quarta-feira, 7 de maio de 2008

Não sei se rio ou choro: Sou patrão

Ivan Postigo

Num país com um mercado tão complexo como o nosso e um sistema tributário tão perverso, porque alguém se torna empresário?
Diria, pelas mesmas razões que em qualquer lugar do mundo: por poder, dinheiro, liberdade e criação.
Vou descartar a comparação que me enviaram há algum tempo, retirada de um romance em que a garota dizia: “Sonho em crescer e ser professora para poder atormentar a molecada “.
Não acredito que nenhum patrão, em função de sua posição, tenha esse prazer!
É estranho pensar que ninguém escolhe ser patrão para ficar rico, mas se quiser ficar rico terá que ser seu próprio patrão e correr muito risco.
Como a impaciência é seu combustível, a fome de liberdade leva-o a criar, inventar, sabendo que esta, na sua essência, é uma transgressão, assim como toda obra de arte.
Há uma série de questões que devem ser levantas, pois fazem parte da vida do patrão e poucas vezes são entendidas.
O que não posso delegar como empresário?
“A definição do horizonte para o qual a empresa se dirige e a correta comunicação à equipe”.
Que certeza devo ter na administração do meu dia-a-dia?
“No momento em que a empresa está em crise ninguém decide nada, eu tenho que apontar a direção a seguir”.
O que é comum a todas as empresas com ou sem fins lucrativos e não devem ser confundidos?
Homens, ação e dinheiro.
Qual a melhor combinação a fazer e por que não devem ser confundidos?
Homens e ação, produzindo o dinheiro! Não perca seu tempo imaginando outra forma. Já vi amontoados de pessoas desperdiçando um monte de dinheiro, sem produzir nenhuma ação, a não ser essa.
O que enlouquece sua equipe? Sim, há coisas que os deixam “pirados”também!
Não entender que a maioria dos empresários não é formada por intelectuais, mas por homens de ação. Poucos formalizam suas idéias por escrito.
O que enlouquece os empresários? Ops, agora chegou nossa vez!
Constatar que quando o poder cresce em extensão, diminui em eficácia! Todo patrão que viu a sua empresa crescer já experimentou a terrível frustração de perda de poder. Teve que delegar, inevitavelmente, de preferência aquilo que não sentia conforto em realizar, mas---sempre tem um mas---tendo que levar as pessoas a gostar de desenvolver aquela atividade!
Qual a obsessão dos empresários em qualquer parte do mundo?
Expansão, rentabilidade e segurança. Eta coisas complicadas de equacionar!
O que o patrão deve sempre se lembrar? Bom, seria interessante se lembrasse....
Ele não deve decidir para ter razão, mas para ter êxito! Conta a história que Ronald Reagan, conhecido como um homem de poucas idéias e de um governo brilhante---questione quem quiser---, tinha em sua mesa uma placa com os seguintes dizeres : “ Não há limites para o que um homem pode realizar, desde que lhe seja indiferente saber quem terá o crédito”.
Patrões geniais são cansativos para seus colaboradores, então sábio será se cercar de bons profissionais.
Em geral, boas idéias podem ser encontradas nos quatro cantos da empresa, contudo sem organização, sem tempo adequado, sem uma boa equipe, atazanados pelos problemas, o lugar menos provável onde nós iremos procurá-las será entre nossas duas orelhas!
O que o patrão não deve se esquecer?
Que dirigir uma empresa é uma profissão de homens livres, e essa liberdade se mede com precisão: a unidade de medida é o dinheiro!
Para encerrar permitam-me não apresentá-los a esses meus dois amigos para que possamos deixar nossos egos e pessimismos de patrão de lado:
Depois de um dia de muito trabalho nos encontramos e um deles me diz: “ Jamais alguém me sucederá a altura, depois de mim virá o dilúvio ...nada restará!”, o outro tão pessimista, ao se levantar para partir, diz: “ A vida de empresário é dura, e depois a gente morre!”.
Rio ou choro?

Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

Aprovados incentivos a empresas em zona de exportação

Agência Câmara
07/05/2008
O Plenário aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória 418/08, que aperfeiçoa as regras para instalação e funcionamento de empresas nas chamadas Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), suspende o pagamento de tributos e estende a essas empresas incentivos já existentes para pesquisa tecnológica. A matéria será analisada agora pelo Senado.
O texto concede às empresas das ZPEs a suspensão dos seguintes impostos e contribuições: Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Cofins, PIS/Pasep, Cofins-Importação, PIS/Pasep-Importação, e Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).
A MP foi aprovada na forma do projeto de lei de conversão do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Entre as mudanças incluídas por ele, está a possibilidade de prorrogação, por igual prazo, do período de 20 anos de permanência de uma empresa na ZPE nos casos de investimento de grande vulto, a critério do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).
De acordo com o relator, 114 países já contam com ZPEs, e a primeira tentativa no Brasil de adotar esse sistema aconteceu em 1988. As ZPEs têm o objetivo de estimular, por meio de benefícios fiscais, a instalação de empresas em áreas privilegiadas para exportação, com o compromisso de obter, anualmente, 80% de sua receita bruta com a exportação de bens ou serviços.
Imposto de Renda
Para dar competitividade às ZPEs e torná-las mais atraentes aos investimentos estrangeiros, a redação aprovada pela Câmara concede isenção do Imposto de Renda durante os cinco anos seguintes ao de início de funcionamento da empresa. Depois desse tempo, a isenção, calculada sobre o lucro da exploração, converte-se em redução de 75% por mais cinco anos.
Para receber esse incentivo, a ZPE deve estar em área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) ou da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O texto prevê a tributação de 25% do Imposto de Renda na fonte sobre os lucros e dividendos entregues a pessoa física ou jurídica residente no exterior por empresa situada em ZPE, ou sua controladora, que tenha sido beneficiada com isenção ou redução do IR.
O tributo não será devido, entretanto, se a legislação do país de residência do beneficiário conceder isenção ou não tributar esses rendimentos.
Inovação tecnológica
Outra novidade da MP é a concessão dos mesmos incentivos dados hoje às empresas de fora de uma ZPE quanto à inovação e à pesquisa tecnológicas. Entre eles, estão os previstos para as áreas da Sudam e da Sudene; para os programas e fundos de desenvolvimento do Centro-Oeste; os constantes da Lei de Informática (8.248/91); os da chamada Lei do Bem (11.196/05); e a isenção de Imposto de Renda sobre remessas ao exterior para pesquisa de mercado sobre produto brasileiro de exportação ou para participação em feiras e exposições.
As empresas também contarão com os regimes aduaneiros suspensivos previstos em regulamento.
Para entrarem em uma ZPE, as empresas devem ainda atender às diretrizes governamentais para os diversos setores da indústria, além de aplicarem um valor mínimo em investimentos quando assim for fixado em regulamento.

Russian, Brazilian Steel Export Prices to Rise 60%, Nomura Says

By Mark Herlihy
May 7 (Bloomberg) -- Export prices for Russian and Brazilian hot-rolled steel will increase as much as 60 percent this year as rising spot prices offset higher raw material costs, Nomura International Plc said.
``The global steel industry is enjoying a renaissance of improving returns and growth,'' Paul Cliff, an analyst at Nomura in London, wrote today in a report. ``We continue to view steel producers from Russia and Brazil as ongoing outperformers.''
Russian and Brazilian producers offer higher prices, lower costs and faster growth than in other regions, Cliff wrote in the note. Evraz Group SA and Novolipetsk Steel were the ``top steel picks'' in the sector, he said.
Global steel prices will continue to rise for another three to six months before a ``cyclical correction'' in the fourth quarter, Cliff said.

Estrangeiro põe R$ 480 mi na Bolsa 1 dia após 'upgrade'

Agência Estado
07/05/2008
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) contabilizou ingresso de R$ 480 milhões em capital externo no pregão da sexta-feira passada, dia 2 de maio. O saldo é resultado de compras de R$ 4,98 bilhões e vendas de R$ 4,5 bilhões.
Com isso, em 2008 o saldo positivo de investimentos estrangeiros na Bolsa brasileira subiu para R$ 705,8 milhões.
O pregão do dia 2 foi o primeiro completo após a elevação da nota ("upgrade") de avaliação de risco do Brasil para grau de investimento pela agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's, anunciada pouco antes do final da sessão de quarta-feira, dia 30 de abril - quinta-feira foi feriado nacional e a Bolsa não funcionou. Desde então, o índice Bovespa bateu sucessivos recordes de pontuação.
Na quarta (dia 30), o Ibovespa disparou na última hora do pregão, logo após o anúncio da S&P, e fechou com alta de 6,33%. Na sexta, o índice avançou mais 2,21%. Na segunda-feira, o Ibovespa fechou acima dos 70 mil pontos pela primeira vez na história. Ontem subiu mais 0,03%, a 70.195 pontos, registrando quatro recordes seguidos.

Brazil stocks fall led by banks, real weakens

Tue May 6, 2008 11:21am EDT
SAO PAULO, May 6 (Reuters) - Brazil's stock market fell on Tuesday for the first day in four, led by a decline in banking shares on expectations that demand for loans will slow as domestic interest rates rise, while the national currency was dragged down by lower equity markets at home and abroad.
The Sao Paulo Stock Exchange's benchmark Bovespa index .BVSP fell 0.43 percent to 69,875.04 points after closing at an all-time high the previous session. Shares of TIM Participacoes slumped 9 percent after the company reported its first-quarter loss widened, also helping push the index lower.
The Brazilian real BRBY weakened for a second session, down 0.18 percent to 1.663 per U.S. dollar, weighed down by the decline in equity markets in the United States, Europe and in Brazil.
"We figured there would be some profit taking from stock market investors and, as a consequence, a considerable drop in the currency," said Vanderlei Arruda, manager of foreign exchange trading at the Souza Barros brokerage.
Interest-rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo were mostly higher after data on Tuesday showed prices in Brazil's largest city quickened in April. Inflation in Sao Paulo rose 0.54 percent last month, faster than the 0.31 percent gain in March, the Fipe research institute said.
On the stock exchange, TIM Participacoes (TCSL4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's second-largest mobile phone company, tumbled 9.3 percent to 5.17 reais. The company reported a first quarter net loss of 107.93 million reais, five times wider than the 19.46 million reais loss in the year-earlier period as provisions for bad debt surged 57 percent after an aggressive campaign to sign up new clients at the end of 2007.
Itau (ITAU4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's second-largest private sector bank, fell 3.14 percent to 48.19 reais. The bank said on Tuesday its first-quarter profit rose 7.5 percent to 2.04 billion reais from a year earlier and was up 0.7 percent from the fourth-quarter. Loan growth slowed to 7.9 percent quarter-on-quarter after expanding 11.9 percent in the fourth-quarter. For details please see [ID:nN06364869].
Other banks also fell on concerns growth in lending, one of the main sources of profits for the financial sector in past quarters, may slow further because of an increase in domestic interest rates. Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research) fell 3.23 percent to 39 reais, while Unibanco (UBBR11.SA: Quote, Profile, Research) was down 2.39 percent to 24.91 reais.
State-controlled oil company Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research) rose 1.48 percent to 44.5 reais as crude prices rose about 1.5 percent in London and New York on concerns over tight supplies.
Mining company Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research), the second most heavily weighted stock in the Bovespa index, rose 1.1 percent to 55 reais, buoyed by firmer prices of copper and other industrial metals. (Reporting by Elzio Barreto and Silvio Cascione, Editing by Chizu Nomiyama)

Gas Prices Expected to Peak in June

New York Times
By JAD MOUAWAD
Published: May 7, 2008
The new forecast from the Energy Department came on a day oil futures rose above $122 a barrel in New York trading after rebels in Nigeria renewed their attacks against oil installations. By day’s end, crude oil for June delivery closed at a record $121.84 a barrel, up 1.6 percent from Monday’s close.
Oil prices have nearly doubled in a year. Gasoline is selling for a national average of about $3.61 a gallon, according to AAA, the automobile club, a penny less than the record set on May 1 but 58 cents higher than a year ago.
Some private analysts have gone beyond the Energy Department’s forecasts, predicting that gasoline will surpass $4 a gallon this summer.
Domestic gasoline consumption is likely to fall more steeply than expected this year, the Energy Department said, an indication that higher prices are cutting into the driving habits of many Americans. But gasoline prices are expected to rise nonetheless and should average $3.52 a gallon for the full year, or 71 cents above their average price in 2007, according to the government’s latest estimates.
“In the past, high prices could be offset by borrowing or making more money,” said Adam Robinson, an analyst at Lehman Brothers. “It’s really when you have the triple bite — a weaker economy, less access to credit, and higher prices — that you see the consumer recoil.”
The high cost of fuel has become a major issue in the presidential race, with the Democratic candidates, Senators Hillary Rodham Clinton and Barack Obama, clashing over a summer waiver of the 18.4-cents-a-gallon federal gasoline tax.
The gas tax holiday is supported by Senator Clinton and the presumptive Republican nominee, Senator John McCain, who have both said it would provide some relief in the summer driving season. Senator Obama calls the idea “pandering” and said that cutting the tax would spur more consumption, pushing prices back up.
In its monthly report, the Energy Department projected that domestic petroleum consumption would decline by about 190,000 barrels a day this year, a result of the economic slowdown and high prices. That is a sharper drop than the 90,000-barrel-a-day decline projected by the department last month.
After accounting for increased ethanol use, domestic consumption will fall by 330,000 barrels a day, or less than 1 percent of total gasoline demand. While limited, it would be the first annual decline in gasoline demand since 1991.
The Energy Department expects oil prices to average $110 a barrel this year, about $9 more than its previous outlook.
Despite these higher costs, global oil demand is still projected to rise by 1.2 million barrels a day this year, mostly because of growing consumption in China, the Middle East, Russia, Brazil and India.
China alone will account for a third of the jump in consumption. In March, Chinese imports rose by 800,000 barrels a day, compared with levels a year earlier, a big increase that could mean China is filling its oil reserve needs before the start of the Olympic Games this summer.
Oil supplies, meanwhile, continue to lag behind. After a drop in Nigerian output last month, production by OPEC nations fell 1 percent in April, according to a survey by Bloomberg News.
Members of the Organization of the Petroleum Exporting Countries pumped an average of 32.1 million barrels a day last month, down 320,000 barrels from March, according to the survey of oil companies, producers and analysts.
Nigerian production dropped by 160,000 barrels, to an average of 1.88 million barrels a day, the country’s lowest level since August 1999. The country’s output suffered from a strike by Exxon Mobil workers. Adding to these troubles, rebel militants have apparently resumed their attacks on oil companies in the Niger Delta, forcing Royal Dutch Shell to reduce production.
As demand continues to outpace the growth in oil supplies, analysts expect little relief in prices. A shortfall in supplies over the next two years will probably send oil to $150 to $200 a barrel, Goldman Sachs said in a new report.
Analysts’ forecasts for the price of gasoline over the next few years run as high as $7 a gallon.

Grau de investimento não é certificado de desenvolvimento, alerta ‘FT’

Rodrigo Postigo
07/05/2008
Em meio à euforia dos investidores, "todos precisam manter um sentido de perspectiva" sobre a elevação da nota da dívida brasileira ao grau de investimento pela agência Standard & Poor's, segundo afirma editorial do diário britânico Financial Times.
"Afinal de contas, as agências de classificação de risco, como a Standard & Poor's, simplesmente avaliam a capacidade dos devedores de pagarem suas dívidas. Um grau de investimento torna a dívida do País mais atraente para grandes fundos de pensão e seguradoras. Não é um certificado de desenvolvimento", observa o jornal.
Apesar disso, o jornal comenta que "a conquista do Brasil é notável". "Seis anos atrás o país era amplamente visto como à beira da falência. A dívida interna, denominada em moeda local, ainda é alta. Mas a S&P acredita que isso é mais do que compensado por uma queda acentuada no endividamento externo e na administração firme da economia, baseada no desenvolvimento de instituições mais confiáveis", diz o editorial.
O Financial Times sugere que a elevação da nota do Brasil indica uma tendência mais ampla entre os países emergentes devedores e comenta que na última década a S&P elevou a nota de 14 governos de países emergentes para grau de investimento.
"O Brasil agora tem um status semelhante ao de Índia, Rússia e China, as três outras economias emergentes gigantes (os chamados Brics), cujo crescimento está transformando a economia mundial", diz o editorial.

Incentivos fiscais à inovação são pouco utilizados

Canal Executivo
07/05/2008
O Brasil dispõe de uma série de incentivos fiscais à inovação, mas o número de empresas que os utilizam é ainda bastante reduzido. Em 2006, apenas 130 empresas se beneficiaram dos incentivos previstos na Lei do Bem, o principal deles a possibilidade de abaterem no IR e na Contribuição sobre o Lucro Líquido até 200% dos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D). Uma vez que o Brasil conta com cerca de 5.000 empresas que fazem atividades de P&D de forma contínua, as 130 que utilizaram os incentivos da Lei do Bem em 2006 representam apenas 2,6% daquele universo.
Como mudar esse quadro? Possíveis respostas vão ser discutidas durante a VIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, a ser realizada de 19 a 21 de maio, em Belo Horizonte (MG). Estarão lá representantes da Bosch, Embraer, Fiat, Natura, Oxiteno e Pirelli – empresas que investem continuamente em P&D no Brasil. Seus cases compõem o painel “Experiência das empresas na utilização dos fomentos à inovação”, que ocorrerá na manhã do dia 20 de maio.
Bruno Bragazza, por exemplo, vai falar sobre a criação, em janeiro deste ano, de uma área na Bosch com a função exclusiva de cuidar da inovação tecnológica de todas as unidades de negócio da empresa, justamente com foco nos incentivos disponíveis. “Em 2007 já nos beneficiamos da Lei do Bem, com alguns projetos. Para 2008 queremos ampliar a utilização desses benefícios e estamos planejando multiplicar por quatro o número de projetos incentivados”, informou Bragazza. Para isso, a Bosch está criando um processo interno visando à melhor utilização da Lei do Bem, o que implicará o acompanhamento de cada projeto de inovação tecnológica, desde o seu início até a conclusão. Com os projetos incentivados, em 2007 a Bosch deduziu no IR 180% das despesas com P&D.
Já Márcio Tavares Lauria vai mostrar que a Oxiteno conta com um sistema de TI centralizado para gestão do portfólio de projetos de inovação. “O sistema evidencia o caráter inovador de nossas atividades no desenvolvimento e na otimização de produtos, processos e aplicações na indústria química”. A Oxiteno também tem um modelo de gestão da inovação e uma estrutura interna para cuidar dos processos de trabalho. “Isso nos permite a utilização dos incentivos fiscais, bem como o pleito para financiamentos e subvenções”, explica Lauria. Ele vai falar também sobre as principais dificuldades e as propostas de melhoria para a utilização dos fomentos à inovação.
Roberto Falkenstein, por sua vez, vai abordar, entre outros aspectos, como a legislação brasileira pró-inovação ajuda o centro de P&D da Pirelli no Brasil a crescer. “Graças aos incentivos que existem hoje no País, estamos executando aqui alguns projetos que antes eram feitos pela matriz, em Milão, ou pelos centros de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli nos Estados Unidos ou na Alemanha”. Com isso, o centro de P&D da Pirelli no Brasil se tornou o segundo maior da empresa: cresceu 30% em número de projetos nos últimos anos e só perde para a sede na Itália. “Desenvolvemos aqui produtos a serem 100% exportados para os EUA”, exemplifica Falkenstein.

Já existem propostas para colaborar com Paraguai, diz Amorim

Agência Brasil
07/05/2008
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira que já existem várias propostas "concretíssimas" de apoio brasileiro ao desenvolvimento do Paraguai. Amorim citou a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica da Usina Hidrelétrica de Itaipu até Assunção, capital paraguaia.
Amorim afirmou que algumas obras no Brasil também podem beneficiar os paraguaios. Um exemplo seria a construção da ferrovia, ligando as duas cidades paranaenses de Cascavel e Foz do Iguaçu, na fronteira paraguaia, com Cidade do Leste, que pode facilitar o escoamento da produção agrícola do país vizinho. Ele lembrou ainda a proposta de construção de uma segunda ponte ligando os dois países.
Amorim também não descartou a possibilidade de investimentos diretos de empresas brasileiras. "Pode haver um maior incentivo para que indústrias brasileiras, em um marco jurídico adequado e seguro, possam investir no Paraguai, inclusive em indústrias que utilizam mais energia elétrica e que façam com que o Paraguai se sinta, ele de fato está, mas que ele se sinta utilizando a energia que Itaipu está gerando", afirmou o chanceler brasileiro.
Ele reiterou a posição de que a essência do Tratado de Itaipu não pode ser modificada. "Creio eu que há maneiras de encontrar soluções para o que sejam reivindicações justas e realistas, sem alterar o Tratado", disse.
De acordo com o ministro, ainda não foi recebida nenhuma proposta formal de modificação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que trata das questões financeiras. "Vamos com calma, vamos esperar", pediu.
"Eu acho que é preciso pensar um conjunto de coisas que ajudem o Paraguai", afirmou. E completou que soluções devem ser encontradas por meio de negociações e não com "rompantes arrogantes", que possam prejudicar os países vizinhos.