terça-feira, 6 de janeiro de 2009

EUA já gastaram US$ 10 trilhões contra crise

Rodrigo Postigo
06/01/2009
O montante de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso americano em outubro de 2008 como plano para recuperar a economia dos Estados Unidos foi apenas uma pequena parte dos gastos do país para sair da crise. De acordo com a Time, nas últimas 16 semanas, o governo americano investiu ou emprestou um total de US$ 10 trilhões para ajudar os bancos, melhorar o mercado financeiro e evitar a quebra das montadoras.
Para o consultor econômico Edward Yardeni, os planos do governo dos Estados Unidos apenas evitaram um colapso, mas não resolveram os problemas, ainda segundo a publicação.
No final de dezembro, a primeira parte do plano de resgate foi finalizado, quando o governo terminou de gastar a primeira metade dos US$ 700 bilhões.

Empresários apostam que crise durará 1 ano, diz pesquisa

Rodrigo Postigo
06/01/2009
A maioria dos empresários acredita que a crise financeira mundial terá duração de um ano. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-SP), com 24 executivos de empresas com atuação no Brasil, aponta que 47,37% deles acreditam que a turbulência vai durar 12 meses.
Já os outros executivos entrevistados estão divididos. O percentual para quem acredita em uma crise de seis meses, de um ano e meio e de dois anos é o mesmo: 15,79%.
Apenas 5,26% dos entrevistados pelo Ibef crêem que a turbulência terá duração de três anos.

Chile lança plano de US$ 4 bi para estimular economia

EFE
06/01/2009
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou hoje um pacote de medidas de mais de US$ 4 bilhões, destinado a estimular o emprego e o crescimento frente aos efeitos da crise global no país.
O pacote, de 11 medidas, inclui um bônus de 40 mil pesos (US$ 62) por família (cônjuges e filhos dependentes) para os setores mais vulneráveis, que favorecerá cerca de 3,7 milhões de pessoas e será pago em março.
Trata-se do oitavo plano que o Governo Bachelet anuncia para estimular a atividade econômica e foi divulgado pela governante por rádio e televisão.
A quantidade de recursos, segundo Bachelet, equivale a 2,8% do Produto Interno Bruto e envolve o aumento adicional do gasto público previsto para este ano, equivalente a 1% do PIB.

45 empresas do País perdem mais de 80% do valor de mercado

Economática mostra que 6,5% das companhias da América Latina e EUA perderam 88,2% do valor de suas ações
Agência Estado/ Luana Pavani
06/01/2009
Um levantamento da Economática sobre a queda de valor de mercado das empresas de capital aberto na América Latina e nos Estados Unidos em 2008 mostra que, entre as 1900 companhias, 6,5% tiveram perdas acima de 80% em seu valor de mercado em dólar no ano de 2008. Desse grupo, que reúne 122 companhias, 45 são brasileiras.
Essas empresas tinham ao final de 2007 em torno de US$ 978,6 bilhões em valor de mercado, cifra que caiu 88,2% em 2008 para US$ 115,6 bilhões. Já as brasileiras (45) contabilizaram perdas de 87,1%, de US$ 59,7 bilhões ao final de 2007 para US$ 7,7 bilhões no encerramento de 2008.
Das empresas brasileiras a maior queda em valor de mercado foi a da agrícola Agrenco, com 98,3%, seguida pela Laep (Parmalat), com 95,8%, e em terceiro lugar a mineradora MMX, com valor de mercado 95,5% menor ao final de 2008 em relação ao ano anterior.
O setor de construção civil aparece no ranking das 30 maiores perdas com Abyara (-94,7%), Inpar (-93,5%), General Shopping (-90,0%), BR Brokers (-90,0%) e Company (-89,9%). Nesse recorte aparece ainda a Brasil Ecodiesel, com 93,4% de queda no valor de mercado.
Na análise da Economática, a empresa brasileira que teve maior perda em valor nominal foi a MMX, que encerrou o ano com US$ 7,7 bilhões a menos em seu valor de mercado - era US$ 8,08 bilhões em 2007 e chegou a US$ 361 milhões em 2008. A segunda maior queda nominal foi de Aracruz, que no final de 2007 valia US$ 8,3 bilhões e passou a US$ 1,4 bilhão em 2008. A variação no valor de mercado da fabricante de papel e celulose em dólares atingiu 83,1% negativos.
No topo do ranking está a norte-americana Idearc, do setor de publicações de páginas amarelas, cujo valor de mercado caiu 99,9%, seguida pelo banco Lehman Brothers, com perda de 99,7%. Ambas as empresas fecharam capital no segundo semestre de 2008.

Venda de carros no Japão cai ao menor nível desde 1974

Analistas culpam a recessão no Japão pelo declínio de 6,5% na comercialização de novas unidades em 2008
Agência Estado / Nathália Ferreira
06/01/2009
As vendas domésticas de veículos no Japão caíram no ano passado para o menor nível desde 1974, uma vez que a recessão comprimiu a demanda já fraca do consumidor nos últimos meses de 2008. De acordo com dados da Associação de Concessionárias do Japão, as vendas de novos carros, caminhões e ônibus recuaram 6,5% para 3,212 milhões de veículos em 2008.
As vendas, medidas pelo registro de veículos, são acompanhadas por economistas por serem a primeira indicação dos gastos dos consumidores a ser divulgada a cada mês. Enquanto as quedas dos anos anteriores foram atribuídas aos elevados preços de gasolina e ao declínio da população, analistas culpam a recessão no Japão pelo declínio de 2008.
Grandes montadoras como Toyota Motor Corp., Honda Motor Co. e Nissan Motor Co. reduziram nas últimas semanas as previsões de resultado para o ano fiscal que termina em março. De acordo com os dados da associação, apenas em dezembro as vendas caíram 22,3%, para 183.549 veículos.

Emerging-Market Currencies May Extend Drop, Morgan Stanley Says

By Patricia Lui
Jan. 6 (Bloomberg) -- Emerging-market currencies are poised for further losses as recessions force wealthier nations to rein in overseas investment, Morgan Stanley says.
One-third of the world’s wealth has been wiped out by the financial crisis and this will have a lasting effect on global consumption, wrote London-based Stephen Jen, chief strategist for emerging markets in the bank’s sales and trading arm. Foreign direct investment in the developing nations of Asia, Europe and Latin America is already starting to cool, he said.
“Capital surplus nations are no more immune to the global slowdown than capital deficit countries and the rise in Anglo- Saxon countries’ savings rates will be a powerful trend in coming years,” the note read. “The cyclical shock is just beginning and some of the slower-moving capital will start to pressure emerging currencies in all three time zones.”
Twenty-two of the 26 emerging-market currencies tracked by Bloomberg tumbled versus the dollar in 2008 as $1 trillion of credit-market losses, the bankruptcy of Lehman Brothers Holdings Inc. and recessions in the U.S., Europe and Japan curbed investors’ risk appetite. Weaker demand for developing nations’ exports also hurt their currencies, Jen said.
China, India and Brazil have all reported slides in overseas sales in the past month. Russia, the fourth of the so- called BRIC nations that comprise the world’s largest developing economies, announced the slowest growth in a year.
Jen, who until yesterday was the bank’s global head of currency research, stressed that his research may no longer be considered as ‘independent or objective” following his move to Morgan Stanley’s trading team. He didn’t provide forecasts for any of the currencies he tracks.

Brazil’s Real Slides as Economists Lower Inflation Estimate

By Drew Benson
Jan. 5 (Bloomberg) -- Brazil’s real slid for a second day as economists lowered their 12-month inflation outlook, leading to bets that the central bank will cut interest rates.
The real declined 0.2 percent to 2.3227 per dollar at 7:32 a.m. New York time. The currency is down 0.4 percent this year.
Prices will likely rise 4.96 percent in 12 months, according to the central bank’s weekly survey of about 100 economists. That’s down from a 5.01 percent estimate a week ago.
The Rio de Janeiro-based Getulio Vargas Foundation reported the rate of inflation fell to 0.52 percent during the month ending Dec. 31, down from the 0.61 percent increase posted a week earlier.
The yield on Brazil’s overnight futures contract for January 2010 declined seven basis points, or 0.07 percentage point, to 12.09 percent.
The yield on Brazil’s zero-coupon local-currency bonds due January 2010 fell five basis points to 12.15 percent.

Brazil stocks jump to 3-month high, real gains

Mon Jan 5, 2009 3:43pm EST
(Updates to close)
SAO PAULO, Jan 5 (Reuters) - Brazilian stocks rose to a three-month high on Monday as rising risk appetite buoyed shares of mining company Vale and local steelmakers CSN and Usiminas, while a jump in oil prices lifted energy giant Petrobras.
The Bovespa index .BVSP of the Sao Paulo stock exchange jumped 3.17 percent to 41,518.7 points, its highest close since ending at 41,569 on Oct. 14. The index has surged nearly 15 percent over five straight sessions.
Mining company Vale (VALE5.SA) surged 6.9 percent to 28 reais, adding to the massive 9.7 percent surge the previous session as investors snapped up liquid Brazilian stocks.
Shares of state-run energy giant Petrobras (PETR4.SA) gained 2.3 percent to 25.10 reais as crude oil prices climbed more than 4 percent in London and New York above $48 a barrel. The stock jumped more than 7 percent on Friday.
Yield spreads on the Brazilian government's overseas bonds over comparable U.S. Treasuries, as measured by JPMorgan's EMBI+ index, fell, reflecting a decline in investors' risk aversion toward Brazilian assets. The index 11EMJ showed the country's bond spread narrowed by 16 basis points to 389.
Spreads for emerging market bonds as a whole dropped 19 basis points to 646.
Stock markets in Asia rose to a two-month high on Monday, as investors decided to shift into riskier assets on hopes for a global economy recovery.
Steelmaker CSN (CSNA3.SA) surged 8.9 percent to 34.55 reais, buoyed by hopes of an economic recovery and demand for riskier assets. Usiminas (USIM5.SA) climbed 6.5 percent to 30.60 reais, while Gerdau (GGBR4.SA) gained 5.5 percent to 17 reais.
Brazil's national currency BRBY, the real, surged 3.4 percent to 2.256 reais per U.S. dollar and trading in the spot foreign exchange market was about a third of the normal volume.
Analysts said it is too early to say if the currency is set to get stronger against the greenback, despite its 23.8 percent plunge in 2008.
"With such a low trading volume, you can't really tell what this means in terms of inflows and outflows, if it really would have gained 3 percent in a normal trading day or if this happened because of a lack of participants (in the market)," said Jorge Knauer, head of currency trading at the Banco Prosper.
Brazil's central bank sold $650 million in dollar repurchase agreements in an auction, its latest effort to add liquidity in the foreign exchange market and meet a surge in demand for the U.S. currency.
The bank sold the repos at an exchange rate of 2.291 Brazilian reais per U.S. dollar.
Interest rate futures <0#dij:> fell sharply after a weekly central bank survey released on Monday showed economists now forecast a 50 basis-point cut in domestic borrowing costs at the first monetary policy meeting of the year, at the end of January. The survey previously showed analysts forecast rates would drop by 25 basis points.
The bank's monetary policy committee, know as Copom, voted unanimously to keep the benchmark Selic lending rate at a two-year high of 13.75 percent in December, even though the majority of its eight members considered a 25 basis-point cut.
(Reporting by Elzio Barreto and Jenifer Correa; Editing by Diane Craft)