segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Obama pretende reforçar regulação financeira

Vendas de PCs caem, após anos de recordes

Zona aduaneira poderá ter repasse maior do Imposto de Importação

Brown vê 'nova ordem mundial' depois da crise

Crise do setor de veí­culos devem durar 7 anos, diz Nissan

Crise do setor de veículos devem durar 7 anos, diz Nissan

Reuters
26/01/2008
As vendas de veículos no mundo podem demorar até 7 anos para retornarem aos níveis de 2007, de 69 milhões de unidades, disse o presidente-executivo da Nissan, no domingo.
"Pode levar mais de sete anos para voltarmos a este nível (de 2007)", disse Carlos Ghosn, em uma conferência econômica na Arábia Saudita.
"Se fosse somente em relação à recessão, seria um problema de menor proporção, porque somos uma indústria cíclica", disse Ghosn, notando que a crise de crédito e a volatilidade das moedas estrangeiras pioram o impacto da recessão.

Zona aduaneira poderá ter repasse maior do Imposto de Importação

Agência Câmara
26/01/2009
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição 318/08, do deputado Vicentinho (PT-SP), que estabelece o repasse de 5% do Imposto de Importação (II) para os municípios que hospedam zonas primárias aduaneiras. Na programação orçamentária para 2008, o governo estimou uma arrecadação de R$ 15,75 bilhões desse imposto. Atualmente, não há repasses da arrecadação desse imposto para os municípios.
O objetivo, segundo o autor da proposta, é dotar os municípios em zonas aduaneiras de recursos necessários para a manutenção da infra-estrutura de portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.
Na opinião de Vicentinho, a medida é necessária para compensar esses municípios pelo impacto provocado pelo trânsito intenso de carretas e demais veículos de transporte de cargas, gerando um ônus desproporcional e insuportável para as prefeituras.
"O repasse de tais recursos permitirá oferecer serviços aduaneiros de melhor qualidade, com melhorias nas condições da infra-estrutura física, de segurança e de combate aos ilícitos aduaneiros", argumenta o autor da proposta. Ele explica que o impacto orçamentário sobre a implementação destes repasses deverão ser regulamentados por lei ordinária.

Obama pretende reforçar regulação financeira

AFP
26/01/2009
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende reforçar a regulação do sistema financeiro, instaurando regras de controle mais rígidas para os fundos especulativos, as agências de classificação e os corretores de créditos hipotecários, informa o jornal New York Times.
Com base em fontes do governo Obama, o NYT indica que o novo governo deseja eliminar os conflitos de interesse dentro das agências de classificação de risco.
As agências classificação, que são financiadas pelas empresas que analisam, foram muito questionadas durante a crise financeira por terem subestimado os riscos dos produtos financeiros opacos, além de terem demorado a contemplar a crise do mercado em suas análises.
Segundo o New York Times, o governo Obama também deve propor novas regras federais para os corretores de créditos hipotecários e pedir que a SEC, entidade que regulamenta a Bolsa americana, tenha um envolvimento maior na supervisão destes créditos.

Economia argentina cresce 7,1% em 2008, mas indústria desacelera

AFP
26/01/2009
A economia argentina cresceu 7,1% em 2008 em relação ao ano anterior, mas a atividade industrial começou a mostrar sinais de desaceleração em conseqüência da crise financeira global, segundo dados fornecidos pelo instituto estatal de estatística INDEC.
"O crescimento da economia em 2008 foi de 7,1% em relação a 2007", antecipou na sexta-feira o chefe de gabinete do governo argentino, Sergio Massa, depois de uma reunião com a presidente, Cristina Kirchner, na residência oficial de Olivos, na periferia norte de Buenos Aires, pouco antes da divulgação dos números pelo INDEC.
Massa indicou que a economia "teve queda em outubro e novembro", mas "mostrou uma recuperação em dezembro, que permitiu mostrar um forte crescimento no final do ano, apesar do contexto internacional".
A Argentina registrou assim seu sexto ano consecutivo de crescimento, embora a expansão de 2008 tenha ficada abaixo da média anual de quase 9% registrada entre 2003 e 2007, depois de uma queda de 10,9% em 2002, em virtude de uma grave crise econômica, social e institucional.
A Argentina registrou em 2003 um aumento de 8,8% do PIB, que continuou em alta de 9,0% em 2004, 9,2% em 2005, 8,5% em 2006 e 8,7% em 2007.
A indústria fechou o ano com uma evolução de 4,9%, mas com uma queda de 2,1% na atividade fabril, devido à péssima situação dos fabricantes de veículos automotores (-41,1%).

Brown vê 'nova ordem mundial' depois da crise

AFP
26/01/2009
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse nesta segunda-feira que a crise financeira não deve servir como desculpa para que os países recorram ao protecionismo - ao contrário, deve ser vista como "um parto difícil de uma nova ordem mundial".
Em seu discurso, Brown insta os países a "fazer os ajustes necessários para um futuro melhor, estabelecendo as novas normas para uma nova ordem mundial", indicou seu gabinete.
Dados oficiais confirmaram na sexta-feira que a Grã-Bretanha está em recessão.
Dias antes, o goerno havia anunciado um novo plano de resgate bancário para garantir a concessão de créditos no país.
Brown afirma que uma ação global é necessária para uma rápida recuperação da economia.
O premier adverte contra aqueles que, sob o argumento da crise, apostam no protecionismo. "Tal como querem alguns, podemos fechar os mercados - de capital, de serviços financeiros, comerciais e de trabalho - e, assim, reduzir os riscos da globalização", indica.

In Brazil's industrial hub, crisis starts to bite

Sun Jan 25, 2009 8:53pm EST
By Stuart Grudgings
VOLTA REDONDA, Brazil (Reuters) - Rust-colored iron ore trains still rumble through Volta Redonda, but workers in this steel town are feeling the strain as economic crisis slams the brakes on the industries that fueled Brazil's recent boom.
Plunging factory output and mounting job losses show that Latin America's biggest economy is being hit hard, only four months after President Luiz Inacio Lula da Silva dismissed the market turmoil as a U.S. problem with the words "what crisis?"
In Volta Redonda, a center of Brazilian industry where few people's lives are untouched by dominant steel firm Companhia Siderurgica Nacional (CSN), the announcement last month of 300 job cuts has sent shivers through the community.
"This crisis isn't easy for anyone, but why are they firing fathers of families?" said Thiago Amorim da Cunha, a 22-year-old who is one of those laid off by CSN, among Latin America's biggest steelmakers.
Another 3,000 workers were put on temporary leave last month by CSN, which has about 8,000 workers at its main plant here about 90 miles northeast of Rio de Janeiro, and the union fears 1,800 more jobs will go this month.
The popular Lula, who rose to national prominence as a feisty union leader, says proudly that Brazil created more than 1 million formal jobs last year while millions were lost in the United States and Europe.
But the job losses at CSN are part of a growing toll and the severity of the crisis has taken the government by surprise as industries all over Latin America reel from tumbling exports and scarce credit for businesses and consumers alike.
With Brazil now shedding jobs for the first time since Lula came to power in 2003, a sharp downturn could threaten his ability to get a hand-picked successor elected in 2010.
The economy lost 655,000 jobs in December, the biggest fall in a decade. A 6.2 percent yearly drop in industrial output in November was the worst since 2001, and double-digit plunges in Asian countries' factory output underscore how the crisis has spread from the United States and Europe to most of the world.

Brazil Expands Investment in Offshore Drilling Projects

The New York Times
By ANDREW DOWNIE
Published: January 24, 2009
SÃO PAULO, Brazil — Brazil’s state-controlled oil company, Petrobras, announced a crisis-busting investment plan Friday to spend more than $174 billion over the next five years, much of it for prodigious deep-water oil and gas exploration.
The investment covers the 2009-2013 period and represents a rise of 55 percent over the $112.4 billion the company had vowed to spend on development between 2008 and 2012.
This investment is “very robust and very important for the continuity of Petrobras’s growth,” José Sergio Gabrielli, the company’s chief executive, told reporters Friday at a news conference in Rio de Janeiro.
Petrobras, whose full name is Petróleo Brasileiro, had promised to unveil its spending plans in September but delayed the announcement several times because of the world’s financial turmoil.
In 2007 and 2008, Petrobras and partners including Repsol YPF of Spain and the BG Group of Britain discovered vast deposits of oil under more than 4,000 meters of water, rock and salt.
Although the finds are at previously untapped depths and will be costly to extract, they hold an estimated 8 billion to 12 billion barrels of oil, according to Petrobras figures. Company officials and oil experts say that other reserves of that size could be nearby.
One of the finds alone, named the Tupi, holds the equivalent of 5 billion to 8 billion barrels of light crude oil and is the world’s biggest new field since a 12-billion-barrel find in Kazakhstan in 2000.
President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil has said repeatedly that developing these oil reserves is vital to the country’s future, and Petrobras has set aside $28 billion to that end.
In all, new drilling could produce 219,000 barrels a day by 2013, 582,000 barrels a day by 2015 and 1.82 million barrels a day by 2020, he predicted.
Natural gas extraction would rise from 7 million cubic meters a day in 2013 to 40 million a day in 2020, the company added.
Petrobras produced a daily average of 2.18 million barrels of oil and gas last year.