segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Superávit comercial brasileiro cai 38,2% em 2008

Rodrigo Postigo
05/01/2009
O Brasil fechou o ano de 2008 com superávit comercial (diferença entre importações e exportações) de US$ 24,735 bilhões em 2008, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado aponta uma queda de 38,2% no indicador, que em 2007 acumulou US$ 40,027 bilhões.
Segundo o ministério, mesmo com a queda no superávit, o ano passado marcou recordes históricos tanto para as exportações (US$ 197,942 bilhões) quanto para as importações (US$ 173,207 bilhões). Mesmo com o recorde, as vendas do País para o exterior ficaram 2% abaixo da meta (US$ 202 bilhões) que foi divulgada pelo governo federal em setembro.
No último mês do ano, as exportações somaram US$ 13,818 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 11,517 bilhões, garantindo assim superávit de US$ 2,301 bilhões. Na última semana de dezembro, a balança teve saldo positivo de US$ 592 milhões.
O superávit comercial de 2008 ficou um pouco acima das estimativas de analistas consultados pelo Banco Central, que projetavam saldo positivo de US$ 24 bilhões, de acordo com pesquisa divulgada na segunda-feira.
As projeções do BC indicavam um saldo positivo de US$ 23,5 bilhões em 2008. Para 2009, o Banco Central estima saldo comercial positivo de US$ 14 bilhões.

Projetos contra crise são prioridade em 2009

DCI / Patrícia Acioli
05/01/2009
Projetos que dão mais segurança para as empresas no atual momento de incerteza por causa da crise econômica passaram a ocupar o topo da agenda de prioridades do governo federal em relação às propostas que serão votadas pelo Congresso este ano.
Para 2009, o governo decidiu defender prioritariamente as propostas de aperfeiçoamento das agências reguladoras e do sistema de concorrência, que podem criar um ambiente mais seguro para os negócios, assim como privilegiar o projeto que cria o cadastro positivo (que pode ajudar a baixar os juros).
Outros projetos que seriam prioritários, como as reformas tributária e trabalhista, foram postos em segundo plano ou esquecidos, em favor de medidas mais imediatas contra a crise. A mudança no sistema de tributos não encabeça a lista das propostas prioritárias para 2009. A reforma trabalhista sequer foi incluída na relação de mudanças para melhora do ambiente de negócios.
Entre as matérias que o governo deverá trabalhar para ver aprovadas este ano destacam-se também a criação do Fundo de Catástrofe de Seguro Rural e do Fundo de Proteção ao Consumidor de Seguros, Capitalização e Previdência Aberta. Em comum, as propostas compartilham a autoria do Executivo e o fato de terem tramitado na Câmara dos Deputados em 2008.
Segundo o relatório de acompanhamento de atividades do governo federal, essas medidas são consideradas fundamentais para o enfrentamento da crise e o desenvolvimento do País. Com a aprovação do PL 337/04, das agências reguladoras, por exemplo, o governo espera conseguir estabilidade para reduzir custos de transação e melhorar ambiente de investimentos. "Os contratos de gestão entre o setor público e o privado não funcionam, por isso os investidores esperam que as agências se tornem mais independentes", conta Nelson Lacerda, tributarista do escritório Lacerda & Lacerda.

Mercado interno atenuará desaceleração este ano, diz FGV

Agência Estado
05/01/2009
O mercado doméstico vai atenuar a desaceleração da economia prevista para este ano. Executivos de indústrias dedicadas ao mercado interno estão bem mais otimistas com 2009 do que os exportadores.
Essa é uma das principais conclusões de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir o humor e as expectativas dos industriais. De acordo com a sondagem, a confiança nos negócios para os próximos seis meses dos industriais especializados no mercado doméstico reduziu-se de forma moderada em novembro, enquanto a queda na confiança dos empresários dedicados à exportação foi bem maior.
Segundo a pesquisa, 31% das 137 indústrias voltadas para o mercado interno trabalhavam, em novembro, com cenário melhor para os negócios até maio. Enquanto isso, só 3% das 68 empresas exportadoras estavam otimistas e 22% das 1.112 indústrias como um todo tinham a mesma expectativa.
Entre os empresários especializados no mercado doméstico, os mais otimistas são os fabricantes de cimento, embalagens metálicas, papel e artefatos para uso pessoal, produtos farmacêuticos e confecção e peças interiores do vestuário.

Exportador terá que ter 'imaginação' em 2009, diz governo

Terra / Laryssa Borges
05/01/2009
Diante da crise financeira mundial, o exportador brasileiro terá de ter "imaginação" para conseguir manter bons níveis comerciais. A avaliação é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. De acordo com ele, para driblar os efeitos da crise, os empresários terão de buscar diversificar ainda mais seus mercados, com foco principalmente nos países em desenvolvimento. Para ele, a parte do governo será trabalhar em políticas de redução dos custos de logística e de carga tributária.
"2009 vai ser um ano difícil, principalmente para os países desenvolvidos, e o exportador brasileiro terá que ter imaginação para diversificar exportações, ganhar mercado, porque reconquistá-los é difícil, e o governo terá que atuar para ganhar competitividade", afirmou Barral. "As melhores opções para o exportador brasileiro são continuar o processo de exportação, principalmente para países em desenvolvimento, que manteriam algum tipo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)", avalia o secretário.
O Brasil fechou o ano de 2008 com superávit comercial (diferença entre importações e exportações) de US$ 24,735 bilhões em 2008, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento. O resultado aponta uma queda de 38,2% no indicador, que em 2007 acumulou US$ 40,027 bilhões.

Economia japonesa piora, diz o Governo do país

EFE
05/01/2009
O ministro japonês de Finanças, Shoichi Nakagawa, assegurou hoje que a segunda economia do mundo "está piorando" por causa da crise global, que provocou uma queda das exportações, produção e consumo no Japão.
Nakagawa discursou na abertura de sessões da Dieta (Parlamento), de 150 dias de duração, que terá como principal incumbência o debate e aprovação do orçamento adicional para 2008 e o ordinário de 2009.
O projeto governamental de orçamento para o ano fiscal 2009, que vai terminar em março de 2010, representa um recorde de 88,55 trilhões de ienes (cerca de US$ 975 bilhões) e inclui medidas contra a crise econômica.
Previamente, o Governo de Taro Aso quer aprovar o orçamento adicional para este ano fiscal, que termina em março deste ano e chega a 4,79 trilhões de ienes (US$ 52,075 bilhões).
Esse orçamento inclui um controvertido plano para devolver dinheiro vivo aos contribuintes, por um total de dois trilhões de ienes (US$ 21,675 bilhões), que foi inclusive contestado por membros do partido governamental PLD e rejeitado frontalmente pela oposição.
Na primeira sessão da Dieta, aberta com pompa pelo imperador Akihito, discursou o ministro das Finanças, que defendeu uma rápida aprovação das iniciativas econômicas perante a seriedade da crise.
"A economia do Japão se viu negativamente afetada por esta crise e está piorando, com queda nas exportações e na produção, e um desabe do consumo", apontou Nakagawa.
"Os mercados financeiros de todo o mundo estão imersos em uma crise que só acontece a cada cem anos e, devido a isso, estamos vendo uma recessão econômica em escala global", acrescentou.

Brazil’s Currency Falls as Trade Surplus Narrows

By BLOOMBERG NEWS
Published: January 2, 2009
Brazil’s currency fell as the country’s trade surplus narrowed to a six-year low in 2008, propelled by a deepening economic slowdown that curbed demand for exports. The currency, the real, declined 0.1 percent, to 2.3176 per dollar from 2.3145 on Wednesday. It fell 23 percent last year. Brazil’s surplus shrank to $24.7 billion from $40 billion in 2007, the trade ministry said in a report on its Web site. It was the smallest surplus since a $13.1 billion reading in 2002. “Brazil is probably going to have a weak trade balance,” said Pedro Tuesta, an economist at 4Cast in Washington. The yield on Brazil’s overnight futures contract for January 2010 was little changed at 12.16 percent.

Argentine Car Sales Probably Fell in December: Week Ahead

By Eliana Raszewski
Jan. 5 (Bloomberg) -- Argentina’s automobile sales probably continued to decline in December as a global financial crisis undermined exports and discouraged domestic sales.
Sales have been falling month over month since August, said Horacio Delorenzi, general director of the Buenos Aires-based Argentine Chamber of Car Dealers.
“People are waiting to see what will happen with this crisis,” said Delorenzi in a telephone interview. “If the crisis doesn’t ease, our sales will suffer even further.”
Car dealers in November sold 35,617 units, the fewest since December 2005, according to the country’s Automakers Chamber. The chamber will release December’s figures tomorrow after 12 p.m. New York time.
President Cristina Fernandez de Kirchner on Dec. 4 announced a $1 billion credit program to help consumers buy about 100,000 cars as part of a plan to reverse the slowdown of the automobile industry.
“We have to wait and see the results of this government plan,” said Nicolas Todesca, an economist at Delphos Investment research company in Buenos Aires. “The industry is also suffering from a decline in exports, as Brazil, which has come to a standstill, is our main partner and buys most of our output.”
Markets Last Week
Last week, the yield on Argentina’s benchmark 8.28 percent dollar bonds due in 2033 fell 191 basis points, or 1.91 percentage points, to 17.23 percent, according to Bloomberg data. The bond’s price rose 7.5 cents on the dollar to 58 cents.
The Buenos Aires benchmark stock index Merval rose 8 percent to 1143.33. Socotherm Americas SA (STHE AF), an oil and gas pipe-coating company, rose 25.3 percent while Cresud SACIF y A (CRES AF), which farms soybeans and other crops and leases out farmland, fell 0.65 percent.
The following is a list of events in Argentina this week:
Event Date
Automobile Sales 6
Tax Revenue 6