sexta-feira, 17 de abril de 2009

DE Uma lição de Spartacus para a organização moderna

DE Escola Empresarial

DE Dilema Empresarial

DE Choque de opiniões

Presidente da BM&F Bovespa vê retomada de IPO no 2º semestre

Reuters
17/04/2009
O presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, acredita que o "pior da crise global" já passou para o mercado financeiro e aposta na retomada do movimento de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) de empresas na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre.
Segundo ele, os IPOs irão reaparecer gradativamente nos seis últimos meses do ano e devem se concentrar no último trimestre.
Edemir afirmou que, antes da crise global se agravar, muitas empresas brasileiras estavam prontas para fazer a abertura de capital, mas a turbulência colocou as companhias em "compasso" de espera.
O presidente da BM&F Bovespa disse que há vários movimentos em curso, em especial nos setores de medicamentos e construção civil.
"Já há movimento de fusões e aquisões nos mesmos níveis de 2007. Portanto, isso nos dá uma certeza que no segundo semestre esse movimento (IPOs) vai ser retomado. A abertura de capital depende do investidor estrangeiro, que acho que vai voltar com a eliminação desse resíduo de desconfiança que ainda existe", declarou o executivo.
"Acho que o último trimestre nos reserva boas supresas. As empresas estão revisitando seus modelos e no pós-crise o investidor estrangeiro vai estar exigente", acrescentou o presidente da BM&F Bovespa.
Edemir afirmou ainda que a Bolsa só reviverá o "boom" de IPOs registrado em 2007 entre 2010 e 2011. "O Brasil mostrou para o mundo o seu diferencial em governaça coorporativa e, principalemente na regulação e supervisão dos mercados financeiro e de capitais. Isso dá uma tranquilidade ao investidor. Estamos até nos aperfeiçoando nisso", declarou ele.

Incorporações testam novo modelo

Valor Econômico / Graziella Valenti
17/04/2009
Duas operações na praça: Votorantim Celulose e Papel (VCP) incorporando as ações da Aracruz e Vivo absorvendo os papéis da Telemig Celular Participações. Até o ano passado, essas transações seriam como um alerta para os minoritários venderem suas ações nas companhias incorporadas. Agora, porém, há uma chance da história ser diferente.
Em geral, as incorporações costumam ser um mau negócio para minoritários, obrigados a aceitar as condições impostas pelos controladores. Quase sempre geravam queixas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas raramente os investidores conseguiam modificar seu desfecho.
Somente duas operações desse tipo foram paralisadas, fato que gera controvérsia até hoje. A incorporação da BR Distribuidora pela Petrobras, em 2001, - com argumentos polêmicos - e a absorção da Tele Centro Oeste Celular pela Telesp Celular, logo após sua aquisição, em 2003.
Depois de anos de polêmica, em setembro do ano passado, um parecer da CVM veio para tentar diminuir os problemas nessas polêmicas incorporações de controladas. São recomendações de conduta para as empresas minimizarem os conflitos. O objetivo é fazer com que a relação de troca de ações seja mais equitativa para os minoritários da incorporada. Embora de uso facultativo, o parecer do regulador do mercado de capitais deve balizar as próximas transações.
VCP e Aracruz junto com Vivo e Telemig Celular serão o grande teste do novo modelo. O contexto em que cada uma das incorporações está inserido é bastante diverso. E o caminho escolhido pelas empresas também.
"O parecer é bem-intencionado. Oferece uma solução para a polêmica dessas operações, em que as trocas de ações eram moldadas numa conta de chegada que beneficiava só o controlador", disse Edison Garcia, superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). No entanto, ainda não está claro se a novas regras de conduta modificarão o resultado final dessas operações.
Embora o destino final de ambas as operações seja o mesmo, o caminho percorrido pelas empresas será diferente. E o mercado terá de se adaptar às variações.
A maior novidade experimentada até agora é o mercado receber o anúncio de uma incorporação sem saber as condições para isso. Em 20 de março, a Vivo divulgou que incorporará as ações da Telemig Celular Participações (depois que essa assumir os papéis da Telemig Celular S.A.), mas não comunicou a relação de troca. Ela ainda será definida, após a negociação entre a administração da Vivo e um comitê formado nas incorporadas para buscar a melhor proposta.
"É a primeira ver que entramos numa operação com um cronograma aberto. Não estamos dando estimativa de prazo, para que o comitê use o tempo que achar necessário na negociação", contou o diretor de relações com investidores e fusões e aquisições da Vivo, Carlos Raimar. A companhia ainda está definindo, junto com os comitês, quem serão os assessores jurídicos e financeiros.
Embora seja novidade, a iniciativa foi bem recebida no mercado. Deixar a operação aberta dá espaço para os minoritários manifestarem seu entendimento sobre a melhor condição. O que pode ser feito tanto pelo preço das ações no mercado, quanto pelo contato direto com a empresa. Segundo Raimar, diversos investidores buscaram a empresa para emitir sua opinião.

CVM suspende oferta de fundos e clubes irregulares

Valor Econômico / Angelo Pavini
17/04/2009
A oferta de investimentos irregulares continua florescendo no mercado, apesar das denúncias contra casas que quebraram. Depois do caso dos clubes de ações da corretora de câmbio Agente BR, que foi liquidada pelo Banco Central em janeiro deste ano, deixando milhares de investidores no prejuízo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) identificou dois sites que faziam ofertas irregulares, um de clubes e outro de fundos. Em deliberações divulgadas ontem, a CVM determinou a retirada do ar dos sites e o encerramento das carteiras, uma vez que elas não tinham registro e as empresas também não tinham autorização para fazer gestão de investimentos.
O primeiro caso é o da Thylon Consultoria Financeira, com sede em São Paulo, que oferecia quatro fundos de investimento, um deles com aplicação no exterior. A empresa e seus sócios, Cristian Carvalho Silva e Julio Reginato, foram procurados pelo Valor, mas não foram localizados. Em seu site, www.thyfundos.com.br, que ontem à tarde já estava fora do ar, a Thylon oferecia uma família de fundos. Havia um fundo de ações (Thy Profac), um de commodities (Thy Profcomm), um multimercado (Thy Profmult) e um que se propunha a investir no exterior (Thy Profglobafunds). Nem a gestora nem os fundos tinham registro na CVM, o que é exigido por lei.
Outro caso é do Clube Axt, um site que oferecia dois clubes de investimento sem registro em corretora e nem na Bovespa. Os responsáveis pelos clubes - Wagner de Aguiar Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha e Wanderley Dias Bertolucci - não tinham autorização da CVM para fazer a gestão das carteiras. No site, o Clube Axt se definia como uma associação de amigos "com o objetivo de investir no mercado financeiro".
O Clube Axt BV se destinava a aplicar em ações e o Axt MF na Bolsa de Mercadorias & Futuros. No total, as aplicações chegavam a R$ 6 milhões, sendo R$ 4,4 milhões no Axt BV e R$ 1,6 milhão no Axt MF. "Deve ter ocorrido algum engano", afirmou ao Valor, por telefone, Wagner de Aguiar Moraes. "Nós não oferecemos cotas ao mercado, apenas aos amigos", disse ele. "O problema é que o site estava sem senha, estava aberto, e alguém achou que qualquer um poderia investir". Segundo ele, a aplicação, que de acordo com o site teria sido criada em 2007, também "não era um clube, tinha o nome de clube, mas não estava ainda constituído, era apenas um grupo de amigos que se reunia para aplicar."
No site, porém, a informação é que o Clube Axt foi criado "em benefício de nossos amigos mais próximos", mas "como deu muito certo, os integrantes foram indicando outros investidores". "Assim, o clube está aberto para pessoas indicadas por investidores que já fazem parte do clube". E completa: "não há restrição de quantidade de indicações, isso é apenas para facilitar o controle e garantir uma segurança para todos".
Confrontado com essas informações, Moraes disse que a aplicação "era apenas para uns 20 amigos", de São Paulo e do Rio. "Alguém trazia a mãe ou um amigo para investir, mas era coisa restrita", disse. O clube teria sido criado por ele e um grupo de amigos, que gostavam do mercado financeiro. "No início, pensamos em criar um clube de investimento, mas como não tínhamos orientação, fomos aplicando, a carteira foi crescendo, um indicando outro e deixamos de registrar o clube." Agora, Moraes diz que vai fechar as carteiras. "Já tirei o site do ar e vamos encerrá-las, como a CVM mandou."
Os sites irregulares foram identificados dentro do trabalho de acompanhamento do mercado, que inclui denúncias e parcerias com outras instituições, disse Roberto Mendonça, gerente de irregularidades da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM. Segundo ele, a ordem de suspender os clubes e fundos é preventiva. "Ainda vamos fazer uma investigação para ver se é o caso de abrir um processo administrativo contra as empresas e seus sócios". Mas, mesmo assim, o investidor já é alertado, para não aplicar. Neste ano, até março, já foram feitas 3 reclamações contra clubes na CVM, para 13 em todo o ano de 2008 e 8 em 2007.
Se não tirarem os sites do ar, os responsáveis serão multados, em até R$ 5 mil por dia. "E veja que não é só a oferta irregular, nenhum deles tinha autorização para fazer gestão, o que justifica o encerramento das carteiras". O investidor que quiser fazer denúncias ou consultas sobre fundos ou clubes pode acessar o site www.cvm.gov.br ou entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Investidor (SAI) no telefone 0800-7225354.

Regras limitam atuação de bancos em ofertas de ações

Valor Econômico / Silvia Fregoni
17/04/2009
Começaram a vigorar ontem as regras da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) para as ofertas públicas iniciais de ações. As normas colocam limites à atuação das instituições financeiras na coordenação das operações, com o objetivo de evitar conflitos de interesse.
O debate sobre a necessidade dessas regras surgiu durante a febre de aberturas de capital, que alcançou o pico em 2007. Muitas companhias só se tornavam atrativas aos investidores com o dinheiro dos empréstimos concedidos pelos bancos coordenadores antes das ofertas. A própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cobrou medidas da Anbid para coibir abusos.
Conforme adiantou o Valor, as ofertas terão de contar com um banco coordenador adicional quando a instituição principal tiver participação de mais de 10% no capital da empresa. O banco adicional terá de ser independente, para referendar a avaliação e o intervalo de preço sugerido para a colocação dos papéis.
Também deverá ser contratado um banco adicional se o coordenador principal firmar contrato com a empresa para receber comissões equivalentes a mais de 20% do valor total da oferta de ações.
Além disso, se o banco coordenador tiver participação acionária na empresa que fará a oferta, esse não poderá se desfazer de todos os papéis na operação. Terá de manter pelo menos 25% dessa fatia por um período mínimo de um ano.
Caso a remuneração do banco seja atrelada ao preço das ações na oferta, esse só receberá na ocasião 75% do pagamento. Os demais 25% só serão pagos depois de um ano.
"Queremos que o banco continue como acionista ou credor da empresa, para que permaneça atrelado ao risco da companhia. Isso fará com que a instituição tenha uma visão de mais longo prazo sobre a corporação", disse Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbid.
As regras serão incorporadas pelo código de autorregulação da associação para ofertas públicas de distribuição e aquisição de valores mobiliários. Assim, o não cumprimento das mesmas levará a punições previstas no código, que vão de multa e advertência até o desligamento da Anbid.

Brasil é "potência" e "grande jogador mundial", diz Obama

Reuters
17/04/2009
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o Brasil "é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional" e que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser "parceiros". As declarações foram feitas em entrevista à CNN, transmitida nesta quinta-feira.
Perguntado sobre o sentimento antiamericano em alguns países da América Latina, Obama respondeu que "os tempos mudaram" e destacou o papel exercido pelo Brasil no cenário internacional.
"Estamos no século 21 agora. Os tempos mudaram. Um país como o Brasil é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional", disse Obama.
O presidente americano afirmou ainda que ele e Lula deveriam ser parceiros. "Minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm grandes países, que estão tentando resolver os problemas e criar oportunidades para nossos povos, e devemos ser parceiros."
Obama concedeu a entrevista antes de sua primeira visita oficial à América Latina. O presidente americano desembarcou no México nesta quinta-feira e participa da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que começa na sexta-feira.

Obama to extend hand to Latin America at summit

Fri Apr 17, 2009 5:47am EDT
By Pascal Fletcher
PORT OF SPAIN (Reuters) - U.S. President Barack Obama meets his counterparts in Latin America and the Caribbean on Friday, offering practical cooperation over the ideological differences that have strained U.S. ties with the region.
But the Summit of the Americas he will attend with 33 other leaders in Trinidad and Tobago looks set to be dominated by debate over Washington's enduring ideological conflict with Cuba, the only one-party communist state in the hemisphere.
Cuba, excluded from these hemispheric summits that started in 1994, is not part of the agenda, which talks of confronting the global downturn and energy and security challenges.
But with one voice, the region's governments are calling on the U.S. president to honor his pledge for change by dropping the 47-year-old U.S. trade embargo against Cuba which has ended up isolating Washington more than its original target.
This seems further than Obama is willing to go at the moment after he relaxed some specific aspects of the embargo on Monday, opening a crack in a U.S. policy dating back to the Cold War, when Cuba was a player in the U.S.-Soviet standoff.
Obama and Secretary of State Hillary Clinton made clear on Thursday that while his administration is ready to talk to Havana about a rapprochement, it expects the Cuban side to reciprocate by freeing political prisoners and improving human rights for its citizens.
"I don't expect things to change overnight ... We are not trying to be heavy handed, we want to be open to engagement, but we're going to do so in a systematic way that keeps focus on the hardships and struggles that many Cubans are suffering," Obama told reporters during a visit to Mexico.
But he hinted earlier he was willing to leave behind entrenched ideological positions of the past to seek practical solutions to the serious problems facing the Americas, in particular the global economic downturn that has hit the United States as hard as it is squeezing the rest of the region.
"Years of progress in combating poverty and inequality hangs in the balance. The United States is working to advance prosperity in the hemisphere by jump-starting our own recovery," Obama wrote in an op-ed article.

GLOBAL MARKETS-Corporate results support stocks, outlook foggy

Fri Apr 17, 2009 2:42am EDT
By Kevin Plumberg
HONG KONG, April 17 (Reuters) - Asian stocks rose on Friday after results from JPMorgan and Google kept shares on track for a sixth week of gains, while the euro fell to a one-month low on uncertainty over what non-standard policy action the European Central Bank will enact.
A jump in Chinese industrial output in March has added to a sense previously instilled by U.S. indicators that the pace of deterioration has slowed from the alarming rate of just a few months ago, supporting a month-long rally in global stocks.
Still, comments from policy makers about the economic outlook were cautious and hardly embraced the potential for a speedy recovery. Federal Reserve official Janet Yellen said in a speech there are tentative signs of stability but it was still impossible to know how deep the U.S. recession will ultimately be. [ID:nN16292104]
Higher-yielding currencies, like the Australian dollar and New Zealand dollar, have been rallying alongside global equity markets, but not to same extent, with currency dealers still concerned about the mixed bag of economic data around the world.
"Corporate reports allowed negative developments to be overlooked," said Dariusz Kowalczyk, chief investment strategist with SJS Markets in Hong Kong, in a note to clients.
"As a result, risk appetite continued to improve, depressing prices of sovereign developed debt and lifting prices of equities, corporate credit and most commodities."
The MSCI index of Asia Pacific stocks outside Japan .MIAPJ0000PUS edged up 0.3 percent on the day, set to close higher for a sixth consecutive week. That would be the longest weekly string of gains since the second half of 2007, when the bull market reached its apex.
Japan's Nikkei share average .N225 climbed 1.7 percent, with investors selling defensive industries like pharmaceuticals and buying industries sensitive to business cycles like automakers.
Shares of Mitsubishi UFJ Financial Group (8306.T), the country's largest bank, rose 1.6 percent, supported after first quarter profits at JPMorgan (JPM.N) topped estimates though they were still down some 40 percent from a year ago. [ID:nN16542451]
Citigroup (C.N) is expected to report its first quarter results before Wall Street opens for trading.
Taiwan's tech-filled TAIEX index tumbled 4 percent, the biggest single-day decline in three months, after dealers closed out positions after the index failed to stay above 6,000. Taiwan, a weather vane for U.S. and Chinese demand, has been a regional leader in the equity rally.