segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Opep pode fazer novo corte para conter queda no preço

Gazeta Mercantil
22/12/2008
O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Jelil, assegurou na sexta-feira que o cartel continuará reduzindo sua oferta de petróleo até que os preços se estabilizem, durante uma conferência em Londres entre países produtores e consumidores do produto. "Continuaremos reduzindo a oferta até que os preços se estabilizem", disse Jelil para os jornalistas, à margem de uma reunião entre 27 países produtores e consumidores de petróleo convocada pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown.
A Opep decidiu na terça-feira reduzir sua oferta em 2,2 milhões de barris diários, o terceiro corte em quatro meses e o mais importante desde 1982, a fim de frear a queda nas ações. Entretanto os preços seguem em queda livre e na sexta-feira se situaram em Nova York abaixo dos US$ 34 o barril pela primeira vez desde 2 de abril de 2004.
O anúncio da Opep foi sustentado pelo ministro de finanças da Venezuela, Alí Rodríguez, que afirmou que os países produtores de petróleo irão fazer "esforços estraordinários" para estabilizar as cotações da comodity. "Os preços estão se recuperando. Teremos que fazer um esforça adicional para estabilizar a situação do mercado petrolífero", disse Rodríguez, ao comentar com a imprensa o recente corte na produção do cartel.

Governo do Japão diz pela 1ª vez que economia está "piorando"

InvestNews / Diego Pires
22/12/2008
Em seu último relatório econômico mensal de 2008, o governo do Japão reduziu suas perspectivas para a economia, pelo terceiro mês consecutivo. Além disso, pela primeira vez em sete anos, as autoridades nipônicas utilizaram a palavra "piora" no documento, principalmente por conta da queda nos ganhos corporativos, gastos de capitais e nas oportunidades de trabalho.
"A economia está piorando", disse o Escritório do Gabinete em seu relatório de dezembro. A avaliação é inferior a observada no mês passado, quando o documento afirmou que "a economia esfraqueceu mais". Essa é a primeira vez desde fevereiro de 2002 que o Escritório o Gabinete usou a palavra "piora" em sua análise mensal.
A última vez que o governo nipônico utilizou expressões como "piorando" ou "continua a piorar" foi entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, quando o Japão sofreu os efeitos do estouro da bolha no setor de tecnologia da informação, após enfrentar a crise asiática entre 1997 e 1998.
O relatório de dezembro cita também previsões pessimistas para o futuro da economia japonesa. "Enquando o cenário econômico continuar piorando, espera-se que a situação no mercado de trabalho se deteriore devido à rápida queda na produção". O documento ressalta ainda que "o governo está atento aos riscos de uma piora na economia por conta de um possível agravamento da crise global".
O relatório cita o segmento corporativo, em particular, e diz que a avaliação de muitas empresas foram rebaixadas, incluindo companhias de áreas-chave da economia, afetadas pela queda nos gastos com capital, nos lucros corporativos, na construção de novas casas, na produção industrial e nas condições de emprego.
Pela primeira vez, a análise do governo japonês revela que "a situação de emprego está piorando rapidamente", o que deverá agravar o cenário econômico no Japão durante os próximos meses.
As visões pessimistas para a economia, apresentadas no documento mensal, refletem também uma série de notícias e indicadores negativos divulgados nos últimos meses no Japão. No dia 15 de dezembro, a pesquisa Tankan, supervisionada pela autoridade monetária local, disse que a confiança empresarial entre outubro e dezembro sofreu a pior queda em 34 anos.
Em relação ao continente asiático, o Escritório do Gabinete afirma pelo quarto mês consecutivo que as economias da região sofrerão com o desaquecimento global. Para os Estados Unidos e a Europa, a expectativa é que os países permanecerão ou entrarão em recessão. Já para a economia da China, pela primeira vez, o documento aponta que o gigante asiático está se "desacelerando".

E-commerce prevê movimentar R$ 1,3 bi

Gazeta Mercantil / Luisa Girão
22/12/2008
O comércio on-line promete esquentar as vendas deste Natal. De acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o varejo eletrônico deverá faturar em 2008, somente com as vendas natalinas, aproximadamente R$ 1,35 bilhão, gerando um aumento de 25% em relação aos R$ 1,08 bilhão faturado no período em 2007. Segundo uma pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fia-USP, neste Natal, 21% dos consumidores comprarão pela internet, ante 11,6% em 2007.
Para Gerson Rolim, diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, a atual expansão do acesso à banda larga e o aumento da participação da classe C no mundo digital são fatores que têm influenciado positivamente o crescimento. A tendência é de crescimento contínuo, já que depois da primeira vez o internauta percebe as vantagens de realizar transações eletrônicas seguras, com melhores preços e mais conforto , diz Rolim. Para o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, o varejo eletrônico no Brasil ainda possui um grande potencial a desenvolver, ainda mais no período natalino, quando as pessoas não têm tempo para as compras.
O faturamento do Natal deve ser beneficiado com a injeção do 13 salário, com as promoções de fim de ano e a possibilidade dos parcelamentos mais elásticos que o varejo tradicional oferece , disse. Natal x crise De acordo com a última pesquisa sobre Intenção de Compra do Consumidor, realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), os produtos com componentes tecnológicos deverão continuar sendo os carros-chefes: 39% pretendem gastar até R$ 850; enquanto os produtos de informática deverão representar 36% do total. Já CDs, Livros e DVDs devem ser a preferência entre as mulheres, que podem gastar até R$ 300. Para a data, o tíquete médio deve girar em torno de R$ 320.
Confirmando a deflação predominante no ano, o e-Flation (índice de preços na internet calculado pelo Provar em parceria com a Felisoni Consultores Associados) de dezembro registrou queda de 0,31%, contra uma deflação de 2,97% em dezembro de 2007. Por mais contraditório que possa parecer, Natal em tempos de crise é promessa de crescimento do e-commerce. Isso tem gerado expectativas positivas , diz Rolim. Stelleo Tolda, diretor-presidente do MercadoLivre, afirma que 30% do lucro anual da empresa provém do último trimestre do ano. No terceiro trimestre, o MercadoLivre teve receita líquida de US$ 40,3 milhões, um crescimento de 76,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já Jerome Rays, diretor geral da Fnac.com, site de vendas da livraria Fnac, espera um crescimento de 100% nas vendas neste Natal. De acordo com o executivo, 50% do lucro anual é alcançado neste período. Com a crise, a empresa sofreu um impacto de 10% concentrado em produtos acima de R$ 5 mil. Estamos reduzindo as margens para não encarecer o produto , afirma. O Comprafacil.com estima um crescimento de 80% em comparação a 2007. No mesmo período, pretende dobrar o número de acessos, para 6 milhões de visitantes únicos.

Conselho do FGTS aprova mais R$ 5 bilhões para investimentos em infra-estrutura

Agência Brasil
22/12/2008
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta sexta-feira o repasse de mais R$ 5 bilhões para investimentos em projetos de infra-estrutura, como energia, transportes e portos. A autorização foi anunciada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, após reunião do conselho, no Rio de Janeiro.
O dinheiro provém do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), criado no final do ano passado com aporte inicial de R$ 5 bilhões. Na semana passada, o conselho já havia autorizado, por meio de resolução, outros R$ 5 bilhões, que, somados, totalizam R$ 15 bilhões este ano.
Segundo o ministro, entre os projetos que receberão investimentos estão o novo terminal no Porto de Santos (SP), a Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, e a reforma na malha ferroviária da América Latina Logística (ALL).
“É a primeira vez que [o FGTS] está executando políticas de investimento, pois é um fundo criado para colocar dinheiro no mercado. Já temos R$ 12 bilhões comprometidos e o restante pode ser liberado conforme os pedidos”, disse Lupi.
Com um patrimônio de R$ 216 bilhões, neste ano o FGTS financiou R$ 39 bilhões, incluindo projetos de saneamento e habitação. O custo do empréstimo FI-FGTS é baseado em juros de mercado, segundo o perfil do tomador, enquanto que as linhas de investimento normais do fundo é TR mais 3%.
Lupi considerou normal a ligeira alta na taxa de desemprego de novembro, divulgada hoje pelo IBGE, que ficou em 7,6%, ante 7,5% do mês de outubro.
“Normalmente, novembro e dezembro são meses de queda de empregabilidade. Este ano foi atípico, pois começamos batendo recordes até outubro, quando houve uma desaceleração, só que nós já tínhamos acumulado 2,147 milhões de novos empregos. Em novembro estou prevendo uma queda [nas contratações], porque, com a crise, muitas empresas ficaram com medo de contratar e outras demitiram, porque estavam com estoque muito alto”, avaliou.
Segundo ele, o quadro para 2009, apesar das dificuldades econômicas, continuará sendo de expansão no mercado de trabalho, embora não tanto quanto foi este ano. “Não há nenhuma possibilidade de recessão”, afirmou.
Apesar de reconhecer que algumas empresas enfrentam dificuldades, o ministro disse ser contra a flexibilização nas relações de trabalho, como querem alguns empresários.
“Sou contra a retirada de qualquer direito dos trabalhadores. Por que antes não se flexibilizaram os lucros, também? Por que na hora do prejuízo o trabalhador paga a conta? Está errado isso. Nós vínhamos apresentando lucros astronômicos do sistema bancário, dessas grandes multinacionais, do sistema siderúrgico. E ninguém veio procurar os trabalhadores para dividir os lucros”, afirmou o ministro.

Emerging-Market Buyout Fundraising to Slow After Record 2007

By Netty Ismail
Dec. 22 (Bloomberg) -- Private-equity investors raised a record $63.5 billion this year to buy companies in the developing world, especially in Asia, even as the pace of fundraisings slowed amid the global financial crisis.
Private-equity funds focusing on emerging markets raised 7 percent more money this year, compared with the year-on-year increase of 78 percent in 2007, according to the Washington-based Emerging Markets Private Equity Association.
“We’re seeing a leveling off in growth after several years of very dramatic increases, but have yet to see a decrease in capital being raised,” Sarah Alexander, president of the industry group, said an e-mail to Bloomberg News.
Private-equity investors have pushed into new markets as credit dried up after the U.S. subprime mortgage market collapsed, slowing deal-making in the U.S. and Europe. Announced private- equity deals, excluding aborted transactions, shrank to $207 billion worldwide this year, less than a third of the $674 billion in 2007, according to data compiled by Bloomberg.
The funds focusing on Asia, excluding Australia, New Zealand and Japan, have raised $37.1 billion since Jan. 1, accounting for 58 percent of total fundraising in emerging markets, according to the industry group, whose members include private-equity fund managers and institutional investors.
Investors putting money in emerging-market funds “still have capital to commit in 2009,” said Alexander. Investors see higher growth potential in developing markets, she added.
Funds that have come to the market in the last six months, particularly first-timers, will likely face a “much more challenging fundraising environment” amid the worst financial turmoil since the Great Depression, Alexander said.
Longer Cycle
“It’s reasonable to assume that the fundraising cycle will grow longer -- potentially taking 18 months or more to achieve a final close on a fund,” she said.
Leopard Capital Ltd., which is targeting a $100 million fund to invest in Cambodia by March 31, has raised only about a quarter of the amount this year.
“Next year, the world’s investment pie will be smaller and investors will be more discriminating on what fund strategies they back,” Phnom Penh-based Douglas Clayton said.
Many of the funds that managed to raise money in the second half of the year have already drawn commitments from investors “for some time” as they have been attempting to raise capital for at least a year, Alexander said.
Dhaka-based Asian Tiger Capital Partners, which aims to raise a $50 million Bangladesh-focused private-equity fund, and Frontier Investment & Development Partners, which is seeking to raise $250 million to invest in Cambodia, postponed their plans till next year.
India, China
Morgan Stanley Capital International’s Emerging Markets Index, a benchmark for equities in 24 developing nations, tumbled 53 percent this year.
Many of the first-time funds in emerging markets have sprung up in India and China, the world’s two fastest-growing major economies, and are seeking capital from local institutional investors that have been “less severely” affected by the global equity rout, Alexander said.
Actis Capital LLP, based in London, raised $2.9 billion for an emerging markets private equity fund, which will allocate $1 billion to India and $600 million to China. New York-based Citigroup Inc. said in May it raised $500 million to invest in roads, ports and utilities in India.

UPDATE 1-Brazil cuts bank reserve mandates to ease crunch

Fri Dec 19, 2008 8:51am EST
(Adds detail, context)
BRASILIA, Dec 19 (Reuters) - Brazil's central bank reduced commercial banks' obligatory reserve requirements further on Friday, in its latest attempt to ease a liquidity crunch in domestic credit markets.
The bank said it would reduce reserve requirements on time deposits to 60 percent from 70 percent.
Banks will also be able to use a broader range of financial instruments, including letters of credit, to meet the reserve requirements.
For weeks the central bank has also tried to ease a crunch in the foreign exchange market by selling U.S. dollars, offering dollar repurchase agreements and currency swap contracts.
The government authorized the central bank this month to extend lines of credit designed to help Brazilian companies pay foreign loans coming due in 2009.
The credit crunch has dampened consumer demand for goods such as cars, and weaker global appetite for commodities has led companies to cut back investments in Brazil.
The economy is expected to slow by more than one-half from 6.8 percent on an annual basis in the third quarter of this year.
(Reporting by Renato Andrade; Writing by Raymond Colitt, Editing by Walker Simon)

UPDATE 2-Brazil narrows current account deficit in Nov

Fri Dec 19, 2008 2:03pm EST
(Recasts, adds quotes, context and double byline)
By Ana Nicolaci da Costa and Isabel Versiani
BRASILIA, Dec 19 (Reuters) - Brazil posted a bigger-than-expected current account deficit on Friday due to a large, one-off capital outflow, putting it on track for the first annual deficit in six years.
The current account deficit of $1.03 billion in November was higher than the $950 million expected because a company in the insurance industry unexpectedly expatriated a large amount of capital.
But the deficit was down from the $1.32 billion a year ago and the $1.51 billion posted in October.
In the 12 months through November, the deficit was equal to 1.67 percent of gross domestic product, compared with a deficit of 1.71 percent of GDP in the 12 months through October.
The current account of the balance of payments tracks a country's net flow of external transactions, including foreign trade, interest payments and services such as tourism. It is used to gauge a country's dependence on foreign capital.
The current account deficit should narrow next year, the central bank said, as exports are expected to fall faster than imports amid a slowing global economy. Companies will also have less money to send abroad.
The central bank cut its current account estimates for 2009 to a $25 billion deficit from a $33.1 billion deficit in September. This year, it expects a $29.6 billion deficit.
The bank expects exports to fall 4 percent next year as global demand decreases. Imports are expected to increase by only 1 percent in 2009 due to a slower economy and a weaker local currency.
A DIP IN FOREIGN DIRECT INVESTMENT
Foreign direct investment in Brazil eased to $2.2 billion in November from $2.5 billion in the same month in 2007. That was lower than the $2.8 billion median estimate in the Reuters survey, which ranged from $2.2 billion to $3.1 billion.
The central bank expects foreign direct investment this year at $40 billion from 35 billion previously, but cut its estimates for FDI next year to $30 billion from $33 billion previously.
"Today's balance-of-payments data is generally in line with our views of a trend deterioration in Brazil's external accounts," RBC Capital Markets said in a research note.
"The government's outlook for FDI in 2009 to total $30 billion looks overly-optimistic versus our forecast of $18 billion ... as financing pressures and a hard landing for growth in most of the world will force a deep retrenchment FDI flows everywhere," RBC Capital Markets added.
FDI comes under the capital account of the balance of payments. Inflows help offset current account deficits. (Editing by Jan Paschal) (For central bank details on Brazil's current account figures, see: www.bcb.gov.br/?ECOIMPEXT)