terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Produção industrial de SP deve desabar 13,5% em dezembro

Rodrigo Postigo
13/01/2009
A produção industrial de São Paulo recuou 13,5% em dezembro, na comparação com o mês anterior, aponta uma estimativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada nesta terça-feira. A desaceleração também foi estimada em outros tipos de comparação, como 12,6% de retração em relação ao mesmo mês do ano anterior.
As previsões constam do Sinalizador da Produção Industrial (SPI) que procura antecipar os dados da Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o mês de dezembro do 2008, os resultados serão divulgados no próximo dia 3 de fevereiro.

Obama pede liberação de US$ 350 bilhões para ter "munição" contra a crise

InvestNews
13/01/2009
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu hoje ao presidente George W. Bush que libere US$ 350 bilhões - a segunda metade do pacote de US$ 700 bilhões - para evitar a piora da crise no sistema financeiro.
Obama, que assumirá ao cargo no próximo dia 20, prometeu mudanças fundamentais em como a próxima fase do pacote de estímulo será implementada, dizendo que agora ele vai se concentrar em evitar a execução de hipotecas de mutuários inadimplentes, ajudar pequenas empresas e criar empregos; diferente da forma como George Bush utilizou a primeira metade do pacote de estímulos para a economia.
"Está claro que o sistema financeiro, embora tenha melhorado em relação a setembro, ainda está frágil", disse Obama à imprensa norte-americana, após revelar que consultou a comunidade empresarial e seus principais assessores econômicos.
"Sinto que seria irresponsabilidade, com US$ 350 bilhões já gastos, entrar na administração sem ter munição disponível para enfrentar uma situação de emergência ou até a debilidade do sistema financeiro", acrescentou.
O plano de resgate de US$ 700 bilhões foi aprovado em outubro de 2008 pela Casa dos Representantes do Congresso, após ter sido rejeitado em uma versão anterior. O impacto da rejeição provocou uma queda acentuada de bolsas de valores em várias partes do mundo.
O Departamento do Tesouro injetou a primeira metade dos recursos do pacote principalmente em bancos em dificuldades, mas vários membros do Congresso ficaram insatisfeitos com a forma como o dinheiro vem sendo administrado pelo governo de George Bush.

Financiamento é um dos maiores desafios da América Latina, diz BID

Efe
13/01/2009
O acesso a financiamento é um dos maiores desafios da América Latina este ano, disse nesta segunda-feira (12) o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, que afirmou que o banco prevê conceder entre US$ 16 bilhões e US$ 18 bilhões em créditos.
Na 27ª Cátedra das Américas da OEA (Organização dos Estados Americanos), Moreno explicou que tradicionalmente o BID concedeu créditos no valor de US$ 7 bilhões, mas, frente à crise econômica, o valor já não será suficiente e será elevado substancialmente em 2009.
O titular do BID destacou que a crise financeira "afetará sem dúvida a qualidade de vida" dos países da região no curto prazo devido ao impacto que terá sobre o emprego e a pobreza, mas também representa uma oportunidade a longo prazo para garantir um crescimento econômico e social sustentável.
Moreno destacou que, apesar de a região não conseguir evitar os efeitos da crise, existem dois fatores que ajudarão a superar melhor o buraco que em ocasiões anteriores.
O presidente do BID se referiu ao fato de que a América Latina, ao contrário de outras regiões, não originou desta vez a crise, e explicou que está melhor preparada para suportar o impacto da desfavorável conjuntura financeira nos números macroeconômicos e sociais.
Ele destacou que a região, que passou por 31 crise bancárias nos últimos 25 anos, "aprendeu com o passado". A América Latina registrou um crescimento anual de 5,5% nos últimos cinco anos, taxas de inflação relativamente baixas, e conseguiu reduzir os níveis de pobreza e fortalecer suas democracias.
O impacto da crise na América Latina, que registrará um crescimento de entre 1,9% e 2% este ano, segundo Moreno, dependerá principalmente da estrutura de comércio exterior e de receita fiscal que os países tiverem e do acesso aos mercados internacionais de crédito.
O principal responsável do BID advertiu de que as políticas econômicas expansivas aplicadas pelos governos para resistir à crise "podem derivar em inflações mais altas que as dos últimos cinco anos, quando foi de um só dígito".
Moreno também ressaltou que, neste contexto de desaceleração econômica, marcado pelas quedas nos preços das matérias-primas e o difícil acesso a capital, "é fundamental que as políticas não conduzam a medidas protecionistas".
Para o presidente do BID, as respostas de políticas públicas aos desafios a curto prazo representam ainda uma oportunidade para o futuro dos países da região. Ele citou o investimento em educação, a diversificação das fontes energéticas, entre outras áreas e, sobretudo, a promoção de obras públicas como fatores que podem ter um efeito positivo a longo prazo.

China registra nova queda das exportações

No último mês de 2008, a China exportou US$ 111,2 bilhões. Com queda das importações, no entanto, superávit cresceu
France Presse
13/01/2009
A China registrou em dezembro, pelo segundo mês consecutivo, uma nova queda das exportações, um dos pilares do forte crescimento econômico do país nos últimos anos, em consequência da crise mundial. No último mês de 2008, a China exportou US$ 111,2 bilhões, uma redução de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As importações registraram uma queda ainda maior, de 21,3%, a US$ 72,2 bilhões, de acordo com números oficiais publicados pelo jornal China Daily. Com isto, o gigante asiático teve em dezembro um superávit comercial recorde, de US$ 39 bilhões.
As exportações da quarta maior economia mundial haviam registrado em novembro o primeiro retrocesso interanual em sete anos, de 2,2%.

Brasil é o único país a 'escapar de forte desaceleração'

BBC Brasil / Daniela Fernandes
13/01/2009
As perspectivas econômicas para o Brasil continuam mais positivas do que para os países ricos e outras grandes economias emergentes, como a China, Índia e Rússia, segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgada nesta segunda-feira em Paris. A organização prevê que o Brasil é o único dos 35 países analisados no novo Indicador Composto Avançado que não deverá registrar forte desaceleração econômica nos próximos seis meses.
"Os Indicadores Compostos Avançados em relação a novembro de 2008 sinalizam uma desaceleração profunda nas sete grandes economias mundiais e para as grandes economias que não são membros da OCDE, principalmente a China, a Índia e a Rússia", afirma o relatório.
Já em relação ao Brasil, como havia previsto no início de dezembro passado, com dados relativos a outubro de 2008, a OCDE estima que o país deverá registrar apenas uma "leve desaceleração" de sua atividade econômica.

The next generation of talent acquisition and development: What will it look like after this recession?

Today’s economic challenges are affecting employment across the globe and across industries.
RSM McGladrey
2009/01/13
Yet, the different attitudes today’s workforce have about their careers and their lives – and their ability to access and share information with unprecedented speed and depth will affect all organizations’ ability to retain, recruit, deploy, and develop their top performing talent in the future.
The number one question: Are we truly a match?
Traditional job search methods such as job boards are obsolete, offering both prospective employees and employers ‘matches’ based on ‘keyword’ searches. These sites offer limited functionality and therefore, very little value-add for the time and effort spent there. As a result, both hiring managers/recruiters and the prospects they seek are now using alternative means to find each other and, more importantly, to do their due diligence to ensure that they are seeking a ‘career match’ that truly aligns the organization’s current hiring need with the individual’s long-term career and life strategies.
With the advancement and mass adoption of Web 2.0 technology, the timeliness and ability to exchange knowledge and information is ever expanding. As a result, individuals and organizations alike are beginning to rely more on knowledge-based ‘recommendations,’ rather than assuming that the traditional job posting and interview process provides sufficient information to drive career decisions. Generation Y and the Millennials are driving this trend. They are multimedia whizzes who can produce and access information more easily than their older counterparts. In fact, according to recent studies, most of them communicate via text-messaging, and a majority of them prefer text and instant-messaging over e-mail. The ways that they communicate with others are inspiring new online ways for potential employers to connect with them as well. Today, both employers and potential job seekers can access a tremendous amount of information via blogging and social media as they execute their hiring and individual career strategies to help ensure that their time and efforts are well-spent.
To satisfy this thirst for knowledge among today’s potential employees, many companies are taking a multi-media approach. Career services companies like CareerTours, currently offer more than 600,000 videos about companies, jobs, and careers. In the audio realm, companies like Walgreen’s are using podcasts for recruiting.
Just as Millennials increasingly expect marketers to sell products to them through new forms of media – social media, text messages, internet ads – they expect employers to sell them on working for them through employer Web sites. They expect ‘info-tainment’ from employers, says Bernard Hodes Group, which provides recruitment advertising, employer-branding, and staffing solutions.
Focus on career and life intersection
Today’s employees are also less likely to accept traditional employment models. The pace of change in the business world has long since eliminated the concept of spending a career with a single organization or even within a single career path. This recession will further erode job seekers’ faith in promises of stability and future rewards. As a result, more top performing employees will seek employment terms and conditions based upon near-term, definable, individual rewards, and will place less emphasis on long-term incentives based on corporate performance objectives that they believe are outside of their realm of control. Candidates will probe positions more deeply and will want more influence over the type of work they do. Prospective employers must prepare for candidates to negotiate what they will and won’t do.
Free agency
Recessions have, in the past, increased the pool of people who decide to become free agents – contractors, consultants, and part-time workers. More people than ever are trying out life as independent workers in order to better align their career and life strategies. Many will not make it and will return to the corporate fold, but they will be wiser and better prepared to abandon ship should they see signs of stormy waters ahead.
Others will find they would rather work on their own than return to insecure and fragile corporate structures. Companies will have to identify and take care of their top performers better than ever. While many organizations do work hard to keep top performing talent, they will have to increase this effort and explore more creative ways to engage and develop those people.
In addition, organizations will have to adjust staffing strategies in order to make effective use of this emerging pool of highly talented free agents. Companies must determine how to integrate free agents with their traditional employees and will have to redefine their HR policies to ensure compliance with IRS regulations. Such demands will accelerate as more companies find that leasing employees, relying on contractors, and sharing talent with other organizations are central to success in today’s business landscape.
Values rule
Gen Y candidates, in particular, but all employees to a growing degree, are seeking companies that hold values high and make and keep commitments to their employees and their families. They seek environmentally sensitive, charitable, and ethical firms.
Gen Y will be followed by the even more morally and environmentally committed Gen M. They will have higher expectations than the Baby Boomers ever did. While shareholder value will always be a core concern for the management team, they will also have to understand that their employees will be examining corporate ethics with every corporate action and statement.
Organizations will have to understand that what they do is just as important as what they say, and that information and knowledge about their actions can be instantaneously shared with the outside world, without boundary.
The recession is an immediate concern, but the changing attitudes and abilities of today’s workforce will affect your company’s success long after the economy recovers. Organizations that start now to recognize and adapt to these new realities will be those that succeed in the long term.

Emerging Markets-LatAm slumps along with commodity prices

Mon Jan 12, 2009 5:33pm EST
By Walter Brandimarte
NEW YORK, Jan 12 (Reuters) - Latin American financial markets posted sharp losses on Monday as slumping prices of raw materials and bleak economic forecasts increased investors'aversion to the commodity-exporting region.Brazil's stocks had their largest daily drop in seven weeks, leading the decline of regional equity markets, on concerns that fourth-quarter earnings reports will show a significant deterioration of the economy.Expectations that Latin American central banks will embark on an aggressive monetary easing campaign to support their economies also weighed on the foreign exchange market. "The economic performance of Latin America has slowed sharply in recent months due to falling commodity prices and declining external demand," RBC Capital Markets' analysts wrote in a research note. "Signs of earnings deterioration should become more apparent from the fourth-quarter results onwards," they said, warning that "credit events" might happen in companies withsignificant debt maturities, slim margins, and weaker liquidity. The MSCI equity index for Latin America .MILA00000PUS fell 4.89 percent, its worst performance since the beginning of December, pressured by a 5.24 percent decline of the Brazilian benchmark Bovespa index .BVSP. In the latest sign of declining consumer demand, General Motors Corp (GM.N) will fire 744 workers at a plant in Brazil's Sao Paulo state, a union representing the workers said. Fordetails, see [ID:nN12337437]. To combat fallout from the global financial crisis,President Luiz Inacio Lula da Silva said Brazil will announce this month a new set of economic measures. [ID:nN12339491]. Mexico's IPC stock index .MXX closed 2.66 percent lower,while an industry association forecast the country's automobile production could fall as much as 20 percent this year.[ID:nN12425648] Stocks of commodity-exporting firms had large losses across the region as oil and metal prices prices plunged. U.S. crude prices dropped nearly 8 percent to below $38 per barrel. In the foreign exchange market, the Brazilian real BRBY and the Mexican peso weakened about 1 percent each, on expectations central banks will respond to the crisis with sharp interest-rate cuts, which would curb demand for local currencies. Mexico's central bank will hold its monetary-policy meeting on Friday, and most analysts are expecting a rate cut of 25 or 50 basis points, while some do not rule out an even greater reduction. "We have updated our monetary policy call to include further easing and front-loading," Barclays Capital analysts wrote in a research note about Mexico. "We now expect a total of 300 basis poings of easing with an initial installment of 50 basis point starting on Jan. 16, including risks of a bolder move," they said. Brazil will hold its rate-setting meeting next week. Chile has already kicked off 2009 with a larger-than-expected 100 basis-point cut, following Colombia which surprised investors with a 50 basis points cut December. Most government bonds also posted losses, with Brazil's benchmark global bond due 2040 falling 0.812 point in price to bid 128.438. Yield spreads between emerging market bonds and U.S. Treasuries, a key gauge of risk aversion, widened 13 basis points to 665 basis points, according to the JP Morgan EMBI+index 11EMJ. (Editing by Leslie Adler)