o MercadoFlux indica queda de 1% ante o mesmo período em 2008. Os resultados podem indicar a recuperação do setor, pois os indicadores são melhores do que os que vinham sendo obtidos desde fevereiro último.
Regiões
Na análise por regiões metropolitanas, as cidades analisadas apresentaram alta na atividade comercial, em relação ao mês anterior. Com alta de 10%, Belo Horizonte (MG) foi o destaque do estudo, ao passo que São Paulo e Rio de Janeiro registraram alta de 8% e 7%, respectivamente. Em relação ao sétimo mês do ano passado, entretanto, houve estabilidade.
Por fim, na análise por porte de shoppings, todas as categorias obtiveram resultados positivos, com relação a junho.
Sobre a pesquisa
O índice é calculado com base na análise cruzada de múltiplas variáveis, como fluxo de consumidores, potencial de consumo qualificado para produtos comercializados em shopping, demografia da região e características estruturais de cada shopping, e pode ser utilizado por lojistas para que analisem o desempenho do setor, no que se refere a vendas, faturamento e fluxo de clientes, naquele período.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Lojista vê alta de 20% no Dia dos Pais
DCI /Danielle FonsecaVanessa Correia
10/08/2009
Bons resultados das vendas no Dia dos Pais nos shopping centers e grandes redes de varejo, com altas de até 20% nas vendas em relação ao ano passado, confirmam a tendência de recuperação da economia e faz com que as empresas retomem investimentos em expansão, como a rede de lojas Vila Romana, voltada ao público masculino, que tem no Dia dos Pais a sua segunda melhor data em vendas no ano, apenas depois do Natal. Com 27 lojas em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, a Vila Romana tem expectativa de vendas 30% maiores para a data frente à 2008, sendo que até sexta-feira já tinha atingindo altas de 18 a 20%.
De acordo com Rita Coelho, coordernadora de marketing da rede, nos últimos dias o movimento nas lojas esteve alto e a previsão era a de atingir a expectativa no final de semana, já que muitos consumidores deixam as compras para a última hora. "Está uma loucura nas lojas e também investimos mais em campanhas nos pontos-de-venda este ano, com brindes para compras acima de R$ 500. Nosso estoque de brindes já está acabando", diz ela. A coordenadora explica que a campanha ajuda a manter um tíquete médio alto, pois a maioria das compras para os pais é de presentes como camisas pólos, entre R$ 60 e R$ 100. A coordenadora ainda afirma que sentiram apenas uma pequena alteração nas vendas no começo do ano, em função da crise, mas no último trimestre as vendas já se recuperaram. Assim, a rede deve investir mais em sua expansão. Este ano já reformaram uma loja e abriram 2 unidades. Para 2010, a previsão são mais 4 lojas.
Shoppings
Nos shopping centers o cenário também é positivo. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) previu aquecimento superior a 5% nas vendas frente ano passado, mas muitos centros de compras registraram altas ainda maiores. O Brasília Shopping deve registrar faturamento 18% maior se comparado ao registrado no ano anterior. Para Geraldo Mello, superintendente do centro de compras, o número é expressivo uma vez que a comparação é feita sob uma base muito forte. "Na ocasião, a crise ainda não havia afetado a economia brasileira", afirmou.
Em Brasília, vestuário foi o artigo mais procurado pelos consumidores. "Quase não tivemos inverno este ano. Os lojistas estavam otimistas e se prepararam para atender a demanda dos consumidores", completou o superintendente do shopping.
Em São Paulo, produtos eletroeletrônicos, seguidos de vestuário e calçados, foram os itens mais procurados. "A venda de eletroeletrônicos não se reduziu, uma vez que as varejistas atuaram de forma agressiva. Mantiveram preços atrativos e forma de pagamento facilitada", ressaltou Guillermo Enrique Bloj, superintendente do Shopping Eldorado. Ontem, apesar de não ter os dados consolidados, Bloj esperava que as vendas crescessem cerca de 10% ante o resultado de 2008. "A extensão das férias escolares - por conta da gripe suína - fez com que os consumidores não se concentrassem [no shopping] na última semana antes do Dia dos Pais", disse. "Este ano o inverno foi mais rigoroso em São Paulo. Isso também contribuiu para o aumento nas vendas. Além disso, o fato de as pessoas não viajarem por conta da gripe suína aumentou o poder de compra no período", completou.
Shoppings tendem a dobrar participação no varejo, aponta pesquisa do IBOPE Inteligência
Para subsidiar uma expansão sustentada desse mercado, IBOPE Inteligência lança cadastro com informações estratégicas
Portal Fator Brasil
10/08/2009
A indústria de shopping centers desfruta de um vasto potencial no país. De acordo com o IBOPE Inteligência, o setor tem hoje uma participação de 21% no faturamento total do varejo. Com a qualificação que está em curso no setor, essa fatia pode chegar a até 40%.
Para Antônio Carlos Ruótolo, diretor de atendimento e planejamento do IBOPE Inteligência, o setor de shoppings passa por uma mudança de paradigma. “Por muito tempo prevaleceu a visão de que este era um negócio imobiliário, o que conflitava com a realidade dos lojistas. Agora, temos verificado uma busca pela profissionalização do setor, apoiada em informações de mercado, cujo resultado é a predominância de uma visão varejista, onde investidores e lojistas se tornam mais parceiros”, analisa Ruótolo.
Visando atender a essa demanda, o Cadastro de Shopping Center irá subsidiar tanto o trabalho de redes varejistas quanto os planejadores dos empreendimentos. Para estes profissionais, a ferramenta fornecerá dados como o perfil de cada shopping do país; a participação destes no mercado; a participação de uma loja no mercado; o potencial e a meta de venda de uma loja, bem como quais shoppings têm mais ou menos potencial em suas praças.
Com estas informações, o IBOPE Inteligência espera oferecer um suporte na tomada de decisão dos empresários do ramo. “70% do sucesso de uma loja é definido principalmente pela sua localização, isto é, pelo potencial do mercado local e pelo perfil do consumidor”, conclui Antônio Carlos Ruótolo.
Aumento das compras - De acordo com dados do IBOPE Inteligência já disponíveis, os shoppings hoje têm mais gente gastando e em maior quantidade. De 2006 para 2009, houve crescimento de 40% para 45% entre os clientes que de fato realizaram alguma compra. Em 2006, a média de gasto com compras estava em R$ 107. Em 2009, o valor já alcança a soma de R$ 140, representando um crescimento de 31% (em valores já corrigidos pelo IPCA).
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Shopping tem alta na receita e planeja ampliar investimentos
DCI / Danielle Fonseca Ciça Ferraz
07/08/2009
Depois de enxugar custos para minimizar perdas com receio do impacto negativo da crise econômica no começo do ano, as grandes administradoras de shopping centers começam a colher resultados dessa estratégia: a ação se reverteu em ótimos resultados e fez com que elas saíssem da crise melhor do que entraram. Os lucros das companhias seguiram em alta no primeiro semestre e, com isso, as empresas querem agora usar esses recursos para novos investimentos e aquisições, como pretende a BRMalls.
Uma das líderes do setor, a BRMalls, com participação em 34 shoppings , contabiliza R$ 1,2 bilhões em caixa para reforçar sua posição à frente desse mercado. Segundo a companhia, para cada R$ 1 real de receita arrecadado este ano, quase R$ 0,56 tem ficado no caixa da empresa.
O CEO da BRMalls, Carlos Medeiros, disse ontem ao mercado que assim que começaram a se preocupar com a crise, tomaram atitudes para enxugar custos e preservar seu caixa, o que conseguiram atingir ao baixar o preço de condomínio para os lojistas. Dessa forma, caso caíssem as vendas nos empreendimentos eles teriam uma folga maior.
"Foram otimizados quadros de funcionários, reduzidos serviços e feitas compras centralizadas dos principais insumos dos condomínios, o que devemos continuar a fazer para ter o menor custo de ocupação do mercado", afirmou.
Com bom desempenho e dinheiro em caixa com oferta de ações e medidas de redução de gastos, a BRMalls viu no primeiro semestre um lucro líquido estimado em R$ 103,4 milhões, contra um prejuízo de R$ 7,554 milhões nos seis primeiros meses do ano passado. A ações da BRMalls também subiram 30% desde a sua oferta e os recursos podem ser utilizados em novas aquisições: "Não podemos comentar as negociações em andamento, mas a maior parte dos recursos levantados vai ser usada sem aquisições". Em relação a projetos greenfield (a primeira construção erguida numa área), sempre buscam oportunidades, mas por enquanto não devem optar por isso.
No momento, estão construindo um projeto na Granja Viana, em São Paulo (SP), com 63% já comercializados, e em 2010 devem começar a construir um shopping em Sete Lagoas (MG). Outros três projetos greenfield estão previstos. Também há nove expansões em desenvolvimento, o que elevará a área bruta locável em 227,7 mil metros quadrados.
Medeiros destacou que conseguiram reverter a queda de das vendas nas mesmas lojas, puxadas pelas lojas-âncoras, em que no primeiro trimestre havia uma queda de 3,5% nas vendas, além de terem registrado o menor índice de vacância da história da companhia.
A concorrente do setor, Sonae Sierra Brasil, parceria da portuguesa Sonae Sierra e da americana Developers Diversified Realty e proprietária de 10 shoppings, acaba de divulgar seus resultados do semestre e afirma ter registrado Resultado Líquido Direto de R$ 32 milhões, 21% a mais que no mesmo período de 2008. As receitas com aluguéis atingiram R$ 60 milhões no período, aumento de 24% em relação ao ano passado.
A companhia também revelou ao DCI que sua estratégia de crescimento prosseguirá com os projetos Boulevard Londrina Shopping, no Paraná, Uberlândia Shopping, em Minas Gerais, e um shopping em Goiânia (GO). Em abril deste ano, a empresa inaugurou em Manaus o Manauara Shopping, com R$ 260 milhões. Ontem, a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A. também divulgou resultados do segundo trimestre de 2009, com destaque ao crescimento do lucro líquido - 70% mais do que o do mesmo trimestre de 2008, atingindo R$ 22 milhões. A margem líquida foi de 42,1% e receita bruta cresceu 15,2% e atingiu R$ 58,7 milhões.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Serasa: atividade do comércio varejista desacelera em julho
Acréscimo de 0,6% foi o menor dos últimos três meses; materiais de construção foram destaque do ritmo menor
InfoMoney
05/08/2009
A atividade do comércio varejista nacional cresceu 0,6% em julho, na comparação com o sexto mês deste ano. Este foi o menor crescimento dos últimos três meses, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, divulgado nesta terça-feira (4).
O indicador considera as consultas registradas à base de dados da Serasa Experian de aproximadamente 6 mil empresas comerciais.
Setores
A desaceleração da atividade comercial em julho foi resultado da queda de 3,2% do setor de material de construção, cujas vendas foram impactadas pelas chuvas, especialmente no Centro-Sul do País. Os setores de veículos, motos e peças e combustíveis e lubrificantes também influenciaram o menor ritmo de crescimento no mês, pois suas atividades apresentaram recuos de 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Por outro lado, o incremento de 1,9% do setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios ajudou a conter a queda do índice. Segundo análise dos técnicos da Serasa, o bom resultado desse segmento pode ser explicado pela proximidade do Dia dos Pais e pelas baixas temperaturas registradas no mês passado.
Outros setores que registraram alta em julho foram o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (0,4%) e o de móveis, eletroeletrônicos e informática (+1,2%). Este último devido à melhora da confiança dos consumidores e das condições de crédito, associadas com as reduções tributárias governamentais. Contudo, este foi o menor avanço registrado no setor nos últimos três meses, o que, segundo a Serasa, pode sinalizar algum esgotamento dos estímulos positivos sobre estes produtos.