sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Governo de SP anuncia investimento de R$ 3,9 bi em estradas

Mercosul e UE retomarão em abril negociações para acordo de associação

PIS/Cofins sofre restrição e afeta exportador

RI assume missão de reter investidores

Senado americano libera US$ 350 bi restantes de plano de resgate

Senado americano libera US$ 350 bi restantes de plano de resgate

Rodrigo Postigo
16/01/2009
Os senadores americanos deram sinal verde, nesta quinta-feira, para que a próxima administração utilize os US$ 350 bilhões que ainda restavam do pacote de resgate econômico.
O Senado, de maioria democrata, rejeitou por 52 votos a 42 uma resolução republicana que bloqueava o pedido de liberação feito pelo presidente, George W. Bush, em nome de Barack Obama, para que o novo governo tenha acesso ao resto dos fundos do plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões.
O desbloqueio do dinheiro acontece depois que um assessor de Obama, o ex-secretário do Tesouro Larry Summers, prometeu que até US$ 100 bilhões seriam utilizados para superar a crise do setor imobiliário.

RI assume missão de reter investidores

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Maria Luíza Filgueiras
16/01/2009
As equipes de relações com investidores (RI) das companhias de capital aberto têm vivido uma verdadeira prova de fogo. Crise de derivativos, retração e encarecimento de crédito como reflexo do cenário internacional e virada repentina do câmbio multiplicaram o número de ligações, e-mails e road shows com investidores. Se o apetite por renda variável já tinha se reduzido, a missão (inglória) do RI passou a ser a retenção dos remanescentes e até mesmo reforço na obtenção de crédito.
"Um cenário mais conturbado sempre traz desafio, e os times de RI tiveram de repensar suas atividades. É diferente de atuar num mar de rosas, o trabalho se intensifica para não haver sentimento de pânico e efeito manada", diz Andrea Pereira, diretora de RI do grupo EBX, do empresário Eike Batista. Administradora de empresas como OGX e LLX, o grupo intensificou a rotina de visitas a acionistas e analistas. "Tanto do sell quanto do buy side, buscamos dar o máximo de entendimento sobre a situação das companhias."
Já em meio ao furacão que atravessava Wall Street, José Roberto Pacheco, diretor de relações com investidores e controladoria da Odontoprev, efetivou uma rodada de 50 reuniões no segundo semestre de 2008, em quatro países, com gestores, bancos e fundos. "Na crise a atividade do RI fica ainda mais importante. Não é culpa do departamento se o investidor sair da empresa, já que muitos precisam desfazer posição, mas faz parte do trabalho reter acionistas, assim como buscar novos e manter contato com os antigos", diz Ricardo Garcia, presidente da comissão de novos associados do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).
Para o executivo, faz parte da rotina acompanhar os movimentos diários dos papéis, com entradas e saídas e tendências especulativas, mas algumas ações são questionáveis. Segundo Garcia, alguns RIs têm como prática ligar para o investidor que reduz posição. "É antagônico. Alguns se sentem prestigiados, mas outros coagidos."
Esses contatos com o mercado não foram somente intensificados, mas também tiveram mudança de viés. "O discurso mudou muito. Ficou mais corriqueiro focar no preparo da companhia para passar pela crise, qual a estratégia adotada, enquanto o foco anterior era na capacidade de crescimento da empresa", afirma Tharso Bossolani, gerente de RI da Dasa.
A companhia tem empréstimos em dólar e chegou perto de entrar na barca furada dos derivativos, mas na última hora acabou não fechando contrato. "De forma geral, tivemos que aumentar o nível de informação sobre despesas financeiras nos relatórios, até pela variação cambial, ao que antes dedicávamos apenas um comentário. Até a fórmula de cálculo para pagamento de empréstimos incluímos no último demonstrativo", diz o gerente.

PIS/Cofins sofre restrição e afeta exportador

Valor Online / Marta Watanabe
16/01/2009
Uma alteração que passou despercebida na primeira leitura da MP que regulou a lei contábil - a MP 449, de 12 de dezembro - deve atingir em cheio os exportadores. Até dezembro de 2008, as empresas abatiam os créditos do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com o valor devido mensalmente de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Um dos artigos da MP, porém, impede essa compensação a partir de janeiro de 2009. O problema é que, no caso dos exportadores, se os créditos não puderem ser compensados com IR e CSLL, na prática não poderão mais ser compensados com os demais tributos federais. Isso porque os exportadores têm, por conta da imunidade tributária das exportações, débitos de PIS, Cofins e IPI muito baixos.
Pela nova norma, os débitos de PIS/Cofins e IPI só poderão ser compensados com o IR e com a CSLL no momento do ajuste de quem paga o lucro real por estimativa. Ou seja, os créditos de PIS e Cofins gerados durante todo o ano de 2009 só poderão ser compensados em março de 2010.
Para a Receita Federal, a medida será interessante, diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Sem a compensação durante todo o ano, explica, a Receita terá em 2009 uma arrecadação que só entraria em 2010. Ou seja, com o artifício, o órgão terá arrecadação adicional contabilizada como receita de 2009. Procurada, a Receita não se manifestou.
Para os exportadores, diz Castro, isso traz um problema de fluxo de caixa durante todo o ano exatamente num momento em que falta crédito no mercado. Sem a compensação, a empresa terá de tirar do caixa recursos para pagar o IR e a CSLL no decorrer do ano. Segundo a AEB, isso ocorrerá com quem tem mais de 30% do faturamento com exportações, porque a empresa não conseguirá absorver todo o crédito de PIS e Cofins. A nova restrição tributária vale para as empresas que recolhem IR pelo regime do lucro real por estimativa. De acordo com a associação, o problema atingirá entre 20% e 30% das mil empresas responsáveis por 90% das exportações em valor e prejudica principalmente quem fabrica produtos manufaturados.
Apesar do impacto financeiro sobre o capital de giro dos exportadores, a restrição é considerada de difícil questionamento judicial, explica Pedro Miguel Ferreira Custódio, do Souza, Schneider e Pugliese Advogados. Para muitas empresas, diz ele, a falta de compensação durante o ano tornará inviável a compensação somente no ajuste em 2010. "A compensação só será possível se a empresa tiver uma diferença de IR e CSLL a recolher. Se ela já tiver recolhido o valor exato ou tiver direito a ressarcimento, ela não conseguirá fazer a compensação, o que gerará novos créditos de IPI, Cofins e PIS."

Mercosul e UE retomarão em abril negociações para acordo de associação

Agência EFE
16/01/2009
O Mercosul e a União Européia (UE) retomarão em abril as negociações iniciadas em 1999 para um acordo de associação política e comercial, disse hoje o chefe da delegação da Comissão Européia (CE) na Argentina, Gustavo Martín Prada.
Os negociadores técnicos dos 27 países da UE e o bloco integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e ao qual a Venezuela está em processo de adesão, se reunirão em Bruxelas entre 2 e 4 de abril e em Buenos Aires em 25 de abril, afirmou o diplomata em entrevista coletiva.
Se as conversas avançarem, os chanceleres de ambos os blocos poderiam se reunir no dia 15 de maio e, eventualmente, os presidentes fariam o mesmo em 17 de maio. Ambas as reuniões ocorreriam paralelamente à Cúpula América Latina-UE, realizada em Lima.
O acordo de associação que é negociado abrange um capítulo político e outro de cooperação - praticamente estipulado -, e um capítulo econômico-comercial.
Neste último quesito, as negociações entre UE e Mercosul estavam estagnadas desde o fim de 2006 pelas divergências principalmente nos capítulos do comércio de bens industriais - nos quais os europeus disputam maior acesso - e de bens agrícolas -principal interesse dos sul-americanos.

Governo de SP anuncia investimento de R$ 3,9 bi em estradas

Rodrigo Postigo
16/01/2009
O governador de São Paulo, José Serra, anunciou nesta quinta-feira investimento de R$ 3,9 bilhões para recuperação e pavimentação de estradas vicinais.
Serão beneficiadas com os projetos as regiões de Campinas, Itapetininga, Bauru, Araraquara, Cubatão, Taubaté, Assis, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Grande São Paulo, Araçatuba, Presidente Prudente, Rio Claro e Barretos.
Até o final de 2010, somadas etapas do programa Pró-Vicinais, serão melhoradas 12 mil km de estradas, segundo o governo.

Loan covenant compliance a key issue for manufacturers this year

It is no secret that the credit market is tough right now. One way to make it even tougher is to fall out of compliance with your loan covenants.
RSM McGladrey
2009/01/16
These covenants — conditions that lenders place on the borrower in order for the borrower to meet the terms and conditions of the loan — can include such mandates as maintaining sufficient insurance coverage and meeting key financial performance ratios. In the current recessionary environment, those covenants may be harder to meet.
In past years, companies with loan covenant compliance issues often could get a waiver from their lender. In the current market, that is likely to be significantly harder to do. If your lender will not grant a waiver, and if you cannot line up other financing, then your auditor may not be able to sign off on your company being a going concern. So what should companies do?
Make sure you are aware of all your loan covenants, and track your results to see if any of them are likely to be an issue. If so, begin frank discussions with your lender immediately to see if a waiver or other accommodation is possible.
If your lender will not be able to continue financing, you will need to move quickly to fill that gap. Other traditional lenders are a less likely option than they have been in the past. Mezzanine or equity financing may be an option. Asset-based financing could be another. In any case, the earlier you are aware of any covenant, the more time you will have to work with your lender and investigate alternative financing if necessary.

Six steps manufacturing companies should consider in the downturn

The current economic climate has significantly affected the manufacturing sector.
RSM McGladrey
2009/01/16
The building material and transportation industry segments were the first to slow starting in late 2006. As consumers started pulling back spending, the deterioration in those two segments continued and started to impact other segments in the first part of 2008. The situation was further exacerbated by the financial crisis that started unfolding in late summer of 2008. A recession is upon us and the general consensus of economists is improvement won’t start until the third quarter of 2009.
What can your company do to sustain during this economic downturn? Taking the appropriate steps now can minimize the impact of the recession on your business. Focusing on the following six areas can help you continue to grow your business and weather these tough economic times.
1. Update Strategic Plan
Asking four questions can help a business effectively look at their strategy: What is our marketplace potential? What infrastructure investments do we need to make to reach our potential? How will we look from a financial perspective? And how do we remain innovative?
Although a management-driven approach can be effective, incorporating company leaders in the strategic planning process and using a balanced scorecard framework to guide the planning process helps everyone stay on track. A scorecard can help encourage and gauge customer, infrastructure, innovation and financial target performance.
2. Review Sales and Marketing Efforts
Understand your market and implement “actionable” segmentation based on buying behaviors. Consider using the 80/20 rule – 80% of your revenues are coming from 20% of your customers. Track customer activity and score them based on margins and payment performance to determine which accounts are the worst performing and worth exiting. By analyzing your customers pricing and margins, you can implement action plans that deepen key relationships – resulting in more profits for your company.
3. Focus on People
Employee retention is critical during an economic downturn. Companies need to ensure that their compensation and benefits programs are competitive to retain employees, with an emphasis on rewarding top performers. It is increasingly important for companies to have recruitment and reward plans in place to attract and motivate critical talent — and maximize the return on a company’s human capital investment.
Research shows that wage and affordability issues can be a huge distraction and stressor in the workplace. To entice skilled workers, it’s important for employers to offer competitive wages and benefits. Turnover can easily cost a company 150 percent or more of an employee’s annual compensation.
4. Review Operations
Now is a good time to examine functional areas of operations and scrutinize how well your processes are working. By benchmarking operational efficiencies against your peers, you can learn about best practices that can improve your company’s bottom line and identify areas in your operational structure that are not as efficient as they could be.
As you review your operations, focus on these key areas:
Implement lean manufacturing techniques
Use technology to improve back office processes
Determine appropriate inventory levels
Reconsider sourcing alternatives both global and domestic
Improve supply chain information for timeliness, accuracy and relevancy
Update product costing to reflect current business conditions
5. Review Financing
In today’s tight economy, it is important to meet with banks and/or financiers on a regular basis. Make sure you know who has final authority for your credit decision, and meet with that person. Being proactive about reporting any potential cash flow issues can strengthen a company’s relationship with its lender and make it easier to get an amendment or waiver if a covenant violation occurs.
6. Establish Cash Flow Management
Cash is the lifeblood of every company and should be focused on everyday. Understanding your cash flow is critical – where cash is generated and where it is going. The cash cycle begins when an item is ordered from a supplier, and is completed once payment is received from the customer. Identify the timing of each element of the cycle — how long it takes to pay invoices and collect revenues, etc. and then develop a cash flow plan. Doing so will allow you to be proactive and influence the timing of both receipts and disbursements.
An easy step to improving cash collections and reducing the length of the cash cycle is to avoid waiting until after a payment is considered late in your aging reports before you call your customer. Call them well before the payment is due to make sure they received the product, the quality met specifications and they received the invoice. This avoids wasted time and keeps the invoice at the head of the customer’s payment process.

UPDATE 1-U.N. sees Mexico shrinking, Brazil slowing in 2009

Thu Jan 15, 2009 2:50pm EST
(Recasts, adds background on countries' economies)
MEXICO CITY, Jan 15 (Reuters) - A U.N. report presented on Thursday forecast Mexico's economy will shrink 1.2 percent this year and Brazil's will grow a lackluster 0.5 percent, as both are smacked by a global credit crisis and economic downturn.
"Latin America will decelerate significantly in 2009. Nobody will escape this crisis," Robert Vos, a director at the United Nations' social and economic affairs department, told a news conference.
"For Latin America and the Caribbean together, it's a growth rate of 2.3 percent in 2009 versus 4.3 percent in 2008," he said.
Brazil is taking a hit as weaker global demand erodes exports and a credit crunch stifles domestic consumer appetite. Several industries, including steel, mining and automobiles, have laid off workers, reduced shifts and cut investments.
In Mexico, Latin America's No. 2 economy, many analysts believe the central bank may cut interest rates on Friday to reduce the depth of a feared recession.
A slight majority of experts in a Reuters poll on Tuesday forecast the Banco de Mexico will cut rates. (Reporting by Luis Rojas, Editing by Chizu Nomiyama)