segunda-feira, 16 de março de 2009

Supermercados puxam alta do comércio, diz IBGE

Infraero vai investir R$ 400 milhões em Brasília

Gastos com o PAC caem quase pela metade em 2009

Estados Unidos escaparam de nova depressão, diz Fed

Brasil e EUA vão discutir proposta para o G-20, diz Lula

Gastos com o PAC caem quase pela metade em 2009

Agencia Estado
16/03/2009
O governo federal investiu, até a quinta-feira da semana passada (dia 12) R$ 1,23 bilhão, ou 5,2%, do total de R$ 20,7 bilhões de recursos autorizados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Orçamento Geral da União (OGU) para 2009 (sem incluir os investimentos das estatais que também foram inseridos no PAC). O período até 12 de março corresponde a aproximadamente 20% do ano, o que contrasta com a parcela de apenas 5,2% do PAC no OGU que já foi efetivamente gasta.
O valor de gastos diários com o PAC em 2009 está em R$ 17,3 milhões, pouco mais da metade da média diária de R$ 31,1 milhões de 2008. "Se o ritmo atual for mantido ao longo do ano, os investimento do PAC serão 45% menores do que os de 2009", diz o economista José Roberto Afonso, especialista em contas públicas da José Roberto Afonso & Colaboradores.
Na verdade, os gastos do PAC no Orçamento no ano - estritamente considerados - foram de apenas R$ 155 milhões, ou 0,8% do total. Afonso explica, porém, que outros R$ 1,07 bilhão do PAC já foram investidos em 2009 na rubrica "restos a pagar" de 2008. A soma, portanto, é de R$ 1,23 bilhão.
Afonso, que já colaborou com os tucanos, fez esses cálculos com base nos números do site Contas Abertas, dedicado às contas públicas. O economista observa que a economia brasileira produz algo como R$ 8,2 bilhões por dia, o que poderia ser visto como um "PIB diário". O valor do PAC executado até agora, nota Afonso, corresponde a apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) esperado para o período até 12 de março. Isso significa que o efeito anticíclico (isto é, de se contrapor à recessão) dos investimentos do PAC até agora é mínimo - a política anticíclica típica geralmente significa aumentar o investimento público em alguns pontos porcentuais do PIB.

Estados Unidos escaparam de nova depressão, diz Fed

Efe
16/03/2009
O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse neste domingo (15) que os Estados Unidos escaparam de cair em uma depressão, como a de 1929, e que a recessão "provavelmente" terminará no final deste ano.
Em uma entrevista ao programa "60 Minutes", da rede americana de TV CBS, Bernanke afirmou que a "chave da recuperação" é o sistema bancário. "Veremos o fim da recessão provavelmente neste ano", disse Bernanke, embora a condição indispensável para uma recuperação sustentada é que o sistema financeiro volte a funcionar regularmente.
Ele afirmou que os EUA "evitaram o risco" de cair em uma depressão. Bernanke disse que nenhum grande banco americano é insolvente e prometeu que, se as coisas piorarem, o governo não os deixará quebrar, mas intervirá para evitar os efeitos de uma quebra no sistema financeiro.
O presidente do Fed fez precisamente isso com a compra de quase 80% da seguradora AIG em setembro do ano passado.
Não foi uma medida que tomou de boa vontade, segundo revelou na entrevista, dizendo que essa ação é a que mais o deixa enfadado.

Brasil e EUA vão discutir proposta para o G-20, diz Lula

Lula teve encontro com Obama no último sábado. Nesta segunda, presidente se reúne com empresários em Nova York
G1
16/03/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (16) em seu programa semanal “Café com o Presidente” que as equipes econômicas do Brasil e dos EUA irão se reunir para discutir uma proposta que será levada ao G-20. Lula, que está nos EUA, reuniu-se com o presidente norte-americano, Barack Obama, no último sábado e nesta segunda tem um encontro com empresários em Nova York.
“Muito importante a demonstração de interesse do presidente Obama de construir, junto com o Brasil, uma proposta para que a gente possa levar pro G20”, disse Lula.
O presidente ressaltou que voltou a defender na reunião com Obama a Rodada de Doha. Segundo Lula, a pauta que já vinha sendo discutida com o ex-presidente Bush foi retomada com o democrata. “É preciso que os Estados Unidos tenham uma nova visão na sua relação com a América Latina democratizada”, pontuou.
Lula disse ainda que espera uma nova fase na relação entre os EUA e a América Latina, e voltou a dizer que o bloqueio a Cuba deve cair. “Não há mais nenhuma razão para continuar o bloqueio a Cuba”, enfatizou.

Supermercados liquidam e puxam alta do comércio, diz IBGE

Após último trimestre negativo, comércio varejista vende 6% a mais e acumula alta de 8,7% em 12 meses
Agência Estado / Jacqueline Farid
16/03/2009
As vendas do comércio varejista aumentaram 6% na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês em 2008, segundo divulgou nesta sexta-feira, 13, o IBGE. Em 12 meses, as vendas acumularam alta de 8,7%. Após um trimestre negativo, o comércio varejista inicia 2009 com crescimento de 1,4% em janeiro, ante dezembro de 2008, na série com ajuste sazonal, informa o IBGE. O resultado surpreendeu as estimativas. Segundo, analistas ouvidos pelo AE Projeções, a previsão era de queda de 1,6% a uma alta de 0,3%, com mediana de -0,11%.
O aumento de 6% nas vendas do varejo em janeiro ante igual mês de 2008 foi puxado especialmente pela atividade de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que responderam por 3,4 ponto porcentual, ou 41% da expansão total do comércio nessa comparação. Segundo o técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE Reinaldo Pereira, a massa salarial continuou em alta em janeiro, o que prosseguiu ajudando o desempenho do varejo, sobretudo nos supermercados.
Segundo ele, a desaceleração ou queda nos preços de alguns dos alimentos também podem estar contribuindo para o bom desempenho do segmento supermercadista. Além disso, segundo ele, é provável que os consumidores estejam um pouco menos pessimistas do que no final do ano passado.
Pereira avalia que a alta de 1,4% nas vendas do comércio varejista em janeiro ante dezembro de 2008 pode ser atribuída às promoções realizadas no comércio após o Natal. Segundo Pereira, a crise econômica elevou os estoques nas lojas no último trimestre do ano passado, o que levou à liquidações no início deste ano. As únicas atividades que registraram queda nas vendas em janeiro ante dezembro foram equipamentos de escritório e informática (-12,5%) e combustíveis e lubrificantes (-0,7%).

Obama to discuss energy, G20 summit in Lula meeting

Sat Mar 14, 2009 8:00am EDT
By Jeff Mason
WASHINGTON, March 14 (Reuters) - U.S. relations in Latin America, energy cooperation and two upcoming summits of world leaders will top the agenda of President Barack Obama's meeting with his Brazilian counterpart on Saturday.
Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva meets Obama at the White House at 11:00 a.m. (1500 GMT), making him one of a small handful of foreign leaders to visit the Democratic president in Washington since his inauguration on Jan. 20.
The meeting comes against a backdrop of global economic and financial crises, which will dominate two gatherings of world leaders next month that both men will attend: the G20 meeting of old and emerging economic powers on April 2, and the Summit of the Americas on April 17-19. [ID:nSP395955]
Officials said Obama and Lula would discuss the economic crisis and preparation for those summits while touching on climate change, biofuels and U.S. policy toward Brazil's neighbors in Latin America.
"The two presidents will use this opportunity to discuss strengthening our cooperation on bilateral, hemispheric and global issues, including how to address the financial crisis in the lead up to the upcoming G20 meeting," said Mike Hammer, spokesman for the White House National Security Council.
Divisions between the United States and Europe over how best to address the financial crises have arisen ahead of the G20 meeting. Washington is pushing for increased government spending while countries such as France favor more emphasis on tough market regulation. [ID:nLD231918]
A senior administration official said Obama would ask for Lula's position but not push him to join the U.S. side.

G20 underscores emerging economies' growing clout

Sun Mar 15, 2009 2:55pm EDT
By Carolyn Cohn and Sebastian Tong - Analysis
LONDON (Reuters) - Emerging economies gained a promise of more money for the banks that lend to them and a greater say in those banks from G20 finance ministers this weekend, an answer to complaints that the emerging world has little influence in global policy-making.
The 10 emerging economies among the Group of 20 -- Brazil, Russia, India, China, Mexico, Indonesia, Saudi Arabia, South Korea, Argentina and Turkey -- have suffered from the global downturn, but their growing economic strength in the past few years has given them more clout.
"The resolution to today's global problems is only possible with the participation of emerging countries ... There is a natural evolution of the decision-making process," Brazilian central bank governor Henrique Meirelles told Reuters.
The four largest emerging economies have become central to the growth of the world economy.
At the meeting in southeast England ahead of the leaders' summit in London next month, they spoke in a single and noticeably louder voice.
Brazil, India, Russia and China, collectively known as the BRIC countries, issued a joint communique calling for more lending to emerging economies hit by the collapse of private capital and for urgent reforms to improve their representation in the International Monetary Fund.