segunda-feira, 16 de junho de 2008

A extraordinária capacidade de gerar resultados de nossas empresas



Novo prazo para entrega de produtos



O mercado cria um novo prazo para entrega dos produtos

Ivan Postigo

A fama da falta de pontualidade dos brasileiros já ultrapassou fronteiras há muito tempo. Isso já foi motivo de muita brincadeira em nosso grupo.
Alguns amigos às vezes se irritavam com esse assunto, defendendo que essa é uma imagem distorcida. Eram justamente os que mais se atrasavam para as nossas reuniões.
As desculpas? Ah, sim, eram criativos, mas todos nós sabíamos que eram desculpas.
Quando fiz pós-graduação, nossas aulas aos sábados começavam as nove horas da manhã. Todo santo sábado um de nossos colegas chegava atrasado.
Nosso mestre era um tanto amargo, se irritava com facilidade e se incomodava bastante com atrasos. E estava certo, não?
Todos que o conheciam alertavam os alunos para que evitassem entrar fora do horário em suas aulas.
No começo da história, ver nosso colega chegando atrasado e levando duras reprimendas era desagradável, depois aquilo foi se tornando algo esperado.
Os colegas de classe sempre diziam a ele: -Toma jeito, isso é feio, tá ficando chato!.
Como não havia jeito as pessoas passaram a esperar ansiosas os encontros de sábado pela manhã do mestre irritado com o aluno desleixado.
Falta um detalhe não? O motivo do atraso.
Simplesmente o rapaz cansado dizia que não conseguia acordar mais cedo.
O que poderia então chamar a atenção nesses encontros, logo no início das aulas?
A criatividade da bronca do mestre e o jeito como nosso colega absorvia o que ouvia.
Um dia, para espanto de todos, o aluno venceu o mestre por cansaço!
Já desanimado e vendo que nada mudaria o mestre disse:- Senhor X, tenho que concordar contigo. O senhor atrasa, mas pelo menos é consistente no atraso. Chega sempre, pontualmente, as nove horas e dez minutos. E nunca mais tocou no assunto.
Nesse momento alguém, até hoje não sabemos quem foi, disse:- Junte-se a eles .... Toda a classe explodiu numa só gargalhada!
Engraçado? Não, parece realmente um costume que temos.
Por que me lembrei disso?
Esta semana, algumas pessoas num almoço, conversavam sobre um novo prazo de entrega que o nosso mercado havia criado.
A pergunta era assim: - Sabem qual o novo prazo para entrega de produtos que o mercado está praticando?
Lógico que as respostas eram as mais variadas, 30 dias , 60dias, imediata, 360 dias, contra pagamento, não estão entregando...
A dica para aguçar a curiosidade era de que a condição não consta nos contratos e nem nos pedidos.
Ao olhar em volta, o que mais se via eram interrogações nos olhos das pessoas e aquela pergunta, uns olhando para os outros: -Que prazo é esse?
Para aliviar o sofrimento recebemos a resposta: -Entregaremos o mais breve possível!
Com isso passamos a ouvir relatos de um estudioso de mercado que vem acompanhando essa questão da pontualidade da entrega e como nossas empresas tratam do assunto.
A conclusão é que precisamos melhorar muito!
Quando nos atrasarmos para um compromisso e nos perguntarem quando chegaremos já temos uma reposta bem “criativa” : O mais breve possível.
Atrasado? Não ! É só uma imagem distorcida ... Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

Sucesso do etanol do Brasil mostra "segredo sujo"

BBC Brasil
16/06/2008
A ascensão da economia brasileira, impulsionada pelo combustível obtido a partir da cana-de-açúcar, traz à tona "o segredo sujo do etanol": as condições primitivas de trabalho às quais são submetidos os catadores da cana, afirma uma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal americano Los Angeles Times.
O jornal afirma que o Brasil, "a Arábia Saudita dos biocombustíveis", tem mais de 300 mil trabalhadores temporários na indústria da cana vivendo sob condições que variam de "deploráveis à completa servidão".
Fontes do Ministério Público ouvidas pelo LA Times afirmam que "pelo menos 18 cortadores de cana morreram nos últimos anos, vítimas de desidratação, ataques cardíacos ou outros fatores ligados à exaustão em regiões onde a floresta passou a dar lugar à agricultura".
"Isto não inclui um número desconhecido de outros que morreram em acidentes, por excesso de trabalho. Até prisioneiros têm melhores condições de vida", disse o promotor Luis Henrique Rafael ao diário americano.

Argentine Stocks Lose Foreign Buyers at Fastest Rate in 8 Years

By James Attwood and Fabio Alves
June 16 (Bloomberg) -- Argentina's stock market is losing foreign investors at the fastest pace since 2000 on concern accelerating inflation and a three-month farmers strike will curb economic growth and corporate profits.
About 1,000 emerging-market funds sold $157 million in Argentine stocks through May, according to fund flow tracker EPFR Global in Cambridge, Massachusetts. That's more than the $118 million average daily trading on the Buenos Aires stock exchange and the biggest outflow since 2000, the year before the government's $95 billion debt default. Argentina's Merval index lost 4.7 percent over the past year, compared with a 27 percent rise for the Bovespa index in Brazil.
WestLB Mellon Asset Management's Bill Rudman sold Telecom Argentina SA, the country's second-biggest telephone company, as he cut Argentine holdings last month to 0.5 percent of the total $3 billion of emerging-market equity he manages, from 2 percent. The agricultural protests over higher export taxes, food shortages and street demonstrations are holding back investment.
``We felt particularly the farmers strike and friction in the country was accelerating what might be the next crisis,'' said Rudman, the Latin America manager at WestLB Mellon in London. ``Argentina risks being ignored by investors, becoming just a residual within the emerging markets.''
Before last month, WestLB Mellon held an ``overweight'' position in Argentina, betting the government would lift price controls and market restrictions.
Index Weighting
While Argentina has the world's 18th largest stock market capitalization, its weighting in the MSCI Emerging Market Index, a gauge for global investors' allocations, trails Peru's and represents an eighth of Mexico's. One Merval company, Luxembourg- based Tenaris SA, accounts for 75 percent of the MSCI Argentina index.
Rising commodities exports helped spur annual economic growth in Argentina above 8 percent in each of the past four years, almost double the pace of Brazil.
Annual inflation rose to 9.1 percent in May from 8.9 percent the previous month, the government said June 10. That compares with a 5.6 percent rate in Brazil.
Argentina's former central bank chief Alfonso Prat-Gay and opposition lawmakers say the government may have been manipulating the data to make inflation look tamer than it is since former President Nestor Kirchner replaced the officials in charge of the consumer price index in January 2007. Kirchner's wife Cristina Fernandez succeeded him in December after winning elections in October.
Shortages, Road Blocks
Barclays Capital Inc. said in a June 6 report that Argentina's economy probably will slow to 5.5 percent this year and 2 percent in 2009. The government may report official growth rates of 7 percent this year and 4 percent next year, Barclays economists Eduardo Levy-Yeyati and Sebastian Vargas wrote.
A freeze on energy rates stymied investment in the industry and prompted shortages. The farmer protest led to road blockades, food shortages and the biggest anti-government demonstrations since 2001. Confidence in the government is the lowest in five years, according to a survey by Torcuato Di Tella University published June 2.
``Nobody knows where this crisis is headed,'' said Hernan de la Carcova, 32, a portfolio manager at Grupo Rig in Buenos Aires who cut local holdings to 10 percent from 30 percent last year.
Argentina's main index fared better than some in Latin America. The Merval's decline compares with a slide of 23 percent in Peru and 7.1 percent in Colombia.
Tenaris Rally
Oil services company Tenaris, which accounts for 22 percent of the Merval and does most of its business outside of Argentina, has rallied 42 percent this year on crude's surge to a record.
Companies in Argentina's MAR index, which excludes Tenaris, trade at 12.5 times earnings compared with the MSCI Latin America index's 15.7. Buenos Aires-based Banco Macro SA trades at 8.3 times earnings compared with Sao Paulo-based Banco Itau Holding Financeira SA's 12.6 and Santiago-based Banco de Chile's 11.7.
Roberto Drimer, an analyst at Argentine Research in Buenos Aires, rated Banco Macro ``accumulate'' for the past six months, citing an expanding economy, a central bank ``doing a reasonable job on monetary policy'' and foreign currency reserves close to $50 billion.
``Short-term economic fundamentals are solid,'' Drimer said.
Since 2005, the government has required that foreigners deposit 30 percent of their stock investments with the central bank for a year to limit speculative inflows.
In October, the government tightened restrictions on domestic pension funds, requiring they keep more investments in Argentina to sustain economic growth. The rule is forcing them to sell about $3 billion in mostly Brazilian assets, according to Sebastian Palla, chairman of the country's pension fund association.
That money may help stocks, said Ben Laidler, Latin American equity strategist at JPMorgan Chase & Co. in New York. Chances the government will loosen regulations also make stock investments such as Telecom Argentina worthwhile, he said.
``But on a 12- to 24-month view, it's tough to see what reverses the trend,'' Laidler said. ``The fundamentals are getting worse. Medium term you're going to see less interest rather than more in Argentina.''

Aumenta o "fantasma default" da Argentina, diz 'FT'

Terra
16/06/2008
Os níveis da dívida da Argentina são superiores aos registrados quando o país apresentou o maior default de sua história, em 2001, e uma "crise de confiança" no governo instalou o fantasma de um novo default, segundo uma reportagem do jornal londrino Financial Times. As informações são da agência Ansa.
Segundo a matéria, intitulada "Crescimento da dívida argentina aumenta o fantasma de default", apesar de uma reestruturação realizada há três anos, a dívida pública chegou a US$ 114,7 bilhões, 56% do produto interno bruto, comparado com US$ 144,2 bilhões em 2001, o que equivalia a 54% do PIB, "em um momento no qual a economia argentina é maior".
O jornal informou que Martín Krause e Aldo Abram, diretores do Centro de Pesquisas de Mercados e Instituições Argentinas da escola de negócios de Eseade, traçaram ainda uma projeção segundo a qual a dívida é superior.
Se a quantidade comprometida com titulares de bônus que não aceitaram a reestruturação da dívida em 2005 e que estão pedindo para recuperar seu dinheiro for incluída, disseram, a dívida pública de Argentina aumentaria a US$ 170 bilhões, 67% do PIB.
"Não estamos à beira do default, mas se seguirmos por este caminho, com este nível de conflito, poderíamos chegar lá", declarou Abram.
De acordo com o Financial Times, "os seis primeiros meses do governo de Cristina Fernández têm sido marcados pelos conflitos com o setor agrária, falta de combustível e pressões sobre a inflação, que o governo é acusado de manipular".
"Enquanto isso, o governo deve encontrar este ano cerca de US$ 14,6 bilhões para as dívidas do serviço público, mais 11,8 bilhões para o próximo ano, e 10,5 bilhões para 2010", disse.
Ainda segundo o jornal, a Argentina "depende cada vez mais do presidente venezuelano Hugo Chávez, que comprou US$ 6,4 bilhões em bônus nos últimos três anos".
"Mas seu isolamento financeiro internacional lhe custou muito caro. Buenos Aires teve que pagar à Venezuela taxas de juros de até 13%", disse Krause, acrescentando que, por outro lado, o Brasil, que tinha um prognóstico de dívida muito pior que a Argentina em 2001, "obteve recentemente um grau de investimento que lhe permitiu vender bônus por dez anos a 5,3%".

Bush seeks trade concessions from Brazil, India, China

Mon Jun 16, 2008 6:29am EDT
LONDON (Reuters) - Brazil, India and China need to make more concessions in their manufacturing and services sectors for a successful conclusion to the Doha round of global trade talks, President George W. Bush said on Monday.
"Where I am concerned about Doha is that, while we are making some progress on the agricultural side, nations such as Brazil, India and China are not making corresponding openings on manufacturing and services sector," Bush told reporters after meeting British Prime Minister Gordon Brown in London.
"Now is the time to get the Doha round completed and in order to do so there has to be more movement on the manufacturing and services sectors so it can be a fair and equitable deal."
(Reporting by Matt Falloon)

Dívidas com a União já alcançam R$680 bilhões

Devedores retardam pagamento por meio de recursos jurídicos
Correio da Bahia
16/06/2008
A Receita Federal poderia ficar todo o ano de 2008 sem praticamente cobrar impostos se os contribuintes que têm dívida com a União resolvessem pagar os tributos em atraso. Segundo cálculos da Procuradoria da Fazenda Nacional, a dívida ativa da União chega atualmente a R$680 bilhões, contra uma arrecadação prevista no Decreto de Programação Orçamentária, para este ano, de R$622 bilhões – incluindo a Previdência. Assim, o estoque da dívida ativa supera a arrecadação da Receita em R$58 bilhões.
A cobrança da dívida ativa da União é de responsabilidade da Procuradoria da Fazenda Nacional, que tem encontrado dificuldade em requerer os pagamentos devido à morosidade da Justiça e às artimanhas usadas pelos devedores. Segundo a coordenadora geral da dívida ativa da União, Nélida Maria de Brito Araújo, a possibilidade de cobrar essa dívida existe. O problema seria a forma encontrada pelos devedores de retardar o pagamento dos débitos por meio de recursos jurídicos e administrativos.
“O que estamos fazendo é cobrar o débito o mais rápido possível, porque quanto mais rápido esse crédito chegar à fase de cobrança, muito mais rápido e eficiente será a recuperação. Pois, se demora muito tempo, você tem dilapidação do patrimônio”, analisa a coordenadora. Ela espera que o Congresso Nacional crie regras mais rígidas para evitar que os contribuintes com débitos tributários entrem nos programas de refinanciamento temporariamente apenas para burlar o fisco.

Fiesp cobra transparência e simplificação do sistema tributário

JCNET / Nélson Gonçalves
16/06/2008
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi dura contra vários pontos do projeto de Reforma Tributária do governo federal. O presidente da entidade, Paulo Skaf, resumiu que “o setor empresarial não abre mão da transparência do sistema, porque o contribuinte tem o direito de saber quanto paga de imposto, e hoje isso é ignorado pelo governo. Fique do lado certo relator, ponha no relatório a simplificação ampla, a transparência tributária e a redivisão federativa, e deixe os governadores virem a público dizer que são contra, porque isso é bom para o País. A reforma não é do Estado, é do País”.
A entidade apresentou 17 emendas ao projeto original. Entre os principais pontos, o empresariado quer o fim da cobrança em cascata e da cumulatividade de impostos, a proibição de criação de tributo por Medida Provisória (MP), mas apenas por lei complementar, a defesa dos direitos do contribuinte, a simplificação do sistema de créditos, adoção da nota fiscal eletrônica, acabar com guerra fiscal, entre outros.
A Fiesp também se posicionou contrária à cobrança sobre grandes fortunas e quer na lei mecanismos que não permitam o aumento da carga tributária. Mas Sandro Mabel repetiu que, para o projeto não travar, como em anos anteriores, pontos como a eliminação da cobrança por dentro nos tributos não vão ser apresentados agora, mas em emenda constitucional específica e depois. O Código de Defesa do Contribuinte tem chance de ser recepcionado no projeto.
Bernardo Appy, do governo, reforçou que “abrir enorme e longa discussão para a calibragem tributária atrapalha a reforma e ela não sai”, reforçando os argumentos do relator do projeto na Câmara Federal.

Gás de lixo pode produzir 15% da energia do Brasil

Folha de São Paulo / André Lobato
16/06/2008
O lixo das 300 maiores cidades brasileiras poderia produzir 15% da energia elétrica total consumida no país. A estimativa consta no Plano Decenal de Produção de Energia 2008/2017 e considera todo o lixo recolhido nestes municípios. O documento deveria ser lançado ainda neste mês e está em fase final de elaboração.
Apesar dessa previsão, o Ministério de Minas e Energia --que encomenda o relatório desde 2006, para balizar suas ações-- não tem planos de realizar leilões com a energia do lixo nos próximos anos. Segundo o governo, as prioridades em fontes renováveis são eólica, solar e hidrelétrica.
A falta de perspectivas aumenta a defasagem do Brasil na tecnologia de eletricidade produzida por meio do lixo, na avaliação do professor Luciano Bastos, responsável pelo capítulo que avalia esse potencial no plano decenal a ser lançado.
Bastos, que é pesquisador do Ivig (Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais), diz que a única usina construída especialmente para aproveitar o potencial energético dos dejetos é a termelétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com capacidade de 200 kW por mês, suficiente para abastecer 2.300 casas.
Além dessa usina, há os aterros sanitários Novagerar, em Nova Iguaçu (zona metropolitana do Rio), Bandeirantes e São João, em São Paulo, que utilizam o gás metano resultante da decomposição natural da matéria orgânica.

Human cost of Brazil's biofuels boom

The country is a key producer of ethanol. Many of those cutting the sugar cane used to make the fuel are said to endure primitive conditions.
By Patrick J. McDonnell, Los Angeles Times Staff Writer
June 16, 2008
BOCAINA, BRAZIL -- For as far as the eye can see, stalks of sugar cane march across the hillsides here like giant praying mantises. This is ground zero for ethanol production in Brazil -- "the Saudi Arabia of biofuels," as some have already labeled this vast South American country.
But even as Brazil's booming economy is powered by fuel processed from the cane, labor officials are confronting what some call the country's dirty little ethanol secret: the mostly primitive conditions endured by the multitudes of workers who cut the cane.
Biofuels may help reduce humanity's carbon footprint, but the social footprint is substantial.
"These workers should have a break, a place to eat and access to a proper restroom," Marcus Vinicius Goncalves, a government labor cop in suit and tie, declared in the midst of a snarl of felled stalks and bedraggled cane cutters here. "This is degrading treatment."
More than 300,000 farmworkers are seasonal cane cutters in Brazil, the government says. By most accounts, their work and living conditions range from basic to deplorable to outright servitude.
"Brazil has a great climate, great land and technology, but a lot of the competitive edge for biofuels is due to worker exploitation -- from slave work to underpayment," said Leonardo Sakamoto, a political scientist who runs a nonprofit labor watchdog group in Sao Paulo.
In the last four years, said a lawyer from the Public Ministry, which acts as the Sao Paulo state district attorney, at least 18 cane cutters have died of dehydration, heart attacks or other ailments linked to exhaustion in this region, where the forests long ago gave way to agriculture.
That does not include an unknown number of others who died in accidents, said the lawyer, Luis Henrique Rafael, part of a two-attorney team from the Public Ministry's office that recently toured the area to investigate abuses of the labor code.
"They died from excess work," Rafael said. "Even prisoners have a better life. These men's only form of leisure is cachaca," he added, referring to the liquor distilled from sugar cane.
In its annual report, Amnesty International last month highlighted the plight of Brazil's biofuel workers, more than 1,000 of whom were rescued in June 2007 after allegedly being held in slave-like conditions at a plantation owned by a major ethanol producer, Pagrisa, in the Amazonian state of Para.
Although slavery cases tend to grab headlines, advocates say laborers typically face more quotidian abuse -- low pay, excessive work hours, inadequate safety gear, an absence of sanitary and health services, and exposure to pesticides and other toxic chemicals.
"The cases analogous to slavery seem not to be the norm," said Tim Cahill, Brazil researcher for Amnesty International. "But this is very much a case of long work hours, the destruction of workers' health through extreme conditions, a lack of access to quality food, problems of accommodation, and the impacts of agro-toxins."
The technological advances that have facilitated the biofuel revolution have not reached the fields. Although mechanized harvesting of cane is on the rise, rough terrain dictates that much of the crop must still be cut manually.
Industry officials acknowledge some abuses, but insist that safety has improved and that the allegations of slavery are greatly exaggerated.
"If there is an industry that has bettered the situation of the worker, it is the sugar cane industry," said Rodolfo Tavares of Brazil's National Confederation of Agriculture, a trade group. "It's an example for the world."
With international scrutiny growing, leftist President Luiz Inacio Lula da Silva says the government and producers are keen to ameliorate conditions.
"Everyone knows that sugar cane labor is tough," Lula said in Rome this month during a food crisis summit at which biofuels were called a major culprit. But "it's not tougher than labor in coal mines, which was the basis for the development of Europe. Take a big knife to cut cane and then go down in a mine, 90 meters deep, to explode dynamite. You'll see which is better."
Brazilian officials acknowledge that fines and prosecutions have largely failed to improve the workers' lot. Cases drag on in court until sanctions are reduced or owners cleared. Few, if any, violators go to jail. Too few inspectors are available to police this giant country and its behemoth agribusiness, which have made it a world leader in exports of soybeans, beef and coffee, among other foodstuffs.
In the last year, Brazil has stepped up cases filed under antislavery statutes, which can land offenders in prison. Authorities say that last year they "liberated" nearly 6,000 agricultural workers from slave-like conditions, which under Brazilian law can include debt servitude, forced labor and a "degrading" work environment. More than half toiled in the sugar cane sector.
"Brazilians only understand justice when they get arrested," said Goncalves, the labor investigator. "These days, slaves aren't necessarily chained."
Interviewed workers agreed that conditions were harsh and hours long -- sometimes 12 hours a day, six or seven days a week, inevitably beneath an unforgiving sun or drenching rain.
Still, the workers said the pay was relatively good, typically the equivalent of between $420 and $550 a month, or up to double the minimum wage here for a 40-hour week. Like migrant farmworkers in many nations, they displayed a grudging acceptance of their plight and lack of employment alternatives.
Field laborers attack so-called streets of cane using a machete-like tool known as a podao, which has been employed since colonial times, when millions of African slaves were imported for the European sugar trade. They constantly crouch to cut swaths of the cane and must negotiate paths through the thickets and step over the slippery stalks, advancing steadily into forest-like stretches of the stuff.
"The job is tough, but that's the way it is," said Roberto Santos Lopes, 25, taking a break from chopping cane here. "Some of this cane is broken and twisted and it's harder to cut, so we earn less."
A common complaint: Owners cheat them in measuring the amount of cane harvested, which determines earnings.
Some of the cutters come here on their own; others are recruited by intermediaries known as gatos (cats) who provide transport, sometimes taking recruits 1,000 miles or more. Some cutters have moved to this region semipermanently, living in ramshackle company dormitories and commuting to work in grower-supplied buses.
"In my town there are no jobs," said Vandailson dos Santos Silva, 22, from Pernambuco, traditionally one of Brazil's poorest states. "At least here we can find some work."
Dos Santos, the eldest of seven siblings, said he first came to the cane fields here four years ago. A younger brother has since followed in his footsteps.
He lives in a run-down company complex in the nearby town of Dois Corregos, a cane hub, and $50 a month is deducted from his paycheck for housing. The grower charges extra for food "and even some cachaca," Dos Santos added. The $370 or so he clears each month allows him to live modestly, send some cash home and even go out some evenings to dance and meet girls.
"It's the best I can do with the little education I have," said Dos Santos on a recent balmy evening, standing in the frontyard of the dormitory he shares with other cane cutters.
He said he would like to be able to study, even become a lawyer someday. But he acknowledged that such grandiose notions were unlikely to be fulfilled, saying, "We must be content with what we have." He then went back to his stuffy room, needing a good night's sleep before another day of harvesting Brazil's biofuel bounty.