sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Novo prazo para recolhimento de tributos dá alí­vio de R$21 bi

Mantega anuncia mais R$10 bilhões para BNDES emprestar a empresas

Intervenções do BC no câmbio já atingiram quase US$ 40 bi

G20 se reúne no Brasil para discutir crise financeira

Deputados argentinos aprovam nacionalização da previdência privada

Mantega anuncia mais R$10 bilhões para BNDES emprestar a empresas

Último Segundo
07/11/2008
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira mais um conjunto de medidas para garantir liquidez no mercado e capital de giro para as empresas. O anúncio foi feito durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) em Brasília.
Segundo o ministro, o BNDES terá mais R$ 10 bilhões para fornecer capital de giro, pré-embarque e empréstimos-ponte para empresas. "São mais R$ 10 bilhões, além dos R$ 90 bilhões que eles já têm para poder irrigar o mercado diretamente", disse Mantega.
O ministro disse ainda que o Banco do Brasil vai abrir uma conta de R$ 5 bilhões para micro e pequenas empresas, mas não deu detalhes.

Intervenções do BC no câmbio já atingiram quase US$ 40 bi

Invertia / Laryssa Borges
07/11/2008
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, informou nesta quinta-feira, em Brasília, que as recentes intervenções da autoridade monetária no mercado de câmbio, como antídoto para conter as fortes altas do dólar, já atingiram quase US$ 40 bilhões. O relato foi feito para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes da sociedade civil durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
"Com uma série de ações (do governo), a situação (do Brasil diante da crise) passou da fase aguda para um período de progressiva normalização, que está em processo", avaliou o presidente do BC, lembrando que a presença mais forte do banco estatal no controle da cotação do dólar ocorre desde setembro, quando foi à falência o Lehman Brothers, o então quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos.
De acordo com Meirelles, a autoridade monetária tem feito vendas diretas de reservas no mercado à vista, empréstimos para financiamento de exportações, leilões de linha (com compromisso de recompra), vendas de contratos de swap.
Entre essas categorias de intervenção do BC no mercado, US$ 5,1 bilhões de reservas internacionais foram disponibilizadas por meio de vendas diretas ao mercado. Outros US$ 5,8 bilhões representam ofertas de empréstimos ao mercado e US$ 3 bilhões de empréstimos para o comércio exterior. Em swap foram emitidos US$ 26 bilhões.

Novo prazo para recolhimento de tributos dá alívio de R$21 bi

Reuters / Fernando Exman
07/11/2008
O governo anunciou nesta quinta-feira a extensão do prazo para o recolhimento de alguns tributos por parte das empresas, em mais uma medida para compensar os efeitos da crise internacional de crédito.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida garantirá um alívio de aproximadamente 21 bilhões de reais para a iniciativa privada.
A medida foi anunciada durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.
Fazem parte da lista o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e a contribuição previdenciária do INSS. O recolhimento do PIS/Cofins passa do dia 20 para 25 de cada mês, e nos demais casos o adiamento é de 10 dias em relação aos prazos tradicionais de recolhimento.
"É como se eles tivessem 10 dias a mais para pagar 21 bilhões de reais. É capital de giro. Nesse momento, é importante para as empresas ter esse capital de giro", explicou Mantega a jornalistas depois da cerimônia.
O ministro disse ainda que vai estudar a demanda do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), que em seu discurso durante o encontro pediu para que o aumento do prazo para o pagamento do PIS/Cofins também fosse elevado em 10 dias.
Mantega lembrou que pode ocorrer um problema operacional se o recebimento de todos os tributos for agendado para o dia 30 de cada mês.
O ministro argumentou ainda que o governo não pode aceitar receber o imposto de um mês em outro porque isso pode gerar uma lacuna na arrecadação que prejudicaria as contas públicas. "Isso não é possível", concluiu.

G20 se reúne no Brasil para discutir crise financeira

EFE
07/11/2008
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, participará da reunião de ministros das Finanças do G20, grupo integrado por países desenvolvidos e emergentes, que será realizada neste fim de semana no Brasil, informou nesta quinta-feira o organismo.
O G20 analisará a crise financeira mundial durante o encontro, que, segundo Zoellick, chega em um momento crucial para tratar de encontrar soluções conjuntas e redesenhar o sistema multilateral global.
"Nossas conversas em São Paulo não proporcionarão todas as respostas, mas ajudarão (...) a encontrar soluções e a preparar o terreno para a cúpula do G20" que será realizada no próximo dia 15 de novembro em Washington, assinalou Zoellick, em comunicado.
O G20 é formado por membros de União Européia, do G7 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), além de Coréia do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia.

Deputados argentinos aprovam nacionalização da previdência privada

O projeto foi aprovado por 160 votos a favor e 75 contra
Proposta ainda será apreciada pelo Senado, dia 20 de novembro.
EFE
07/11/2008
Os deputados argentinos aprovaram na madrugada desta sexta-feira (7), após um debate de 14 horas, a nacionalização dos fundos de previdência privados, projeto que causou intensa polêmica no país.
O projeto de lei foi aprovado por 160 votos a favor e 75 contra, e agora deve ser sancionado ou não pelo Senado, que o votará em 20 de novembro.
O governo confiava em conseguir a aprovação na Câmara Baixa (de deputados), onde tem maioria. No entanto, até alguns setores do peronismo eram contrários ao projeto enviado pela Presidência de Cristina Fernández de Kirchner, que transfere ao Estado os ativos das Administradoras de Fundos de Aposentadoria e Pensão (AFJP).
"Neste momento de recessão mundial é preciso adotar medidas anticíclicas, geradoras de confiança, e, no entanto, se gerou mais desconfiança com este projeto", questionou o deputado Felipe Solá, integrante da bancada governista.

UPDATE 1-Brazil auto sales slump, gov't to offer credit

Thu Nov 6, 2008 9:28am EST
SAO PAULO, Nov 6 (Reuters) - New automobile sales in Brazil fell sharply in October, hurt by a severe retraction in the availability of credit due to the global financial crisis, the national automakers' association Anfavea said on Thursday.
Sales of new cars and trucks slumped 11 percent from September and 2.1 percent on a year-on-year basis, to 239,200 units. Sales had jumped 9.8 percent in September from the previous month, rebounding from a 15 percent drop in August.
Production of cars and trucks dropped in October for the third month in a row, slipping 1.3 percent from September to 296,300 vehicles. Output had fallen 4.3 percent in September and 1 percent in August.
The slowdown follows three years of torrid growth in Brazil's auto market, which has benefited from a credit boom that helped fuel a surge in consumption. But the availability of credit has shrunk dramatically in the last two months as the global financial crisis has spread.
Brazil's government has instructed state-run bank Banco do Brasil (BBAS3.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) to make available a total of 4 billion reais ($1.86 billion) so that automakers' financing units can increase lending and spur sales, Finance Minister Guido Mantega said on Thursday.
"With these resources, we're ensuring that there will be enough financing available for the automobile industry to maintain sales in November and December," Mantega said in a speech to business leaders in Brasilia.
Brazil has become a crucial market for global automakers such as Italy's Fiat (FIA.MI: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Germany's Volkswagen AG (VOWG.DE: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), U.S.-based General Motors Corp (GM.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and Ford Motor Co (F.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz). Asian and French manufacturers are also beefing up their presence in Brazil, Latin America's largest economy.
Despite the drop in October, car and truck sales have risen 23.4 percent so far this year, totaling 2.45 million units. Anfavea expects sales to rise 24.2 percent this year, to 3.06 million units.
Production is up 17.6 percent this year, totaling 2.92 million units. Anfavea forecasts a 15 percent increase in output in 2008, to 3.425 million units. ($1=2.15 reais) (Reporting by Alberto Alerigi Jr. in Sao Paulo and Ana Nicolaci da Costa in Brasilia, Writing by Todd Benson)

Brazil's Central Bank Says Crisis May Slow Inflation (Update2)

By Joshua Goodman and Carlos Caminada
Nov. 6 (Bloomberg) -- Brazil's central bank said the global credit crisis may slow demand and help ease inflation, suggesting policy makers will hold interest rates in the months ahead after deciding last week to break from six months of increases.
``The consolidation of more restrictive financial conditions may magnify the effect of monetary policy on demand, and over time, on inflation,'' the bank said, according to the minutes of an Oct. 28-29 meeting released today on its Web site.
The eight-member board led by President Henrique Meirelles cited an environment of heightened uncertainty in their unanimous decision to leave ``for the moment'' the so-called Selic rate unchanged at 13.75 percent.
Policy makers will probably hold rates as they wait to see how much the freeze in credit markets will crimp lending and investment in Latin America's largest economy, slow commodities demand and weaken the local currency, economists said.
``They can't close the door on another interest rate hike, but are signaling that they may pause for several months,'' said Roberto Padovani, chief economist at WestLB do Brasil in Sao Paulo. ``The overall balance of risks remains uncertain.''
Inflation, which the bank describes as ``relatively widespread,'' accelerated last month to 6.4 percent from 6.25 percent in September, according to the median estimate in a Bloomberg survey of 19 economists.
`More Uncertain'
The statistics agency will release October inflation data tomorrow. The annual rate has been above the central bank's 4.5 percent target since January.
The worsening global economic outlook since the bank's last meeting may help contain inflation.
The central bank said the outlook for demand and investment was becoming ``more uncertain'' and that they may ``adjust interest rates, although not necessarily in a continuous manner'' in response to the shifting inflationary risks.
Brazil's economy will grow 3 percent next year, compared with an estimated 5.23 percent expansion this year, according to the most recent central bank survey of economists published Nov. 3. The same survey shows inflation ending the year at 6.31 percent, up from 6.14 percent a month earlier.
Finance Minister Guido Mantega, speaking in an event in Brasilia, said the economy may still grow 4 percent next year as government measures including emergency loans for companies will help the nation weather the credit crunch and prevent output and consumption from stalling. He urged Brazilian consumers to keep spending.
``The worst is over,'' Mantega said.
President Luiz Inacio Lula da Silva said analysts that are slashing their 2009 growth forecasts may ``fall flat on their faces.''
More Loans
Central bankers have injected more than 100 billion reais of cash into the banking system since Sept. 24 to spur lending and prevent smaller institutions from going under. Last week, the Federal Reserve agreed to provide Brazil, Mexico, Singapore and South Korea $30 billion each to support currencies in developing nations.
Mantega said today government-controlled Banco do Brasil SA will provide 4 billion reais of loans to carmakers' financial arms to help sustain sales while the National Bank for Economic and Social Development, or Bndes, will have an additional 10 billion reais to finance companies. Banco do Brasil will also receive 5 billion reais from a workers' assistance fund known as FAT to lend to small companies hurt by the credit squeeze, he said.
The real fell 3.8 percent to 2.2135 per dollar at 1:24 p.m. New York time from 2.1295 late yesterday.

UPDATE 2-Brazil's central bank: Tight credit to curb prices

Thu Nov 6, 2008 11:52am EST
(Adds economist's comments, interest-rate futures)
By Elzio Barreto
SAO PAULO, Nov 6 (Reuters) - Brazil's central bank said a deepening global credit crisis may intensify the effects of rate increases in the country as available credit is reduced, helping to keep inflation in check.
In minutes released on Thursday from its rate-setting meeting last week, the bank's monetary policy committee also said the outlook for economic activity in Brazil has become more uncertain because of the international markets turmoil.
"The effects of the international crisis on domestic financial conditions indicate that the contribution of credit to the support of domestic demand may lose steam in a more intense form that what would be determined exclusively by monetary policy," the bank said in the minutes.
The monetary policy committee, known as the Copom, voted unanimously to keep the benchmark Selic lending rate at a two-year high of 13.75 percent, changing tack after four straight rate hikes.
Brazilian policy-makers shifted their focus away from inflation and on to minimizing the risks for growth in Latin America's biggest economy as a deepening turmoil in global markets pushed major economies closer to recession.
Data released on Thursday showed a steep drop in new automobile sales in October, while vehicle production fell for a third month in a row as credit became scarce and more expensive.
"Effects of the international crisis are starting to show in durable goods, like autos and appliances and credit is not really flowing to the consumer in Brazil," said Pedro Tuesta, senior Latin America economist at research firm 4Cast Inc.
"No credit, no demand, no production and the economy cools off. It works almost like the central bank is hiking."
Tuesta expects the central bank will keep rates unchanged until March 2009 to ease the impact of the global credit crunch in Brazil's economy.