terça-feira, 11 de novembro de 2008

Setor de cartões ignora crise e cresce 21,3% em outubro

PAC é plano de expansão fiscal suficiente, diz Meirelles

Mercado antecipa balanços de aéreas e ações despencam

G20 pode parecer 'Torre de Babel', diz 'WSJ'

Economia global desacelera substancialmente em 2009

PAC é plano de expansão fiscal suficiente, diz Meirelles

Reuters
11/11/2008
O Brasil já conta com um plano de expansão fiscal neste momento de crise global, que é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), segundo o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, para quem a recomendação de políticas expansionistas feita pelo G20 serve mais a países fortemente dependentes das exportações aos Estados Unidos.
"Esses países precisam adotar medidas para aumentar o mercado interno. Isso o Brasil já fez, o Brasil já tem um mercado interno forte", afirmou nesta segunda-feira após reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em São Paulo.
"Cada país tem que adotar uma política fiscal de acordo com sua necessidade... E o Brasil já tem um plano de expansão fiscal que se chama PAC."
Meirelles evitou comentar a posição defendida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de uso de políticas anticíclicas para combater os efeitos da crise financeira sobre a economia real. Questionado por jornalistas, ele apenas repetiu que a posição do Brasil é a que já está no comunicado divulgado pelo G20 neste final de semana e lembrou que o objetivo é promover crescimento sem inflação.
"O comunicado do G20 foi cuidadosamente discutido e aprovado e expressa com clareza essa posição, isto é, todos os países devem adotar políticas fiscais que sejam adequadas à situação de cada país", disse.
"Por exemplo, países fortemente dependentes de exportações para os Estados Unidos - o que não é o caso do Brasil" devem buscar medidas para estimular a economia doméstica.
Dos Estados Unidos ao Japão, passando por diversos países da Europa, os bancos centrais fizeram rodadas de cortes de juros, num esforço para reanimar os abatidos mercados de crédito e tentar evitar uma forte retração do nível de atividade econômica.
No Brasil, onde o ritmo da demanda doméstica segue "muito bem", como salientado por Meirelles, o BC apenas interrompeu, em outubro, o ciclo de aperto do juro iniciado em abril.
Ao ser perguntado qual seria a política monetária mais adequada ao Brasil, Meirelles evitou o confronto e saiu com sua resposta padrão: "a política adequada no momento (para o Brasil) está explicitada na ata do Copom."
Segundo ele, o Brasil está tomando todas as decisões necessárias para preservar o país dos efeitos da crise e "está preparado para tomar medidas adicionais se for necessário".

Mercado antecipa balanços de aéreas e as ações despencam

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Maria Luíza Filgueiras
11/11/2008
As companhias aéreas Gol e TAM divulgam nesta semana o balanço do terceiro trimestre. Analistas e investidores bem que gostariam de ter uma surpresa positiva, mas a possibilidade é remota e as corretoras de valores já recomendam aos clientes manter distância desses papéis. Na sexta-feira, Gol, TAM e Embraer lideraram as maiores desvalorizações do Ibovespa. Fora da carteira do índice, a ordinária da TAM registrou perda de 69%.
Segundo a Economatica, o valor de mercado da Gol passou de R$ 8,85 bilhões no início do ano para R$ 1,8 bilhão no último pregão, enquanto a TAM encolheu de R$ 6,42 bilhões para R$ 2,72 bilhões. Com margens comprimidas pelo preço do petróleo no primeiro semestre, que gera impacto direto no querosene da aviação, essas empresas ainda não se beneficiam da menor volatilidade da commodity nos meses de julho a setembro e se depararam com um novo obstáculo: a desaceleração econômica.
A absorção da Varig e o modelo de negócio têm colocado a Gol numa posição ainda menos favorável. Na quinta, a companhia controlada pela família Constantino divulgou estatísticas preliminares de tráfego referentes ao mês de outubro - indicando que o tráfego doméstico de passageiros diminuiu 14% e a capacidade aumentou 6,1%, no comparativo com o mesmo mês do ano passado. No mercado doméstico, a taxa de ocupação da Gol foi de 57% e no mercado internacional, de 55%.
Além disso, afirmou que a valorização de 20% do dólar frente ao real no trimestre terá um efeito contábil sobre os passivos líquidos da companhia negativo em cerca de R$ 225 milhões. As aéreas ficam expostas ao câmbio também por conta dos contratos de leasing, feitos em dólares. "As preliminares mostram um desempenho doméstico e internacional mais fraco, que deve se confirmar no balanço e a expectativa é de prejuízo para Gol e resultado levemente positivo para TAM", diz Nicholas Barbarisi, analista da Hera Investments.
Na avaliação da equipe de análise da Planner Corretora, o viés é neutro para TAM e negativo para Gol. Os analistas esperam um arrefecimento nos custos da companhia comandada por Barioni, mas ressaltam que a Gol tem um ponto de equilíbrio (ofertaransporte de passageiros) de 62% - e deve afirmar a taxa de 55,8% anunciada em outubro para o trimestre anterior.
A Planner destaca que a companhia tem contratos de leasing que a obrigam a fazer hedge cambial para reduzir exposição - por isso fica com margens ainda mais apertadas, enquanto a TAM tentava justamente aumentar o percentual de receitas em dólar para 50% (principalmente com rotas internacionais) do total, o que gera ganho com a recente valorização do dólar.
"A Gol já acumulou R$ 290 milhões de prejuízo e deve aumentar essa conta para R$ 380 milhões", estima Fausto Gouvêia, analista da Alpes Corretora. "Talvez a Varig comece a contribuir com resultados no quarto trimestre e o movimento de final de ano ajude no balanço, mas as companhias têm margens líquidas muito apertadas. A margem da TAM é de 1,66%."
O movimento é global. A Iata (International Air Transport Association) divulgou que a ocupação média de vôos internacionais caiu de 81% em agosto de 2007 para 79,2% este ano, enquanto o tráfego internacional de carga teve o terceiro mês consecutivo de queda. O cenário afeta também a Embraer, que melhorou margens operacionais, mas teve perdas cambiais.
"É complicado entrar em papéis que têm exposição ao nível de demanda", diz André Segadilha, estrategista de renda variável da Maxima Asset Managment.

G20 pode parecer 'Torre de Babel', diz 'WSJ'

BBC Brasil
11/11/2008
O encontro dos líderes do G20 em Washington, no próximo fim-de-semana, longe de mostrar uma voz única na busca por soluções para a crise econômicas, se assemelhará, mais provavelmente, a uma "Torre de Babel nacionalista", segundo o jornal americano Wall Street Journal.
O jornal diz, em artigo publicado na sua edição desta segunda-feira, que "os franceses querem reinar em um capitalismo global desordenado e construir uma nova ordem de regulamentação - posição que desperta suspeita nos americanos".
"Os britânicos disseram primeiro que queriam uma 'nova Bretton Woods', que soa como um pedido para reformar ou até substituir o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras instituições concebidas naquela conferência em New Hampshire em 1944. Agora eles querem um FMI mais poderoso", segundo o WSJ.
O jornal ressalta, contudo, que "os russos tentariam vetar esta última idéia".
"Já os chineses (...) querem mais influência nas decisões do FMI."
Mas o diretor-gerente do FMI, Dominique Strass-Khan, vê razões para ser otimista sobre a cúpula do G20 "porque todo mundo na mesa (de negociações) concorda que é crucial uma ação coordenada", diz o WSJ.
Segundo o artigo, tudo depende dos Estados Unidos, dado o tamanho de sua economia. Mas com a transição no país, "o melhor que se pode esperar da reunião desta semana é um compromisso para continuar a fazer de uma reforma financeira uma prioridade."
Um analista ouvido pelo jornal, Joseph Guinan, do instituto de pesquisa americano-europeu German Marshall Fund, em Bruxelas, disse que esta ainda é uma fase em que ninguém confia na visão de como avançar apresentada por qualquer outro.
"Como afastar uma potencial crise futura também é um imponderável. É fácil falar sobre mais regulamentação. Mas de que tipo? E o quanto da regulamentação deveria ser transnacional?", pergunta o WSJ.
"Obama não assumiu posições sobre a reformulação do sistema financeiro global durante a campanha. Mas esta será uma questão que terá que enfrentar forçosamente depressa", conclui o artigo.
O G20 é composto pelos integrantes do G7 (dos países mais industrializados do mundo) e mais 13 nações em desenvolvimento, inclusive o Brasil.

Economia global desacelera substancialmente em 2009

Invertia / Vagner Magalhães
11/11/2008
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, em São Paulo, que na discussão entre os participantes da reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS, em inglês) houve consenso de que a economia mundial vai desacelerar substancialmente em 2009. O encontro reuniu presidentes e representantes das principais economias mundiais.
Meirelles afirmou que os países industrializados terão contração do seu produto interno bruto (PIB), enquanto se espera que os emergentes continuem a crescer, apesar esse crescimento ocorrer a taxas menores do que as de 2008.
"Durante a reunião, houve consenso que a economia mundial vai desacelerar substancialmente em 2009. Consenso de que os países industrializados deverão ter contração do seu Produto Interno Bruto, enquanto se espera que os emergentes continuem a crescer, ainda que em um ritimo mais lento", disse.
Meirelles deu a entender que mudanças nas taxas de juros no Brasil não devem acontecer em um curto espaço de tempo. "O que temos a falar sobre a política monetária brasileira está expresso na ata do Copom, divulgada na última quinta-feira".
O documento reconhece os problemas externos, mas não deixa de mencionar os riscos inflacionários, com projeções de uma inflação de até 5,5%, o que impediria uma diminuição da taxa de juro brasileira, que é de 13,75%.
Segundo Meirelles, cada país está adotando as medidas convenientes à sua economia e os bancos centrais estão empanhados em aplicar medidas para melhorar a liquidez de seus mercados.
"O Brasil está enfrentando essa situação em posição relativamente boa. Ninguém é imune à crise. Pelo que conversamos aqui, a situação melhorou em outubro, mas ainda está longe à normalidade", disse.
Sobre a possibilidade de uma regulação mundial dos merados, ele disse que as discussões estão progredindo. "Há consenso e todos concordam que deve haver mudanças. Falta definir quais", afirmou.
Segundo o presidente do BC, há uma necessidade de supervisão mais rigorosa, principalmente na alavancagem dos bancos, que é a relação do capital da empresa e o total de recursos que ela capta como empréstimos.
"O Brasil está adotando todas as políticas necessárias para preservar o país dos efeitos da crise", afirmou.

G-20 Meeting Prompts New Collection of Economic Essays

WSJ
11/10/2008
Following up on the widely-read book of essays they released for month’s G-7 meeting, Barry Eichengreen, a University of California, Berkeley economist, and Richard Baldwin, an economist at the Graduate Institute of International Economics in Geneva have put together another collection of policy prescriptions from leading economists ahead of this Friday’s G-20 confab — “What G-20 leaders must do to stabilize our economy and fix the financial system.”
The essays were made available Monday on VoxEU.org, the Internet portal of the Centre for Economic Policy Research.
“An empty declaration — ‘we assembled G-20 heads of state commit to stabilizing our economies and strengthening the regulation of our financial systems through ongoing collaboration,’ like that issued by the G-7 in October — will only demoralize the markets,” the two economists argue in their introduction. “Signs that our leaders are bereft of ideas and unable to agree to priorities will tell investors that the future will resemble the recent past.”
While their G-7 effort came together in little more than a day, this time the two economists worked with a longer lead time and were able to draw from a deeper pool of experts, including Stanford University Nobel laureate Michael Spence and Yale University’s Ernesto Zedillo, Mexico’s former president.
Eichengreen and Baldwin found that essay writers widely agreed on four areas. First, that government’s need to move fast and coordinate their actions in response to the crisis. Second, that strengthening existing institutions, like the IMF, so that they have the firepower necessary to deal with the crisis. Third, that given the scope of the problems, policymakers need to think creatively about new approaches. And last, policymakers need to avoid hastily enacted regulations and protectionists measures that could end up impeding economic growth. – Justin Lahart

China unveils $586 billion stimulus plan

INTERNATIONAL HERALD TRIBUNE
By David Barboza
Monday, November 10, 2008
SHANGHAI: China announced a huge economic stimulus plan on Sunday aimed at bolstering its weakening economy, a sweeping move that could also help fight the effects of the global slowdown.
At a time when major infrastructure projects are being put off around the world, China said it would spend an estimated $586 billion — roughly 7 percent of its gross domestic product — over the next two years to construct new railways, subways and airports and to rebuild communities devastated by an earthquake in the southwest in May.
The package, announced Sunday evening by the State Council, or cabinet, is the largest economic stimulus effort ever undertaken by the Chinese government.
"Over the past two months, the global financial crisis has been intensifying daily," the State Council said in a statement. "In expanding investment, we must be fast and heavy-handed."
Asian markets welcomed the news. The Japanese Nikkei index rose 5.6 percent in trading early Monday.
The plan was unveiled as finance ministers from the Group of 20 nations met in São Paulo, Brazil, over the weekend . It also came less than a week before President Hu Jintao was scheduled to travel to Washington for a global economic summit meeting hosted by President George W. Bush. World leaders are expected to press China to do its part to help strengthen the global economy.
On Saturday, Hu spoke by telephone with President-elect Barack Obama about a variety of issues, including the global financial crisis and how the two countries might cooperate to help resolve economic problems, according to China's state-run news media.
Although Beijing has indicated that it will focus on keeping its own economy on track, it is difficult to insulate any economy from a global downturn. After five years of growth in excess of 10 percent, China's economy is beginning to weaken. Growth in exports and investment is slowing, consumer confidence is waning and stock and property markets are severely depressed.
The stimulus plan, though driven by domestic concerns, represents a fresh commitment by China to keep from adding to the economic and financial woes of the United States and Europe. It is also likely to cheer foreign investors in China's economy by ensuring that the country remains a source of growth.
China's package is not comparable to fiscal stimulus measures that are being discussed in Washington. In China, much of the capital for infrastructure improvements comes not from central and local governments but from state banks and state-owned companies that are encouraged to expand more rapidly.
The plan also differs from the $700 billion financial rescue package approved by Congress, which has helped strengthen bank balance sheets but did not directly mandate new lending or support specific investment projects in the United States.
China's overall government spending remains relatively low as a percentage of economic output compared with the United States and Europe. Yet Beijing maintains far more control over investment trends than Washington does, so it has greater flexibility to increase investment to counter a sharp downturn.
It was unclear how Chinese officials arrived at the $586 billion figure or how much of the stimulus would be spending above what Beijing normally earmarks for infrastructure projects. Beijing said it was loosening credit and encouraging state-owned banks to lend as part of a more "proactive fiscal policy."
The government said the stimulus would cover 10 areas, including low-income housing, electricity, water, rural infrastructure and projects aimed at environmental protection and technological innovation — all of which could incite consumer spending and bolster the economy. The State Council said the new spending would begin immediately, with $18 billion scheduled for the last quarter of this year.
State-driven investment projects of this kind have been a major impetus to Chinese growth throughout the 30 years of market-oriented reforms, a strong legacy of central planning.
The biggest players in many major Chinese industries — like steel, automobiles and energy — are state-owned companies, and government officials locally and nationally have a hand in deciding how much bank lending is steered to those sectors. The investment numbers announced by China's central government often include projects financed by a variety of sources, including state-backed entities and even foreign investors.
Beijing is struggling to cope with rapidly slowing economic growth. A downturn in investment and exports has led to factory closings in southern China, resulting in mass layoffs and even setting off sporadic protests by workers who have complained that owners disappeared without paying them their wages.
With many economists in China now projecting that growth in the fourth quarter of this year could be as low as 5.8 percent, and amid worries that the country's economy could be walloped by the global financial crisis, Beijing is moving aggressively.
Analysts were expecting China to announce a big stimulus package, but they said they were surprised at its size. "That is much more aggressive than I expected," said Frank Gong, an economist at J. P. Morgan who is based in Hong Kong. "That's a lot of money to spend."
Gong said that after the Asian financial crisis in 1997, Beijing undertook a similar, but much smaller, stimulus package, earmarking huge sums to build the country's highway and toll-road system, projects that helped keep the economy growing.
Arthur Kroeber, managing director at Dragonomics, a Beijing-based economic research firm, said the government was concerned because people in China had suddenly pulled back on spending as a precautionary move because of worries about China's suffering with the global economy.
"The government is sending a signal saying: 'We're going to spend in a big way,' " Kroeber said Sunday in a telephone interview. "This is designed to say to the market that people should not panic."

Brazil has firepower to defend currency: Meirelles

Mon Nov 10, 2008 10:56am EST
SAO PAULO (Reuters) - Brazil has ample international reserves to continue intervening in the currency market and the amount the central bank could sell in foreign exchange swaps is not limited to a previous estimate of $50 billion, the bank's president Henrique Meirelles told Reuters on Sunday.
Meirelles spoke after meeting finance officials and central bankers from the G20 group of advanced and emerging economies at which member nations agreed on the need for a coordinated action to combat the global financial crisis.
The Sao Paulo meeting was expected to help lay the groundwork for an emergency G20 leaders summit next weekend in Washington.
Here are some highlights from the interview with Meirelles.
Question: The central bank's plan to sell $50 billion in foreign currency swaps will be an upper limit?
Meirelles: No. This was a decision by the board, that this volume was what was available, but nothing prevents us from changing that, for more or for less. It's important to consider that for that position in currency swaps, which work like the sale of dollars in the futures markets, the central bank has a natural hedge from its reserves. So we have huge latitude to make those decisions. To the extent that Brazil has that volume of reserves, we have a very comfortable position to act in the futures markets.
Question: What is the most pressing issue about the global financial crisis in the short term that could be a cause of concern?
Meirelles: The big issue to be monitored in the short term is exactly the restriction of credit, not only in the United States and Europe, but the restriction of international credit and the consequences of that for the rest of the world and for the functioning of markets. That's because in some countries, particularly, the markets are dysfunctional.
(Reporting by Isabel Versiani and Daniela Machado, Writing by Elzio Barreto, Editing by William Schomberg)

UPDATE 1-Cenbank coordinated actions eye liquidity - Brazil

Mon Nov 10, 2008 3:20pm EST
(Adds details, comments throughout)
SAO PAULO, Nov 10 (Reuters) - Discussions about coordinated actions by the world's central banks are mainly about managing liquidity, Brazil's Central Bank President Henrique Meirelles said on Monday.
Speaking after a meeting of the Bank of International Settlements in Sao Paulo, Meirelles also said there was a broad consensus among monetary authorities about the need for more rigorous regulation of the world financial system.
"Coordinated actions are basically about managing liquidity," he said at a news conference. "In markets that aren't functioning properly, with serious liquidity problems, central banks should adopt policies to manage liquidity, and in some cases do so in conjunction."
Meirelles added that Brazil is facing the current financial crisis in a "relatively better" position than other emerging economies, saying that domestic demand is doing "very well."
He also said Brazil was seeing a gradual recovery of credit levels and that the central bank was taking all necessary measures to shield the country from the financial crisis.
"Brazil is monitoring the situation and will adopt further measures at the right time, if needed," he said.
Brazil's central bank has taken a slew of measures since the onslaught of the credit crisis that included selling dollars on the spot foreign exchange market, dollar repurchase agreement sales and regular auctions of currency swaps.
Asked if Brazil was considering a fiscal expansion package to help offset the crisis, Meirelles said: "Brazil already has investment plans, and therefore an incentives plan, which is the PAC, announced last year."
Meirelles said the central bankers at the BIS meeting in Sao Paulo had agreed that the global market situation had improved since October but was still "far from normal."
He said there was also a consensus that global economic growth will slow "substantially" in 2009 and that there is no one-size-fits-all response to the crisis.
"Each country is adopting the measures that are appropriate for its own economy," he said, echoing remarks made earlier by European Central Bank President Jean-Claude Trichet.
(Reporting by Daniela Machado, Writing by Todd Benson; Editing by Theodore d'Afflisio)